Que a Série C é um campeonato deficitário e de baixo nível técnico, todos sabem. Mas neste ano, a situação ficou ainda pior. Isto porque a CBF cortou o auxílio para viagens que era disponibilizado até o ano passado. Além das passagens, a entidade ajudava cada clube com R$ 3 mil por jogo.
O resultado é que mais de 10% dos times que disputariam a competição desistiram de jogar por falta de condições financeiras.
Dos 64 times inscritos na competição quando da divulgação da tabela por parte da CBF, nada menos que sete clubes já oficializaram a desistência (Ceilândia-DF, Brazlândia-DF, Ypiranga-PE, Serrano-PE, Cabofriense-RJ, Ulbra Ji Paraná-RO e Rio Bananal-ES).
E este número pode aumentar ainda mais, já que o Progresso, de Roraima, depende de um incentivo do poder público para confirmar presença.
A fórmula de disputa também afugenta as equipes, principalmente aquelas que dificilmente conseguirão subir.
Embora a regionalização nas primeiras fases diminua os gastos com passagens aéreas e hospedagens, os clubes que forem eliminados na primeira fase disputarão apenas seis partidas, e encerrarão sua participação precocemente.
A primeira fase termina dia 27 de julho, menos de um mês depois de iniciada a Terceirona. E os clubes não podem fazer contratos com menos de três meses de duração. Ou seja, os clubes que forem eliminados no início do campeonato terão que arcar com salários dos jogadores por pelo menos mais dois meses, sem ter nenhuma atividade.
Para o ano de 2009, a CBF anunciou a criação da Série D, a quarta divisão, aumentando em 20 o número de clubes que disputarão alguma competição nacional. Agora, a dúvida que paira no ar: Existirão equipes suficientes para disputar a Série D?
Fonte: Agência Futebol Interior