Nesta quarta-feira, o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Paulo Schmitt, entrou com uma Ação Declaratória para anular o artigo do Regulamento de Competições da CBF, que impõe que clubes punidos com a perda do mando de campo joguem com portões fechados, de acordo com informações do jornal “O Dia”.
– Os portões fechados não conseguiram acabar com fatos lamentáveis nos estádios, como o desrespeito ao torcedor, que aconteceu no desabamento de parte da arquibancada da Fonte Nova, em Salvador, ou mesmo no episódio do incêndio do Estádio Olímpico, no Gre-Nal, em 2006. Além disso, os clubes sofrem um imenso prejuízo financeiro com a norma, e fica um vazio muito grande ver um estádio, como ocorreu com o Maracanã, sem os torcedores – explica o procurador, em entrevista ao jornal carioca.
Schmitt questiona, também, os critérios que punem os clubes da mesma maneira em casos de confusão generalizada nas arquibancadas e quando objetos são atirados no gramado ou quando há invasão de campo. A expectativa é de que a ação seja encaminhada para análise do Tribunal Pleno.
A crítica do procurador é complementada pela sugestão de que os clubes envolvidos em incidentes em seus estádios fossem obrigados a atuar fora de casa, mas sem que o público seja privado do espetáculo.
– Os clubes deveriam poder jogar com portões abertos, mas fora de sua área de desporto. Caberia à CBF decidir o local e a distância mínima de sua praça de desporto para a realização dos futuros jogos com perda de mando de campo – conclui.
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