No Congresso Nacional dos Cronistas Esportivos, ocorrido em Manaus-AM, foi comentado durante o intervalo a possibilidade de voltar a ser disputado o Copão da Amazônia, que dessa vez poderia envolver mais Estados, sendo que cada um contaria com dois participantes e a competição também incluiria Maranhão e Piauí. Todos aprovaram a idéia e até elaboraram uma proposta para a viabilização da competição.
O torneio deixou de ser disputado há muito tempo (tentaram retornar em 2003, mas não deu certo) e teve o Trem Desportivo Clube como o maior campeão, levantando a taça por cinco vezes seguidas.
Com a situação dos clubes do Pará e Amazonas, todos os Estados do Norte deveriam participar. Só resta saber se a CBF vai colocar alguma dificuldade nisso, pois já é crescente a valorização do futebol a nível local nos estados nortistas e isso não é nada bom para os clubes cariocas/paulistas e a Rede Globo.
Fórmula de disputa seria semelhante à Copa do Brasil
A proposta apresentada pela crônica esportiva amapaense foi tão bem aceita pelos profissionais da imprensa dos demais Estados que surgiram várias idéias de formatos sobre a fórmula de disputa do novo Copão da Amazônia. Um deles dividiria os estados em Amazônia oriental e ocidental, sendo que os campeões das duas amazônias decidiriam o título do torneio. Essa proposta foi apresentada pelo presidente da Associação de Cronistas do Pará (Aclep), Ferreira da Costa.
Mas a forma de disputa que agradou a maioria dos presentes foi a semelhante à da Copa do Brasil, com jogos de ida e volta de caráter eliminatório. Na antiga Copa Norte, a forma de disputa lembra a do Campeonato Brasileiro da Série C, com jogos entre os grupos formados por até quatro clubes. E os dois melhores saindo para a fase seguinte. No novo Copão da Amazônia, os clubes participantes entrariam em um sorteio realizado pela CBF, sendo que os clubes do mesmo Estado não poderiam se enfrentar na primeira e segunda fases.
Para premiar o campeão a idéia é reivindicar uma vaga em uma grande competição internacional: a Copa Sulamericana. Desta forma o evento se tornaria atraente aos clubes. Paralelamente ao futebol, a competição serviria para massificar uma campanha de preservação ambiental e de defesa da Amazônia. Quando se discute os problemas ambientais e de proteção ao planeta, nada melhor que o esporte mais popular do mundo para levar essa mensagem.
Leia a reportagem de Abrahão Costa , do Global Amapá