A Aerp diz que a cobrança é ilegal. Além disso, considera o valor exorbitante: R$ 15 mil por partida e R$ 486 mil o pacote com todos os 38 jogos da equipe no Campeonato Brasileiro de 2008, quando entrará em vigor a medida.
A entidade tem o apoio da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que considera “esdrúxula, absurda e ilegal” a medida adotada pelo clube de Curitiba. A Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos (Abrace) também divulgou nota de repúdio à ação do Atlético.
Nesta terça-feira, o advogado paulista Fernando Pimenta concederá entrevista coletiva para esclarecer o assunto. Segundo Luciana Pombo, diretora de comunicação do Atlético-PR, ele foi o responsável pelo embasamento jurídico da cobrança e apresentará o parecer favorável durante o encontro com os jornalistas.
Atlético-PR cobra das emissoras de rádio que queiram transmitir seus jogos
Em entrevista à Agência Estado, Cezar Telles, presidente da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná se disse perplexo com a quantia divulgada. “Não sei de onde tiraram esse valor”, acrescenta. Uma reunião da Aerp, marcada para hoje, iria decidir qual a atitude a ser tomada. Existem duas opções: boicote ou batalha jurídica. A primeira é a que vem ganhando mais força, segundo a Folha On Line.
Procurada pelo Rádio Base, a Rádio Capital (SP), informa através de sua assessoria de imprensa que não tem condições de pagar o que o Atlético-PR está pedindo. Essa situação deve ser extensiva a outras emissoras.
No começo do ano ocorreu algo semelhante em Santa Catarina. A Associação de Clubes de Futebol Profissional daquele estado entrou numa queda de braço com as estações de rádio. Conforme publicou o Diário Catarinense à época, “(…)emissoras da Capital também não concordaram com a determinação, que prevê uma espécie de permuta: em troca do uso da cabine e acesso ao campo, as rádios devem fazer 900 inserções (por clube) durante o campeonato. Estes comerciais seriam utilizados nos intervalos das emissoras. Em reais, segundo o diretor da rádio Nereu Ramos, Evelásio Paulo Vieira, significaria um custo de R$ 40 mil. As rádios entendem que, na verdade, a Associação de Clubes quer cobrar direitos de transmissão, algo não existe em nenhum lugar do Brasil”.
Em 1991, o então presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, também pensou em cobrar direitos de transmissão do campeonato paulista de futebol. Depois de muita discussão, a idéia não foi levada adiante. Recentemente, Carla Duailibi, então responsável pelos contratos de marketing do Corinthians na gestão de seu avô, Alberto Duailibi, tentou ressucitar esse assunto, mas não obteve sucesso.
do portal Bem Paraná
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Conclusões à parte, devemos levar em conta que estamos passando por um momento que deve ser visto como positivo, pois toda transformação é resultado de uma reação. Não podemos ficar parados e assistir o rádio cair cada vez mais (em audiência) e o futebol maranhense definhar a cada estadual.
De tudo tiremos uma lição, talvez dessa possamos tirar mais vida às emissoras de rádio.
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Como torcedor do futebol maranhense (entenda-se Sampaio Côrrea), vejo uma possibilidade das emissoras ajudarem na reestrutura do futebol maranhense. A antiga geração do rádio esportivo maranhense mantém vivo um saudosismo sobre os tempos dourados e muitos se colocam na linha de frente para defender mudanças no atual modelo de disputa. Sugestões (?) que vão desde à mudança do presidente da FMF (já chega né?) até a criação de uma liga independente.
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Agora, partindo para uma visão estratégica, a oportunidade de uma emissora ter a oportunidade de exclusividade em uma transmissão é um excelente argumento para a fidelização de contratos com rentabilidade garantida para o veículo e eficiência na publicidade oferecida ao anunciante. Uma relação benéfica para as duas partes que, automaticamente, vai moldar novos formatos e estratégias de marketing que oxigenarão os modelos de programação e transmissões atuais.
Zeca, como comunicólogo, como profissional da publicidade e como torcedor da volta da grandeza do futebol maranhense, vejo esta questão por alguns ângulos: o primeiro está na restrição que algumas emissoras irão ter em transmitir estes jogos, visto que o veículo rádio atravessa uma fase de resistência por grande parte dos anunciantes, que em sua maioria não acreditam no seu potencial comercial. Produtos massificados ainda garantem a sobrevivência das emissoras de rádio, mas aumenta cada vez mais o desafio para manter uma receita equilibrada neste veículo.