Peixe vence Timão com gol do maranhense Kléber
Devido às últimas rodadas, o clássico da Vila ganhou ares de decisão. Embalado por quatro vitórias seguidas, o Santos, ex-candidato ao rebaixamento, tinha virado concorrente às semifinais. Do outro lado, um Corinthians ainda no G-4, mas que vinha oscilando no Paulistão.
Ao Peixe, só vencer interessava. Ao Timão, o empate não seria dos piores resultados. E foi assim que o jogo começou. Mais atirado, o Santos foi para cima, mas o Corinthians não deixou por menos e também atacou. Os primeiros minutos foram lá e cá, com boas oportunidades de gol, mas foram os donos da casa que abriram o placar. Aos 15 minutos, depois de uma bobeada de Perdigão que tinha a bola dominada, tropeçou e perdeu , Molina fez grande jogada, atraiu a marcação e deixou Sebastián Pinto livre para marcar. Passe de um colombiano, finalização de um chileno e 1 a 0 na Vila Belmiro.
O troco não demorou, mas foi anulado pelo árbitro Sálvio Spinola Fagundes Filho. Após cobrança de escanteio, Diogo Rincón cabeceou para o gol, mas o juiz viu falta de Fabinho e parou o jogo. Até o fim do primeiro tempo, chances foram criadas e perdidas… Molina teve ótima oportunidade para ampliar e errou o alvo; André Santos teve o gol livre, mas a bola caiu no seu pé errado (o direito) e ele chutou pelo alto.
A torcida santista elegeu Perdigão o 12º jogador do Peixe. Após ter falhado no lance do gol e ter cometido mais erros, cada vez que o corintiano pegava na bola, a arquibancada da Vila Belmiro ia ao delírio.
Decisão nos primeiros minutos do segundo tempo
O Corinthians voltou do intervalo ciente de que estava atrás no placar, mas que não estava devendo futebol ao adversário. Após a conversa do técnico Mano Menezes no vestiário, o Timão iniciou o segundo tempo com tudo. Em menos de dois minutos foram três escanteios. No terceiro, William cabeceou firme, e Carlão só desviou para a rede, empatando o clássico.
Mas quase não deu tempo para comemorar. O Corinthians pagou o preço da sua pior deficiência aos 6 minutos: os passes errados. Betão interceptou passe de Fabinho, quase na área do Santos, passou para Molina, que armou o contra-ataque e achou Kleber Pereira. O atacante trombou com Carlão, derrubou o zagueiro e fuzilou. O Timão reclamou de falta, mas o juiz validou o 11º gol do agora também artilheiro do Campeonato empatado com Pedrão, do Barueri.
O novo empate quase ocorreu aos 15, quando Herrera carimbou o travessão de Fábio Santos. Percebendo que corria risco, o técnico Emerson Leão tratou de reforçar o sistema defensivo trocando Sebastián Pinto por Marcelo. Como resposta, Mano Menezes mandou Lulinha e Acosta para campo. A vida do Peixe parecia que ia se complicar quando Betão foi expulso. Para não ficar com a zaga desprotegida, Leão trocou Renatinho, que tinha acabado de entrar, pelo estreante Fabão. O lateral Adoniran se machucou, mas como o time não tinha mais direito a substituição ele foi no sacrifício até o fim. A última cartada de Mano foi Marcel, mas o Timão não conseguiu empatar, apesar de insistir (e muito!) na bola aérea.
O Corinthians ainda não está morto, mas vai cabisbaixo para enfrentar Marília e Noroeste nas rodadas finais. Já o Peixe, mais vivo que nunca, parte embalado para cima de Rio Claro e Ponte Preta.
Fonte: Globoesporte.com