Com boa atuação do melhor do mundo Kaká, o Milan bateu o Boca Juniors por 4 a 2 em Yokohama, neste domingo, e tornou-se tetracampeão mundial de clubes. A conquista fez com que os milanistas superassem o Boca em número de títulos mundiais, e impediu que os argentinos chegassem ao décimo campeonato, marca com a qual ultrapassariam o Brasil (que tem nove) como os maiores vencedores dessa competição.
Kaká, que provavelmente será anunciado como melhor jogador do mundo nesta segunda-feira, fez o que se espera de um brasileiro diante de um time argentino: arrebentou. Ele marcou um (o terceiro, assista ao lado) e deu passe para os dois de Inzaghi, além de infernizar a defesa do Boca. Para completar a festa brasuca, Emerson e Cafu, que começaram no banco, também entraram, para poderem tirar também sua casquinha sobre os maiores rivais.
Foi uma goleada histórica que vingou os italianos da derrota para esses mesmos rivais em 2003, marcou a primeira conquista européia neste novo formato de disputa, e consagrou Kaká como melhor jogador do mundo em 2008.
Equilíbrio
Os primeiros minutos em Yokohama foram de forte marcação do Boca. Mas o Milan, aos poucos, começou a encontrar espaços. Aos cinco, numa bobeira da defesa, Seedorf deu belo passe para Inzaghi que, livre na direita, tocou cruzado fraco, rente à trave de Caranta.
O Boca, bem postado na defesa, tentava chegar em contra-ataques, mas sem muito perigo. O maior susto para a defesa milanista foi uma saída errada de Dida aos 10 minutos.
Os argentinos, com o passar do tempo, começaram a se abrir e a buscar mais o jogo, e aos 20 minutos, saiu dos pés de Palermo o primeiro chute a gol argentino.
Mas a resposta italiana foi mortal e imediata, e na jogada seguinte, Inzaghi, após bela jogada de Kaká pela esquerda, abriu o placar.
O jogo finalmente ganhava em emoção. E um minuto depois, o Boca empatou. Palacio recebeu um cruzamento da esquerda de Morel Rodriguez na pequena área, Dida não saiu e viu o argentino cabeçear e igualar tudo.
A segunda metade da primeria etapa foi bem melhor. O Milan era superior, mas o Boca tornava-se mais perigoso nos contra-ataques, e a torcida argentina, sentindo a melhora, não parava de incentivar.
O Milan tinha mais posse de bola e opções de ataque, mas o Boca aos poucos conseguia chegar com mais perigo no ataque, principalmente graças a falhas na defesa italiana.
Os últimos minutos tiveram emoções fortes para os dois lados. Aos 42, Kaká chutou, mas bola resvalou na zaga e foi a escanteio. Dois minutos depois, Seedorf bateu de fora da area para defesa firme de Caranta. E nos acréscimos, Palacio, em contra ataque rápido, marcou, mas o bandeira marcou impedimento, e os dois times foram para os vestiários com o 1 a 1.
Emoção e tensão
O segundo tempo começou com tudo, e aos 4 minutos Nesta desempatou para os rubro-negros. Com a vantagem o Mllan cresceu e assumiu o controle da partida. Kaká passou a arriscar mais, e os italianos levavam cada vez mais perigo ao gol do Boca.
Mas com um time como o Boca não se pode dar mole. E aos 13, Ibarra, de fora da área, botou na trave de Dida.
Parecia que os argentinos iam se animar, mas aos 15, Kaká fez jogada pela esquerda, chutou fraco, e Caranta aceitou. Após o gol, o brasileiro exibiu uma camiseta por baixo com mensagem religiosa, o que é proibido pela Fifa, mas o juizão deixou passar e não o advertiu.
Com 3 a 1, o título ficava mais perto. E ficou mais ainda quando Inzaghi, após outro passe de Kaká, fez o quarto.
Aos 30, Kaladze fez falta violenta em e foi expulso, deixando o Milan com um a menos. O Boca cresceu, e, aos 35, Dida impediu que Palermo diminuísse.
Mas o segundo gol argentino saiu aos 40, quando Ambrosini chutou contra a própria meta após outra grande defesa de Dida. Mas não adiantava mais, e o Milan comemorou merecidamente o título de Campeão Mundial de 2008.
Fonte: Globoesporte.com