Em meio a uma grande decepção em função da possibilidade de eliminação do Imperatriz no Campeonato Brasileiro Série C, o Cavalo de Aço receberá o Galo da Chapada, às 20h30, no Estádio Frei Epifânio D’Abadia.

O time do técnico Luís Carlos Wink volta a campo após a desclassificação no Campeonato Brasileiro Série C. Delmir, Alex Mineiro e Eloir estão suspensos e desfalcam o Sampaio.

O time está definido com: Felipe, Lima, Bill e Robinho. Marcos Sousa, Pires, Pablo, Leandro Marangon e Raí. Ari e Coelho.

O Nacional não terá o técnico Pedrinho Rocha que deixou o clube e foi para o Piauí. O técnico Raimundo Oliveira também já definiu a equipe: Gilberto, Paulinho, Jorge, Ricardo Henrique e Cambota. Bubu, Cidinho, Juninho e Ricardinho. Andrezinho e Carlinhos Silva.

Com os jogadores em greve a mais de um mês por conta dos atrasos no pagamento de salários, o Moto pediu à FMF o adiamento do jogo para que possa reiniciar os treinamentos ainda esta semana.

Além de Bagé, o Moto dispensou na semana passada os seis jogadores contratados fora do Maranhão. Os salários de jogadores e funcionários continuam com três meses de atraso.

O jogador foi punido com cartão amarelo nos jogos contra o Paysandu, Ananindeua e Rio Branco. Automaticamente, Rossini deveria cumprir suspensão de uma partida, conforme determina a regulamentação do Brasileiro. Todavia, ele participou normalmente do clássico maranhense contra o Bolívia, como é chamado o Sampaio, na última quarta-feira, pela penúltima rodada da segunda fase da Terceirona.

Caso seja punido por utilizar o atleta, o que é provável, segundo Virgílio Elísio, o Imperatriz perderá seis pontos. Com isso, o Cavalo de Aço passaria a somar quatro pontos, sendo superado pela Tuna Luso, que encerrou sua participação na segunda fase com oito pontos no grupo 17. O julgamento do ‘caso Rossini’ pela 3ª comissão disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em princípio, está programada para quinta-feira, 6, no Rio de Janeiro.

A CBF informou em seu site que vai aguardar pelo resultado do julgamento para divulgar a tabela dos jogos do grupo em que estará a Lusa ou o Imperatriz. O diretor técnico da FPF, Paulo Romano, informou que conversou com Virgílio Elísio, por telefone, quando foi informado que a Tuna Luso conta com grandes chances de permanecer no campeonato.

‘O Virgílio me falou que as chances são de 99% de a Tuna continuar disputando a competição’, declarou.

A diretoria cruzmaltina deve contratar os serviços de um advogado no Rio de Janeiro, a fim de que este acompanhe o julgamento da quinta-feira.

A possibilidade de o time voltar a disputar a Série C deixou o técnico Carlos Lucena eufórico. O treinador havia marcado a reapresentação do time para amanhã, mas ao ser comunicado do julgamento do ‘caso Rossini’ antecipou a volta para hoje pela manhã, no Souza.

‘Vamos continuar trabalhando, torcendo para que tudo dê certo no julgamento e o Imperatriz seja punido pelo tribunal’, disse.

Pairam suspeitas também sobre Hallace. Mas CBF liberou o jogador

Caso perca os pontos e seja eliminado da Série C, o Imperatriz está pronto para dar um abraço fatal na Tuna, alegando que o time paraense também atuou com um jogador irregular: Hallace, ex-atleta do Bragantino. O regulamento proíbe a utilização de jogador que já tenha atuado em competição nacional no mesmo ano.

A denúncia nem faz cócegas na Tuna. Segundo o supervisor de futebol da Lusa, João Bosco, antes de lançar mão de Hallace o clube fez uma consulta à Confederação Brasileira de Futebol. Foi informado pela sra. Cleoni, do Departamento de Registro da CBF, que o jogador tinha condições plenas de jogo. O nome dele foi até incluído no Boletim Informativo Diario (BID), o que deixa o atleta apto a jogar.

Hallace foi de fato escalado pelo Bragantino contra o Sertãozinho, quando o time disputava a Série C, mas ficou no banco. Alega ainda o dirigente tunante que um atleta pode ser transferido mesmo tendo jogado até três partidas.

Os demais jogos de Wallace pelo Bragantino, neste ano, foram pela Copa Federação, em quatro partidas, mas como não se trata de competição nacional não existe qualquer risco de problemas.

O próprio jogador também tranquiliza a Tuna, afirmando que não foi expulso, nem recebeu cartão amarelo em quaisquer competições, não havendo contra ele qualquer punição pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Caso houvesse, seria esta uma argumentação certa do Imperatriz para derrubar as pretensões dos tunantes de voltar à competição.

Virgílio Elísio contou como foi constatada a possível irregularidade do Imperatriz no caso Rossini.

– O jogador havia recebido um primeiro cartão amarelo e depois recebeu o segundo (que representa um cartão vermelho) e anula apenas o segundo amarelo. Então foi o que aconteceu com o jogador do Imperatriz. Todo garoto, todo iniciante de crônica esportiva sabe que o segundo amarelo representa um cartão vermelho – explicou.

Virgílio Elísio disse que o cartão vermelho não anula os dois amarelos recebidos numa mesma partida, a exemplo do que aconteceu com o Imperatriz.

– Eu estive conversando com o presidente (do Imperatriz) e minha funcionária com o supervisor (do Imperatriz), e ele alega que se confundiu, ele entendeu diferente na contagem.

O diretor técnico da CBF disse que não acredita em má fé do Imperatriz.

– Eu não tenho a menor dúvida de que o Imperatriz não agiu de má fé. Eu não tenho nenhuma dúvida de que foi um lamentável erro na forma de contar. Mas isso cabe, essa explicação cabe ao processo – afirmou.

Virgílio disse que fez a sua parte ao encaminhar o assunto ao STJD e que dificilmente o Imperatriz terá sucesso.

– A euforia nas ruas é muito grande pela classificação e de repente essa bomba cai sobre as nossas cabeças. A gente tem que buscar força não sei de ontem – afirmou.