Costumam dizer que treino é treino e jogo é jogo. Não entendo isso muito bem. Para mim, o que se faz em treino se faz em jogo. Tive a oportunidade de acompanhar o treinamento do Imperatriz na quinta-feira à tarde, no Estádio Frei Epifânio e fiquei impressionando com a quantidade de gols perdidos pelo atacante Lindoval. Ele errava uma, duas, três, quatro vezes e ninguém parava o treinamento para corrigir as jogadas.
Estava ao lado do repórter Carlos Dantas, da Rádio Mirante AM de Imperatriz e comentei: “Ele perde esses gols no treino e perde também nos jogos”. Mais tarde, tive a oportunidade de conversar com o Sérgio (preparador de goleiros do Cavalo de Aço) e fiz o mesmo comentário.
No sábado, o “matador” Lindoval foi um dos principais personagens da 1ª partida decisiva entre Imperatriz e Sampaio. Ele jogou fora pelo menos três grandes oportunidades de colocar o Imperatriz na frente nesta decisão somente no 1º tempo.
Abadito e de cabeça baixa, Lindoval deixou o campo. Ele sabia que as chances perdidas iriam fazer a diferença no final do jogo. No retorno para o 2º tempo, o “matador” do Cavalo ouvia atentamente os companheiros que insistiam: “Você não pode mais perder esses gols”, disse o volante Ademir.
Não adiantou. Lindoval não conseguiu render mais nada e o ataque do Imperatriz também. Lindoval não acertava e Willian parecia perdido como sempre. Nas arquibancada a torcida gritava por Rubsen. O técnico Hugo Sales foi na onda da torcida e lançou o atacante que foi sensação em 2005. Mais Rubsen era outro. Bem gordinho, praticamente nem tocou na bola.
Não quero dizer que o Lindoval é o único responsável pelo empate, mas fica a observação sobre o que vi no treino e no jogo. O que se faz no treino se faz também nos jogos.