Desde que assumiu o time, o técnico Luís Carlos Wink acumula bons resultados e mostra que está mais vivo do que nunca e que é candidato à segunda vaga maranhense no Campeonato Brasileiro Série C.

Mais uma vez, mesmo atuando no manjado esquema 3-5-2, o Moto saiu perdendo. Somente na etapa final, Douglas marcou e fez o seu 12º gol. O ataque até que faz, mas a defesa continua batendo cabeça.

Não é à toa que o Comerciário é a sensação deste 2º turno. Na estréia, um empate com o Sampaio de 1 a 1. Em seguida, uma derrota para o Chapadinha por 2 a 1. No último domingo, a vitória de 3 a 2 sobre o Moto e poderia ter sido de muito mais se os atacantes não tivessem perdido as oportunidades criadas, principalmente no 1º tempo. E para confirmar a boa fase, a vitória ontem contra o Imperatriz.

A fórmula é bem simples: basta jogar futebol e não ter medo. Medo aliás que ficou evidente por parte do Moto quando o técnico Raimundinho Lopes lançou um time de início com três volantes contra esse mesmo Comerciário e só depois do 2º gol resolveu corrigir o erro de escalação. No Comerciário não há numerologia para definir o esquema de jogo 3-5-2, 4-3-3 ou 3-4-2-1, isso é coisa para time que se diz “grande”. No Comerciário não existe a pressão da torcida e aí fica fácil o técnico mandar a campo uma equipe apenas para garantir o resultado e o administrar o seu emprego.

E a questão chave está aí. Já vi o mesmo Sandow Feques quando técnico do Moto lançar algumas formações defensivas contra adversários modestos. Muitas vezes vencia os jogos, mas a torcida não ficava nem um pouco satisfeita com o desempenho nas partidas. Na decisão do 1º turno, o Moto precisava vencer o Imperatriz para conquistar o título. Começou o jogo com três zagueiros e dois volantes, um time excessivamente defensivo no papel montado pelo ex-técnico Arlindo Azevedo e que em nenhum momento conseguiu parar o adversário. Tenho visto isso se repetir constantemente em nossos clubes. Mas no Comerciário não há cobrança e tudo acontece de forma diferente.