Uma noite com Jair Rodrigues

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A mídia no Brasil sempre foi injusta com alguns segmentos da Música Popular Brasileira. Refiro-me em especial aos cantores do gênero popular e também aos que participaram de momentos marcantes na história da MPB. Gente que não toca de jeito nenhum na programação das emissoras de rádio e praticamente não aparece na TV.

Ontem à noite acompanhei uma apresentação do cantor Jair Rodrigues, no teatro Arthur Azevedo durante a realização do Prêmio Universidade FM. Foi simplesmente sensacional o que vi. Uma aula ao vivo do que é a Música Popular Brasileira. Tive a oportunidade de viajar no tempo e conhecer um pouco da história dos grandes festivais realizados principalmente na década de 60.

Vi um homem simples em transformação no palco. Ele tem voz, estilo, presença de palco e muita, mas muita energia mesmo. Em certo momento da apresentação, Jair com a lucidez de sempre pergunta a alguém na platéia: você gosta de poesia? Vou contar uma para você:

“Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bundalelê”.

Era uma crítica ao que a mídia chama de sucesso nacional.

Jair lembrou o encontro com Alcione. “Logo quando ouvi pela primeira vez disse: você canta muito menina”. Disse que gostaria de apresentá-la ao dono da gravadora Philips. Ela disse que tinha uma viagem marcada para a Itália e na volta iria me procurar. Achava que ela nunca mais apareceria. Dois meses depois ela voltou e não é que a danada me procurou mesmo! “Naquela época eu chegava na gravadora e apresentava um artista que cantava bem e logo o dono da gravadora chamava para fazer um disco, hoje é diferente não funciona assim”, contou.

Jair passeou pela história dos festivais. Cantou “Prá não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré e “Disparada”, de Geraldo Vandré e Theo de Barros; “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinan; em “Arrastão”, de Vinícius de Moraes e du Lobo fez uma saudação à inesquecível Elis Regina; “Majestade, o sabiá”, de Roberta Miranda e “Deixa isso pra lá”, de Alberto Paz e Edson Menezes, era o precursor do hap em grande celebração. O show foi exatamente isso. Em apenas seis músicas, Jair contou a história da MPB.

O suficiente para contagiar o público. “Ele é um louco, tem muita energia, subiu e desceu do palco, passeou no teatro”, comentava o compositor José Pereira Godão. “Maravilhoso, espetacular”, reagiu Mano Borges. Ganhamos a noite. Essa ficará para a vida inteira.

Mais tarde, tive a oportunidade de encontrá-lo em um local da cidade. Contei que estava no teatro e tinha acabado de ver o seu espetáculo e aplaudí-lo de pé. Nasci exatamente na época em que o Jair começa a brilhar nos festivais. E por isso nunca o tinha acompanhado em um show antes. Mas, enfim, o tempo me deu a oportunidade de vê-lo ao vivo.

Jair Rodrigues é um desses artistas injustiçados pela mídia. Não toca em rádio e não aparece na TV. A exemplo dele poderia citar aqui outros nomes, mas prefiro deixar a reflexão para cada um daqueles que definem o que vai ou não para a mídia. O que deve ou não ser sucesso. Da minha parte, o meu muito obrigado ao Jair pela grande noite que ele proporciou a todos que estiveram no Teatro Arthur Azevedo. E salve a Música Popular!!!!

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Será que o estádio está encolhendo?

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Esse negócio de arrecadação nos jogos de futebol no Maranhão virou mesmo caso de polícia. Nenhum torcedor que esteve ontem no Estádio Nhozinho Santos e acompanhou o empate de 1 a 1 entre Moto e Sampaio acredita que lá estavam apenas 5 mil 331 pagantes e 958 não pagantes. Basta você ver as imagens na televisão para tirar as suas próprias conclusões.

A divulgação do público provocou a reação dos dirigentes de Moto e Sampaio. “Houve um roubo na arrecadação”, afirmou o diretor de futebol do Sampaio, José Alberto de Moraes Rego. “Ninguém acredita que aqui tinha só isso”, disse Raul Menezes, diretor do Moto.

Se o público real foi esse mesmo não tenho dúvida nenhuma em afirmar que o Nhozinho Santos que possui a capacidade para 22 mil pagantes está encolhendo. Fazendo uma continha bem simples e rápida 6 mil 197 pessoas estiveram ontem no Nhozinho Santos. Se a capacidade é de 22 mil pagantes, então pergunto: onde colocar mais 16 mil pagantes?

Pergunto isso porque estou preocupado com o que pode acontecer no domingo. O público que foi ontem vai voltar porque viu um grande jogo e um gol sensacional marcado pelo artilheiro Jurandir, do Sampaio. Além disso, acredito que muita gente decidiu economizar uma grana e deixou para assistir a segunda partida.

Alguém explica?

O que está acontecendo?

Isso é caso de polícia!!!!!

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O favorito é… Sampaio ou Moto?

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Vocês já perceberam que o discurso dos treinadores e dirigentes dos times de futebol é sempre o mesmo? Principalmente quando estamos diante de uma decisão e os adversários são rivais.

Vejam o que está acontecendo agora na decisão do Campeonato Maranhense. De um lado o técnico Gilson Kleina (Sampaio) e do outro Arlindo Azevedo (Moto). Se você trocar o uniforme vai perceber que a estratégia até aqui é rigorosamente igual. O favorito é o Moto. Não o favorito é o Sampaio. E nenhum dos dois finalistas quer o título de favorito, afinal o que vale mesmo é o título de campeão.

Nos últimos anos esta linguagem tornou-se padrão no futebol. Sempre é atribuído ao adversário um certo “favoritismo” antes dos jogos. Ninguém quer demonstrar certa vantagem, mesmo quando os números provam o contrário. Esconder o jogo e ressaltar as qualidades do adversário e esconder as suas faz parte do ritual levado para dentro das quatro linhas.

O técnico Gilson Kleina diz que o favorito é o Moto. Segundo ele, o elenco do Sampaio é reduzido, perdemos quatro titulares que receberam o terceiro cartão amarelo e o nosso time vem de uma maratona de jogos, enquanto o adversário está apenas treinando e descansando nos últimos 20 dias.

O técnico Arlindo Azevedo aponta o Sampaio como destacado favorito. E não era para menos. O rival tem a melhor campanha, melhor ataque, melhor defesa, o artilheiro do campeonato e joga por três resultados iguais. Quer mais vantagem do que isso?

Nessa hora é melhor ignorar os números. Para muita gente uma vantagem muito grande só serve para atrapalhar. E de fato isso é verdade. Futebol começa 0 a 0 mesmo.

Nesta quarta-feira (13) quando a bola rolar, vamos saber quem está escondendo o jogo. E aí, quem sabe já no próximo domingo vamos saber quem de fato ficou o o título de campeão maranhense em 2006.

Por enquanto, boa sorte aos astros da grande decisão e vamos lotar o estádio na festa de rubro-negros e tricolores.

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A decisão mais esperada

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Agora é prá valer. Sampaio e Moto estarão frente a frente na decisão do Campeonato Maranhense 2006. Será o encontro do campeão do 1º e o campeão do 2º turno. E de saída, a vantagem é do Sampaio que joga por três empares.

A decisão poderá acontecer em até três jogos. O campeão será a equipe que primeiro chegar a 4 pontos. Se nos dois primeiros jogos acontecerem dois empates ou uma vitória de tricolores e outra de rubro-negros, a decisão vai para a terceira e decisiva partida. E nesta, o Sampaio que possui a melhor campanha em toda a competição jogará pelo empate.

Como todo Sampaio e Moto este não é diferente e também não tem favorito. Nos dois jogos realizados durante o Estadual,a vantagem também é do Sampaio. Houve um empate e uma vitória Tricolor.

A torcida do Sampaio está bem mais motivada. O time acabou de conquistar o 2º turno na decisão com o Chapadinha. O Moto conquistou o 1º turno, mas teve uma campanha bem fraca no 2º e sequer chegou às semifinais. O time vinha apenas treinando enquanto o adversário da decisão decidia o returno.

Se você gosta de números, o Sampaio tem também a melhor defesa e o artilheiro da competição André Lima. No Moto, a torcida aposta na boa fase e nas defesas milagrosas do goleiro Flaubert.

Esses são alguns dos ingredientes da grande final do Campeonato Maranhense 2006 que começa nesta quarta-feira (13), às 20h30, no Estádio Nhozinho Santos – local do torcedor que adora uma grande decisão.

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O rádio do nosso dia-a-dia

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A participação ativa dos ouvintes é uma das características que diferencia o rádio maranhense dos demais estados. Tive a oportunidade este ano de trocar experiências com jornalistas de vários estados e constatei a importância do trabalho que realizamos aqui no Maranhão.

É nas emissoras de rádio AM que os ouvintes trazem os problemas do nosso dia-a-dia e vão em busca de soluções. Nas FMs, a participação dos ouvintes também é grande, mas em geral está voltada aos pedidos de música e promoções.

Através das ondas do rádio, os ouvintes conseguem conversar com as autoridades. Problemas que duravam anos e anos são solucionados de imediato. O rádio mostra a sua força e presta serviço à população.

E uma vez acionada por telefone, a unidade móvel das emissoras vai aos bairros e mostra ao vivo a realidade das nossas comunidades.

Certa vez, uma senhora que mora na Zona Rural de São Luís ficou sem energia após uma chuva forte que arrastou tudo. Já estava próximo de clompletar dois dias quando ela decidiu ligar para a Rádio Mirante AM. O jornalista que estava no ar, sensibilizado com o drama, mandou ligar de imediato para a Cemar. Pouco depois de 2h tudo estava normalizado.

A senhora retorna a ligação no dia seguinte. Ela estava feliz da vida com o retorno da energia.

O apresentador foi rápido:

– A senhora não precisa agradecer nada, esse é o nosso papel. Estamos aqui o dia inteiro para isso mesmo – afirmou.

E de fato é isso mesmo que ocorre. Se o rádio não presta serviço não está a serviço da população. Esse deve ser o papel do veículo que sempre consegue chegar primeiro e que vai mais longe que os outros.

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Flashback ou realidade?

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Ligo o rádio, toca a primeira música… E não consigo ouvir.

Mudo de estação e não gosto da outra também.

Tento uma terceira emissora e… Não resta outra saída. Tenho que colocar o CD no carro.

Têm sido assim nos últimos meses ao tentar ouvir uma FM. Ou melhor, ao tentar ouvir uma boa música no rádio FM em São Luís.

Isso me fez procurar alguns colegas das emissoras para tentar descobrir o que estaria acontecendo. Pelos depoimentos que ouvi, alguns já jogaram a toalha: “Aqui não tem mais jeito não”. Será? – Pergunto.

Se isso for verdade já posso começar a imaginar então que a música mudou para pior. Seria esta uma verdade? Ou cada vez mais conhecemos menos aquilo que estamos fazendo? Estou buscando resposta para também não jogar a toalha.

Poderia passar aqui dias e mais dias lembrando de músicas e cantores que começei a ouvir através das ondas do rádio. Muita gente que hoje faz sucesso; muita gente que já se foi e gente nova que sempre surge no cenário musical. Alguns viraram até meus amigos. Incrível não?

Faço rádio desde 1985 quando entrei para a faculdade de jornalismo. Recordo-me que, ainda quando estudante do ginásio ganhei vários brindes (discos, principalmente) das promoções que eram feitas pelas emissoras. Hoje, eles estão guardados e fazem parte da minha discoteca ou se quiser cdteca. Foi assim que comemeçei a ouvir rádio e a entender aquilo que o ouvinte gostava ou não. Vivi os dois lados da moeda.

Não tenho nenhuma fórmula mágica, mas entendo que, como em toda e qualquer profissão no rádio não é diferente e diria o seguinte:

“É preciso gostar daquilo que se faz. É preciso ter uma motivação nova a cada dia. É preciso esquecer dos problemas, dificuldades… É preciso ouvir quem está do outro lado do radinho. É preciso sentir o gostinho e o desejo de fazer sempre algo melhor, enfim… É preciso fazer sempre mais, mais e mais…”

Como ouvinte e amante do rádio de qualidade fico na torcida para que as coisas mudem para melhor. Do jeito que está, cada vez mais um número menor de pessoas vai ligar o rádio. E sei que ninguém quer isso. Tenho certeza que esse não é o desejo de nenhum profissional e também de nenhum artista.

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Hora de decisão

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A vitória com sabor de derrota dentro de casa enterrou de vez o sonho do Cavalo de Aço em conquistar o bicampeonato. O Imperatriz venceu o o Chapadinha por 2 a 1, mas como havia perdido a partida de ida em Chapadinha por 2 a 0 está totalmente eliminado do Campeonato Maranhão.

E a eliminação aconteceu dentro do Frei Epifânio D’Abadia, onde até o ano passado, o Imperatriz parecia imbatível. A desclassificação põe fim no ciclo de muitos jogadores que participaram da campanha vitoriosa de 2005, mas que não conseguiram repetir as mesmas atuações nesta temporada.

As coisas também não foram fáceis para o Sampaio. O time Tricolor garantiu a sua classificação para a final do 2º turno com dois empates de 1 a 1 com o estreante Santa Quitéria. Foi como disse o técnico Gilson Kleina: “Jogamos com o regulamento debaixo do braço”.

Muita gente até já esqueceu, mas é preciso lembrar que o Sampaio quase ficava de fora do campeonato. O time só começou a disputar os seus jogos dois meses de bola rolando. Depois, ao final do 1º turno, treze jogadores deixaram o clube misteriosamente.

Agora, apenas três clubes poderão conquistar o título de campeão maranhense. Sampaio e Chapadinha que começam a decidir o 2º turno a partir desta quarta-feira e o Moto que conquistou o 1º turno e já está garantido na grande final.

Não vou falar de favoritismo desta ou daquela equipe. O Sampaio é quem tem a vantagem na decisão do 2º turno e se chegar à decisão contra o Moto, também levará a vantagem e jogará por três resultados iguais. Portanto, na prática o Sampaio precisa empatar os seis próximos jogos para sagrar-se campeão maranhense em 2006.

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Colgate lança novo prêmio de jornalismo

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A Colgate está lançando a primeira edição do Prêmio Colgate de Imprensa, iniciativa que visa a incentivar a divulgação de práticas para a boa saúde bucal, aumentando o nível de conhecimento entre a população brasileira.

Cerca de 28 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2003, e esse fato coloca a população em alto risco. Hoje, 45% do país é coberto com água fluoretada – o que foi um grande avanço em termos de saúde coletiva –, mas 90% desse total concentra-se nas regiões Sul e Sudeste.

A inscrição à premiação é gratuita e os jornalistas interessados devem acessar o endereço: www.colgate.com.br para obter mais informações sobre regulamento e acessar a ficha de inscrição on-line, que possibilita anexar a matéria digitalizada, bem como um canal direto para esclarecimento de dúvidas. O concurso vai premiar as três melhores matérias sobre o tema. O primeiro colocado receberá R$ 10 mil, o segundo, R$ 5 mil e o terceiro, R$ 2 mil. Os critérios de avaliação compreendem adequação ao tema, veracidade e atualização das informações, dados apresentados, criatividade na abordagem e utilização de recursos para ilustrar a matéria. O prazo para inscrições termina hoje (1º de dezembro). Os premiados serão conhecidos no dia 9 de fevereiro de 2007.

Fonte: Coletiva.net

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