Democratização da comunicação
Uma série de atividades marcará, até o dia 25, a 3ª Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. Promovido por organizações não-governamentais e entidades ligadas a movimentos sociais, o evento ocorre em diversas capitais. Por meio de debates, palestras, exibição de vídeos e oficinas, os organizadores pretendem abrir um diálogo com a sociedade em torno do estímulo aos meios alternativos de comunicação.
Neste ano, a escolha do padrão japonês de TV digital será um dos principais temas dos debates. Apesar das possibilidades trazidas pela nova tecnologia, a definição do sistema foi um processo que atendeu apenas aos interesses dos radiodifusores, avaliou Bráulio Ribeiro, membro do Coletivo Intervozes, uma das entidades organizadoras da Semana no Distrito Federal.
A concentração da propriedade dos veículos será outro tópico central nas atividades. Para os organizadores da Semana, o monopólio dos meios de comunicação representa um dos principais obstáculos ao exercício pleno da liberdade de expressão. A gente só vai alcançar um nível verdadeiro de democracia quando as várias opiniões e discursos estiverem inseridos na arena das comunicações, explicou Bráulio Ribeiro.
Em Brasília, os principais temas dos debates serão o controle público da mídia e o combate à criminalização dos movimentos sociais. As atividades ocorrem a partir da noite de hoje (17) em faculdades e pontos culturais do Distrito Federal.
Em Vitória, o impasse entre os indígenas do Espírito Santo e a indústria de celulose Aracruz será tema de seminário. Em São Paulo, a partir de amanhã (18), o foco das discussões será o comportamento da mídia na cobertura das eleições. Também será entregue o 28º Prêmio Vladimir Herzog, para jornalistas que se destacaram na cobertura dos direitos humanos.
Um ato público marcará a semana, em Recife (PE). E também estão previstas atividades em Salvador (BA) e São Luís (MA).
A programação completa pode ser conferida na internet, no endereço
www.ciranda.net/sedeco.
Fonte: Agência Brasil