Nas ondas do rádio

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Tenho ouvidos as nossas FMs nestes últimos dias e confesso que alguma coisa errada está acontecendo. Está tudo muito parecido. Como ouvinte, corro o dial para lá e para cá e… acabo tendo que ouvir um bom CD no carro ou em casa.

Antes de escrever sobre este assunto procurei de conversar com o produtor e pesquisador musical Pedro Sobrinho.

O Pedrinho me disse: “Eu acho um absurdo. Você fica sem opção. Eu não acho legal. Você ouve uma é reggae, ouve outra e a terceira também. Os programas deveriam acontecer em horários diferentes. À tarde seria o melhor horário. Eu não sei se o ouvinte da noite quer ouvir esse tipo de música, além disso os programas são muito parecidos”.

Tenho exatamente a mesma opinião do Pedro Sobrinho. Não estamos dizendo que esse ou aquele tipo de música é melhor. Apenas constatamos que está tudo muito igual. Não vou entrar na discussão besta que sempre ocorre aqui sobre o reggae. Poderia dizer o mesmo em relação aos domingos pela manhã. O dial é tomado pelo samba ou ainda sobre os horários de flashback que se multiplicam no dial das FMs. E aí vão dizer também que não gostamos de samba ou de flashback, enfim que não entendemos e gostamos de música.

Não é nada disso. Acho que tudo demais acaba enchendo saco. Gosto de um rádio que me faça companhia e de preferência boa companhia. Mas para que eu possa ter uma idéia melhor sobre tudo isso gostaria de conhecer a sua opinião. Você concorda comigo ou estou completamente errado?

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Mano Borges em DVD

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Anote aí uma grande dica para esta quarta-feira (6). O Cantor e compositor Mano Borges faz show no Teatro Artur Azevedo e grava o seu primeiro DVD. Os convidados especiais são Antonio Vieira, Alê Muniz e Luciana Simões.

Mano será acompanhado por Pepê Jr. na guitarra, violões e direção musical; Bernardo no contrabaixo; Coelho nos teclados; Joel na bateria e Monstrinho na percussão.

No repertório estarão os sucessos: Você é Tudo, Bangladesh, Ça Va, Danielle, Fácil de Entender, além de outras canções que Mano estará apresentando pela primeira vez ao público. O show começa pontualmente às 20h30.

Trajetória

Foi no Maranhão, terra cheia de ritmos, batuques e tambores, que Mano Borges tomou gosto pela carreira artística. Como percussionista, começou a criar os primeiros sons de suas composições que viriam a fazer sucesso. Em 1983 foi convidado para integrar o grupo “Asa do Maranhão”, apresentando-se com grandes estrelas da MPB como Marina Lima, Sivuca, Beto Guedes. “Nessa época eu já havia adquirido uma habilidade multiinstrumental, tocava violão, bandolim, escaleta, percussão…”, afirma Mano.

Em 1988, o compositor embarcava para Porto Alegre, onde residiu por dois anos adquirindo experiências musicais e participando de grandes eventos da capital gaúcha. Mano retorna à sua terra natal em 1990 e começa a tocar nos bares em São Luís. Daí em diante, já reconhecido como um dos artistas mais conceituados da capital maranhense e elogiado pelos principais críticos da cidade, não parou mais. Teve a primeira oportunidade e expandir sua arte pelo mundo quando se classificou em um grande concurso na França, Les Découvèrtes, com a música “Sub-americanos”. Com isso teve a chance de excursionar pela Europa.

Em 1998 vai a Roma a convite da cantora Surama Castro para gravar uma música de sua autoria. Não foi, porém, a única homenagem que prestariam ao compositor. Em seu mais recente CD, a cantora Rita Ribeiro regravou “Essa Dona”. Além de Rita, Lecy Brandão é outra recente intérprete de Mano com a música “Lua Diamantes”. Em 2000, após dois LP’s e cinco Cd’s, todos de produção independente, o compositor emplaca nas rádios maranhenses, conquistando o título de “melhor compositor do ano” na cotação da imprensa local.

Compositor que não tem medo de injetar tons pop em sua MPB quase ortodoxa, Mano Borges é mais um dos artistas que tentam assumir a tocha da MPB tradicional, sonora e poeticamente, ao mesmo tempo em que querem soar contemporâneos, “antenados”. Arranjos simples, despojados, aliados à melodias de apelo radiofônico, fazem do trabalho do cantor uma audição palatável.

Por todo este currículo é que o show de Mano Borges desta quarta no Arthur Azevedo promete e muito. Todos os presentes se deliciarão com a recriação da cantiga Maranhão Meu Tesouro, Meu torrão, num arranjo acústico embolado com beats programados. Ou ainda com as singelas Você É Tudo, Disfarço, ou mesmo de Bom Defeito (com boas guitarras roqueiras).

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