Conheça os erros mais comuns que atrapalham o desempenho na musculação

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Praticar musculação faz bem para a saúde e ajuda a deixar o corpo mais definido, mas exige uma série de cuidados nos treinos. Dores, insônia e até mesmo distúrbios psicológicos podem indicar que algo está equivocado.

O médico do esporte do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre listou os erros mais comuns de quem pratica musculação. Confira:

Não avaliar o condicionamento

O check-up médico verifica se a saúde cardiovascular está apropriada para o foco que o aluno pretende dar ao treino — ganhar massa magra ou definir os músculos, por exemplo. Consultar um cardiologista também é importante para testar a tolerância ao esforço e conhecer os limites do próprio corpo.

Além da parte médica, a avaliação física — realizada pelo treinador — é um procedimento essencial para a prescrição do treino, que irá definir os exercícios, a intensidade e a carga adequados por meio da análise das valências físicas (força, potência, percentual de gordura, de massa magra etc).

As avaliações devem ser feitas, em média, a cada seis meses — período que varia conforme a frequência e intensidade dos treinos. O acompanhamento ajuda a corrigir algumas limitações, como erros posturais, falta de equilíbrio do tônus e variação da força muscular em membros diferentes do corpo.

Pular aquecimento e alongamento

Segundo Ziembowicz, o aquecimento prepara o corpo para a atividade, aumentando a estimulação do sistema cardiorrespiratório e o fluxo sanguíneo dos músculos. Já o alongamento aumenta a flexibilidade e a elasticidade dos músculos, diminuindo o risco de uma distensão das fibras musculares durante uma contração forçada ou descoordenada.

Embora pareça simples, o alongamento deve ser orientado por um profissional de educação física pelo menos durante os primeiros dias de treino. O recomendado é o alongamento estático, que alonga o grupo muscular por cerca de 20 segundos. De acordo com Ziembowicz, deve-se evitar o alongamento com movimentos balísticos — que incluem sobressaltos — pois há risco de ultrapassar a flexibilidade do músculo e causar alguma lesão.

A necessidade do alongamento antes da musculação divide opiniões entre especialistas, pois alguns estudos afirmam que ele pode diminuir um pouco o desempenho muscular. O médico acredita que o alongamento pode não ser indicado para um campeonato de supino, por exemplo, mas afirma que é altamente recomendado para treinos de musculação.

Não pedir ajuda

O instrutor, como a própria denominação já explica, está ali para instruir. Ele é responsável por planejar os exercícios e acompanhar as execuções. Faz parte da função do profissional alertar o aluno em casos de movimentos mal feitos e de intervalos não respeitados, o que influencia nos resultados e aumenta o risco de lesões — tendinites, inflamações, dores musculares e até mesmo fraturas ósseas causadas por estresse.

Escolher o tênis errado

Mesmo para quem opta pela musculação, o tênis pode favorecer (ou atrapalhar) o desempenho nos exercícios. Ziembowicz recomenda que seja feita uma avaliação da pisada antes de escolher o calçado, pois eles variam de acordo com os níveis de amortecimento de impacto.

Ainda segundo o médico, é importante ter pelo menos dois pares de calçado pois, assim como os pneus de um carro, o tênis tem uma quilometragem e fica “careca”, não sendo indicado o seu uso por dias consecutivos.

Descuidar da alimentação e da hidratação

Uma alimentação balanceada que respeite os horários da academia e uma boa hidratação, além de prevenirem lesões, também garantem uma boa adaptação aos treinos — melhora do desempenho e proporciona mais ganho de massa muscular. Procurar um nutricionista para saber quais alimentos se encaixam na rotina de treinos é fundamental. E vale lembrar: a suplementação alimentar, como o próprio nome sugere, não é para todos e precisa ser orientada por um profissional capacitado para isso.

Ignorar as dores

A famosa frase “no pain, no gain” (sem dor não há ganho, na tradução literal) não deve ser levada tão a sério assim. Incômodos podem indicar que algo está errado. Converse com seu instrutor sempre que sentir dores, pois elas podem sinalizar muita força e carga ou falta de alongamento após as sessões, por exemplo.

Não descansar

Sensação de fadiga, irritabilidade, alterações de humor, perda de desempenho, insônia, distúrbios alimentares, dores musculares, infecções repetitivas e alterações menstruais (no caso das mulheres). Se esses sinais forem observados, é fundamental procurar um médico. Esse tipo de sintoma pode ser um indício de que o corpo precisa descansar ou ir mais devagar.

Ziembowicz recomenda pelo menos um dia de descanso semanal para quem pratica musculação e também para atletas de alto nível das mais diversas modalidades. Ao trabalhar grupos musculares diferentes, o indivíduo pode-se permitir treinar mais dias durante a semana, pois os mesmos exercícios serão evitados em dias consecutivos.

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Pesquisadores avaliam quais exercícios melhoram a qualidade do sono

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Como já se sabe, a prática de atividades físicas ajuda a melhorar a qualidade do sono. Porém, recentemente, pesquisadores da Universidade de Pensilvânia avaliaram tipos específicos de exercícios que podem prejudicar a hora de ir para a cama, como trabalhos domésticos e tomar conta das crianças.

Os resultados do estudo serão apresentados no encontro anual da Associated Professional Sleep Societies LLC, que ocorre em junho, em Seattle, Estados Unidos.

Por meio de dados sobre o sono e as atividades físicas de quase 430 mil adultos, os pesquisadores analisaram 10 tipos de exercícios e o quão relacionados eles estavam com a qualidade do sono dos participantes. Além disso, cada indivíduo teve de responder perguntas sobre o tempo gasto praticando exercícios no último mês e sobre a quantidade de horas reservadas para dormir em um dia. As observações consideraram idade, sexo, nível de escolaridade e índice de massa corporal (IMC).

O levantamento final concluiu que praticar atividades físicas contribui para ter uma boa noite de sono, até mesmo para quem dorme menos de sete horas diárias — quantidade de sono associado ao aumento do risco de desenvolver problemas de saúde, conforme estudos anteriores.

Os pesquisadores afirmam também que, entre os exercícios observados, apenas tarefas domésticas e cuidados com as crianças foram relacionados à menor probabilidade de uma noite bem dormida. Em comparação ao hábito de caminhar, o ciclismo, a corrida, a musculação, o ioga, o pilates, o golfe e até mesmo a jardinagem, apresentaram resultados mais significativos para melhorar a qualidade do sono.

— Esse estudo ajuda a confirmar evidências de que as demandas de casa e do trabalho são algumas das principais razões que levam à perda do sono — diz Michael Grandner, da Universidade de Pensilvânia.

Uma vez que outros levantamentos indicam que a falta de sono se relaciona com o baixo desempenho físico e mental, os pesquisadores acreditam que mais pesquisas devem ser feitas para entender como os hábitos noturnos podem prejudicar a capacidade e o envolvimento das pessoas em determinadas atividades.

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Estudo associa chocolate a menor risco cardiovascular

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O consumo de chocolate estaria associado a riscos reduzidos de doenças cardiovasculares — segundo pesquisadores britânicos que não apresentaram provas de uma ligação direta entre o cacau e o bem-estar das artérias.

O consumo de chocolate amargo já foi associado anteriormente, por meio de diversos estudos, a uma melhor saúde cardiovascular, mas sem que qualquer relação de causa e efeito tenha sido claramente estabelecida. Para esse estudo, um grupo de pesquisadores britânicos procurou analisar as correlações entre o consumo de chocolate e a saúde cardiovascular de um grupo de 25 mil homens e mulheres que moram em Norfolk (leste da Inglaterra) e o acompanhou durante, em média, dez anos.

Os cientistas relacionaram as quantidades de chocolate que os participantes declaravam consumir e os dados sobre sua saúde cardiovascular: taxa de colesterol, ocorrência de acidentes cardíacos, de acidente vascular cerebral (AVC), etc.

A partir dessa observação, foi constatado que aqueles que declaram consumir mais chocolate têm estatisticamente menos doenças cardiovasculares.

“Segundo este estudo, o consumo de até 100 gramas de chocolate por dia está associada a um risco menor de doenças coronarianas e AVC, indicam os pesquisadores num artigo publicado online na revista britânica especializada Heart (do grupo BMJ).

Mas o autores reconhecem também que aqueles que comem mais chocolate são também mais jovens, menos gordos, dispõem de melhor saúde e praticam mais esportes. Seria possível, então, que o estilo de vida seria o responsável por tornar esse grupo de pessoas menos sujeito às doenças do coração.

Além disso, aqueles que sabem que estão em risco de doenças cardiovasculares podem ter tendência a limitar o consumo de chocolate em busca de um estilo de vida melhor, observaram os pesquisadores.

“Apesar de tudo, os itens acumulados relatados neste estudo sugerem que o alto consumo de chocolate pode estar associado a benefícios cardiovasculares”, concluíram.

O médico nutrólogo Arnaud Cocaul, do hospital parisiense da Pitié Salpêtrière, explica que trata-se de “um estudo de observação com todas as suas limitações. Uma indústria alimentícia não pode usá-lo como argumento de venda”.

Outro especialista parisiense da nutrição, Pierre Azam ressalta por sua vez que “nenhuma certeza em matéria de saúde pública pode sair deste tipo de estudo”. Azam disse preocupar-se com os “estragos” com as “reduções” que podem ser feitas pela população a partir destes estudos.

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Reação extrapiramidal: quem já teve nunca esquece

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A situação é a seguinte: você vai a um pronto-socorro para tratar sua crise de enxaqueca e lá recebe injeções de medicamentos. Pouco depois, de forma inesperada, começa a apresentar sintomas de agitação (vontade incontrolável de ir embora, sair de onde está, mover-se), uma sensação estranha de aperto no peito, falta de ar, angústia, ansiedade, sensação de falta de auto-controle, e em alguns casos movimentos involuntários dos braços, pernas, dedos, lábios, língua, pálpebras, alterações na fala, etc (mas não necessariamente todos esses sintomas).

Isto pode ser uma reação extrapiramidal provocada por algum daqueles remédios. Em alguns casos, a reação extrapiramidal pode ser confundida com uma crise de pânico.
A reação extrapiramidal recebe esse nome porque afeta uma rede de neurônios na base do cérebro, denominada sistema extrapiramidal. O sistema extrapiramidal auxilia na coordenação de nossos movimentos. Certas drogas podem interferir com o bom funcionamento do sistema extrapiramidal, provocando sintomas extrapiramidais como os descritos acima.

O fato é que esses sintomas, de tão desagradáveis, são inesquecíveis – ficam para sempre gravados na memória de quem já passou por tal situação!

Agora, o pior de tudo é que muitos médicos não conhecem essa reação, ou se recusam a “acreditar” que ela tenha atingido seus pacientes. Infelizmente, pacientes apresentando reação extrapiramidal a medicamentos para crise de enxaqueca são frequentemente rotulados como desequilibrados, emocional ou mentalmente; o que torna ainda mais frustrante a experiência para quem sofre dela.

Remédios de uso comum em prontos-socorros para o tratamento de crises de enxaqueca acompanhada de vômitos, como a metoclopramida (nome comercial: plasil), especialmente na sua forma injetável, podem causar reação extrapiramidal.

Atualmente, em certos prontos-socorros de São Paulo, está se utilizando um medicamento antipsicótico chamado haloperidol (nome comercial: haldol), na forma injetável endovenosa, para o tratamento de crises de enxaqueca. Acontece que o haloperidol (haldol) é um dos principais medicamentos que podem provocar reação extrapiramidal.

Os sintomas extrapiramidais, podem durar até 12 horas. Podem ser abreviados com outras medicações injetáveis, especialmente a difenidramina (que também pode possuir uma série de outros efeitos colaterais, por sua vez!). Mas se, infelizmente, muitos médicos nem sequer reconhecem a agitação do paciente como possível reação extrapiramidal, quais as chances de conhecerem os medicamentos, dosagens e vias de administração capazes de combatê-la?

Infelizmente, na prática, pacientes e seus familiares quase nunca são avisados quanto à possibilidade considerável de apresentar reação extrapiramidal mediante a certas drogas utilizadas para o tratamento de suas crises de enxaqueca – principalmente a metoclopramida (plasil) e haloperidol (haldol).

Isso está incorreto, pois todo paciente tem o direito ético e legal de ser informado, previamente, sobre as possíveis reações e consequências que pode sofrer mediante qualquer droga ou intervenção. E uma vez informado, o paciente (de preferência com o auxílio de seus familiares e entes queridos) deve consentir ou não a se submeter à intervenção proposta. Caso não consinta, deve ser informado a respeito de outras opções de tratamento, com seus prós e contras. Até mesmo porque se você já teve uma reação extrapiramidal no passado, certamente não gostaria de se expor ao mesmo risco novamente!

Em países como os Estados Unidos, os pacientes recebem tais informações por escrito, e a equipe médica só inicia o tratamento após as dúvidas serem esclarecidas e o consentimento assinado e uma via entregue à equipe. Esta é uma prática boa, fácil de implementar e que o Brasil deveria adotar o quanto antes.

Portanto, olho vivo. Ainda que em meio a uma crise de enxaqueca, em um hospital ou pronto-socorro, é importantíssimo ser informado e consentir com o que será injetado em você!

P.S.: Não são apenas as drogas injetáveis que podem causar reação extrapiramidal. Remédios comuns para enxaqueca, vendidos sem receita médica e que contêm metoclopramida (como o Ormigrein e vários outros), podem causar reação extrapiramidal

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Efeito de ‘hormônio do amor’ é comparável ao do álcool, diz estudo

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Uma pesquisa da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, sugere que o chamado “hormônio do amor”, a oxitocina, tem um efeito no comportamento comparável a de bebidas alcoólicas e que este efeito é ainda maior do que se imaginava antes.

Este hormônio, produzido no hipotálamo, é conhecido por ter um papel importante em determinar nossas interações sociais e reações a parceiros românticos (por isso, o apelido). A oxitocina também um papel importante em partos e na conexão afetiva entre mãe e filho.

A oxitocina também tem uma versão sintética, usada como medicamento, geralmente injetável ou aplicada via nasal. Este medicamento é usado para estimular o parto e lactação.

Segundo os cientistas britânicos, a oxitocina estimula comportamentos como altruísmo, generosidade e empatia, deixa as pessoas mais abertas a confiarem em outras. O hormônio remove algumas barreiras que funcionam como inibidores sociais: medo, ansiedade e estresse.

“Pensamos que valia a pena explorar esta área, então agrupamos pesquisas já existentes sobre os efeitos da oxitocina e do álcool e nos chamou a atenção as semelhanças incríveis entre os dois compostos”, afirmou Ian Mitchell, da Escola de Psicologia da Universidade de Birmingham.

“Eles parecem ter como alvo receptores diferentes no cérebro, mas causam ações comuns na transmissão GABA no córtex pré-frontal e nas estruturas límbicas. Estes circuitos neurais controlam a forma como percebemos o estresse e a ansiedade, especialmente em situações sociais como entrevistas, ou talvez até arrumando a coragem para convidar alguém para um encontro.”

“Tomar compostos como a oxitocina e o álcool podem tornar estas situações menos assustadoras”, acrescentou.

A pesquisa, que se baseou em estudos anteriores, foi publicada nas revistas especializadas Neuroscience e Biobehavioral Reviews.

Segundo Steven Gillespie, da equipe de pesquisadores de Birmingham, a oxitocina, administrada via nasal em laboratório, provocava efeitos muito parecidos com os mais conhecidos efeitos do consumo de bebida alcoólica.

No entanto, os pesquisadores alertam contra o risco da automedicação, seja com o hormônio ou com a bebida, para tentar aumentar a confiança em momentos difíceis.

Tanto um como o outro trazem os mesmos efeitos negativos para saúde e para as habilidades sócio-cognitivas.

“As pessoas podem ficar mais agressivas, presunçosas, sentir mais inveja daqueles que considera seus competidores e aumentar também a possibilidade de assumir riscos desnecessários”, diz o estudo.

“Não acho que vamos testemunhar uma época (no futuro) na qual a oxitocina será usada socialmente como uma alternativa à bebida alcoólica. Mas é uma substância neuroquímica fascinante e que pode ser usada no tratamento de problemas psicológicos e psiquiátricos”, afirmou Gillespie.

“Compreender exatamente como (a oxitocina) reprime certos modos de ação e altera nosso comportamento pode dar benefícios reais para muitas pessoas. Esperamos que esta pesquisa esclareça isto e abra novos caminhos que ainda não tenhamos considerado”, acrescentou.

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São Luis é a capital onde as mulheres menos fumam no país

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São Luís é a capital com o menor índice de mulheres fumantes do país, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014 divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o levantamento, o índice de tabagismo entre as mulheres em São Luís é de 2,5%. A capital maranhense é seguida por Palmas (3%) e Teresina (3,1%). Os maiores números foram apresentados em Porto Alegre (15,1%), São Paulo (13%) e Curitiba (15,6%).
Entre os homens, São Luís é a terceira em menor frequência de tabagismo, com 9,3%. A cidade está abaixo de Fortaleza (8,6%), que está em primeiro lugar, e Salvador (9%), que aparece em segundo. Os homens fumam mais em Porto Alegre (17,9%), Belo Horizonte (16,2%) e Cuiabá (15,6%).
Hábito impopular
Os dados mostram que o hábito de fumar está se tornando impopular em todo o país. Atualmente, 10,8% dos brasileiros ainda mantém o hábito – o índice é maior entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%).
De acordo com o estudo, os números representam queda de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos. Em 2006, 15,6% dos brasileiros declaravam consumir o produto.

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Vamos ficar cada vez mais altos ?

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A Humanidade se transformou profundamente nos últimos 150 anos: a população global passou de 1 bilhão para mais de 7 bilhões de pessoas; nos países desenvolvidos, a expectativa média de vida subiu dos 45 anos em meados do século 19 para cerca de 80 anos hoje em dia.

E nós ainda mudamos fisicamente: uma boa parte da nossa espécie está agora mais alta do que nunca.

A estatura média humana aumentou nos países industrializados, com ganhos de até 10 centímetros.

Mas, em termos de altura no último século e meio, um país se destaca: na Holanda de hoje, jovens rapazes têm, em média, 1,84 metro de altura, enquanto mulheres medem por volta de 1,70 metro – em média, 19 centímetros a mais do que os holandeses do século 19.

Por que o ser humano está mais alto? Será que essa tendência persiste ou vai parar? E será que nossos descendentes vão nos ver como anões?

Perguntas como essas inspiraram John Komlos, professor de história econômica da Universidade de Munique, na Alemanha, quando ele enveredava pelo campo da história antropométrica. Ele estuda como a estatura média de uma população varia de acordo com suas condições econômicas e sociais.

Komlos remexeu em arquivos de registros militares governamentais – que rastreiam as alturas dos soldados – para testar essa relação.

Sua pesquisa revelou que os altos e baixos da estatura humana seguem as variações de dois fatores: a alimentação e a saúde geral, principalmente durante a infância.

Se uma criança não tem comida suficiente disponível ou não consegue absorver nutrientes por causa de alguma doença, são menores suas chances de se tornar um adulto alto.

“Isso quer dizer que os principais motores do aumento da estatura são a melhoria da nutrição, da saúde e da qualidade de vida”, afirma William Leonard, professor de antropologia da Universidade Northwestern (EUA).

A História está repleta de exemplos dessa relação entre altura e saúde. No final do período medieval da Europa Ocidental, após a Peste Negra ter dizimado pelo menos 60% da população, os sobreviventes descobriram que tinham acesso a comida abundante e condições de moradia menos superpovoadas, o que ajudou a manter a doença sob controle.

Por isso, as pessoas puderam crescer a uma estatura relativamente alta. Os britânicos tinham, em média, 4 centímetros a menos do que seus compatriotas hoje.

Americanos pararam de crescer nas últimas décadas, talvez por causa da dieta

Mas a estatura chegou a um nível mínimo na Europa do século 17. O francês médio tinha apenas 1,62 metro de altura. Vários invernos gelados reduziram a produtividade dos cultivos. Houve guerras em vários lugares. “A Europa se rompeu completamente naquela época”, define Komlos.

A Revolução Industrial do século 18, que viu as pessoas lotarem favelas infestadas de doenças nas grandes cidades, também atrofiou a população.

Mas na segunda metade do século 19, a convulsão social deu lugar a uma melhora da produção agrícola, no fornecimento de água, no saneamento básico e na prosperidade econômica.

Os europeus dispararam nas curvas de crescimento e se mantiveram assim por várias décadas.

Com 2,72 metros, Robert Wadlow foi o homem mais alto que já viveu.

Essa relação com a saúde ainda é nitidamente visível hoje. Um bom exemplo são as Coreias do Sul e do Norte. O Norte está no 188º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU (IDH), que leva em consideração a expectativa de vida, a renda e o nível escolar de cada indivíduo. O homem adulto norte-coreano tem de 3 a 8 centímetros a menos que seus homólogos sul-coreanos, cujo país está na 15ª posição do IDH.

Mas em alguns países industrializados, principalmente nos Estados Unidos, o aumento da estatura desde o século 19 se estabilizou. Hoje, os homens americanos medem por volta de 1,76 metro, e as mulheres, 1,63 metro – aproximadamente a mesma altura que a dos hippies que participaram de Woodstock há 45 anos, e bem atrás da média holandesa.

Como os europeus do norte passaram à frente dos americanos? Komlos acredita que a diferença está no acesso desigual à boa alimentação e aos cuidados de saúde nos EUA em comparação com sistemas mais socializados em países desenvolvidos europeus.

Milhões de americanos não têm plano de saúde e não visitam médicos regularmente. As mulheres grávidas recebem pouca assistência nos Estados Unidos. Além disso, um terço dos americanos são obesos, graças, em parte, à junk food.

Não se esqueça dos genes

É claro que, assim como ocorre com quase qualquer traço humano, a genética desempenha papel enorme na estatura. Casais altos quase sempre geram filhos altos.

Mesmo assim, o recente aumento na altura humana em determinadas populações não pode ser atribuída à evolução para selecionar genes mais altos.

Na verdade, do ponto de vista darwiniano puro de organismos mais aptos que produzem mais descendentes, o que está acontecendo com o Homo sapiens moderno é exatamente o oposto: famílias pobres, menos saudáveis e, portanto, normalmente mais baixas tendem a ter mais filhos do que as famílias mais prósperas.

O fascínio dos altos

Dito isso, devemos nos lembrar que a altura é um sinal atraente em muitas culturas. Essa qualidade também serve como um indicador surpreendentemente confiável de potencial de renda de um indivíduo. Um estudo de 2004 descobriu que, para cada centímetro a mais acima da média, uma pessoa poderia esperar ganhar até US$ 976 a mais por ano de trabalho.

Mas em vez de uma bênção, ser excessivamente alto pode ser um fardo. Pessoas mais esguias têm que se abaixar ao atravessar portas e sofrem para caber em um carro, por exemplo.

Elas também são mais propensas a certas doenças, como problemas articulares e cardiovasculares. Robert Wadlow, oficialmente o homem mais alto que já viveu, é um excelente exemplo. Um distúrbio da glândula pituitária o fez atingir 2,72 metros de altura. E morreu por uma infecção aos 22 anos.

Komlos acredita que a Humanidade provavelmente já atingiu sua altura média máxima, por causa do histórico recente desse ganho. “Os holandeses, para mim, são o exemplo do máximo a que a população humana pode chegar”, afirma.

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Estudos de alimentação saudável são contraditórios

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Por que os conselhos de alimentação saudável mudam tanto?

Se você estivesse procurando informações sobre alimentação saudável tempos atrás, provavelmente tentaria limitar, talvez até banir, o consumo de gordura. Ela era associada a obesidade, colesterol e alto risco de infarto.

Pesquisas mostraram agora que pessoas que consumiram mais gordura saturada não tinham maior risco de doença cardíaca, AVC ou qualquer outra forma de doença cardiovascular.

O ovo também vive na corda bamba. Seu consumo já foi vetado para quem tem colesterol alto. Mas, hoje, pesquisas não apontam relação entre o consumo de um ovo por dia e aumento do risco de problemas cardiovasculares.

As explicações para isso são várias. Uma passa por uma dificuldade desse tipo de estudos: isolar variáveis quando se trata de compreender a alimentação humana.

O controle que os pesquisadores têm sobre a alimentação de voluntários está longe de ser total, e muitas vezes eles dependem de relatos das pessoas sobre o que elas comem, informações que não são completamente precisas. Outros fatores não alimentares ainda influem nos resultados, como atividades físicas ou até questões emocionais.

Além disso, pesquisas confiáveis exigem acompanhar grupos grandes de pessoas ao longo de períodos razoáveis de tempo.

Mas, como apontam os nutricionistas, nem sempre pacientes e a mídia têm paciência: quando o assunto é saúde e emagrecimento, respostas milagrosas e modismos fazem sucesso, o que dá combustível a pesquisas com limitações metodológicas ou estatísticas.

É preciso que fique claro que os efeitos da alimentação na saúde não têm percepção imediata, como um remédio que faz a dor de cabeça passar.

Além disso, o público não especializado tem dificuldade para entender que conclusões científicas abstratas sobre os benefícios de determinado alimento não necessariamente se aplicam a casos específicos individuais.

Temos informações gerais, mas ninguém sabe exatamente como cada um funciona. A biologia nunca é uma ciência exata.

Na maior parte das pessoas, por exemplo, o consumo de gorduras reduz o HDL, que é o colesterol bom. Mas estudos indicam, que as gorduras têm o efeito contrário em 20% da população – e não se sabe precisamente o motivo.

Por fim, é bom ter em mente que há gente ganhando dinheiro com modismos alimentares,”O marketing da indústria do emagrecimento é mais rápido do que o estudo científico.”

A solução para lidar com esse mar de informações contraditórias sobre os benefícios e malefícios dos alimentos? Não ficar paranoico com isso.

Quanto mais você pensa em alimentação, mais se estressa. O ato de comer vira uma preocupação. Se você senta para comer estressado, culpado, não vai comer nem digerir do mesmo jeito.

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Caminhar dois minutos a cada hora reduz risco de doenças

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Uma pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriu que trocar hábitos sedentários por atividades leves e rápidas pode melhorar significativamente a saúde. Segundo o estudo, caminhar por dois minutos a cada hora reduz o risco de morte causada por doenças associadas ao sedentarismo em 33%. No caso de pessoas com doença renal crônica, a redução é ainda maior: 41%.

Diversos estudos têm apontado que ficar sentado por muito tempo diariamente aumenta o risco de morte prematura, de doenças cardiovasculares e de diabetes. Diante dessa situação, os pesquisadores decidiram investigar o impacto de metas mais viáveis de atividades físicas, como exercícios mais leves que podem ser realizadas em pouco tempo.

A pesquisa examinou 3.243 pessoas e mediu a intensidade das atividades dos participantes. Os voluntários foram acompanhados por três anos depois que os dados foram recolhidos.

Segundo o coordenador do estudo, Srinivasan Beddhu, quando as atividades físicas, mesmo que leves, são repetidas várias vezes ao longo do dia, podem fazer uma grande diferença. Presumindo que uma pessoa passe 16 horas por dia acordada, dois minutos de caminhada a cada hora, todos os dias, representa um gasto de 400 calorias por semana. O exercício moderado ainda fortalece o coração, os músculos e os ossos.

— Sabemos que praticar exercícios é importante, mas poucas pessoas conseguem realizar a quantidade recomendada. Nosso estudo sugere que mesmo mudanças pequenas na rotina podem trazer um impacto muito positivo para a saúde — diz o principal autor da pesquisa, Tom Greene.

Os resultados foram publicados esta semana no periódico Clinical Journal of the American Society of Nephrology.

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Como o conceito de saúde mudou ao longo dos anos

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Como saber se uma pessoa é, de fato, saudável? Em 1948, a OMS estabeleceu a definição de saúde como “um estágio de bem-estar físico, mental e social e não só a ausência de doenças ou enfermidades”. Por esse conceito, milhões de pessoas de todas as idades seriam reprovadas, tornando “a maioria de nós não saudável praticamente o tempo todo”, como observou Richard Smith no blog BMJ, em 2008.

Só que os padrões de doença mudaram de 1948 para cá. A maioria das pessoas está envelhecendo com problemas crônicos e deficiências, mas continua independente. “A antiga definição minimiza o papel da capacidade humana em lidar com desafios físicos, emocionais e sociais da vida de maneira autônoma e não reconhece que as pessoas são capazes de viver com uma sensação de bem-estar e realização mesmo quando sofrem de uma condição crônica ou deficiência”, escreveu Machteld Huber e suas colegas no BMJ, em 2011.

Eles também observaram que a habilidade para continuar a participar da sociedade pode ser mais importante do que medir ganhos na saúde. A capacidade de lidar com as moléstias pode ser uma medida mais importante e realista que a recuperação completa.

Isso nos leva a uma análise séria de tudo o que fazemos para descobrir, tratar ou enfrentar os problemas de saúde. A crença atual de que a medicina tem o potencial para prevenir quase todos os males ou detectá-los tão incipientes que sempre é possível uma cura, conseguiu “medicalizar” a vida moderna e elevar os custos da assistência médica a níveis insustentáveis.

Também levou H. Gilbert Welch, professor da Escola de Medicina de Dartmouth, em New Hampshire, a escrever Less Medicine, More Health: 7 Assumptions That Drive Too Much Medical Care (Menos Remédios, Mais Saúde: 7 Suposições que Levam ao Tratamento Excessivo). No livro, ele afirma que muita gente está servindo de cobaia de forma excessiva e aleatória, sujeitando-se a tratamentos de que não precisa e, com isso, expondo-se a procedimentos que causam mais mal que bem.

Ele sugere foco na redução de grandes riscos, basicamente ignorando os médios e pequenos.

— Muitos riscos à saúde de que se ouve falar são exagerados. Intervenções para reduzir riscos médios criam tantos problemas quanto os que resolvem — diz.

Talvez a “suposição” mais polêmica de Welch seja a que afirma que detectar um possível problema de saúde incipiente é melhor do que esperar até que apareçam os sintomas. A eficácia dos exames em pessoas assintomáticas talvez seja um dos temas mais controversos na medicina moderna.

Welch defende também que, às vezes, o diagnóstico precoce só faz com que o tratamento se estenda por mais tempo. “A ação nem sempre é a opção correta”, escreve. O problema, obviamente, é saber quando é seguro monitorar a doença e tratá-la só se progredir.

— É essencial para a saúde não se tornar obcecado por ela. Assistência médica em excesso não ajuda a pessoa. Precisamos de mais cautela com a medicação quando estamos bem. É preciso avaliar as opções e não necessariamente adotar a mais radical, que pode também resultar em piores sequelas — disse Welch.

A definição da OMS

Se não é o tratamento médico moderno, o que realmente define a saúde de uma pessoa? A OMS hoje reconhece que os seguintes fatores podem ter efeito até maior em nosso estado do que o acesso e uso do serviço de assistência médica:

— Renda, status social e educação; quanto mais altos, mais saudável

— Ambiente físico: água potável, ar puro, ambiente de trabalho sadio, casa segura e comunidade bem planejada

— Rede de apoio social, incluindo família, amigos e comunidade

— Genética, que influencia a expectativa de vida e o risco de desenvolvimento de determinadas doenças

— Gênero: homens e mulheres enfrentam riscos de saúde diferentes em diferentes fases da vida

— Comportamento pessoal e habilidade de enfrentar dificuldades, além de fumo, consumo de bebidas alcoólicas, hábitos alimentares, atividade física e forma de lidar com o estresse

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