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O café expresso puro é a opção mais light. Crédito: Getty Images
É muito gostoso tomar bebidas quentes. Mas qual será a mais adequada para quem está de dieta?

A melhor opção é o café expresso puro (sem açúcar), que tem pouquíssimas calorias, apenas 3,3 em 50 mililitros. A cafeína traz alguns benefícios, como a melhora do ânimo e da concentração, além de espantar a fadiga. Também acelera o metabolismo, contribuindo para o emagrecimento. Mas não pode exagerar: apenas 4 xícaras por dia, no máximo.

E quantas calorias têm as outras bebidas? Uma xícara pequena de cappuccino contém 14,1; café com leite, 16,3, e o chocolate quente, 28.

Mas você não deve ficar de olho só nos valores calóricos. É importante também saber a quantidade de gordura dessas bebidas. Você sabia que elas existem até no café? Um expresso tem 0,09 gramas. A culpa é de duas substâncias, o cafestol e o kahweol, que, além de tudo, contribuem para o aumento do colesterol ruim, grande responsável por problemas cardíacos. As outras bebidas também têm gordura. O cappuccino tem 0,7 gramas, e o café com leite, 1,63. O grande campeão é o chocolate: 1,7 gramas!

Você adora chocolate quente? Não precisa cortar essa delícia da sua vida! Há vantagens também. Essa bebida é a que tem maior quantidade de carboidratos. Além de aumentar o pique, esse nutriente dispara sensações de prazer, já que se relaciona à serotonina, o hormônio do bem-estar. O último colocado é o café expresso.

Você conseguiu escolher a bebida que vai esquentá-la neste outono e inverno? Qual é a sua preferida? Conte aqui!

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Antioxidantes,vitaminas,vinhos… O que ajuda a prevenir doenças cardíacas?

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A lista de suplementos “milagrosos” é grande, mas a maioria não traz qualquer benefício à saúde. Alguns podem até prejudicá-la.

Milhões de pessoas em todo o mundo cumprem um rigoroso ritual todos os dias: ingerem suas doses de vitaminas E, A (betacaroteno) e D, entre outras substâncias antioxidantes que, supostamente, irão protegê-las de um infarto ou derrame (AVC – acidente vascular cerebral). Elas estão certas em se preocupar. As doenças cardiovasculares lideram as causas de morte – no Brasil, assim como na média dos países do mundo, elas respondem por cerca de um terço do total de óbitos. Por outro lado, essas pessoas estão erradas ao achar que os suplementos poderão protegê-las desses males. A grande maioria dessas vitaminas simplesmente não funciona na prevenção de doenças cardíacas.

É verdade que esses e muitos outros produtos são antioxidantes. Também é verdade que o processo de oxidação no organismo (provocado por excesso de consumo de alimentos calóricos, bebidas alcoólicas e cigarro, entre outros) modifica o LDL (lipoproteína de baixa densidade, conhecido como “mau colesterol”), agredindo os vasos sanguineos e desencadeando a aterosclerose, que é a formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias. Com o passar dos anos, isso leva ao entupimento dessas artérias e, em conseqüência, aos infartos, derrames e outros problemas vasculares. Seria lógico imaginar esses problemas poderiam ser evitados com suplementos de substâncias antioxidantes. É essa crença que leva os indivíduos às prateleiras de vitaminas e suplementos e alguns médicos a recomendá-las.

O vinho e a suplementação de vitaminas e substâncias antioxidantes não fazem parte das recomendações das associações médicas para prevenção de doenças cardíacas.
Seria ótimo se a fórmula funcionasse. Mas o fato é que isso não acontece, como mostram inúmeros estudos em todo o mundo. Em um trabalho publicado na prestigiada revista inglesa The Lancet, um grupo de médicos do Departamento de Medicina Cardiovascular da Cleveland Clinic Foundation, nos Estados Unidos, analisou os resultados de mais de uma dezena de pesquisas de vários países relacionadas ao uso de suplementos de vitamina E (envolvendo um total de mais de 80 mil pacientes) e betacaroteno/vitamina A (envolvendo pouco menos de 140 mil). Em nenhum dos casos foi observado qualquer benefício. A mortalidade por doenças cardíacas foi muito similar entre os grupos de pacientes que tiveram a suplementação de vitamina A ou E e aqueles que não tiveram. E mais: embora o risco seja pequeno, a vitamina E pode reduzir o HDL, o “bom colesterol”; e o betacaroteno pode estar associado ao aparecimento de tumores, como o de pleura, especialmente em fumantes.

O arsenal antioxidante em voga inclui vários outros itens, alguns menos estudados. Para o ômega 3, por exemplo, há fortes sugestões de que possa haver benefícios para os pacientes, mas ainda faltam pesquisas mais abrangentes. No caso da vitamina D, os estudos de Framingham, que vêm sendo realizados nessa cidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, desde 1948, constataram maior incidência de problemas cardiovasculares entre indivíduos com baixos níveis dessa vitamina. Mas ainda estão em andamento estudos sobre um eventual efeito positivo da suplementação.

E os famosos benefícios do vinho, especialmente o tinto? Aqui, além das evidências de que os polifenóis – substâncias presentes nas uvas – ajudam a aumentar o HDL, o que temos são estudos mostrando que a incidência de doenças cardíacas diminui nas populações de países onde o consumo da bebida é maior. São principalmente países do sul da Europa, onde, além do vinho, se consomem mais peixes, menos carnes vermelhas, mais azeite de oliva, verduras e legumes – a saudável dieta Mediterrânea. Portanto, há aí um conjunto de fatores favoráveis. Não dá para elevar o vinho à condição de agente solitário na prevenção dos males do coração. Sendo assim, não espere que seu médico vá prescrevê-lo. O máximo que ele fará será recomendar moderação (no máximo 2 taças/dia para os homens e 1 para mulheres) se o paciente tiver o costume de tomar vinho Com isso, a pessoa poderá colher os benefícios dessa bebida e ficar longe dos malefícios do excesso de álcool.

Contudo, nem vinho, nem suplementação de vitaminas e substâncias antioxidantes fazem parte das recomendações das associações médicas para a prevenção de doenças cardíacas. O que elas indicam é: ter uma alimentação saudável, fazer exercícios físicos regulares (30 minutos de caminhada cinco vezes por semana já é suficiente) e visitar o médico periodicamente para controlar fatores de risco como pressão alta, colesterol, obesidade e diabetes, aderindo aos tratamentos indicados quando necessário. São recomendações bem mais prosaicas e menos glamourosas que as poções mágicas dos suplementos. Mas de efeito comprovado.

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40 ou 50 anos: quando iniciar a mamografia

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Acima das polêmicas no meio médico, há uma verdade que prevalece: a mamografia ainda é o melhor caminho para prevenir o câncer de mama. Portanto, quanto antes melhor.

O câncer de mama é o que mais afeta a população feminina e está entre as principais causas de morte em mulheres. Serão 49 mil novos casos em 2010 no Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O dado positivo é que, se diagnosticado precocemente, esse tipo de câncer apresenta chances de cura superiores a 90%. E os exames preventivos, principalmente a mamografia, são a melhor forma de se detectar problemas logo no início.

No entanto, médicos de alguns países têm recomendado adiar a realização regular de mamografia para depois dos 50 anos, com base na análise dos resultados de programas de redução da mortalidade por câncer de mama. Em 2009, houve pelo menos três estudos publicados nesse sentido, sendo que o último foi realizado pela Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos, grupo independente do governo norte-americano, e ganhou destaque nos meios de comunicação, alimentando polêmicas no meio médico e fora dele.

Em linhas gerais, o que esses estudos afirmam é que a realização periódica de mamografias nos programas de redução de mortalidade gerou um aumento de diagnósticos e tratamentos precoces, porém não diminuiu o número de diagnósticos de cânceres mais agressivos, como era de se esperar. Apesar de ter havido de fato uma redução na mortalidade, os médicos acreditam que esse fator pode estar mais relacionado com a biologia do tumor do que com o diagnóstico precoce. Ou seja, as mortes seriam por aqueles tipos de tumor que evoluiriam inevitavelmente para formas mais agressivas.

Sendo assim, a conclusão desses médicos é que as mamografias realizadas na população de 40 a 50 anos estariam gerando um excesso de diagnósticos precoces, desencadeando tratamentos de tumores que nunca trariam efeitos para a saúde da mulher, sendo, portanto, desnecessárias. A recomendação seria que o exame começasse a ser feito apenas a partir dos 50 anos, quando é mais expressiva a proporção de mortes evitadas.

Medicina é a ciência da vida. Em se tratando de câncer da mama, isso significa continuar aplicando o que temos de melhor: o diagnóstico mais precoce
É verdade que alguns casos não terão cura independentemente da precocidade do diagnóstico. Mas igualmente verdadeiro é o fato de que, hoje, não dispomos de uma boa tecnologia diagnóstica que permita identificar esses tumores. Ou seja, as recomendações desses grupos podem até fazer sentido na perspectiva meramente estatística, para justificar prioridades no orçamento de saúde dos governos. Contudo, não fazem sentido do ponto de vista individual.

A medicina é a ciência da vida. Em se tratando de câncer da mama, isso significa continuar aplicando o que temos de melhor: o diagnóstico mais precoce, que traz a possibilidade de cura. Quando um médico trata um paciente, não pode ter certeza de que, sem esse tratamento, haveria evolução para um câncer mais agressivo ou até para o óbito. O que se sabe é que medidas preventivas e diagnóstico precoce evitam muitos casos graves. É até possível que haja diagnósticos e tratamentos precoces em excesso. Mas isso não é condenável quando o objetivo é zelar pela saúde e pela vida. Condenável é ignorar os recursos de que a medicina dispõe para evitar a doença e a morte.

Assim, no combate ao câncer de mama, o melhor é manter a mamografia a partir dos 40 anos, uma vez por ano, e antes disso para as mulheres pertencentes ao grupo de alto risco, que inclui histórico familiar de câncer de mama ou de ovário, exposição anterior a tratamento radioterápico no tórax e biópsias de lesões mamárias benignas precursoras (alterações pré-malignas prévias), entre outros fatores.

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