Como os fios envelhecem

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O que diferencia nosso cabelo em cada fase da vida? Assim como há perfis metabólicos nas devidas faixas etárias, não podemos nos esquecer que quando se fala em cabelos – uma estrutura que se coloca sem capacidade de regeneração quando está fora da pele – os hábitos de cada um tem um efeito significativo.
Nas mulheres, as principais diferenças capilares nas faixas diferentes etárias estão relacionadas a questões hormonais. O uso de métodos anticonceptivos hormonais, alimentação, exposição dos cabelos aos raios UV, prática de esportes em meio aquático (piscina ou praia), cigarro e químicas diversas também influenciam a velocidade do envelhecimento dos fios.

Veja o que ocorre aos:

20 anos

No que diz respeito ao metabolismo feminino, é esperado que a mulher na faixa dos 20 anos, que tenha hábitos saudáveis e que não se submeta a químicas diversas e frequentes, apresente uma produção significativa e equilibrada de substâncias que hidratam os fios de cabelo. Nestes casos, o brilho dos cabelos é mais uniforme e a tendência é a de que os fios sejam bonitos.
Exceções ocorrem nas que produzem excesso de oleosidade pelo couro cabeludo, quando os fios ficam ensebados, pesados e apesar do brilho, este não se mostra realmente com um brilho bonito. Isto por conta ainda da proximidade com a adolescência que promove modificações importantes nos perfis hormonais destas mulheres.

30 anos

Com 30 anos as secreções femininas tendem a ser mais equilibradas e os cabelos tendem a ser mais bonito e saudáveis.

40 anos

A proximidade com a menopausa e a entrada de muitas mulheres nesta fase da vida feminina já nesta década de vida faz com que os cabelos tenham uma tendência a serem mais secos, sem brilho e fragilizados.

Apesar destes parâmetros, a juventude dos fios está intimamente ligada à qualidade de vida – e, portanto, à maneira como se cuida da vaidade. É claro que a canície – nome científico do aspecto grisalho – é, sim, um sinal importante, que denuncia a perda de células produtoras de pigmentos. Outros aspectos, porém, merecem atenção: fios ralos, perda de textura, diâmetro e densidade, quebras, pontas partidas e, em casos extremos, queda.

Assim como acontece na indústria de cosméticos faciais e corporais, as empresas de produtos capilares têm concentrado esforços em retardar, ao máximo, os efeitos do tempo sobre os fios. Ainda não se chegou a nenhuma fórmula mágica capaz de deter o surgimento dos brancos, mas várias novidades podem ajudar a preservar a saúde e a aparência bonita das madeixas. Antes de conhecer tais novidades, é preciso entender como acontece o envelhecimento capilar.

À medida que os anos passam, segundo o tricologista Ademir Jr., de São Paulo, as raízes não trabalham produzindo o crescimento adequado dos fios e seus componentes, principalmente as proteínas, ficam mais fracos e suscetíveis a danos.

– O resultado é o aparecimento de cabelo quebradiço, arrebentado, fino, sem brilho, desidratado e menos maleável e macio – diz o especialista.

Fatores externos como alterações climáticas, sol, poluição, água do mar, cloro e uso inadequado ou excessivo de pranchas, secadores, modeladores de cachos e químicas acabam prejudicando a saúde dos fios. Também é possível citar fatores internos como stress, tabagismo, má alimentação, doenças, problemas hormonais e ingestão de medicamentos.

O passar dos anos também faz com que haja diminuição da atividade das glândulas sebáceas, deixando o cabelo e o couro cabeludo ressecados. Há o enfraquecimento do manto hidrolipídico (camada de gordura que reveste a pele e o couro cabeludo), resultando na perda de vitalidade e de nutrição da raiz, que passa a fabricar um fio mais fino e frágil, com menos brilho e beleza. É por essa razão que as empresas de cosmética capilar se empenham cada vez mais em lançar produtos que atuem no couro cabeludo.

Felizmente, de um tempo para cá as pesquisas científicas avançaram muito no que diz respeito ao cabelo. Filtros de proteção solar podem ajudar a evitar o desbotamento, perda de brilho, entre outros problemas. Agentes oleosos, como os ácidos graxos essenciais, ajudam a corrigir problemas capilares pré-existentes e previnem novos prejuízos. Há também silicones que diminuem a perda de água do cabelo e promovem elasticidade e maleabilidade.

Já os ativos que normalmente costumam fazer parte das fórmulas cosméticas antiaging são aqueles que aceleram o metabolismo celular, reconstroem e protegem o fio ou, ainda, combatem os radicais livres, que por sua ação oxidante, são responsáveis pelo envelhecimento da pele e do cabelo. VBitaminas como a C e a E ou extratos naturais como o de chá verde costumam ser bastante eficazes. Outras substâncias muito empregadas são os aminoácidos como a serina, arginina, prolina e cisteína, principais componentes da fibra capilar, que melhoram a resistência dos fios, conferem hidratação, brilho e maleabilidade. Alguns produtos, como o óleo de oliva, aumentam a elasticidade, enquanto o d-panthenol, por exemplo, previne sua desidratação e mantém a vitalidade.

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Coqueluche

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A coqueluche está de volta à cena. A Organização Mundial da Saúde estima um impacto anual de 50 milhões de casos e 300 mil mortes causadas pela doença na população mundial. O fenômeno é global. Em 2010, o CDC – Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos – registrou 27.550 casos de coqueluche, sendo 9.774 na Califórnia, onde foi registrada a morte de 10 bebês de dois meses de idade. Na Europa, foram 15.749 casos, dos quais 46% na Noruega e na Holanda. A Austrália contabilizou 35 mil casos, entre julho de 2010 e julho de 2011, dos quais 40% precisaram ser internados ― a maioria crianças menores de um ano.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os casos de coqueluche na América Latina cresceram quase cinco vezes entre 2003 e 2008, passando de 3.213 para 15.310 casos. No Brasil, a coqueluche é subnotificada em razão do desconhecimento sobre a doença e da dificuldade de diagnóstico em adolescentes e adultos. Em 2010, o DATASUS registrou 427 casos de coqueluche, dos quais 40% em São Paulo, sendo 80% em bebês com menos de um ano. Na cidade de Santana do Mundaú (Alagoas) houve um surto com 53 casos suspeitos, dos quais 38% confirmados4. Entre janeiro e agosto de 2011, o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) confirmou 593 casos da doença, com 15 mortes – sete em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, uma em Roraima, uma em Pernambuco, uma na Bahia, uma em Santa Catarina, uma no Rio Grande do Sul e uma em Minas Gerais. Do total de casos, 451 ocorreram em menores de um ano. Depois de seis anos livre da coqueluche, a Bahia registrou 51 casos suspeitos, dos quais 14 confirmados. Dos casos com diagnóstico positivo, nove ocorreram em menores de um ano, três em crianças entre um e quatro anos, e dois em adultos entre 20 e 42 anos.

Controlada até os anos 80 e 90, a popular “tosse comprida” ressurge em vários países do mundo. Ao contrário do sarampo e da varicela, a doença pode ocorrer mais de uma vez na vida porque a proteção conferida pela vacina diminui após dez anos. Estudos científicos mostram que os adultos em contato com a criança são os principais responsáveis pela transmissão da doença aos pequenos, principalmente aos bebês menores de um ano, fase em que o esquema vacinal está incompleto.

Para proteger esses bebês, os países desenvolvidos têm usado a estratégia “cocoon” (casulo, em inglês), que prevê a vacinação de reforço contra a coqueluche nas pessoas que têm contato com os bebês – pais, irmãos, avós, demais familiares, profissionais de saúde e cuidadores. Imunizadas, as pessoas próximas à criança formam um casulo protetor ao seu redor.

Tosse é um dos primeiros sinais

Geralmente, a coqueluche começa com tosse e coriza. Com o passar do tempo, a tosse fica mais intensa, com acessos seguidos de guinchos e vômitos. Nos adultos, os sintomas são mais brandos e, na maioria das vezes, a doença não é detectada. Já nas crianças, as consequências da doença podem ser graves. Os bebês, que não completaram o esquema de vacinação ou não foram vacinados, têm mais chances de desenvolver complicações, como pneumonia e insuficiência respiratória, responsáveis por internações e que podem provocar paradas respiratórias, capazes de deixar sequelas mentais e motoras por causa da falta de oxigenação no cérebro.

A partir deste mês, a Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da Sanofi, lança no Brasil a vacina internacionalmente conhecida por Adacel Quadra, que, com apenas uma dose, oferece o reforço contra coqueluche, tétano, difteria e poliomielite, para adolescentes, adultos e crianças a partir de 3 anos de idade. A nova vacina estará disponível em clínicas particulares. No caso da coqueluche, a vacina Adacel Quadra vai evitar que adolescentes e adultos transmitam a doença a bebês.

Desenvolvida com tecnologia de ponta, Adacel Quadra já vem pronta para uso – 100% líquida na seringa, o que facilita sua administração. Graças a uma sofisticada técnica de purificação, o componente contra coqueluche é acelular, contendo apenas fragmentos da Bordetella pertussis ― bactéria responsável pela doença ―, que estimulam a produção de anticorpos

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Reação Extrapiramidal: Quem Já Teve Nunca Esquece

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A situação é a seguinte: você vai a um pronto-socorro para tratar sua crise de enxaqueca e lá recebe injeções de medicamentos. Pouco depois, de forma inesperada, começa a apresentar sintomas de agitação (vontade incontrolável de ir embora, sair de onde está, mover-se), uma sensação estranha de aperto no peito, falta de ar, angústia, ansiedade, sensação de falta de auto-controle, e em alguns casos movimentos involuntários dos braços, pernas, dedos, lábios, língua, pálpebras, alterações na fala, etc (mas não necessariamente todos esses sintomas).

Isto pode ser uma reação extrapiramidal provocada por algum daqueles remédios. Em alguns casos, a reação extrapiramidal pode ser confundida com uma crise de pânico.
A reação extrapiramidal recebe esse nome porque afeta uma rede de neurônios na base do cérebro, denominada sistema extrapiramidal. O sistema extrapiramidal auxilia na coordenação de nossos movimentos. Certas drogas podem interferir com o bom funcionamento do sistema extrapiramidal, provocando sintomas extrapiramidais como os descritos acima.

O fato é que esses sintomas, de tão desagradáveis, são inesquecíveis – ficam para sempre gravados na memória de quem já passou por tal situação!

Agora, o pior de tudo é que muitos médicos não conhecem essa reação, ou se recusam a “acreditar” que ela tenha atingido seus pacientes. Infelizmente, pacientes apresentando reação extrapiramidal a medicamentos para crise de enxaqueca são frequentemente rotulados como desequilibrados, emocional ou mentalmente; o que torna ainda mais frustrante a experiência para quem sofre dela.

Remédios de uso comum em prontos-socorros para o tratamento de crises de enxaqueca acompanhada de vômitos, como a metoclopramida (nome comercial: plasil), especialmente na sua forma injetável, podem causar reação extrapiramidal.

Atualmente, em certos prontos-socorros de São Paulo, está se utilizando um medicamento antipsicótico chamado haloperidol (nome comercial: haldol), na forma injetável endovenosa, para o tratamento de crises de enxaqueca. Acontece que o haloperidol (haldol) é um dos principais medicamentos que podem provocar reação extrapiramidal.

Os sintomas extrapiramidais, podem durar até 12 horas. Podem ser abreviados com outras medicações injetáveis, especialmente a difenidramina (que também pode possuir uma série de outros efeitos colaterais, por sua vez!). Mas se, infelizmente, muitos médicos nem sequer reconhecem a agitação do paciente como possível reação extrapiramidal, quais as chances de conhecerem os medicamentos, dosagens e vias de administração capazes de combatê-la?

Infelizmente, na prática, pacientes e seus familiares quase nunca são avisados quanto à possibilidade considerável de apresentar reação extrapiramidal mediante a certas drogas utilizadas para o tratamento de suas crises de enxaqueca – principalmente a metoclopramida (plasil) e haloperidol (haldol).

Isso está incorreto, pois todo paciente tem o direito ético e legal de ser informado, previamente, sobre as possíveis reações e consequências que pode sofrer mediante qualquer droga ou intervenção. E uma vez informado, o paciente (de preferência com o auxílio de seus familiares e entes queridos) deve consentir ou não a se submeter à intervenção proposta. Caso não consinta, deve ser informado a respeito de outras opções de tratamento, com seus prós e contras. Até mesmo porque se você já teve uma reação extrapiramidal no passado, certamente não gostaria de se expor ao mesmo risco novamente!

Em países como os Estados Unidos, os pacientes recebem tais informações por escrito, e a equipe médica só inicia o tratamento após as dúvidas serem esclarecidas e o consentimento assinado e uma via entregue à equipe. Esta é uma prática boa, fácil de implementar e que o Brasil deveria adotar o quanto antes.

Portanto, olho vivo. Ainda que em meio a uma crise de enxaqueca, em um hospital ou pronto-socorro, é importantíssimo ser informado e consentir com o que será injetado em você!

P.S.: Não são apenas as drogas injetáveis que podem causar reação extrapiramidal. Remédios comuns para enxaqueca, vendidos sem receita médica e que contêm metoclopramida (como o Ormigrein e vários outros), podem causar reação extrapiramidal.

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Novidade na prevenção de derrame cerebral

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Os laboratórios americanos Bristol-Myers Squibb (BMS) e Pfizer divulgaram neste domingo resultados promissores de um vasto estudo sobre uma nova molécula que poderá reduzir a frequência dos acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Esse estudo de fase III (a última antes de solicitar a comercialização do medicamento ao público) foi feito com 18.201 pacientes, e demonstrou a superioridade do medicamento apixaban sobre o varfarina – o tratamento de referência – nos pacientes que sofrem de fibrilação arterial, asseguraram os laboratórios.

Para esse tipo de pacientes, o apixaban é o primeiro anticoagulante que reduz “significativamente” os riscos de morte, afirmaram os dois gigantes em comunicado oficial.

Os pacientes que tomam apixaban apresentam uma probabilidade inferior a 21% de sofrer um acidente vascular cerebral em relação aos pacientes tratados com varfarina, assim como 31% menos probabilidades de padecer de uma hemorragia importante e 11% de morrer.

Os resultados foram apresentados neste domingo durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia em Paris e publicados no jornal especializado New England Journal of Medicine. O estudo, realizado em 1.034 hospitais de 39 países, foi coordenado pelo Duke Clinical Research Institute (Carolina do norte, sul dos Estados Unidos) e pelo Uppsala Clinical Research Institute (Suécia), informaram BMS e Pfizer.

O risco de ter um AVC é uma crescente preocupação gerada pelo envelhecimento da população. Segundo os autores do estudo, 5 milhões de americanos e 6 milhões de habitantes da União Europeia sofrem de fibrilação arterial, a forma mais comum de perturbação do ritmo cardíaco, o que os coloca na categoria de risco de sofrer AVC.

A confirmação do potencial da nova molécula seria uma boa notícia para a Pfizer e BMS, que precisam enfrentar o avanço dos genéricos no mercado de medicamentos.

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Chocolate e o Coração

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Comer chocolate faz bem ao coração. Ao menos é o que indica uma pesquisa apresentada nesta segunda-feira no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Paris. De acordo com o estudo, o consumo do alimento está associado à redução, em um terço, dos riscos de doenças cardíacas. Além de reduzir em 37% as chances de males do coração, a ingestão de chocolate faz cair em 29% os riscos de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. Os especialistas alertam, porém, que o consumo deve ser feito com cautela – já que o chocolate pode levar à obesidade.

Pesquisas recentes já vinham mostrando que o consumo de chocolate tem uma influência positiva na saúde, em função de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Isso incluiria a redução da pressão sanguínea e uma melhora na sensibilidade à insulina (um dos estágios de desenvolvimento do diabetes). As evidências de como o chocolate afetaria o coração, no entanto, ainda permaneciam obscuras.

Pesquisa – Para responder a essa pergunta, uma equipe da Universidade de Cambridge, coordenada por Oscar Franco, realizou um revisão em larga escala de evidências existentes até aqui. Eles pretendiam descobrir como o chocolate influenciaria problemas cardiovasculares, como o infarte e o derrame. Foram analisados os resultados de sete estudos anteriores, que envolviam mais de 100.000 participantes – que podiam ou não ter problemas cardíacos. Os dados foram divididos entre os grupos de pacientes que apresentavam o maior e o menor consumo de choocolate.

Dos sete estudos analisados, cinco apontaram uma relação benéfica entre o alto consumo de chocolate e os riscos cardiovasculares. Não foi encontrada nenhuma redução significativa em relação à insuficiência cardíaca e nem houve diferenciação do tipo de chocolate – como o ao leite ou amargo. A pesquisa incluiu o consumo de barras de chocolate, bebidas, biscoitos e sobremesas.

Precaução – De acordo com os pesquisadores, os resultados devem ser interpretados com cuidado. Isso se deve ao fato de que o chocolate vendido comercialmente hoje é muito calórico – cerca de 500 calorias para cada 100 gramas. O consumo exagerado pode levar ao ganho de peso, o que pode acabar facilitando o aparecimento de problemas como diabetes e doenças cardíacas.

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Paris e a Cardiologia Brasileira

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O Brasil se destacou no Congresso Europeu de Cardiologia, levando a terceira maior delegação, com 1150 inscritos. No segundo dia de congresso (28/08), ocorreu o primeiro Joint Symposium, com um país fora da Europa,exclusividade do Brasil. No encontro, estiveram presentes o atual presidente da SBC, Jorge Ilha Guimarães e o Professor Roberto Ferrari, que foram chairpersons na mesa composta pelo Dr. Leopoldo Soares Piegas, com o trabalho Most patients should be treated by drug, Professor Serruys, com Main stem stenoses should be treated interventionally e Dr.Otázio Rizzi Coelho, com What is best for the patient? The individualised approach.
No último domingo (28.08), todas as atenções do Congresso Europeu de Cardiologia, realizado em Paris, voltaram-se aos resultados da pesquisa Aristotle, durante a apresentação do Dr. Cristopher Granger, do Duke Clinical Research Institute.

O estudo clínico comparou o uso da apixabana – novo inibidor direto do Fator Xa – à varfarina para a prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial. O uso de apixabana diminuiu a incidência de acidentes vasculares cerebrais (AVC), bem como a taxa de sangramentos, em comparação ao uso da varfarina. Houve também redução de 11% da mortalidade, com boa aderência e bom perfil de segurança.

Para cada mil pacientes tratados durante 1,8 ano, apixabana preveniu 6 AVCs, 15 sangramentos severos e oito óbitos. Cabe destacar que a apixabana preveniu AVCs hemorrágicos – sem significante impacto sobre AVCs isquêmicos.

O Maranhão também esteve presente com seus especialistas, entre eles os doutores Bonifácio, Xavier de Melo, Gama, Buhatem, Albuquerque, Francisco Aguiar e Raimundo Furtado.

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Traçando Paris

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Muitos dizem que Paris é uma das melhores cidades do mundo para se caminhar. Em “Traçando Paris”, Luiz Fernando Veríssimo e Joaquim da Fonseca fazem uma viagem sentimental pela cidade, sugerindo roteiros, locais e atrações, que servem para todos os visitantes, conhecendo ou não a cidade. Com a autoridade de quem morou e conhece profundamente a capital francesa, Luiz Fernando mostra pontos e fatos que servem como um verdadeiro mapa cultural da capital francesa. O fascínio de uma das capitais culturais do Ocidente, na visão de um de nossos destacados escritores, faz desta obra uma leitura quase obrigatória para todos aqueles que apreciam viajar, e Paris em especial.

Um dos enfoques do congresso atual foram as controvérsias em cardiologia, que tiveram espaço destacado em diversas sessões e sobre inúmeros temas. Outro aspecto ressaltado pelo Presidente da ESC foi a importância dos registros clínicos, que foram também objeto de diversas sessões e sobre os quais enviamos diversas resenhas. O congresso deste ano foi um evento recorde em número de congressistas, sendo que o Brasil foi o terceiro país com maior número de parcipantes em todo o mundo! As sessões de hoje destacaram o uso do controle a distância para acompanhar pacientes com desfibriladores implantáveis, situação cada vez mais freqüente em uma população mais velha e doente. Estudos de intervenção percutânea e comparações com resultados cirúrgicos também foram exibidos, e uma atualização do estudo EMPHASIS foi apresentada.

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Paris é uma festa

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Em um dos seus livros mais famosos, Ernest Hemingway resumiu em seu título a sensação de viver em Paris na década de 20, e que com certeza ainda é vivida por todos que chegam a esta maravilhosa cidade. Recentemente revisitado por Woody Allen em seu antológico filme “Meia noite em Paris”, o livro foi publicado postumamente em 1964, e descreve nostalgicamente o início da carreira do jovem Hemingway, que passeava pelos jardins de Luxemburgo para enganar a fome ao meio dia e fazia dos diversos cafés da cidade seu escritório.
É nesta “cidade de festa” que foi realizado Congresso Europeu de Cardiologia, um evento também superlativo em número de inscritos (mais de 30 mil), número de estudos de grande porte (38 trials a serem apresentados) e de pesquisa científica, dez mil abstracts sumetidos e aproximadamente 4 mil aceitos.
Nesse ambiente festivo é que estivemos durante essa semana para buscar as novidades desenvolvidas pela cardiologia mundial.

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Refrigerantes?

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Muito pouca gente bebe água às refeições. seja por razões de ordem social ou de preferência “gustativa”, a verdade é que a maioria das pessoas prefere refrigerantes para acompanhar a refeição. Mal. Exceptuando muito poucos, os refrigerantes em geral são extremamente calóricos, riquíssimos em açúcar e carentes em vitaminas e sais minerais. Existem exemplos no mercado (não mencionando nomes nem marcas) que contêm cerca de 150 Kcal. Se beberem um ao almoço, outro no jantar são cerca de 300 Kcal diárias só em refrigerantes. No final da semana são 2100 Kcal. Esse é o valor calórico diário de referência a um indivíduo normal. Ao eliminarmos os refrigerantes da nossa dieta seria como se “poupássemos” um dia de calorias! E mais. Mais de 80% de todos os refrigerantes são ricos em açúcar (ou glicose, ou xarope de qualquer coisa, ou sacarose, ou dextrose, ou todos os nomes que utilizam nos rótulos para nos ludibriarem) o que faz disparar em resposta os nossos níveis de insulina, podendo originar hipoglicemias reactivas, descontrolando por completo o nosso apetite.
Existem ainda alguns com um pH extremamente ácido, o que provoca uma perda de cálcio óssea, pois o Cálcio é utilizado no nosso organismo no sistema de equilíbrio ácido-base. Portanto, os fatos são estes, os malefícios também, e deixam-nos a pensar duas vezes…

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The Lancet: 15 minutos de atividade física moderada ao dia ou 90 minutos por semana podem aumentar a expectativa de vida em até 3 anos

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Estudo prospectivo de coorte1 publicado no The Lancet concluiu que 15 minutos de atividade física de intensidade moderada ao dia ou 90 minutos por semana já trazem benefícios para o aumento da expectativa de vida, mesmo para os indivíduos em risco de doença cardiovascular.

Os benefícios da atividade física para a saúde já são bem conhecidos, mas ainda não se sabe se fazer menos exercícios do que o recomendado (150 minutos por semana) pode trazer benefícios para o aumento da expectativa de vida.

Neste estudo de coorte2 prospectivo, 416.175 indivíduos de uma população de Taiwan (199.265 homens e 216.910 mulheres) participaram da avaliação, entre 1996 e 2008, com uma média de seguimento de 8 anos. Com base na quantidade de exercício semanal indicado em um questionário auto-administrado, os participantes foram agrupados em uma das cinco categorias: inativos ou com nível de atividade física baixo, médio, alto ou muito alto. Os riscos de mortalidade3 para cada grupo foram calculados e comparados ao grupo dos inativos. Também foi calculada a expectativa de vida para cada grupo.

Comparados aos indivíduos do grupo inativo, aqueles no grupo de nível baixo de atividades físicas, os quais se exercitaram em média 92 minutos por semana ou 15 minutos por dia, tiveram 14% de redução de risco para todas as causas de mortalidade3 e uma expectativa de vida de três anos a mais. A cada 15 minutos adicionais de exercício diário, além da quantidade mínima de 15 minutos por dia, a redução da mortalidade3 era de 4% e, em relação ao risco de mortalidade3 para todos os cânceres, era de 1%. Esses benefícios eram aplicáveis a todas as faixas etárias, para ambos os sexos e para aqueles com riscos de desenvolverem doenças cardiovasculares4. Indivíduos inativos tiveram 17% de aumento no risco de mortalidade3 em comparação com indivíduos no grupo de nível baixo.

Concluiu-se que 15 minutos ao dia ou 90 minutos por semana de exercícios de intensidade moderada já podem ser benéficos, mesmo para os indivíduos em risco de doença cardiovascular.

Fonte: The Lancet

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