Que perigos as ostras podem representar aos consumidores? A rota da contaminação.

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As ostras podem apresentar vários perigos, que podem ser classificados em três categorias: físicos, químicos e biológicos.
Perigos físicos
Relacionados, principalmente, à ingestão de fragmentos de concha enquanto o consumidor degusta a sua ostra. Como nosso organismo não é capaz de digerir uma estrutura dura como é a concha, existe o risco do consumidor desenvolver algum problema gastrintestinal.
Perigos químicos
O ocorrem pela presença de toxinas na carne da ostra. Essas toxinas, quando ingeridas, podem provocar doenças graves.
Os perigos químicos relacionados às ostras podem ser de origem biótica (causados por um ser vivo, como as bactérias, vírus ou as microalgas) ou de origem abiótica (quando não são provenientes de um ser vivo, como ocorre quando há uma contaminação por agrotóxico, por exemplo).
Toxinas produzidas por bactérias
Há uma grande variedade de bactérias que liberam toxinas, em alguns casos, uma mesma bactéria pode produzir mais de um tipo de toxina.
As toxinas podem ser liberadas de duas formas, de acordo com o tipo de bactéria, a primeira ocorre quando as bactérias morrem, rompem-se e libera as chamadas endotoxinas (Salmonella, por exemplo). Num segundo caso, as toxinas são liberadas pelas bactérias vivas e são denominadas exotoxinas (Staphylococcus aureus, por exemplo).
A presença dessas toxinas em alimentos pode causar diversos problemas ao consumidor. Em infecções por bactérias produtoras de endotoxinas, o consumidor pode apresentar febre, fraqueza, dores, choque séptico (um tipo grave de infecção que leva à falência do sistema circulatório), dilatação dos vasos sanguíneos e, quando em grande quantidade, infecção generalizada (septicemia), que pode levar o paciente à morte.
Como grande parte das toxinas é resistente ao calor, mesmo não consumindo as ostras cruas ou mal cozidas, o consumidor pode adquirir intoxicações alimentares. Neste caso, o monitoramento das ostras no cultivo e os cuidados com a higiene durante a manipulação deste alimento são fundamentais.
Toxinas produzidas por algas microscópicas (microalgas)
Embora estejam presentes em praticamente todos os ambientes aquáticos e serem uma importante fonte de alimento para diversos organismos, inclusive as ostras, algumas microalgas, assim como as bactérias são capazes de produzir toxinas.
Tais toxinas, quando ingeridas junto com os alimentos (ostras contaminadas, por exemplo), ou em contato com a pele (em banhos de mar, por exemplo) podem causar diversas doenças.
Quando as espécies de microalgas capazes de produzir toxinas começam a se multiplicar de forma descontrolada no ambiente, ocorre um fenômeno chamado genericamente de “maré vermelha” (ou florações de microalgas). Nesses casos, quanto maior a quantidade destas microalgas na água, maior será a concentração de toxinas.
As principais síndromes de intoxicação humana por toxinas produzidas por microalgas são a: amnésica, a paralisante e a diarreica.
Como a maioria dessas toxinas é incolor, não tem cheiro e é resistente ao calor (cozimento, por exemplo), o monitoramento de áreas de cultivo e das próprias ostras produzidas é a melhor forma de prevenir surtos de intoxicação alimentar pela ingestão de ostras contaminadas. Em casos de ocorrência de “marés vermelhas”, o Ministério da Pesca e Aquicultura atua, proibindo temporariamente a comercialização de ostras cultivadas nas áreas afetadas.
Poluentes
Entre os perigos químicos causados pela ingestão de ostras contaminadas estão os produtos de origem abiótica, ou seja, aqueles que não são produzidos por organismos vivos. Agrotóxicos, metais pesados, resíduos de indústrias, são alguns dos poluentes que representam alto risco ao consumidor caso as ostras sejam expostas a eles.
Para evitar problemas futuros, é importante, antes de iniciar um cultivo, verificar se há proximidade da área de cultivo com fontes poluidoras, como indústrias, locais de lançamento de esgotos, postos de combustíveis, marinas, etc. Também é preciso que o produtor tenha um cuidado muito grande com os próprios combustíveis e lubrificantes que mantém estocado ou que eventualmente usa para chegar até sua área de cultivo. Caso algum destes produtos químicos são seja mais utilizado, ele deverá ser armazenado em embalagem apropriada e descartado corretamente. Eles nunca deverão ser jogados na água!

Perigos biológicos
Bactérias
Bactérias são organismos unicelulares, ou seja, compostas por uma única célula. Por isso mesmo, são extremamente pequenas e só podem ser enxergadas com o uso de microscópios.
As bactérias são encontradas em absolutamente qualquer lugar (no solo, na água doce, na água salgada, no gelo, no ar, nos animais, em vegetais, na matéria em decomposição, nas fezes, nos alimentos, nas ostras e até em nossos corpos). Aliás, os seres humanos possuem mais bactérias que células humanas em seus corpos.
Ao mesmo tempo que bactérias podem produzir toxinas e representar um perigo químicos ao consumidor (causando as chamadas intoxicações alimentares), a sua simples presença em um alimento pode também ser prejudicial ao ser humano. Algumas bactérias entram no organismo do consumidor junto com o alimento. Depois, elas se multiplicam dentro do corpo da pessoa que o ingeriu e causam doenças.

A contaminação bacteriana pode ter duas fontes, a água contaminada ou o próprio manipulador.
Manipulador é toda pessoa que em algum momento manipula o alimento e isto não ocorre só no momento de consumi-lo, mas também durante o manejo (retirada da estrutura de cultivo, retirada de incrustantes), transporte, colocação na embalagem, processamento (desconchamento, congelamento, resfriamento, etc.) e no preparo e consumo das ostras.
Como estão presentes em todos os lugares, as bactérias se adaptam com grande facilidade a qualquer situação. Algumas são extremamente benéficas e até necessárias para a nossa saúde e a dos animais. Outras são responsáveis por graves doenças.
O mesmo acontece em relação às ostras. As bactérias podem estar presentes e não causar nenhuma doença a elas, mas podem causar sérios problemas a quem consome estas ostras. Ou ainda, podem estar presentes e não causar nenhum problema nem às ostras e nem aos consumidores.
Porém, como muitas vezes as ostras são consumidas cruas, há um grande risco de que se estiverem contaminadas com bactérias causadoras de doenças elas possam prejudicar a saúde dos consumidores. O problema torna-se ainda mais preocupante quando se sabe que algumas bactérias são capazes de produzir toxinas que se mantém estáveis, ou seja, continuam sendo tóxicas, mesmo após o aquecimento do alimento a altas temperaturas.
Um exemplo de bactéria causadora de doenças nos humanos é Vibrio vulnificus, que provoca gastroenterite (inflamação do estômago e intestino) e infecções de pele tão graves que se espalham rapidamente e podem exigir até a amputação do membro afetado.
Vírus
Os vírus podem estar presentes em ostras, sem alterar seu odor, sabor ou mesmo sua aparência. Por isso, ostras contaminadas com determinados vírus podem também representar riscos à saúde do consumidor. O problema é que a única forma de saber se realmente há contaminação viral em ostras é através de análises laboratoriais.
Ao contrário de algumas bactérias, entretanto, os vírus não são capazes de resistir ao cozimento do alimento. Mas, como ostras são frequentemente consumidas cruas, os riscos de contaminação não devem ser desprezados.
Como os principais vírus relacionados às ostras são provenientes da contaminação da água por fezes, o monitoramento do ambiente de cultivo passa a ser uma boa ferramenta para reduzir os riscos de ocorrência de doenças.
Parasitos
Entre os parasitos que já foram identificados em ostras coletadas no Brasil, há alguns protozoários que podem representar grande risco para o consumidor, por serem causadores de doenças em humanos. Protozoários são organismos microscópicos e podem estar presentes em água contaminada por fezes e também se acumular em ostras.
Cistos do protozoário Giardia duodenalis e oocistos do protozoário Cryptosporidium já foram observados em ostras, mesmo após sua depuração em equipamentos contendo lâmpadas ultravioletas, que deveriam eliminar os micro-organismos presentes na carne das ostras. Estes protozoários são transmitidos pelas fezes, ou seja, a água onde estas ostras eram cultivadas tinha contaminação fecal.
O preocupante é que os cistos de Giardia duodenalis são formas resistentes, que permitem o protozoário sobreviver na água, resistir a desinfetantes, passar pela acidez do estômago e se manter viável por até 2 meses no ambiente. A doença provocada por este parasito é a Giardíase, uma zoonose (afeta seres humanos e animais) que causa: diarreia, distensão e dores abdominais, perda de peso e fraqueza. Os sintomas menos frequentes incluem: esteatorréia (gordura nas fezes), diminuição do apetite, flatulência, náuseas e vômitos, febre, dor de cabeça e nervosismo.
O protozoário Cryptosporidium sp. parasita desde o esôfago até reto, embora o habitat preferencial seja o intestino delgado. É uma zoonose, ou seja, afeta seres humanos e animais e tem ampla distribuição geográfica. Causa diarreia aguda com duração de 1 a 2 semanas, náuseas, vômitos, dor abdominal e febre. Esta doença se torna muito mais grave em pessoas imunodeprimidas, principalmente em portadores do vírus HIV, podendo haver infecção em outros órgãos, como nos pulmões.
Conselhos para o Público
1) Frequentar apenas estabelecimentos de comida de boa reputação e com boas condições de higiene; não comprar ostras ao vivo de origem desconhecida ou com aparência anormal;
2) Os indivíduos de alto risco, como crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas com fraca imunidade, devem evitar o consumo de ostras cruas ou mal cozidas. No caso de pessoas com fraca imunidade, que prejudica a sua capacidade de cura, há o risco acrescido de sofrerem de outras complicações, com risco de vida, derivadas de infecções bacterianas, virais ou por toxinas marinhas;
3) Lidar sempre com alimentos cozidos e crus de forma separada, para evitar a contaminação cruzada. Ser cauteloso na manipulação de frutos do mar e mariscos bivalves, para evitar lesões da pele ou feridas que sangram, infligidas pela borda afiada de conchas e partes fragmentadas;
4) Lavar, esfregar e limpar cuidadosamente a casca de frutos do mar e de mariscos bivalves, removendo as vísceras, para evitar consumi-las por engano, e descartar aqueles cuja concha ou casca estiver danificada. As ostras devem ser sempre bem cozinhadas (p.ex., a carne encolhe e o manto enrola-se) a alta temperatura, durante, pelo menos, 3 a 5 minutos antes de serem consumidas;
5) Manter uma dieta equilibrada e evitar o consumo excessivo de marisco e bivalves numa única refeição;
6) As bactérias patogénicas e vírus não podem ser eliminadas por temperos picantes ou azedos, incluindo molho japonês wasabi, molho de pimenta ou de piri-piri, suco de limão, vinagre ou pelo consumo de bebidas alcoólicas;
7) Considerar a capacidade imunológica pessoal e estar ciente de factores de risco, patogénicos e químicos, antes do consumo de ostras cruas. Em resumo, tenha em mente o provérbio chinês “Quanto menos comer, mais saboroso será; quanto mais comer, mais problemas intestinais terá”.

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Por que cortes de papel são tão dolorosos?

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Seria difícil encontrar voluntários para estudos sobre cortes provocados por papel
Papel parece algo inofensivo, mas qualquer pessoa que tenha operado muitas vezes uma copiadora ou folheado páginas rápido demais sabe que esse material esconde um segredo doloroso: o papel pode ser uma arma cortante.

Não existe muita pesquisa científica voltada ao estudo da dor causada por cortes provocados por papel. Especialmente porque seria difícil encontrar voluntários para se submeter a este tipo de tortura. Mas a dermatologista Hayley Goldbach, da Universidade da Califórnia, diz que os conhecimentos de anatomia humana podem explicar muita coisa.

Trata-se de uma questão de nervos: para começar, as pontas dos dedos contam com muito mais receptores de dor do que várias outras partes do corpo. Pode ser irritante se cortar com papel no braço ou no tornozelo, mas isso não se compara à dor experimentada na ponta dos dedos.
Isso pode ser provado com um teste usado por psicólogos e neurologistas. Pegue um clipe de papel e o desdobre, para que as duas extremidades apontem para a mesma direção. Se você usar o clipe para se cutucar nas mãos e na face, você provavelmente perceberá cada uma das pontas individualmente.

Sensibilidade de mãos e dedos está por trás das dores dos cortes

Especialistas definem essa sensação como “discriminação de dois pontos”: há muitas terminações nervosas na pele dessas partes do corpo, e os pontos de contato teriam que ficar muito próximos um do outro para que não pudéssemos diferenciá-los.

Tente fazer a mesma coisa na sua perna ou nas costas. As chances são que de que os pontos de contato precisariam estar distantes para que se pudesse notar a diferença. Isso se dá porque a distribuição de terminações nervosas nessas partes do corpo é bem menos densa.
E isso faz todo o sentido em termos evolucionários. “As pontas dos dedos são como exploramos o mundo e executamos tarefas mais delicadas. A existência de muitas terminações nervosas por lá é uma espécie de mecanismo de defesa”, explica Goldbach.

É aceitável raciocinar que o cérebro dedicaria mais estruturas neurais para monitorar de forma mais contínua ameaças às mãos, já que elas são o principal veículo do corpo para interagir com o mundo.
Se você se deparar com algo extremamente quente ou pontiagudo, por exemplo, é bem provável que você fosse interagir usando suas mãos. Sendo assim, a dor extrema que sentimos quando algo machuca nossos dedos é simplesmente o resultado da evolução providenciando “encorajamento” para mantermos essas mãos a salvo.

Cortes “confundem” sistema nervoso
A olho nu, pode parecer que os lados do papel são retos e suaves. Mas um zoom mostra que têm mais a ver com uma serra do que com uma lâmina.
Então, quando um papel corta sua pele, deixa para trás um rastro caótico de destruição em vez de uma laceração simples. O papel rasga e esfarrapa a pele em vez de apenas cortar, como faria uma lâmina.
Os cortes são fundos o suficiente para penetrar a primeira camada da pele, que não tem terminações nervosas. Mas não tão fundo assim, o que torna paradoxal a razão de doerem tanto. Mas é exatamente por isso que os cortes de papel são tão “ameaçadores”. Uma ferida mais profunda resultaria em sangramento maior. O sangue coagularia e formaria uma casca, sob a qual a pele se curaria.

Mas um corte de papel raso não oferece esse tipo de proteção. A não ser que você cubra o corte com uma bandagem e algum unguento antibiótico, os nervos revelados pelo papel ao abrir sua pele continuam expostos e ficam mais “nervosos”.
Sem a ajuda do sangue, os receptores de dor ficam expostos aos elementos e continuarão enviando alarmes ao cérebro. Afinal, é o trabalho deles. Só que isso ainda é uma hipótese, ainda que razoável, segundo Goldbach. Ninguém ainda conseguiu prová-la.

Infelizmente, continuaremos apenas sentindo dor com esses cortes aparentemente tão inócuos.

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Fumantes e ex-fumantes têm de fazer tomografia computadorizada dos pulmões todo ano

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Foram lançadas, no Canadá, novas diretrizes para a realização anual da tomografia computadorizada (TC) dos pulmões. O público-alvo são adultos com idade entre 55 e 74 anos e alto risco para câncer de pulmão. Publicadas no jornal da Associação Médica Canadense, essas novas orientações se aplicam principalmente para quem fuma ou deixou de fumar até 15 anos atrás, quem fumou um maço de cigarro por dia nos últimos 30 anos ou dois maços por dia nos últimos 15 anos. Para todos os outros adultos, esse não é um exame de rotina para diagnosticar precocemente uma lesão no pulmão.

As novas diretrizes diferem daquelas lançadas pela mesma entidade em 2003 – quando não se indicava a realização de tomografia computadorizada para adultos assintomáticos que tiveram diagnóstico inconclusivo com um raio-X dos pulmões. Ao contrário daquela época, em que se considerava desnecessário submeter o paciente à radiação de uma TC de baixa dose, hoje em dia o que não se recomenda é a radiografia dos pulmões. Essas orientações têm como base, inclusive, um estudo realizado nos Estados Unidos que relata redução de 20% nas taxas de mortalidade por esse tipo de câncer ao realizar uma TC de baixa dose em indivíduos de alto risco. Numa abordagem conservadora, a força-tarefa canadense realiza três exames consecutivos anuais em vez de uma ou duas vezes ao ano – sugerindo que não há evidências sobre o intervalo ideal entre os exames preventivos. No Canadá, o câncer de pulmão teve 26 mil novos diagnósticos em 2015 – matando mais do que outros tipos de câncer, como mama, próstata e colorretal.

No Brasil, dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) preveem mais de 28 mil novos casos da doença em 2016 – acometendo cerca de 17 mil homens e 11 mil mulheres. De acordo com Claudio Ramos, diretor da Cedimagem – rede de diagnósticos por imagem com forte atuação em Minas Gerais e no Rio de Janeiro – a tomografia computadorizada deve ser realizada em pacientes com histórico de tabagismo pesado, mas cabe ao médico tomar essa decisão juntamente com o paciente, tendo em consideração outros fatores relacionados ao contexto clínico. Com larga experiência de análise desse tipo de exame, Ramos afirma que a tomografia computadorizada é um exame bastante eficiente não apenas na detecção, mas inclusive no acompanhamento da doença.

De acordo com o especialista, “esse exame possibilita uma visão em fatias milimétricas de todo o pulmão, permitindo detectar e medir as dimensões de um nódulo, sua posição e relação com as demais estruturas ao redor. A TC também pode ser utilizada como alternativa para guiar biópsias de lesões pulmonares, que auxiliam a fazer o diagnóstico de tumores ainda em estágio inicial, aumentando as chances de cura. Vale ressaltar que, mesmo que o exame não identifique nenhum nódulo, isso não impede que o paciente desenvolva câncer pulmonar, principalmente se continuar com hábitos de risco – como o tabagismo. Por isso, é fundamental abandonar hábitos nocivos à saúde o quanto antes”.

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Próteses mamárias podem atrasar diagnóstico de câncer de mama, diz estudo

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Uma revisão de vários estudos médicos analisando a relação entre implantes mamários de silicone e câncer de mama, publicado nesta quarta-feira, concluiu que as próteses podem ter efeito negativo em pacientes que desenvolvem esse tipo de câncer, reduzindo as chances de sobrevivência. Os autores, porém, alertam para o fato de que os resultados devem ser interpretados com cautela, uma vez que não foi possível padronizar todas as variáveis presentes nos diversos estudos avaliados. A equipe de pesquisadores do Canadá queria descobrir se o estágio em que o câncer de mama é descoberto, assim como a taxa de sobrevivência após o diagnóstico, era diferente em mulheres que tinham ou não próteses nas mamas. O artigo que descreve suas conclusões foi publicado no British Medical Journal (BMJ).

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As maiores mentiras sobre dieta e Fitness que você não deve acreditar

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É só começar uma dieta nova ou se matricular na academia para alguém palpitar no seu projeto, não é verdade? E depois de tantas especulações, surge a dúvida: que caminho seguir.

Detox é bobagem

Não há dúvida: o organismo sozinho é capaz de eliminar as toxinas. Mas vale dar uma forcinha, especialmente se você se expõe com frequência a substâncias inimigas. Elas estão presentes não só nos alimentos cheios de gordura, sal, açúcar, corantes, conservantes e agrotóxicos. Bebida alcoólica e noites maldormidas, assim como stress, cigarro, poluição e excesso de sol, também sobrecarregam o organismo. Resultado: o fígado (principal órgão responsável pela eliminação das toxinas) pode não dar conta da faxina, e uma dieta desintoxicante, feita com consciência, passa a ser uma aliada. Agora, fique esperta, nada de passar dias só tomando suco.

Musculação não emagrece

Se você quer enxugar o corpo e está pensando em riscar a musculação da agenda para abrir mais espaço para as atividades aeróbicas, pense duas vezes. Os exercícios com carga são importantes para perder gordura e fundamentais para você continuar magra. Quanto maiores os músculos, mais açúcar e gordura são necessários para mantê-los. Por outro lado, se perdemos massa magra, o nosso metabolismo cai e as calorias em excesso acabam armazenadas na forma de gordura. E a massa gorda, ao contrário da magra, tem metabolismo baixíssimo.

Corrida é melhor do que caminhada

O que determina isso é o seu objetivo – emagrecer, ganhar fôlego, tonificar os músculos? -, seu preparo físico e a intensidade do seu treino. As duas atividades proporcionam ótimo condicionamento e fortalecimento muscular. A corrida gasta mais calorias do que a caminhada, mas sobrecarrega as articulações. Uma caminhada intensa e com inclinações no percurso pode resultar em um trabalho aeróbico e muscular semelhante ao de uma corrida leve. O melhor exercício, portanto, depende de cada pessoa. Para quem não tem fôlego, tem alguma restrição médica ou não curte correr, a caminhada é a melhor opção.

Posso pular o alongamento

Alongar o corpo melhora a flexibilidade, deixa os movimentos mais elegantes e fluidos, garante uma postura mais ereta e reduz o risco de lesões durante o treino. Depois de fazer o aquecimento, alongue os principais músculos do corpo por pelo menos cinco minutos, dando ênfase aos que vão ser trabalhados com maior intensidade. Atenção ainda aos músculos de apoio, aqueles que são acionados para dar suporte ao músculo mais solicitado. Alongar os feixes que compõem a região cervical, por exemplo, é importante depois de uma aula de hidroginástica.

Musculação vai te deixar com o corpo masculinizado

A maioria das mulheres não produz testosterona (o hormônio masculino) suficiente para ganhar um físico de fisioculturista. Se essa conquista já é difícil para os homens, imagine para elas. O treino com carga vai esculpir o seu corpo, deixando-o com as curvas e volumes nos locais certos, além de aumentar o ritmo do seu metabolismo.

Chá de hibisco não ajuda na dieta

O que dá ao hibisco o poder de emagrecer? Sobretudo a alta concentração de antocianina – pigmento da família dos flavonoides -, que tem ação antioxidante (tira boa parte dos radicais livres de cena) e anti-inflamatória (combate a inflamação das células, permitindo que elas voltem a exercer totalmente suas funções). Resultado: O organismo deixa de acumular toxinas – substâncias inimigas que dificultam o emagrecimento.

Correr vai te deixar com bumbum e seios caídos

O esporte é ótimo para queimar calorias, mas não tem a mesma eficiência quando a meta é tonificar a musculatura – daí a importância de complementar a atividade com outra que ajude no fortalecimento e no ganho de massa e deixe o corpo durinho, como ginástica funcional, pilates, musculação ou body pump. Ainda assim, não dá para dizer que seja vilão de seios e bumbum caídos. Inclua exercícios para peitoral e glúteos na sua rotina de treino e escolha um top próprio para correr, com alças largas e boa sustentação no busto, que vai ajudar a manter os seios firmes no lugar mesmo com o balanço das passadas.

Dieta sem glúten emagrece

Se você ficar mais atenta à dieta e balanceá-la melhor, reduzindo os carboidratos e priorizando frutas e verduras, isso pode acontecer. Mas se continuar dando preferência a alimentos com alto teor de calorias, ainda que os biscoitinhos e macarrão venham na versão glúten-free, a troca pode pesar na dieta: para substituir o glúten, é comum a indústria adicionar mais gordura, o que eleva as calorias do alimento. Logo, tanto se pode eliminar peso quanto ganhar. Ainda que se emagreça,o processo inflamatório causa retenção de líquido. Com a retirada do glúten e o fim dessa inflamação, o que se perde é água, não gordura. A celulite talvez diminua, mas não há ganho de massa muscular.

Treino curto não funciona

Hoje, sabemos que exercícios vigorosos rápidos podem ser mais eficientes”, afirma Jomar Souza, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). Não acredita? O pesquisador japonês Izumi Tabata comprovou, no final dos anos 1990, que as enzimas de queima de gordura são ativadas após quatro minutos de ginástica. Se você for até a sua intensidade máxima, o metabolismo seguirá acelerado durante todo o dia, mesmo em repouso. “Para isso, o ritmo deve ser bem forte. Você tem que ficar tão ofegante a ponto de não conseguir falar uma palavra sequer”, diz o educador físico Vinícius Possebon, de Caxias do Sul (RS), criador do programa Queima de 48 horas.

Orientações da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva

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Perca peso e ganha saúde com pequenas trocas nas refeições

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Perder peso e manter a saúde em dia pode ser mais simples e bem menos sacrificante do que muita gente imagina.

Basta pequenos ajustes no cardápio para combater aquela gordurinha indesejada e manter o bem-estar do organismo, longe da hipertensão arterial e de outras doenças relacionadas à alimentação. A princípio, tudo o que se come é bom. O que prejudica a saúde são os excessos.
Na correria do cotidiano, muitos dos excessos são cometidos sem que a pessoa perceba. A pressa e a falta de informação fazem com que muitos cometam exageros sem se dar conta. Além das substituições, as nutricionistas recomendam não concentrar a alimentação em uma ou duas refeições. O ideal é ter uma dieta fracionada em cinco ou seis refeições, com o café da manhã, o almoço e o jantar intercalados por refeições intermediárias.

Congelados tradicionais por lights

Em função da praticidade que oferecem, alimentos congelados são muito consumidos por quem vive uma rotina agitada. Porém, grande parte deles ainda contém muito sódio e gordura, o que contribui para o aparecimento de doenças como hipertensão. Por isso, é importante ler o rótulo desses produtos nas gôndolas e procurar escolher opções lights, que contenham vegetais na sua composição. Em alguns momentos, vale a pena trocar a lasanha de caixinha por uma torta de ricota com espinafre, por exemplo, isso garante um menor consumo de sal e gordura, além de proporcionar um aumento na quantidade de fibras ingeridas com o consumo dos legumes e verduras contidos nesta refeição.

Carne bovina gordurosa por cortes mais magros, ovos, peixe e frango.

Embutidos como hambúrguer ou cortes como picanha, maminha e costela apresentam grande quantidade de gordura. Como alternativa, pode-se escolher outras fontes de proteína animal, como ovos, peixes e frango. Se a pessoa encontra dificuldade em abandonar o consumo de carne bovina durante a semana, ela tem a opção de escolher cortes mais magros, como patinho, lagarto ou coxão mole.

Pão de forma ou pão francês por pão integral no sanduíche

Por causa do corre-corre, tem sido cada vez mais comum o consumo de sanduíches no horário do almoço ou do jantar. Essa dieta, no entanto, pode engordar. Por isso, uma alternativa seria substituir pão francês ou de forma por pães integrais. No caso dos sanduíches, também é interessante adicionar vegetais no recheio, quando o lanche for um substituto do almoço ou do jantar. Assim, conseguimos aumentar o consumo de verduras e legumes, o que proporciona uma alimentação mais rica em fibras, vitaminas, minerais e com menor teor calórico.

Biscoitos recheados por integrais ou frutas

Os biscoitos recheados são uma alternativa quase que diária para matar a fome de crianças e adolescentes em diferentes situações. Porém, são ricos em açúcar, gordura e sódio. Por isso, o ideal é alternar o consumo deles com a ingestão de biscoitos integrais e frutas.“Essa medida é importante também para o controle de problemas como a obesidade infantil.

Margarina comum por maionese, requeijão ou creme de ricota light

Podemos alternar ou substituir o consumo de margarina por maionese light, requeijão light, creme de ricota e também manteiga light.
As margarinas devem ser isentas de gordura trans e usadas com moderação. Mesmo substituindo a margarina, o ideal é não exagerar na quantidade para não exceder o consumo das calorias totais.

Sal por temperos naturais

Não é novidade que o excesso de sal causa hipertensão. Ele pode ser substituído por temperos naturais como ervas (orégano, salsinha, tomilho, manjericão); pimentas (pimenta dedo-de-moça, pimenta do -reino); além de alho, cebola ou limão. Também é importante controlar o consumo de alimentos enlatados, salgadinhos de pacote, embutidos – como salame, salsicha e presunto –, queijos salgados, alimentos conservados em salmoura e temperos prontos em pó ou líquidos, como caldos e molhos. Afinal, todos eles também são ricos em sódio.

Chocolates comuns por versões diet, light ou sem recheio

Os chocolates têm alto valor calórico. Quando são trufados ou recheados, eles têm ainda mais açúcar que os convencionais. Por isso, o mais saudável seria optar por chocolates com menor teor de sacarose, como os amargos, lights e diets, ou simplesmente escolher os que vêm sem recheio. Outra dica seria consumir apenas 30 gramas de chocolates por dia. Assim, se pode obter os benefícios do cacau sem ganhar peso.

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Diminua os Fogachos

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Você é uma mulher com mais de 40 anos. Você está sentada em sua casa, e de repente você percebe a que a temperatura ambiente aumenta muito. Você se pergunta: “Está muito quente aqui ou é só comigo?”

Fogachos podem ser alvo de piadas sobre a mudança de vida da mulher, mas eles não são motivo de riso para as mulheres que os têm.

Fogachos e outras mudanças na perimenopausa geralmente começam durante os quarenta anos de uma mulher. Perimenopausa é o período que antecede a menopausa. A menopausa ocorre um ano depois de seu último período menstrual.

Sinais da perimenopausa

Os sinais da perimenopausa são:
-Ondas de calor, suores noturnos
-Insônia, fadiga
-Alterações do ciclo menstrual
-Mudanças de humor, esquecimento
-Secura vaginal, menos interesse por sexo
-Dores de cabeça
-Problemas urinários
Ondas de calor e períodos menstruais irregulares são sinais comuns de perimenopausa. Esses períodos podem durar mais ou menos, ou ainda podem ocorrer juntos ou separados. Converse com seu médico se os seus períodos menstruais tornaram-se irregulares, com maior fluxo, ou mais frequentemente.

O que é uma onda de calor?

Fogachos são geralmente causados por flutuação dos níveis hormonais. Seu rosto e pescoço pode tornar-se quentes e vermelhos, e manchas podem aparecer em seu peito, costas e braços. Suar é muito comum.

Fogachos também podem estar relacionados a outros sinais de perimenopausa. Se você tem fogachos durante a noite, você pode não estar tendo uma boa noite de sono, o que pode levar a cansaço e irritação.

As ondas de calor podem durar alguns momentos ou até 30 minutos. A maioria das mulheres tem esses sintomas durante 3 a 5 anos antes de diminuírem. E, embora algumas mulheres nunca tenham uma onda de calor ou têm apenas alguns desses sintomas, outras podem tê-los após os 70 anos. Uma mulher é diferente da outra.

Tratamento hormonal

Se você tem ondas de calor que atrapalham suas atividades diárias, você não tem apenas que sorrir e aguentar. Há muitas opções, incluindo a terapia hormonal (TH). No entanto, esta terapia não é para qualquer mulher. Um programa de pesquisa mostrou que a terapia hormonal prolongada aumenta o risco de doenças cardiovasculares, formação de coágulos sanguíneos e câncer de mama. O FDA aprova a terapia hormonal (apenas estrogênio ou estrogênio mais progestina) apenas para o alívio dos sintomas da menopausa na menor dose eficaz durante o menor período de tempo.

O estudo WHI mostrou algum benefício em termos de resistência óssea e menos fraturas. No entanto, a terapia hormonal geralmente não é considerada uma boa escolha para o tratamento da osteoporose.

Lembre-se de rever o seu tratamento hormonal com o seu médico pelo menos a cada 6 meses após iniciá-lo.

Maneiras para manter a calma

Aqui estão algumas dicas para lidar com os sintomas da menopausa:

-Exercício. Exercícios aeróbicos e de levantamento de peso são um ótimo remédio para muitas queixas da menopausa, incluindo irritabilidade e distúrbios do sono. O exercício também pode reduzir o risco de diabetes, doença cardíaca, osteoporose e ganho de peso. Consulte sempre o seu médico antes de começar.

-Evite gatilhos. Para algumas mulheres, as ondas de calor são desencadeadas por stress, cafeína, álcool, alimentos condimentados, ou beber ou comer algo muito quente, como sopa.

-Reduza o stress. Respiração profunda, respiração abdominal lenta, meditação, yoga, massagem ou um banho demorado. Alguns pesquisadores descobriram que a respiração profunda e lenta pode reduzir pela metade os efeitos das ondas de calor, provavelmente por acalmar o sistema nervoso central.

-Não fique superaquecida. Vista-se “em camadas” para que você possa removê-las ao primeiro sinal de uma onda de calor.

-Beba um copo de água fria ou suco no início de uma onda de calor.

-Use tecidos de algodão, lingerie e roupas que permitam a sua pele “respirar”.

-Converse com seu médico sobre outros tratamentos que possam ajudar.

Tratamento farmacológico para os sintomas da menopausa

Estrogênio vaginal
Para aliviar a secura vaginal, os estrogênios podem ser administrados diretamente na vagina com um comprimido vaginal, um anel ou um creme.
Este tratamento libera apenas uma pequena quantidade de estrogênio que é absorvida pelo tecido vaginal.
Pode ajudar a aliviar a secura, desconforto durante a relação sexual e alguns sintomas urinários.

Baixas doses de antidepressivos
Alguns medicamentos antidepressivos conhecidos como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS ou SSRI) podem diminuir as ondas de calor da menopausa. Um antidepressivo de baixa dose para gerenciar as ondas de calor pode ser útil para mulheres que não podem tomar estrogênio por motivos de saúde ou para as mulheres que precisam de um antidepressivo para um distúrbio de humor.

Gabapentina
Gabapentina é um medicamento aprovado para o tratamento de convulsões, mas foi demonstrado que pode ajudar a reduzir as ondas de calor. Este medicamento é útil em mulheres que não podem usar o tratamento de estrogênio e aqueles que sofrem de enxaqueca.

Tratamento de reposição hormonal

Terapia de reposição hormonal, na verdade, reduz os sintomas da menopausa e pode ser adequada para uso a curto prazo em mulheres com sintomas de moderados a graves.
O 10% das mulheres tem sintomas graves que duram 10 anos ou mais, neste caso o médico pode aconselhar a continuar fazendo o tratamento de reposição hormonal a longo prazo.
É importante fazer um check-up uma vez por ano para avaliar os riscos específicos e os benefícios que possam surgir como resultado do tratamento.

Riscos para a saúde a longo prazo associados com a menopausa
Uma diminuição de hormônios femininos após a menopausa pode levar a:
Afinamento dos ossos (osteoporose) e aumento do risco de fratura
Um aumentado risco de acidente vascular cerebral e doença cardíaca, hipertensão e derrame.

Remédios naturais contra os sintomas da menopausa

Algumas mulheres podem desfrutar as terapias naturais, mas é importante lembrar que ervas ‘naturais’ e medicamentos fitoterápicos podem ter efeitos colaterais desagradáveis em algumas mulheres, como os medicamentos que devem ser prescritos pelo seu médico.
Um naturoterapeuta pode dar conselhos e diretrizes para haver uma menopausa feliz.

Por exemplo, para as ondas de calor recomendamos as raízes de gengibre, as flores de açafrão e uma alimentação que contém quantidades adequadas de zinco.

Os remédios naturais, muitas vezes, podem ser tomados com a terapia hormonal prescrita pelo seu médico.
É importante que seu médico e naturoterapeuta saibam exatamente o que se toma, consultar seu médico antes de iniciar quaisquer tratamentos com ervas ou suplementos. Algumas terapias naturais podem afetar ou interagir com outros medicamentos.

Fitoestrógenos podem ajudar?

Fitoestrogênios são substâncias de estrogênio, como encontradas em alguns grãos, vegetais, legumes (incluindo a soja) e ervas.
Eles podem funcionar no corpo como uma pequena quantidade de estrogênio.
Pesquisadores estão tentando descobrir se os fitoestrogênios aliviam alguns sintomas da menopausa e podem causar perigos.
Existem 3 classes de fitoestrogênios:

Isoflavonas de soja
Lignanas (linhaça)
Fitoalexinas.

Como funcionam os fitoestrogênios?

Os fitoestrógenos agem da mesma maneira dos hormônios, ou seja se ligam aos receptores de estrógeno que estão localizados fora das células. Isto dará a célula um sinal de começar algumas actividades.

Quais são os efeitos dos fitoestrogênios?

Efeitos favoráveis em mulheres na pós-menopausa podem ser vistos estudando mulheres asiáticas, na verdade elas têm menos ondas de calor porque elas se alimentam com leite de soja que pode reduzir o colesterol e a incidência de câncer de mama.

FONTES:

– Consenso Brasileiro Multidisciplinar de Assistência à Saúde da Mulher Climatérica. Menopausa – Diagnóstico e Tratamento, 2004.
– North American Menopause Society. The changing body.
– U.S. Food and Drug Administration. Estrogen and estrogen with progestin therapies for postmenopausal women.
– National Institute on Aging. Menopause.

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O ritmo ariscado do prazer

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Mercado de produtos para disfunção erétil vem crescendo em larga escala no país. Só no ano passado foram comercializados quase 7 milhões de comprimidos, um crescimento de 5,37% em relação ao ano anterior.

Se por um lado o tratamento trouxe um alento para os pacientes nos consultórios de urologia, na área cardíaca o consumo indevido gera preocupação entre a classe médica. Hoje esses medicamentos podem ser encontrados facilmente em qualquer farmácia e a preços acessíveis.

Alguns estabelecimentos nem são muito rigorosas em pedir a prescrição médica – o que traz riscos, pois, por mais seguros que sejam, nenhum deles deve ser utilizado sem acompanhamento médico.

Os pacientes cardíacos, por exemplo, têm que ter atenção redobrada. Segundo os próprios fabricantes, esses comprimidos não podem ser utilizados por pessoas que utilizem remédios que tenham como princípio ativo o nitrato. Essa situação é totalmente proibitiva. A soma de um vaso dilatador – que é o mecanismo de ação dos medicamentos via oral para a disfunção erétil, com o nitrato no organismo leva a graves consequências, por isso não pode ser feita nunca. Entre as complicações que podem acontecer estão desmaios, tonturas e oscilações de pressão (geralmente baixa) que levam a repercussões clínicas.

Há outras soluções para quem pretende controlar o problema. Em muitos dos casos a terapia revela-se eficaz, pois a perda da ereção pode ter causas que não são fisiológicas e sim psicológicas. Quando existe uma real necessidade de tratamento físico, há um leque de op- ções que podem ser praticadas por esses pacientes.

Além dos medicamentos via oral, pode-se injetar uma medicação antes da atividade sexual. O urologista ensina ao paciente a maneira correta de aplicá-la. Outra opção, que foi utilizada no passado, é o uso de uma cápsula intrauretral com o mesmo princípio. Ambos funcionam da mesma forma que o medicamento oral, aumentando o fluxo sanguíneo no membro, permitindo sua ereção. Mas nesses casos, a atuação é restrita à área do órgão sexual, por isso não há problemas.

Um último recurso que só é indicado quando não há eficácia de outros tratamentos é a prótese peniana. Mas mesmo quem for utilizar estes outros recursos deve consultar o médico. Afinal de contas, o ato sexual é uma atividade física e o paciente, principalmente mais idoso e cardiopata, tem de saber se está em condições de praticá-lo com segurança.

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Quando começar fazer CHECK UP ?

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A partir dos 40 anos, é preciso fazer uma bateria anual de exames para obter uma avaliação mais abrangente da saúde.
O check up é fundamental a partir da quarta década, mas pode ser antecipada para quem tiver histórico familiar de doenças crônicas como diabetes,
hipertensão ou glaucoma. Nesses casos, o recomendável é começar aos 30.

Depois de uma conversa sobre problemas anteriores de saúde e casos de câncer e de doenças crônicas na família, o médico define que exames
serão necessários – como os que apontam hipertensão arterial, diabetes, alterações nos níveis de colesterol e de triglicérides e doenças renais e
cardiovasculares. Alguns fatores, se não forem bem cuidados, vão causar problemas futuros em diferentes órgãos, como uma lesão na retina por causa
de diabetes.

O roteiro do check-up geralmente inclui exames de sangue para avaliar funções do fígado, dos rins e da tireoide, ultrassom abdominal e teste ergométrico. Além
desses, as mulheres devem fazer mamografia, e os homens, exames de toque retal e de sangue para identificar o antígeno PSA. Exames neurológicos
mais detalhados são indicados apenas a quem tem histórico grave na família. A investigação para aneurisma cerebral, por exemplo, é muito invasiva. O exame
não invasivo não é tão minucioso para achar todos os aneurismas. Para finalizar sugere -se fazer também uma avaliação nutricional e outra dermatológica. Com o envelhecimento da população,
devemos pensar em como ter uma pele saudável por muitos anos.

Depois dos 50 anos, novos exames são adicionados à lista, como a audiometria. Dois problemas que podem aparecer a partir dessa faixa etária
são o glaucoma e o câncer colorretal. Por isso é importante fazer também uma avaliação oftalmológica e uma colonoscopia. Esta não precisa ser feita todo ano. Se não forem encontradas
alterações que sejam prenúncios de tumores, pode-se fazer a próxima até dez anos depois.

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Tosse:”mocinha” ou vilã

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Dias mais frios podem propiciar noites de sono mais gostosas e aconchegantes. Mas também podem facilitar o aparecimento das doenças respiratórias. O grande problema é que com elas surge um sintoma que nem sempre é bem vindo, já que atrapalha durante o dia e nos faz acordar várias vezes durante a noite: a tosse. Muitas vezes os sintomas agudos desaparecem, e a tosse insiste em persistir por vários dias. Quando devemos nos preocupar com a tosse? Vamos esclarecer.

O que é a tosse?
A tosse é um reflexo que tem como objetivo “expulsar” agentes estranhos que estejam em contato com as mucosas respiratórias. Graças à tosse, as mucosas ficam mais limpas e o ar flui mais facilmente para dentro e para fora do corpo.

A tosse é uma defesa do organismo ou um sintoma que deve ser inibido?
A tosse em geral atua como um mecanismo de defesa do organismo, já que tem por objetivo expelir as secreções ou agentes irritantes que estejam prejudicando a troca de gases pela respiração.

Então é melhor tossir do que tomar xarope para inibir a tosse?
Em muitos casos, sim! Na medida em que a tosse é uma defesa, é melhor não inibi-la para que se possa expelir as secreções e respirar melhor. Por exemplo: uma criança que tosse muito e na sequencia vomita catarro. Isso é muito bom, pois promove uma “limpeza” das vias respiratórias. Resultado: respira-se bem melhor depois.

Quando então devemos administrar um xarope para tosse?
Importante saber que a tosse é sempre um sintoma de uma situação específica como, por exemplo, asma, pneumonia, laringite, gripe, sinusite, alergias e muitas mais. Resultado: há vários tipos de tosse. Uma é diferente da outra. Pode ser seca, pode ter catarro, pode ser grossa e com catarro ou pode ser do tipo “ladrante”, por exemplo. Além disso, cada tipo pode incidir mais em um período do dia ou da noite. E isso tem um significado clínico específico. Assim, a tosse pode acontecer mais à noite, ou ocorrer só pela manhã, ou indiscriminadamente durante a noite e o dia, sem horário. Para cada tipo de tosse há uma causa e para cada causa há uma medicação específica. Por isso é essencial que o médico prescreva o produto mais indicado para cada um. Um medicamento recomendado para a tosse seca e irritativa, por exemplo, pode estar contraindicado para uma tosse com expectoração. Muito cuidado com a automedicação. Esta sim, é sempre contraindicada.

Quais são os sinais de alerta da tosse? Quando se preocupar?
A tosse é um sintoma que merece preocupação nas seguintes situações:

– Quando incide em bebês com menos de 1 ano, especialmente naqueles com menos de 3 meses de idade. Nesta situação, deve-se sempre procurar um pediatra e JAMAIS administrar quaisquer medicações sem prescrição.

– Quando acompanhada de febre e outros sintomas como dificuldade para respirar, dores pelo corpo, dor de cabeça, mal estar ou prostração.

– Quando acompanhada de queimação na região do estômago.

– Quando incide agudamente e forte e persiste depois de um engasgo.

– Quando persiste por mais de 14 dias.

– Quando é incessante e exaustiva.

A tosse pode ajudar a expulsar secreções ou agentes irritantes das vias respiratórias. No entanto, a automedicação inadequada pode fazer muito mais mal do que bem, na medida em que pode atrapalhar os efeitos positivos de algumas tosses.

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