Suplemento de vitaminas não previne câncer de próstata

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Instituto do Câncer dos EUA anunciou que pedirá a pacientes que parem de usar suplementos de vitamina E e selênio para prevenção de câncer de próstata como parte de um estudo feito pela instituição. Não foi comprovado que esses elementos previnem a doença. Cerca de 35 mil homens com mais de 50 anos tomam um ou ambos os suplementos ou placebo para a pesquisa.

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Prazer artificial

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Os riscos da aplicação de colágeno na vagina

O ponto G feminino é um ponto de interrogação – não há provas de que exista, a não ser na imaginação de ambos os sexos (o masculino, sobretudo). Essa zona erógena da parede vaginal interna foi descrita pela primeira vez pelo médico alemão Ernst Gräfenberg em 1950. De lá para cá as pesquisas pouco avançaram. A falta de comprovação não inibiu um grupo de médicos americanos que desenvolveu uma técnica para ampliar essa parte da anatomia feminina. O objetivo: aumentar o prazer sexual da mulher. O procedimento é a aplicação de colágeno, a mesma substância usada para preencher rugas, por uma injeção chamada, como se fosse o nome de um videogame, de “G-Shot”, informa o portal da rede ABC.

O médico ajuda a paciente a localizar o ponto G pelo toque. O local é anestesiado para aplicação da injeção. O colágeno triplica o tamanho da área. O site do fabricante (thegshot.com) reproduz dezenas de declarações de mulheres mais do que satisfeitas com a injeção. A aplicação está sendo feita no Brasil, diz a Folha de S.Paulo. Custa R$ 2 500 e tem validade de seis meses a um ano.

Mas atenção: essa aplicação é feita por médicos particulares e não tem o aval da Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, nem da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As entidades alertam para complicações possíveis, como infecção, perda de sensibilidade e retenção urinária.

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Novo teste para Síndrome de Down elimina risco da amniocentese

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Um novo teste pré-natal destinado a detectar a Síndrome de Down elimina os riscos da amniocentese, revela um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Este novo método, elaborado por pesquisadores da Universidade de Stanford (Califórnia) e do Instituto Médico Howard Hughes, exige apenas uma amostra do sangue da mãe.

Uma análise genética permite detectar eventuais anomalias nos cromossomos, como a responsável pela Síndrome de Down, destacam os pesquisadores.

Os exames pré-natais atuais, como a amniocentese, exigem a inserção de uma agulha no útero, procedimento com alto risco de gerar um aborto, lembra Yair Blumenfeld, um dos autores do estudo.

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Vacina contra malária

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Uma vacina experimental contra malária protegeu até 65 por cento das crianças da infecção em dois estudos feitos na África, relataram pesquisadores na segunda-feira.

Os testes desenvolvidos separadamente no Quênia e na Tanzânia mostraram que a vacina da GlaxoSmithKline’s chamada RTS,S pode proteger bebês e crianças pequenas da infecção pela malária e evitar a doença mesmo nas crianças já infectadas.

Embora a vacina esteja longe da perfeição, é a melhor até agora contra o parasita transmitido por um mosquito, concordaram os pesquisadores. 

“Estamos mais perto do dia em que a malária fará parte das doenças como varíola e pólio, que foram ou erradicadas ou controladas por meio de vacinas”, disse o pesquisador  Cristian Loucq, coordenador da pesquisa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que malária tenha matado 881 mil pessoas e infectado 247 milhões em todo o mundo em 2006. Alguns especialistas na doença afirmam que os números subestimam o problema.

A doença é especialmente difícil de combater, pois as pessoas são infectadas várias vezes pelos mosquitos ao longo da vida. Os minúsculos parasitas entram no sangue, vivem e se reproduzem dentro do corpo, causando febre e, às vezes, infecções cerebrais letais.

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Diabetes em crianças

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Dia 14 de novembro  foi o Dia Mundial de Diabetes. A escolha desta data é em homenagem ao aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, conceituaram a idéia que levou à descoberta da insulina, em 1922.

Não por acaso, o tema escolhido para 2008 foi “Diabetes em Crianças e Adolescentes”. O diabetes é uma das doenças crônicas mais comuns na infância. Segundo a International Diabetes Federation (IDF), o número de diabetes tipo 1 em crianças e adolescentes cresce 3% ao ano, e em crianças menores de 7 anos o número aumenta para 5% ao ano.

O principal objetivo da campanha deste ano é lutar para que nenhuma criança fique sem tratamento ou morra por causa da doença.

De acordo com a instituição, todos os anos cerca de 70 mil crianças menores de 15 anos desenvolvem o diabetes tipo 1, aproximadamente 200 por dia. Em muitos casos, a doença só é diagnosticada quando a criança já está com cetoacidose.

Os principais sintomas que a criança pode apresentar quando está com a doença são:
• aumento da quantidade de vezes que urina e aumento no volume da urina;
• aumento de apetite;
• cansaço;
• fraqueza;
• perda de peso;
• sede excessiva;
• tonturas;
• visão embaçada.

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Neurocientista sofre derrame e ajuda seu cérebro na recuperação

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Americana Jill Bolte Taylor escreveu livro descrevendo experiência.
Ela é neuroanatomista, e ganhou nova perspectiva sobre o cérebro
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Em 9 de dezembro de 1996, a neuroanatomista norte-americana Jill Bolte Taylor tinha 37 anos e foi para a cama com uma preocupação: como abastecer o banco de cérebros da Universidade Harvard, onde trabalhava, com órgãos recém-retirados de vítimas de doenças mentais. Na manhã seguinte, seu mundo racional começou a se desintegrar.

Um coágulo no hemisfério esquerdo (ligado à razão) do seu cérebro provocou um derrame. Assim, ela teve de contar apenas com o hemisfério direito (associado ao pensamento simbólico e à criatividade) em um processo de recuperação que partiu da estaca zero. Quando a mãe da cientista — uma ex-professora de matemática — tentou ensinar o que era 1 + 1, ouviu como resposta: “O que é 1?”.

Passados 12 anos, uma cirurgia arriscadíssima e muita terapia, Jill voltou a dar aulas — na Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana — e diz que já recuperou todos os seus arquivos de memória. Essa experiência rendeu o recém-lançado livro “A Cientista que Curou Seu Próprio Cérebro” (Ediouro) e a escolha pela revista “Time” como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2008.
 – Passados 12 anos desde o derrame, você acredita que já tenha reaberto todos os seus arquivos mentais? Ou, por exemplo, quando você encontra velhos amigos, eles sempre lembram de coisas que você, em tese, deveria ter na memória sem a ajuda deles?

Jill Taylor – Passei oito anos em recuperação. Sempre fui muito intuitiva e não me apegava a toneladas de detalhes. Assim, há muitas coisas que eu não codifiquei ou tentei me lembrar. Exemplo disso é o meu bolo de aniversário quando eu completei dez anos. Hoje eu sei como ele era — porque alguém me disse —, mas, antes do derrame, eu não seria capaz de descrevê-lo. Tenho a consciência de que sei coisas sobre o meu passado que ninguém me contou depois do derrame. Assim, acredito que eu tenho a maioria das minhas memórias de volta. 

– Mesmo sem experiência médica, sua mãe foi muito eficiente em te ajudar. Foi instinto? Experiência em ensinar?

Taylor – Acho que a experiência e os dons naturais dela, tanto como mãe como boa professora, a prepararam para enfrentar essa situação. Ela prestava muita atenção às minhas necessidades e me ajudava a encontrar minhas próprias soluções para os problemas. Nós falávamos muito sobre o cérebro, assim ela sabia de todos os meus temores. E nós duas concordávamos que nada nem ninguém sabia mais sobre o tratamento mais conveniente do que o meu próprio cérebro. Assim, se ficava cansado, deixávamos que ele dormisse. 

Abaixo uma entrevista com Jill Bolte Taylor.

 – A sua experiência pessoal mudou o modo como você vê e sente os papéis desempenhados pelos dois hemisférios do cérebro?

Taylor – Completamente. Antes do derrame, eu tinha uma visão geral do papel de cada hemisfério, mas eu não tinha a menor idéia de como dizer qual parte do meu cérebro estava contribuindo com qual informação para formar a minha percepção da realidade. 

– O que você mudaria na maneira como os derrames são tratados?

Taylor – Eu deixaria as pessoas dormirem quando se sentissem cansadas e iria tratá-las com compaixão quando estivessem acordadas. Assumiria que o cérebro é capaz de se recuperar e o trataria com respeito. Em vez de me referir aos pacientes como “vítimas”, passaria a chamá-los de “sobreviventes”! Falaria que as pessoas “tiveram” um derrame em vez de “sofreram”. 

– No livro, você escreveu que tem uma paixão por dissecar corpos. Quando essa paixão começou?

Taylor – Quando eu era uma garotinha de cerca de 8 anos, minha mãe me levou ao Museu de Ciência de Chicago. Havia uma exposição com pequenos fetos e embriões dentro de vidros. As idades variavam de poucas semanas até nove meses. Eu fiquei absolutamente fascinada pela exposição, e esse foi o real começo do meu interesse em dissecação. 

– Depois de reconstituir seu hemisfério esquerdo, em que você se assemelha e difere da Jill pré-derrame?

Taylor – Eu continuo tão esperta quanto antes, além de ter as mesmas capacidades cognitivas e intelectuais. Mas agora eu decidi gastar meu tempo fazendo coisas que vão ajudar outras pessoas, em vez de focar toda a minha energia na carreira. Estou mais interessada em ajudar a humanidade, e antes meu principal objetivo era escalar os degraus do mundo acadêmico. 

– O fato de ter utilizado com mais freqüência o seu hemisfério direito alterou o seu pensamento? Você se lembra de como ele era antes do derrame?

Taylor – Agora ele está excepcional porque eu dediquei um tempo trabalhando essa parte do meu cérebro. Imediatamente depois do derrame, a sensação de que eu estava criativa era ainda mais clara e excitante. E essa sensação acabou se traduzindo na minha arte com vitrais. 

– Por falar em arte, além de confeccionar vitrais, você toca violão. Foi especialmente complicado recuperar esses seus talentos?

Taylor – Foi bem mais fácil que os cálculos matemáticos, mesmo aqueles mais elementares. Isso porque os talentos artísticos estão associados ao hemisfério direito do cérebro. Com a ausência temporária do meu hemisfério esquerdo, esses talentos até melhoraram. 

– Se a Jill do passado escrevesse um livro sobre uma experiência pessoal, seria muito diferente desse?

Taylor – Acho que seria um livro sobre algo bem aventureiro, como saltar de um avião. Outra idéia seria uma obra didática sobre o cérebro.

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Olho no olho

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Para o renascentista Leonardo Da Vinci, os olhos eram a principal via do conhecimento, a janela do corpo humano para a beleza do mundo. “A visão se deixa iludir menos do que qualquer outro sentido”, registrou o artista. Cinco séculos depois, suas constatações ainda representam a melhor definição para o ato de ver. Afinal, grande parte do que sabemos levamos ao cérebro por meio da visão. Sorrimos com os olhos, podemos dizer tudo com um único olhar.

Esse maquinário no qual o mundo se espelha, no entanto, precisa de cuidados na segunda metade da vida, pois, como qualquer órgão, começa a sentir os efeitos do tempo. Mas há pouco ao alcance da mão, a não ser algumas mudanças no estilo de vida.

A manutenção da saúde ocular passa pela necessidade de visitar anualmente o oftalmologista a partir dos 45 anos, de forma a garantir o bom funcionamento dessa janela do corpo e rastrear sinais de doenças relacionadas ao envelhecimento.

A mais corriqueira delas, e que deve afetar todas as pessoas entre 36 e 45 anos, é a presbiopia, conhecida como vista cansada. Nessa condição, o indivíduo começa a experimentar um enfraquecimento do mecanismo usado para ver de perto, que depende de um músculo e da elasticidade do cristalino, a lente natural que serve para focar as imagens na retina. “Há uma perda da potência para enxergar de perto”. Para tais casos, o tratamento se baseia apenas na prescrição de óculos ou de lentes de contato.

Visão nublada
Já na terceira idade, outro problema freqüente é a catarata que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afeta 80% da população com mais de 80 anos. Nessa doença, o cristalino começa a ficar opaco, perdendo a transparência e ganhando uma cor amarelada. Como resultado, a visão se torna embaçada e piora progressivamente.

O tratamento da catarata é cirúrgico, mas evoluiu tanto que nem parece uma intervenção. O procedimento, denominado facoemulsificação, leva cerca de meia hora, incluindo a etapa de anestesia, que consiste na instilação de algumas gotas de colírio em 90% dos casos. É usado uma caneta de ultra-som, que quebra o cristalino em partes pequenas e as aspira completamente, e coloca-se no lugar uma lente intra-ocular que substitui o poder de focar a imagem na retina. O melhor é que, em geral, as pessoas já saem do hospital sem tampão e com a visão de volta – muitas vezes melhorada.

Em silêncio
Se na vista cansada e na catarata a dificuldade de enxergar soa o alarme, no glaucoma, ao contrário, não há sintomas, aumentando a necessidade de check-up oftalmológico rotineiro. Causado por um desequilíbrio na pressão intra-ocular, o problema provoca lesões irreparáveis no nervo óptico e a pessoa vai perdendo o campo visual periférico – enxerga o que tem na frente, mas não o que está ao redor. No entanto, quanto mais cedo se descobre que a pressão do olho está elevada, menores são os danos.

Inicialmente o tratamento é feito com colírios, que servem tanto para baixar a pressão intraocular quanto para drenar o humor aquoso, líquido que preenche o olho e que, em tal situação, não pode ser escoado naturalmente, causando hipertensão. Se os medicamentos não derem resultado, o próximo passo é recorrer a técnicas cirúrgicas e terapias a laser para promover o escoamento do humor aquoso, todas passíveis de execução em regime ambulatorial.

Outra condição na qual o diagnóstico precoce tem importância capital é a degeneração macular. Nesse processo,  as células da retina não conseguem se livrar das impurezas de seu metabolismo que, assim, vão se depositando na parte central da retina, a mácula, responsável pela nitidez da visão. Exames periódicos de fundo de olho são importantes para a detecção da doença e para a monitoração de evolução para fases mais avançadas.

A degeneração começa com pequenos depósitos, denominados drusas, que são controláveis com avaliações periódicas e outras estratégias, como o uso de suplementos polivitamínicos. Essas drusas, porém, podem evoluir para a formação de uma membrana de vasos sangüíneos embaixo da retina, o que causa embaçamento, mancha no campo visual e distorção das imagens, determinando importante perda da visão.

Evolução
A boa notícia é que, mesmo nessa fase, já existem modernos tratamentos que ora usam mecanismos para causar trombose nos vasos, ora recursos para impedir seu nascimento – a angiogênese. O mais recente consiste na aplicação intraocular de uma substância chamada pegaptanibe, técnica que o oftalmologista Francisco Max Damico trouxe para São Paulo em 2006. Embora não se trate de uma cirurgia, Damico utiliza a estrutura do Fleury Hospital-Dia para realizar o procedimento devido à obrigatoriedade de fazê-lo em um ambiente cirúrgico para evitar o risco de infecções.

O oftalmologista explica que o pegaptanibe inibe o surgimento dos vasos embaixo da retina em médio prazo, reduzindo o ritmo de progressão da doença e, em um terço dos casos precoces, até melhorando a visão. “Saímos de uma realidade em que a evolução natural da degeneração, por pior que fosse, era a melhor opção e chegamos a um ponto em que conseguimos até recuperar a visão perdida em alguns pacientes, algo impensável há pouco tempo”, compara Damico.

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Médicos fazem o primeiro transplante de traquéia

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Na Espanha, pela primeira vez na história, médicos realizaram um transplante de traquéia. A paciente recebeu um órgão feito com suas próprias células-tronco.

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 A colombiana Claudia Castillo, de 30 anos, leva uma vida normal: cuida dos dois filhos, trabalha e não precisa tomar nenhum remédio. Cinco meses atrás, ela mal conseguia falar ou andar por causa de uma tuberculose que provocou graves problemas respiratórios. Claudia precisava de um transplante de traquéia.

A cirurgia foi realizada numa clínica de Barcelona por um grupo de médicos e pesquisadores espanhóis, italianos e britânicos. A traquéia de um doador passou por um processo de lavagem para eliminar todas as células-tronco; a estrutura que restou foi revestida com as células-tronco da medula óssea da própria paciente, para evitar que seu corpo sofresse rejeição. Foram necessários quatro dias para que as células crescessem e cobrissem o órgão; só depois a nova traquéia foi transplantada.

Animado, o cirurgião Paolo Macchiarini afirmou que as chances de surgirem sinais de rejeição são praticamente nulas.

Antes da cirurgia, os médicos estavam apreensivos; até o transplante da colombiana, a técnica só havia sido testada em porcos. O sucesso da cirurgia agora abre caminho para a cura de outras doenças, como o câncer de garganta, que na Europa atinge 60 mil pessoas por ano.

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Como dormir bem

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Existem alimentos que contribuem para a insônia?

Qualquer alimento em excesso pode causar insônia. No sono, há maior chance do excesso de alimento vir para o esôfago e gerar esse refluxo.

Outro fator que ajuda na insônia é a ingestão de alimentos achocolatados, com excesso de cafeína. A cafeína – ou qualquer substância que excite o sistema nervoso central – vai dificultar a promoção do sono.

Existem alimentos que ajudem a ter um sono melhor?

A última refeição deve ser mais leve. É bom evitar os carboidratos à noite.Não é bom que as crianças consumam alimentos com carboidrato antes de dormir, porque inibe o GH, o hormônio do crescimento.

Alface ajuda a dormir?

O alface é um alimento leve, não vai prejudicar a noite de sono.

Assistir televisão atrapalha o sono?

É uma questão muito discutida. Inicialmente, definiu-se que o ideal era retirar a televisão do quarto, pois ela funcionaria como um excitante do sistema nervoso central. Por outro lado, há pessoas que usam a televisão como sonífero.

Então, deve-se individualizar. As pessoas que se sentem incomodadas pela luminosidade da televisão ou do computador devem tirar o aparelho do quarto.

E a leitura?

A leitura ajuda a dormir. Na realidade, não se deve ler na cama. O que acontece é que as pessoas levam o livro, a televisão, a comida, os filhos – tudo – para a cama. Isso dificulta o sono. A cama é para dormir e para atividade sexual. É preciso restringir seu uso.

É é normal falar enquanto dorme. 

O nome técnico disso é sonilóquio. É um distúrbio de comportamento durante o sono. Não é considerado anormalidade, na medida em que não altere a arquitetura do sono.

Muitas vezes pode acontecer o sonilóquio durante uma fase do sono, o REM (Rapid Eye Moviment), que é o momento em que se sonha. Se a pessoa fala durante essa fase, é um distúrbio do sono e deve ser avaliado. Isso acontece muito mais na terceira idade.

Quem ronca dorme tão bem quanto parece?

Roncar não é normal. As pessoas têm que entender que os desenhos animados não mostram a verdade. Roncar é um alerta de que o ar não está passando adequadamente pelas vias aéreas.

Esse alerta tem que ser investigado, por meio da polissonografia, que é a ferramenta para verificar se existe a chamada apnéia do sono. A apnéia é a pausa respiratória durante o sono e é um fator de risco para a hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, podendo levar até a morte súbita.

O ronco é um alerta, assim como obesidade, sedentarismo, cansaço e sonolência diurna… Essas são características de quem pode ter apnéia do sono.

E também pode acabar com muito casamento…

É verdade. A mulher tem insônia e o homem ronca.

Há tratamento para crianças que têm pesadelo à noite?

Pesadelo é um distúrbio do sono que ocorre na fase REM. Esse pesadelo, muitas vezes, vai desaparecendo. Só tratamos se virar um problema durante a vida da pessoa, se começa ser freqüente, diário, repetitivo ou deixar o sono fragmentado. Se atrapalhar a rotina, o paciente deve passar por um tratamento, com medicação.

Há como se estimular um bom sono desde bebê?

As dicas fundamentais variam com a faixa etária. O recém-nascido dorme 20 horas por dia – ele passa a maior parte do tempo dormindo e mamando. Com a maturidade, até os 4 anos, o sono é polifásico, a criança precisa dormir durante o dia. Não se pode excitar muito a criança. O que acontece hoje em dia é que os pais ficam muito fora de casa, trabalhando, e a criança tem muitas atividades. Isso, às vezes, prejudica o sono.

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Cientistas fazem primeira seqüência completa de genoma do câncer

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Há tempos muitos grupos de pesquisadores — inclusive no Brasil — vêm trabalhando no chamado Projeto Genoma do Câncer, na esperança de decifrar as razões genéticas para o aparecimento dessa doença devastadora. E um grande avanço foi atingido nesta semana. Cientistas americanos anunciam ter, pela primeira vez, sequenciado um genoma inteiro do câncer, acompanhado por sua versão correspondente, só que sadia.

As células que forneceram o DNA canceroso a ser decifrado vieram do sangue de um paciente que sofria de leucemia mielóide aguda. Os cientistas seqüenciaram — ou seja, colocaram em ordem — todos os mais de 3 bilhões de unidades químicas (“letras”) que compõem o DNA completo do câncer.

Para acompanhar, refizeram todo o trabalho com o DNA saído de células sadias do paciente. 

Anos atrás, esse volume de trabalho era impensável — basta lembrar que se foi quase uma década de esforço e bilhões de dólares para que um consórcio público internacional conseguisse seqüenciar apenas um genoma humano completo. Agora, as coisas progrediram muito, sobretudo no aspecto da automação do seqüenciamento.

Assim, o grupo liderado por Timothy Ley, da Universidade Washington, nos EUA, passou a ter em mãos tanto o conjunto normal do DNA do paciente como o conjunto mutado, para saber o que mudou, produzindo a doença.

Eles encontraram um total de dez genes que estão “transformados” nas células cancerosas. Dois deles já eram conhecidos de esforços anteriores; outros oito são completamente novos e é certo que estão envolvidos no desenvolvimento da doença.

Como? “A função deles ainda não é conhecida”, afirmam os cientistas, em artigo publicado na edição desta semana do periódico científico britânico “Nature”.

O trabalho é especialmente importante, por duas razões. No caso da leucemia mielóide aguda, já aparecem aqui pistas de possíveis novos alvos para novas drogas e estratégias de tratamento.

Mas, para outros tipos de câncer, os pesquisadores também vêem algum valor. “Nosso estudo estabelece o seqüenciamento do genoma inteiro como um método não-enviesado de descobrir mutações que iniciam o câncer em genes antes não-identificados que podem responder a terapias específicas”, escreveram os cientistas.

Ou seja, o método pode ser uma forma mais abrangente de prosseguir com a busca por todos os genes que, de um modo ou de outro, estão no surgimento dos vários tipos de tumor existentes.

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