Medição de pressão no consultório não serve para hipertensivo resistente

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Para pessoas com hipertensão resistente – alta pressão sangüínea que não reage a três ou mais medicamentos –, uma medição de pressão realizada no consultório do médico pode ser um procedimento sem propósito.

Pesquisadores relatam que apenas a pressão sangüínea do ambulatório, leituras tomadas com um dispositivo portátil que mede a pressão em intervalos regulares ao longo de 24 horas, pode prever um futuro problema cardíaco.

O estudo, publicado na edição de 24 de novembro em “The Archives of Internal Medicine”, acompanhou 556 pacientes com hipertensão resistente por uma média de cinco anos. Todos tinham sua pressão medida regularmente em consultório e monitorada com dispositivos ambulatórios. Durante o estudo, 19,6% ou tiveram uma ocorrência cardiovascular ou morreram.

Após controlar outros riscos e medicamentos, os pesquisadores descobriram que as medições de pressão em consultórios falharam ao prever qualquer um dessas ocorrências. Uma média maior de medições ambulatórias apresentava prognósticos de ocorrências cardíacas e morte. 

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Reprogramação de células é eleita ‘avanço científico do ano’

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Periódico americano “Science” tem por hábito fazer eleição anual.
Técnica superou outras grandes descobertas elencadas pela revista.

A capacidade de reprogramar células, como se fossem computadores, para que elas se comportem de forma mais útil para os cientistas foi eleita pela revista científica americana “Science” como o principal avanço do 2008.

De fato, não é pouca coisa. A revolução começou, na verdade, ao final do ano passado, quando cientistas japoneses conseguiram reprogramar células humanas de pele para que elas se comportassem como células-tronco embrionárias — um feito que, em tese, poderia eliminar as barreiras éticas que até então atrapalhavam, em muitos países, pesquisas desse tipo.

“Em tese” porque ainda era preciso provar que essas células reprogramadas podiam mesmo fazer as vezes das que são extraídas de embriões. E foi isso que os cientistas conseguiram começar a demonstrar em 2008.

Do avanço com as pesquisas emergiram os primeiros modelos de doença em laboratório — células especialmente reprogramadas para simular como certas enfermidades se comportam.

Durante 2008, um grupo de cientistas conseguiu transformar células de pele em neurônios e células gliais que sofriam com esclerose lateral amiotrófica. Uma semana depois, outro grupo produziu células com dez doenças diferentes (entre elas, distrofia muscular, diabetes tipo 1 e síndrome de Down).

A expectativa é a de que no ano que vem essas células possam formar modelos mais complexos, que ajudarão a produzir novos tratamentos contra essas doenças devastadoras e hoje incuráveis.

Mas a “Science” destaca que ainda há barreiras a serem transpostas para que essas células reprogramadas atinjam um status em que será seguro usá-las em tratamentos. Hoje, o método mais eficaz para produzi-las envolve o uso de um vírus, o que poderia ameaçar o paciente que as recebesse de contaminação.

Além disso, há o fato de que os cientistas não sabem basicamente como a inserção desses poucos genes por meio de um vírus operam a “alquimia” de transformar um tipo de células em outro. Por isso, diante do conhecimento, não há garantias de que essas células possam reverter a seu estado original e causar danos — ou mesmo um tumor — em vez de curar definitivamente o problema.

Muito trabalho pela frente, portanto, para que as células reprogramadas deixem de ser o “avanço do ano” da “Science” e passem a ser esperança real para pacientes. 

Os concorrentes

A revista científica tem por hábito elencar outros nove avanços que concorreram com o vencedor durante o ano. Confira os eleitos. 

– Imagens de planetas extra-solares: pela primeira vez, astrônomos conseguiram obter imagens indiscutíveis do que seriam planetas girando ao redor de outras estrelas, que não o Sol.

– Genes do câncer: grandes avanços foram feitos na decifração de genes ativos em células cancerosas de vários tipos, entre eles o pancreático e o glioblastoma — dois dos mais mortais.

– Super-supercondutores: Em 2008, cientistas conseguiram descobrir uma segunda família de supercondutores de alta temperatura — estruturas que permitem a passagem de eletricidade sem resistência.

– Espionagem celular: Bioquímicos tropeçaram em grandes surpresas ao conseguir observar, em detalhes, como as proteínas se encaixam a seus alvos — no famoso esquema chave-fechadura que costumamos aprender na escola.

– Energia renovável: Cientistas inventaram em 2008 um catalisador de cobalto-fósforo que ajuda a produção de hidrogênio combustível a partir de água. Seria uma forma inteligente de armazenar energia que não é produzida por fontes limpas e não é imediatamente usada.

– Embrião em evolução: Pesquisadores conseguiram monitorar a progressão de cerca de 16 mil células num embrião do peixe paulistinha, após um dia de desenvolvimento.

– Gordura vira músculo: Um estudo demonstrou que a chamada gordura marrom, definida como “boa” por ajudar a produzir calor para o corpo, pode ser transformada em músculo, e vice-versa.

– Vitória do Modelo Padrão: físicos conseguiram pela primeira vez realizar os difíceis cálculos e demonstrar que a teoria que descreve a maioria das partículas e interações que ocorre no universo é capaz de predizer quanta massa os prótons e nêutrons devem ter.

– Genomas para todo lado: Várias pesquisas demonstraram os avanços da genômica em 2008. Desde o genoma completo de um câncer até uma porção significativa do genoma do mamute, grandes avanços demonstraram que é possível baratear significativamente o custo da leitura de DNA.

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Realizado primeiro transplante total no rosto de uma mulher

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Cirurgiões americanos anunciaram um feito da medicina: o primeiro transplante completo no rosto de uma mulher. Segundo os médicos, a operação foi um sucesso.
A cirurgia, realizada há duas semanas na clínica da Cleveland, durou 22 horas. Os detalhes do procedimento só foram divulgados na quarta (17). Mas os médicos não revelaram a identidade da mulher, nem como ela sofreu o trauma, que a fez perder 80% do rosto.

A animação, feita no computador, simula a cirurgia. Oito especialistas transplantaram a pele, todos os músculos faciais, a parte superior e mediana da face, os lábios, o nariz, os ossos, a mandíbula superior, os dentes e os nervos faciais.

Em 2005, cirurgiões franceses transplantaram parte do rosto de uma mulher, mordida por um cachorro. A cirurgia foi bem-sucedida. Agora, os médicos têm esperanças de que a mulher transplantada volte a sorrir.

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Treino sob medida para a pós-menopausa

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Nessa fase, o corpo feminino ganha massa gorda, perde musculatura e fica com os ossos frágeis. Mas, segundo pesquisa da Universidade de Salzburg, na Áustria, isso pode ser atenuado com exercícios de força específicos — movimentos lentos, menos repetições por série e a mesma carga. Ainda de acordo com o estudo, as mulheres que adotam esse treino ganham mais massa magra do que as que fazem musculação à moda antiga. “É cedo para confi rmar a tese, mas um benefício já se nota: há menos danos nas articulações”, diz Ronaldo Vagner Thomatieli dos Santos, fisiologista da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

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Sono na medida certa

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 Será que estou dormindo o suficiente? Essa é uma pergunta corriqueira para muita gente que já passou dos 60 anos. Não à toa. O avanço da idade é acompanhado por mudanças no padrão de sono. Mas não haveria motivo para preocupações exageradas. Um estudo das Universidades Harvard, nos Estados Unidos, e de Surrey, na Inglaterra, atesta: os mais velhos precisam dormir cerca de uma hora e meia a menos que os jovens. Sabemos que, de fato, gente madura tem um sono fragmentado, diz a enfermeira e especialista em cronobiologia Maria Filomena Ceolin, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Tende a acordar mais à noite e, às vezes, demora para voltar a dormir.

ATENÇÃO PARA A INSÔNIA
Ficar com os olhos pregados menos de cinco horas por dia é indício de problema para pessoas maduras. E a insônia é um distúrbio que merece ser investigado e tratado. Nesses casos, o sono não é reparador. O indivíduo sente dificuldade para dormir à noite e sonolência diurna, diz Maria Filomena.

QUANTO MAIS IDADE, MENOS SONO
Veja na imagem acima a média de horas que as pessoas dormem em diferentes fases da vida

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Duas novidades sobre o câncer

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Em busca de sinais precoces da doença, cientistas da Universidade de Dublin, na Irlanda, descobriram moléculas de açúcar que podem denunciar a presença de tumores. É que algumas delas se ligam a proteínas produzidas pelas células cancerosas. Assim, a idéia é usá-las como marcadores de tumores. Daí, bastaria realizar um exame de sangue. “Mas devemos esperar pelo menos uma década para o método tornar-se realidade”, estima o oncologista Bernardo Garicochea, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

 DEDO-DURO DE TUMORES

Veja como certos açúcares encontrados no sangue poderão acusar a existência de um câncer 1. As células do tumor fabricam proteínas que nem sempre podem ser identificadas com precisão. Pesquisadores irlandeses observaram que, ligadas a elas, existem moléculas específicas de açúcar. 2. Depois de extraídas do sangue, essas moléculas são separadas das proteínas e submetidas à ação de enzimas, que as quebram em frações menores. Esses pedacinhos, por sua vez, ganham uma identificação, que permitirá apontar a existência de um tumor. A cura dos tumores? Pesquisadores da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, desenvolveram uma terapia que extinguiu o câncer em ratos. O tratamento consiste em transpor células de defesa dos bichos resistentes ao problema a portadores do mal. Os testes em seres humanos devem começar em breve. “Mas existe uma grande diferença entre as respostas imunológicas obtidas em ratos de laboratório e as ocorridas dentro do corpo humano, que são muito mais complexas”, pondera o oncologista Marcelo Fanelli, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo.

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LDL e HDL. O carteiro e o lixeiro

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As moléculas de colesterol, produzidas principalmente pelo fígado, não conseguem viajar sozinhas pelo sangue. Elas precisam de um veículo para transportá-las pelas artérias a lipoproteína de baixa densidade, a LDL. Ela é como um carteiro, que entrega o colesterol por todo o corpo. Outra partícula entra na história com a missão de recolher a sobra da gordura não usada pelo organismo. Trata-se da HDL, a lipoproteína de alta densidade, que funciona como um gari e leva o colesterol de volta para o fígado, fecha o raciocínio Sposito. Uma alta concentração de LDL contribui para a formação de placas nos vasos daí sua fama de vilã. Por recolher o excesso de gordura, a HDL ficou com boa reputação.

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Colesterol.Você tem que ter

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Talvez ninguém tenha sido tão demonizado nos últimos tempos quanto essa pequena molécula, o colesterol. Para fazer justiça, somos obrigados a tirar a máscara de vilão que lhe foi imposta. Ora, sem a substância o organismo iria à bancarrota. Todas as células precisam de colesterol. Ele faz parte das suas membranas e é fundamental para a produção de hormônios, justifica o cardiologista Marcelo Bertolami, do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo. Quem botou o dito-cujo no tribunal foi justamente uma das partículas que o transportam pelo corpo inteiro, a LDL
Em níveis elevados, essa proteína cheia de gordura catapulta o risco de problemas cardiovasculares. No entanto, o burburinho se armou no meio científico quando estudos notaram uma associação entre doses mais baixas de LDL e uma maior incidência de câncer.

A questão é bastante controversa, e um trabalho da Universidade de Hong Kong, realizado com mais de 6 mil portadores de diabete tipo 2, acaba de colocar mais lenha na fogueira. Segundo os pesquisadores, houve mais casos de câncer entre os voluntários com níveis muito baixos e também naqueles com níveis muito altos de LDL. Detalhe: nenhum deles tomava estatinas, as drogas para abaixar as taxas de colesterol.

A menor incidência de tumores estava relacionada ao colesterol perto de 127 miligramas por decilitro. O resultado, porém, não pode ser estendido a não diabéticos, diz Xilin Yang, um dos autores. A comunidade médica vê com cautela a conclusão, já que o trabalho é um dos primeiros a falar disso. E a meta oficial para os diabéticos hoje é LDL abaixo de 100, avisa Bertolami. Uma revisão sobre o uso de estatinas e a prevalência de tumores divulgada pela Universidade Tufts, nos Estados Unidos, aponta que, embora haja certa conexão entre doses muito modestas de LDL e o câncer, elas em si não podem ser culpadas pela doença. Os cientistas só acreditam na possibilidade dessa associação se houver outro fator de risco no meio, comenta Marília Seelaender, professora de biologia celular da Universidade de São Paulo. Seria o caso do diabete? É preciso esperar mais estudos para obter uma resposta. Para os especialistas ouvidos por SAÚDE!, independentemente da situação, o baixo índice de LDL não é responsável por tumores. Em vez de causa, isso poderia ser mais uma conseqüência do câncer, que necessita de colesterol para crescer, esclarece Marília. Ou seja, o tumor devoraria colesterol aos montes e as taxas despencariam.

As estatinas foram colocadas sob suspeita porque, de acordo com algumas pesquisas, não só financiariam a queda do colesterol como o aparecimento de tumores. Mas estudos recentes com número expressivo de participantes não validam essa hipótese, diz o cardiologista Marco Antonio de Mattos, do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro. Por isso, um recado aos que sofrem de problemas cardiovasculares e usam o remédio: nem pense em suspendê-lo. Pelos dados que temos, é injustificável deixar o tratamento, avalia Bertolami. Para quem precisa do medicamento, o risco de um infarto é imensamente maior do que o de um câncer. Se LDL de menos pode indicar uma bagunça no organismo, doses a mais também seriam sinal de algo errado. É o que acontece com pacientes de câncer que têm caquexia uma condição marcada por perda de peso e mau aproveitamento de nutrientes. Neles, os órgãos não captam direito o colesterol da LDL, que sobra na circulação, e o fígado passa a produzir mais moléculas, explica Marília Seelaender. Resultado: as taxas se elevam. Ou seja, quando as doses de gordura no sangue estão na medida certa, temos uma pista de que o corpo vai bem.

Com a mente não é diferente. Observou- se, há algum tempo, que níveis rasteiros de colesterol propiciariam a depressão. A descoberta até despertou uma pilhéria entre alguns médicos: O colesterol baixo é o sonho do cardiologista e o alto, o dos psiquiatras. No entanto, isso foi posto em xeque, porque os cientistas também flagraram níveis elevados da gordura nos deprimidos. O psiquiatra Renério Fragua, do Hospital das Clínicas de São Paulo, estudou a ligação entre o transtorno depressivo associado a ataques de raiva e a dosagem do colesterol em 330 pessoas. Observamos uma tendência de níveis mais altos naquelas que apresentavam o distúrbio, conta.

Seria então bobagem pensar em uma conexão entre a gordura e a confusão no cérebro? Nada disso. O colesterol é importante para a membrana dos neurônios. Níveis muito baixos ou, por outro lado, altos demais prejudicariam a comunicação entre essas células, explica Fragua. A relação com os estados depressivos parece estar justamente nesses extremos. Portanto, quem pretende afastar a melancolia ou até dias de fúria deve se guiar pelo equilíbrio das taxas.

Ainda no sistema nervoso, a escassez de LDL teria lá sua parcela de culpa nos derrames hemorrágicos. Nessa versão de acidente vascular cerebral, que costuma matar, a artéria se rompe, extravasando sangue e deixando de alimentar a massa cinzenta. Como as paredes dos vasos também necessitam de colesterol, doses ínfimas de LDL os deixariam fragilizados a ponto de estourar com facilidade.

Há quem refute, é claro: O tratamento com estatinas diminui o risco de qualquer tipo de derrame,afirma Larry Goldstein, professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Bem, quanto ao segundo tipo de acidente vascular cerebral, o isquêmico, é certo que diminuir os níveis excessivos de LDL é uma ótima medida preventiva. Ou o colesterol obstruirá a passagem do sangue para a massa cinzenta.
Taxas de LDL nas alturas, aliás, têm se revelado inimigas ainda mais poderosas do cérebro. Há trabalhos que as associam à demência vascular, aquela causada por derrames, e à doença de Alzheimer, conta o neurologista Paulo Caramelli, da Universidade Federal de Minas Gerais. A parceria com essa última doença, que vai apagando a memória, é justificável: uma carreata de LDL estimularia a formação das proteínas capazes de danificar os neurônios. Outro aspecto mais do que comprovado é o papel das altas cargas de LDL na gênese dos males cardiovasculares a maior causa de morte no planeta. Em doses exageradas, a substância tende a penetrar na parede das artérias. E de lá ela não sai mais, conta Marcelo Bertolami. Pelo contrário, é engolida por células de defesa, que, depois do banquete, deflagram uma inflamação. Cria-se, então, o ambiente perfeito para que outras LDLs se acumulem, construindo aos poucos a placa de gordura que entope os vasos.

Nem de mais, nem de menos você já percebeu que equilíbrio é palavra-chave em matéria de colesterol. É claro, porém, que as pessoas que convivem com um problema cardiovascular devem controlar com mais rigor os níveis de LDL. Como, então, mantê-los na medida certa? Em primeiro lugar, não se prive do sono. Um estudo da Universidade Nihon, no Japão, constatou: homens que repousam cerca de oito horas por noite correm menos risco de ficar com o LDL nas alturas. Até porque quem dorme pouco sente-se cansado durante o dia e tende a tornar-se sedentário, diz a especialista em sono Sônia Togeiro, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Não se exercitar, de fato, é um gatilho para gordas taxas de LDL e níveis modestos de HDL, a versão protetora de transporte de colesterol.

Sem atividade física fica difícil, quiçá impossível, regular esses índices. O hábito de praticar exercícios aeróbicos, como a corrida, o tênis e a natação, levanta as doses de HDL e ajuda a passar uma rasteira nas de LDL.

Pesquisadores do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, o Incor, descobriram que suar a camisa não apenas altera o número das partículas que carregam o colesterol. O exercício melhora também o funcionamento delas, revela o cardiologista Antonio Casella-Filho.

O médico do Incor submeteu pacientes com síndrome metabólica um conjunto de males que reúne barriga avantajada, pressão alta, glicemia descontrolada e altos níveis de LDL a 40 minutos de bicicleta ergométrica três vezes por semana. Depois de três meses, sua equipe notou modificações nas proteínas que carregam o colesterol. As moléculas de LDL pequenas e densas, que penetram mais facilmente na parede das artérias, tornaram-se maiores e mais leves, conta. Nesse novo formato, elas deixam de ser tão nocivas às artérias. As pedaladas também ajudaram a aprimorar o trabalho do HDL, que, mais ativo, recolhe com maior eficiência o excedente de colesterol dos vasos. Com o tempo, os níveis dessa fração podem subir cerca de 15%, calcula Casella-Filho.

O exercício físico apresenta ainda o benefício de apaziguar a ansiedade. E botar as rédeas na tensão é mais uma estratégia para conquistar níveis mais generosos de HDL a recomendação é que eles estejam acima de 40 entre os homens e acima de 50 entre as mulheres. Segundo o endocrinologista Amélio Godoy, o estresse crônico dispara alterações hormonais que abrem caminho ao acúmulo de gordura, à escalada da pressão e, adivinhe… a alterações na linha de montagem do colesterol. Nesse cenário, passam a prevalecer as moléculas de LDL pequeninas e pesadas os melhores ingredientes para a placa que sufoca o vaso.

Colesterol na medida exige também uma dieta equilibrada. Nem mesmo as pessoas que apresentam doses mais humildes de LDL têm passe livre para se empanturrar de alimentos ricos em colesterol, como ovos e camarões. Em contrapartida, não é saudável bani-los do cardápio, já que a ordem é ter taxas em equilíbrio. O que todos deveriam maneirar seria no consumo de carnes vermelhas e de alimentos cheios de gordura trans por exemplo, biscoitos recheados, orienta a nutricionista Alessandra Macedo, do Incor. Para quem já sofre de doença cardíaca ou tem LDL de sobra, esse conselho vira um mandamento (veja quadro abaixo). O bom negócio é temperar o cardápio com as gorduras monoinsaturadas do azeite e as poliinsaturadas dos peixes, e completá-lo com as sempre bem-vindas frutas e verduras. Medidas como essas, simples, mas que cobram nosso esforço, ajudam a manter o colesterol ajustado. Nem nos céus nem muito menos à beira da extinção.

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Morre D. Carleton Gajdusek, Nobel de Medicina

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D. Carleton Gajdusek, virologista que conquistou o prêmio Nobel de medicina em 1976 por seu trabalho quanto à origem de epidemias misteriosas hoje conhecidas como doenças priônicas, morreu na Noruega. Causa da morte é desconecida, mas Gajdusek tinha 85 anos e há muito sofria de insuficiência cardíaca congestiva.

Em seus anos finais, Gajdusek ganhou notoriedade quando foi acusado de molestar os muitos meninos jovens que ele adotou no Nova Guiné e Micronésia e levou para morar com ele em Maryland

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Antes fazia bem…

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…mas hoje já se contestam os efeitos dos antioxidantes

A teoria é de 1956. Processos metabólicos, como a queima de açúcar, acabam liberando os chamados superoxidativos, moléculas de oxigênio com desequilíbrio entre prótons e elétrons. Essas moléculas são os radicais livres, que causam oxidação de algumas células – da mesma forma que o oxigênio do ar causa oxidação em alguns metais. O processo provoca a morte de tecidos, doenças e envelhecimento precoce.

A pesquisa é de agora. Substâncias vendidas em larga escala em cosméticos e suplementos alimentares, como as vitaminas C, presentes no limão e na laranja, e E, dos óleos vegetais, apresentadas como antioxidantes, não surtiriam efeito no combate ao processo. Cientistas da Universidade College London, na Inglaterra, modificaram genes de vermes de forma a estimular a produção de enzimas que agem como proteção natural contra os radicais livres. Os animais modificados geneticamente não viveram mais tempo por isso. A conclusão da pesquisa é de que os radicais livres não seriam tão danosos assim ao organismo – e muita vitamina estaria sendo consumida à toa. O estudo foi publicado na revista Genes and Development.

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