Como tratar bexiga hiperativa

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A bexiga hiperativa é uma doença que atinge pessoas de todas as idades e ambos os sexos, mas as mulheres são as mais afetadas por este mal, principalmente no período pós-menopausa. No Brasil não existem pesquisas precisas que indiquem o número de pessoas acometidas por esta doença, mas nos Estados Unidos aproximadamente 17 milhões de pessoas sofrem com o problema.

As estatísticas aumentam na terceira idade. Estima-se que entre 15% e 30% das pessoas com mais de 60 anos sofram de incontinência urinária.

A bexiga hiperativa é uma das doenças que mais comprometem a qualidade de vida do paciente. Muitas pessoas abandonam sua vida social por conta desta síndrome, podendo desenvolver quadros de depressão em alguns casos ¿ afirma Roberto Colombo Jr., urologista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Há relatos de famílias que optaram por internar seus idosos em clínicas geriátricas por falta de informação sobre o tratamento.

A boa notícia é que o problema tem solução. O primeiro passo é buscar um especialista, para que seja realizado um tratamento de controle miccional. No mercado, existem medicamentos específicos, que devem ser complementados por exercícios pélvicos. Recentemente também foi descoberto que a toxina botulínica pode ser muito eficiente no tratamento. Após seu sucesso como coadjuvante no tratamento de paralisia cerebral, espasticidade muscular, estrabismo e diversas síndromes neurológicas, a medicina começa a utilizar o botox também na área da urologia.

¿ É o mesmo processo do tratamento estético. A toxina botulínica é aplicada dentro da bexiga, o que ocasiona uma paralisia muscular temporária, que pode durar até seis meses. Observamos que a prática é muito efetiva para relaxar os músculos do órgão, minimizando as contrações involuntárias ¿ explica Colombo Jr.

Entenda o problema

Trata-se de uma alteração funcional da bexiga que faz com que o paciente apresente sintomas como:

Frequência aumentada de urina

Urgência (necessidade imediata de micção)

Urgeincontinência (desejo súbito e intenso de urinar, que impede que a pessoa contenha a urina até a chegada ao banheiro)

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Mitos e verdades sobre a hora do parto

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As mulheres sempre sentem dor no parto normal?

Sim. A dor faz parte do processo de expulsão do bebê. A anestesia tem o momento certo para ser feita — se for aplicada precocemente, atrapalha o trabalho motor do útero.

Existe uma idade segura para o parto normal? Depois dos 40 anos, por exemplo, só se pode fazer cesariana?

Sim. A idade ideal é até os 35 anos. Após esse período, a amplitude da mobilidade da bacia fica reduzida. Além disso, aumenta a chance de haver complicações intrauterinas resultantes de distúrbios placentários — a placenta doente recebe menos oxigenação. Sendo assim, o mais indicado é a cesariana.

Mulheres com obesidade mórbida só podem fazer cesariana?

Não. A obesidade mórbida não reduz as chances de parto natural. A via de passagem da bacia e a força do abdômen ficam reduzidas em mulheres obesas. Com isso, se o bebê for pequeno, há a possibilidade de um parto normal. Mas, normalmente, as mulheres com obesidade mórbida fazem cesariana, pois apresentam muitas complicações associadas, aumentando a probabilidade do parto cesariana.

Mulheres soroposivitas para HIV podem fazer parto normal?

Sim. No entanto, o ideal é fazer uma programação com agendamento de uma cesariana para que possam ser utilizadas drogas retrovirais pré-parto, protegendo o recém-nascido dessa exposição. Cerca de 50% das crianças nascem soropositivas, e 50% dessas, com o tempo, deixam de ter o vírus.

Se o bebê não chorar na hora em que nascer, é porque tem algum problema de saúde?

Não. Após o nascimento do bebê, ainda na sala de parto, o neonatologista faz uma avaliação, atribuindo ao recém-nascio notas que, ao final, espelham seu estado de saúde. Essa nota é chamada de Apgar.

Depois que a mulher realiza uma cesariana, todos os partos futuros têm de ser assim?

Não. Mulheres com história de uma cesariana anterior podem tentar parto normal. Algumas situações aumentam o risco de ruptura da cicatriz, como mais de uma cesárea anterior e intervalo curto entre os partos (menos de 24 meses).

Mulheres com diabetes gestacional devem fazer cesariana?

Gestantes bem controladas, sem complicações associadas e feto com prova de bem-estar podem aguardar a evolução espontânea para o parto.

Mulheres com problemas graves de anemia não podem fazer parto normal?

Mito. A média de perda sanguínea no parto vaginal é de meio litro. Em um parto cesárea, são 600 ml. Em casos de hemorragias pós-parto, é imprescindível a assistência qualificada para evitar danos à mãe, independentemente da via de parto.

Cordão umbilical enrolado no pescoço é sinônimo de indicação para cesárea?

Não. As circulares de cordão frouxo (voltas do cordão umbilical no pescoço do bebê) ocorrem em aproximadamente 30% das gestações, não exigem cesariana. Mais importante que saber se há ou não circulares é acompanhar a evolução do trabalho de parto e avaliar o bem-estar do feto, respeitando a resposta cardíaca fetal. Apenas se a circular comprometer o fluxo sanguíneo do cordão e, consequentemente, ameaçar a adequada oxigenação fetal haverá indicação de cesariana.

Quando há o rompimento da bolsa, não se pode esperar muito tempo para realizar o parto por causa do risco de sofrimento fetal? Nesse caso, deve ser feita uma cesariana de emergência?

Mito. Uma ruptura de bolsa abaixo de 35 semanas pode não indicar um parto iminente. A mãe será internada e monitorada com o objetivo de evitar infecção da bolsa e postergar a hora do parto.

Se a dilatação necessária para o parto normal não acontecer em até oito horas de trabalho de parto, deve-se partir para uma cesariana?

Sim. Após oito horas de trabalho de parto, a cesárea é indicada.

Peridural e raquianestesia são as únicos tipos de anestesia que podem ser utilizados?

Verdade. São as únicas que não comprometem a vida da mãe e do bebê. Ambas são aplicadas na região lombar, entre as vértebras da coluna, tirando a sensibilidade da gestante à dor da cintura para baixo sem comprometer a consciência do processo de parto. Já a anestesia geral afeta a mãe e também o bebê, com isso a criança nasce com depressão respiratória.

Fonte: Alberto D`Auria, ginecologista e obstetra

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Entenda a depressão

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O que é depressão?

A depressão é uma doença complexa que afeta corpo e mente e manifesta-se por sintomas emocionais e físicos. Conhecida também como transtorno depressivo maior (TDM), é caracterizada por sinais que interferem na habilidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis.

Tristeza é sinônimo de depressão?

Não. Tristeza isolada não é depressão, apenas um sentimento universal, assim com ansiedade. Logo, não é necessariamente patológico, fazendo parte da experiência psíquica normal.

Quais são as causas da depressão?

Ainda são desconhecidas. A teoria neuroquímica é a mais aceita e sugere que uma disfunção no sistema nervoso central é responsável pela doença. A diminuição dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina causariam o aparecimento dos sintomas.

Quais são os principais sintomas?

— Sintomas emocionais: tristeza, perda de interesse, ansiedade, angústia, desesperança, estresse, culpa, perda da libido, dificuldade de raciocínio, indecisão, baixa autoestima, alterações no sono, ideação suicida, entre outros.

— Sintomas físicos: baixa energia, alterações no sono, dores inexplicáveis pelo corpo (sem causa clínica definida), dor de cabeça, alterações no apetite, alterações gastrointestinais, alterações psicomotoras, entre outros.

Que sinais comprovam um quadro de depressão?

Para o indivíduo ser diagnosticado como deprimido, deve reunir pelo menos cinco dos sintomas acima, sendo que um deles tem de ser tristeza ou perda do interesse em atividades antes prazerosas, com duração mínima de duas semanas.

Ao notar os sintomas, qual profissional de saúde devo procurar?

Ao reconhecer ou desconfiar de um quadro depressivo, é imprescindível procurar um médico psiquiatra. Ele é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar a depressão.

Todas as pessoas estão sujeitas a ter depressão?

Sim, porque existem diferentes motivos que predispõem à doença:

— Fator genético: história familiar de depressão.

— Estresse crônico: situações repetidas de estresse.

— Perdas parentais precoces: morte de um dos genitores na infância.

— História de qualquer tipo de abuso na infância.

A depressão tem causas multifatoriais (fatores genéticos/biológicos e ambientais/psicossociais) que sempre se somam para a determinação de uma apresentação clínica final. Nas mulheres, os períodos pré-menstrual, pós-parto e menopausa são de maior risco para desenvolver a doença também. Cerca de 17,5% da população apresentarão pelo menos um episódio depressivo ao longo da vida.

Há uma faixa etária mais vulnerável à doença?

Sim. A maioria dos casos de depressão acomete indivíduos entre 20 e 40 anos. Mas é importante dizer que a doença pode se iniciar em qualquer faixa etária, da infância à terceira idade.

Qual o melhor tratamento?

A maioria (cerca de dois terços) dos pacientes com depressão apresenta dores persistentes combinadas com sintomas emocionais. Assim, a doença deve ser tratada com psicoterapia e uso de antidepressivo com dupla ação, como a duloxetina. Essa classe de medicamento age de forma equilibrada sobre a serotonina e a noradrenalina, combatendo os sintomas emocionais e físicos. É importante deixar claro que isso não é uma regra, portanto, varia de acordo com o paciente e que a procura por ajuda médica é indispensável.

A depressão tem cura?

O objetivo central do tratamento da depressão é a remissão (melhora completa da sintomatologia depressiva). Como grande parte das doenças, há sempre um risco de, mesmo tratado corretamente, o paciente apresentar recaída no futuro (cerca de 80% das pessoas que apresentaram um episódio depressivo devem apresentar um ou mais episódios adicionais). A depressão, portanto, é, na maioria das vezes, uma doença crônica, assim como diabetes e hipertensão. Quando tratado adequadamente, o paciente leva uma vida absolutamente normal.

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Quando o sofrimento se torna um vício

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Sofrimento é um dos sentimentos intrínsecos ao homem. Mas há casos em que ele transcende a normalidade e se torna uma espécie de doença. É quando esse tipo de dor se torna tão presente na vida do indivíduo que o impede de ter uma vida em equilíbrio, com relações afetivas e emocionais gratificantes. O fenômeno é observado há anos.

Qual é a diferença entre tristeza e sofrimento?

 — Tristeza é um sentimento intrínseco ao ser humano, faz parte da vida. Temos esse sentimento quando perdemos alguém, quando nos deparamos com alguma fraqueza nossa, quando temos uma identificação com algo triste (pobreza, doença, desigualdade etc.). É natural e saudável, pois nos permite refletir e elaborar situações difíceis. Sofrimento também faz parte da condição humana e da vida. Ele nos permite entender a vida, seus mistérios, e nos dá a possibilidade de criar a nossa subjetividade e a nossa individualidade. No livro, falamos de um sofrimento que é evitável, isto é, que a pessoa não precisaria viver e que fatalmente a leva a constantes insucessos. Esse sofrimento é interno: a pessoa padece sem perceber. Gera distúrbios de ansiedade, depressão e a sensação de menos valor. É uma dependência psicológica da dor, gerada pelo sofrimento, e essa dor psíquica é transformada em droga.

Quando o sofrimento passa a ser patológico?

 — Quando começamos a empobrecer nossa vida para se comprazer num evento que tenha nos causado muito sofrimento. Abandonamos a vida para sucumbir em pensamentos obsessivos e compulsivos e justificar o nosso prazer — autoflagelo na dor do sofrimento. É muito comum estar camuflado em outros quadros, com sintomas psicossomáticos e psiquiátricos.

Como a vida atual leva ao vício de sofrer?

 — O vazio existencial, a solidão, o estresse e o excesso de cobrança. Os comportamentos compulsivos de compras, usadas como moeda de afeto e autoestima. O fato de viver só com os valores ditados pela mídia — padrão de beleza, de sucesso (no amor e no trabalho), competição excessiva — e de estar desconectado de seus valores pessoais e de sua ética. A falta de tempo para construir laços afetivos importantes, com parentes e amigos, e tempo de sobra para o ócio. Estar desconectado de sua espiritualidade.

A pessoa que se faz sempre de vítima é uma viciada em sofrimento ou ela pode agir assim somente para atrair a atenção dos outros sem necessariamente estar sofrendo?

 — Às vezes, encontramos pessoas que se fazem de vítima para obter atenção e afeto do outro. No caso do viciado em sofrimento, a pessoa é de fato vítima, mas do seu próprio enclausuramento psíquico, que são os pensamentos compulsivos de pessimismo, de autoflagelo, de menos-valia, que interferem fundamentalmente na baixa da autoestima. São pessoas desejosas de serem amadas, mas que não conseguem se sentir amadas, apesar de muitas vezes serem.

O sofrimento pode nascer ainda na infância. Por que as crianças sofrem?

 — O sofrimento, como disse, faz parte da vida. Muitas vezes, por questões adversas, uma criança pode ter uma infância sofrida. Depressão pós-parto da mãe, separações dos pais, gestação não desejada ou mesmo distúrbios cognitivos e emocionais podem potencializar essas primeiras vivências, deixando marcas profundas na criança e levando a quadros psicológicos. É importante que os pais, ou substitutos, fiquem atentos ao filho. Ao detectarem sofrimento em vez de uma infância como um período de alegria, brincadeiras e comportamentos espontâneos, levem a criança para uma avaliação com um profissional, para um possível encaminhamento terapêutico. Podem assim, muitas vezes, abortar um processo de construção de adulto viciado em sofrimento. Mas é importante ressaltar para os pais que não se sintam culpados caso se identifiquem com algum desses fatores, pois eles por si só não são determinantes para criar um viciado em sofrimento. E é possível mudar esse enredo pelo tratamento psicoterápico ou mesmo pela característica da criança. Temos crianças que tiveram uma infância sofrida e se tornaram pessoas resilientes. Hoje, são adultos de sucesso e realizados.

Crianças, adolescentes, adultos, velhos. Há viciados em sofrimento em todas as fases da vida?

 — Sim. Mas é comum serem detectados a partir da adolescência, quando se potencializam aspectos de modelos relacionais vivenciados e aprendidos com os pais — sentirem-se rejeitados —, somados à timidez e à dificuldade de sociabilização, característicos dessa fase. Por outro lado, se identificar tais dificuldades no filho — isolamento, tristeza, apatia, ausência de amigos e de paqueras, dificuldades de aprendizagem — e encaminhá-los à psicoterapia, esse vício é facilmente superado. Em outras palavras, é possível desconstruir essa atitude de sofredor que irá se caracterizar fortemente na fase adulta.

Como uma pessoa leiga pode perceber que um amigo ou familiar é um viciado em sofrimento?

 — Depende da fase. Na adolescência, já citei algumas características. Na fase adulta, percebe-se nas suas dificuldades de lidar com os novos papéis sociais e afetivos. Exemplo: sempre se desqualifica, não conseguindo lidar com os desafios, não tendo opiniões próprias, mostrando-se com uma autoestima prejudicada, sem amigos, com dificuldade de desenvolver um papel profissional. São pessoas que estão sempre infelizes, insatisfeitas, são autoexigentes e nunca cumprem para si o desejado. Apesar de terem sucesso em algum compartimento da vida — construíram uma família ou mesmo uma profissão —, não se sentem realizadas ou satisfeitas. Estão sempre carentes de afeto ou atenção, muitas vezes se fazendo de duronas.

Que ações práticas podem tirar a pessoa de um processo de sofrimento?

 — O primeiro passo, como em qualquer vício, é perceber e aceitar que é um viciado. Muitas vezes, a pessoa acha que ela não tem sorte, que viver a vida é lutar e sofrer… Camufla seu sofrimento em valores religiosos ou no destino, para justificar a sina. Perceber e desconstruir os pensamentos pessimistas, perceber como anda sua vida. O que é importante? Como distribuir o seu tempo? Do que se compõe a vida? Refletir sobre os seus valores e sua ética e construir um projeto de vida com essa bússola. Nesse processo de autoconhecimento, pode-se sentir dificuldades de superar conflitos internos ou externos. Seja humilde e amoroso consigo, procure ajuda de um especialista em psicoterapia ou psiquiatria para avaliar a necessidade de tratamento

Psicoterapeutas Dirce Fátima Vieira e Maria Luiza Pires.

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Anorexia alcoólica

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João Miguel Júnior / TV Globo

A anorexia alcoólica, também conhecida como drunkorexia (termo derivado do inglês), não é uma doença e sim um sintoma do alcoolismo. Caracteriza-se por perda de apetite provocada pelo consumo excessivo de álcool. É um tema controverso, já que há dúvidas a respeito de sua classificação: é um transtorno alimentar especificamente — muitas mulheres jovens preocupadas com a imagem corporal têm anorexia — ou uma deficiência metabólica, consequência de uma dependência química em estágio avançado?

O assunto está em pauta e será muito discutido na novela Viver a Vida, da Rede Globo. A personagem Renata, vivida pela atriz Bárbara Paz, foi diagnosticada com o distúrbio e sofrerá muito até aceitar que precisa de cuidados médicos.

A trama possibilita difundir informações, principalmente aos pais e responsáveis por meninas que possam apresentar indícios de distúrbios alimentares e/ou de consumo de álcool. Com essa identificação, é possível procurar ajuda mais cedo. Noventa por cento dos casos de anorexia nervosa são verificados em mulheres.

Preste atenção

— Recusa em se manter no peso mínimo indicado para a altura e idade (ou um pouco acima disso), medo intenso de engordar, distorção da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual sem causa aparente, associados ao consumo de álcool em substituição aos alimentos, são alguns sinais da anorexia alcoólica.

Saiba mais

— A drunkorexia pode atingir mulheres por volta dos 20 anos que ingerem quantidades cada vez maiores de bebidas alcoólicas e restringem a ingestão de calorias na tentativa de manterem-se magras. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o alcoolismo acomete cerca de 12% da população feminina mundial.

O álcool se torna uma forma de anestesiar as emoções negativas. Na busca por um corpo perfeito, a bebida é usada para reduzir a compulsão por alimentos e o apetite. Além disso, os efeitos do álcool amenizam os sintomas psicológicos e, quando ingerido com o estômago vazio, a ação é ainda mais rápida, tornando-o um “grande aliado”.

Mesmo sendo uma fonte calórica, o álcool substitui o alimento sob a forma de calorias vazias, pois não é utilizado eficientemente pelo organismo como uma forma de combustível.

Tanto a digestão como a absorção das calorias são prejudicadas, já que a nutrição, nessas condições, ocorre sob a influência de um déficit de tiamina, vitamina B12, ácido fólico, zinco e aminoácidos.

— Com o metabolismo alterado, os micronutrientes (folato, tiamina, piridoxina, vitamina A, vitamina D, zinco, selênio, magnésio e fósforo) sofrem alterações. Entre as consequências, estão distúrbios nutricionais importantes com alterações orgânicas como arritmias, convulsões, doenças neurológicas, anemia, distúrbios menstruais e alterações da tireoide. Além da perda de apetite, complicações como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica e diabetes podem ocorrer.

O tratamento é feito com terapia comportamental e acompanhamento nutricional para controle das duas doenças associadas: o transtorno alimentar e o alcoolismo. São necessárias estratégias como trabalhos de grupo, reuniões do Alcoólicos Anônimos e avaliações clínicas para medir e tratar os prejuízos orgânicos.

 Patrícia A. de Oliveira, médica-nutróloga responsável pela Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional do Hospital Bandeirantes, em São Paulo

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Absolva o salto alto

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Visivelmente irritada, a mulher se senta em um banco do shopping, tira o sapato alto e faz uma expressão de alívio. A cena trivial é suficiente para que o ortopedista Mário Lopes emita o diagnóstico.

 

— É a típica reação de quem tem o neuroma de Morton — diz o cirurgião, especialista em pés e tornozelos.

Muito comum entre mulheres, a doença é provocada pelo espessamento de terminações nervosas próximas aos dedos. Mas, diferentemente do que muitos pensam, a origem não tem uma relação direta com o uso de saltos altos.

— Se fosse assim, a maioria dos pacientes apresentaria o problema em ambos os pés, o que acontece em menos de 20% dos casos — explica Rodrigo Daher, ortopedista também especializado em pés.

Em geral, o neuroma não oferece maiores riscos à saúde. Mas o incômodo pode ser crescente, a ponto de dificultar o simples caminhar em casos mais avançados, principalmente com o uso de calçados de bicos finos e saltos.

— Pacientes descrevem como a mesma sensação que temos quando há uma pedra dentro do sapato — compara Daher.

Para a grande maioria, o tratamento clínico basta para aliviar a dor. O primeiro passo é uma reorientação na compra dos sapatos, seguido pelo uso de palmilhas anatômicas. A cirurgia só é indicada para casos mais severos, pelo incômodo que provoca. Apesar de simples, exige uma média de 15 dias sem tocar o pé no chão.

Palavra do especialista

Em que casos a cirurgia é recomendada?

Quando nenhum dos outros tratamentos é suficiente para amenizar o problema. Só se indica cirurgia em menos de 30% dos casos, quando as outras possibilidades de tratamento foram esgotadas. Se optar pela cirurgia, o médico terá de escolher a modalidade de procedimento, a depender do caso do paciente. Por exemplo, pode acessar o neuroma pelo dorso ou pela planta do pé. Pode ainda retirar o neuroma ou apenas liberar as cadeias neurais.

Quais as restrições do pós-operatório?

É preciso ficar sem pisar por 15 dias, em média, para que a cicatrização seja completa. Após isso, a recuperação dará o ritmo. É possível voltar a praticar exercícios físicos com 30 dias após a cirurgia, desde que sejam de baixo impacto. Para exercícios mais intensos, é preciso esperar o mínimo de dois meses.

As grandes queixas sobre o neuroma partem de mulheres que gostam de sapatos de salto alto. Após a cirurgia, é possível voltar a usá-los?

Sim, obviamente respeitando o tempo do resguardo. Mas convém lembrar: há certos tipos e alturas de salto que não são recomendáveis a nenhuma pessoa. Em geral, não há reincidência do neuroma após a cirurgia.

Há algum risco de conviver com o neuroma? Ele pode evoluir para uma lesão maligna?

Não há risco. Em geral, ele se mantém como um tumor benigno. O problema é que o incômodo pode ser crescente quando não há tratamento adequado.

Fonte: Mário Lopes, ortopedista e cirurgião especialista em pés e tornozelos

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Frutas cítricas em excesso provocam cáries

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Uma das preocupações mais comuns das mães é que seus filhos comam mais frutas. Mas é preciso oferecer tipos variados às crianças, já que as frutas cítricas — laranja, limão, lima e bergamota, por exemplo — são alimentos ácidos e com alto teor de açúcar, favorecendo o aparecimento de cáries nos dentes.

— No início, os alimentos ácidos consumidos em excesso provocam uma erosão da capa externa do dente, o esmalte. Depois, nos pontos onde persistem acúmulos de açúcar, formam-se cáries — diz o cirurgião-dentista Marcelo Rezende, especialista em implantes dentários e e membro da Sociedade Brasileira.

Rezende explica que os ácidos das frutas cítricas enfraquecem os dentes e corroem o esmalte.

— Uma boca ácida é o melhor ambiente para o crescimento da população de bactérias. São cerca de 10 bilhões de bactérias por gota de saliva. Elas crescem e produzem ainda mais ácido em decorrência do ácido da fruta cítrica.

Mesmo que os cítricos ofereçam riscos quando ingeridos em grande quantidade, o especialista defende seu consumo.

— Só não devemos nos esquecer de providenciar uma excelente limpeza dos dentes após comer uma fruta ou tomar um suco de laranja, limão, abacaxi, tangerina, ou até mesmo de manga, que é bastante doce. Fazer bochechos com bastante água e escovar bem os dentes depois ainda é a melhor prevenção contra as cáries.

Refrigerantes ou suco?

Tem muita gente que pede um suco de laranja em vez de refrigerante. De acordo com o dentista Marcelo Rezende, a bebida mais indicada para acompanhar as refeições é água.

— Os refrigerantes também podem causar estragos sem volta. A ingestão dessas bebidas em grande quantidade, hábito tão comum entre os adolescentes, é uma das principais causas da erosão dental, podendo desencadear dor, sensibilidade exagerada e comprometer a aparência do paciente. A restauração do esmalte e da dentina é difícil e requer acompanhamento contínuo, além de ser um tratamento caro.

De acordo com o especialista, quando alguém quer substituir refrigerante por sucos, deve optar pelos feitos com uva, caju, carambola, pera e melancia.

— Se a pessoa não tem como escovar os dentes em seguida, vale a pena tomar um copo d’água ao final para retirar o excesso de açúcar da boca.

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Lei antifumo no estado de São Paulo

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É provável que (a lei) reduza a prevalência do tabagismo entre os jovens, pois transforma ambientes que antes eram propícios aos rituais de iniciação ao tabagismo em ambientes livres da fumaça do cigarro.”

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O Brasil, apesar de ser grande produtor e exportador de tabaco, tem atuação exemplar na redução da prevalência do tabagismo nos últimos anos. O percentual de brasileiros fumantes na década de 90 chegava a 30% da população adulta, atualmente, são cerca de 20%. Somos o país com a maior taxa anual de redução de fumantes, segundo a Organização Mundial de Saúde.


O marco inicial e decisivo dessa política eficaz de controle do tabagismo ocorreu no final da gestão do então ministro da Saúde, Henrique Santillo, em dezembro de 1994. Esse médico, nascido em Ribeirão Preto, formado em Medicina em Minas Gerais, ex-governador do Estado de Goiás, sabia o que era preciso fazer e fez, determinando a restrição legal da propaganda comercial do tabaco e seus derivados.


Foi o começo de uma história de conquistas na luta de controle do tabagismo no Brasil. Com a saída de Santillo, Adib Jatene assumiu o cargo de ministro da Saúde em janeiro de 1995 com missão quase impossível de resolver a “batata quente deixada pelo seu colega”.


As empresas de publicidade e a indústria do tabaco estavam enlouquecidas com as ameaças de redução de seus lucros caso o decreto virasse lei. A panela de pressão fervia, como ferve agora com a aprovação da lei antifumo no Estado de São Paulo. Repeteco dos mesmos argumentos, defendidos teatralmente por alguns advogados: “Estado não pode interferir na liberdade de expressão, fere o direito de liberdade”, para não dizer o que realmente pensam: “Vocês querem acabar com nosso negócio. O fato é que Jatene conseguiu, de forma estratégica, apoio para aprovar a Lei Federal n° 9294, que proíbe fumar em ambientes fechados públicos e privados, mas que ainda permitia os “fumódromos”. Uma grande conquista para a época, embora saibamos que, do ponto de vista técnico, a criação dos “fumódromos” não conferiu proteção à exposição passiva à fumaça do cigarro e não desestimularia o seu consumo. De qualquer forma, determinou a primeira mudança comportamental expressiva na sociedade brasileira, tão condescendente com o tabagismo, mas que começava, a partir desse momento, a incorporar o entendimento que a fumaça do cigarro prejudicava sua saúde.


José Serra assumiu o Ministério da Saúde, em 1998, e deu continuidade à política de combate ao tabagismo de seus antecessores. Novas conquistas e avanços, a proibição  total de propaganda de cigarros nos meios de comunicação; a contrapropaganda, com fotos sobre os malefícios do cigarros nos maços de cigarro; a proibição do uso de expressões mal-intencionadas como “ light”, “suave” e “ ultrassuave”.


Em 2003, a Organização Mundial de Saúde organizou a Convenção–Quadro, um tratado Mundial para controle da epidemia Tabagística no Mundo. O Brasil aderiu ao tratado em 2003 e o ratificou no final de 2005.


Escrevi tudo isso para dizer que a Lei Estadual 13.541, a lei antifumo do Estado de São Paulo, atende às prerrogativas de um país que é signatário da Convenção-Quadro, que como tal, prevê a adoção de medidas legislativas, executivas e judiciárias para combater a epidemia tabagística que assola o mundo e que torna o tabagismo ativo a primeira causa evitável de morte e o tabagismo passivo a terceira causa evitável de morte.


A lei tem como foco central a proteção dos não fumantes à exposição passiva, mas também promove alterações no comportamento dos fumantes ao desestimular o seu consumo. Possibilita que o fumante perceba seu grau de dependência a nicotina. Adicionalmente, é provável que reduza a prevalência do tabagismo entre os jovens, pois transforma ambientes que antes eram propícios aos rituais de iniciação ao tabagismo em ambientes livres da fumaça do cigarro.


Especificamente no município de São Paulo, esperamos redução de mil a 3 mil óbitos por derrame cerebral e infarto nos próximos 12 meses, tanto em fumantes quanto em não fumantes, em função da adoção da lei. Nossa expectativa é a redução de 10% a 30% desses eventos, resultados observados em locais onde leis semelhantes foram implementadas.


O fato é que após mais de um mês de aprovação da lei, o apoio a mesma é expressivo. A melhora da qualidade do ar nos ambientes fechados é observada pela quase totalidade de seus usuários e trabalhadores.


Ninguém mais tem que chegar da balada e tomar banho, e lavar a cabeça por estar fedendo a fumaça do cigarro.


Já valeu a pena.


Para finalizar, sei que essa lei antifumo causou confusão até lá no céu. Tem um monte de médico velhinho comemorando aprovação da lei, como José Rosemberg, Mário Rigatto e Henrique Santillo, mas também deve haver um monte de fumante inconformado dizendo: “Pô, por que que essa lei não foi aprovada antes?”.

*Jaqueline Scholz Issa é diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor (Instituto do Coração) de São Paulo, pioneira na comemoração do dia Mundial Sem Tabaco no Brasil realizado com apoio da Organização Mundial de Saúde – Programa Tobacco or Health, em 31 de maio de 1993 e autora do livro Deixar de Fumar.

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Tire suas dúvidas sobre a pílula do dia seguinte

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Ricardo Chaves

A pílula do dia seguinte é um medicamento de emergência, indicado para situações onde ocorreu a falha de outro método contraceptivo durante a relação sexual ou quando ela foi desprotegida. Por não haver necessidade de apresentar prescrição médica, é facilmente obtido nas farmácias, o que não elimina muitas dúvidas ainda existentes quanto ao uso, a eficácia e a durabilidade do produto.

A ginecologista Rosa Maria Neme, graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com residência médica e doutorado em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo, faz um alerta:

 

— Apesar de não ter contraindicação, a pílula do dia seguinte deve ser ingerida somente em ocasiões de emergência e nunca como um método contraceptivo convencional, pois seu uso frequente pode alterar o ciclo menstrual.

Tire suas dúvidas

Qual a composição desse medicamento? Por que ele é mais potente em relação às demais pílulas?

A pílula do dia seguinte é composta apenas de progesterona, o levonorgestrel. Ela é considerada mais potente porque possui maior concentração do hormônio quando comparada a uma pílula tomada diariamente.

Como ela age no organismo? Quais os efeitos colaterais?

A ação da progesterona é tornar o endométrio um ambiente inóspito para a implantação do embrião. Como efeito colateral, pode provocar enjoo, mal-estar e dor de cabeça.

A pílula do dia seguinte é eficaz? Oferece riscos ou possíveis efeitos colaterais? Em quanto tempo após a relação ela deve ser tomada?

O ideal é tomá-la até 24 horas depois da relação desprotegida para garantir sua eficácia. Eventualmente, pode ser tomada até 72 horas após a relação. Os riscos de gravidez e também de ocasionar irregularidade menstrual existem. Por essa razão, não deve ser tomada sempre.

É possível evitar a gravidez com ela?

A pílula do dia seguinte possui uma efetividade de quase 94% se tomada nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida ou acidental.

Em quais ocasiões ela deve ser tomada?

Somente em ocasiões de emergência e nunca como um método contraceptivo convencional. Deve ser prescrita sempre pelo médico.

Ela tem sido usada por muitos jovens como método regular de contracepção, não emergencial. Qual é o risco desse hábito?

O grande risco é desregular todo o ciclo hormonal. Essa pílula apresenta uma dose alta de hormônio e, se usada de forma não emergencial, pode causar sintomas como irregularidade menstrual, acne e aumento de oleosidade na pele, por exemplo.

É perigoso adotá-la como única forma de evitar a gravidez?

Claro. Usá-la como método para evitar a gravidez vai causar um desequilíbrio hormonal significativo no organismo feminino. Ela pode ser conciliada esporadicamente com outros métodos, mas, se usada com frequência, pode causar retenção hídrica e aumento da oleosidade da pele, entre outros sintomas.

Como deve ser tomada?

Deve ser tomada em dose única ou em duas doses com intervalo de 12 horas entre a primeira e a segunda dose.

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Mitos e verdades sobre a fertilização

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Johan Cloete

Um casal sadio tem 100% de chances de engravidar em um mês?

Não, um casal sadio apresenta aproximadamente de 15% a 20% de chances de conseguir uma gravidez por mês. Após 12 meses, o casal terá aproximadamente de 85% a 90% de chances de engravidar. Caso isto não ocorra, é necessário procurar ajuda médica.

As mulheres são as maiores responsáveis pela infertilidade do casal?

Não. Existe uma mesma incidência entre os dois sexos. Estima-se que cada um responda por 40% das causas. Os 20% restantes podem ser divididos entre causa mista (acometimento de homem e mulher) e infertilidade sem causa aparente (quando não se consegue estabelecer uma causa para o problema).

A mulher pode engravidar com seus próprios óvulos facilmente até a idade que quiser?

Não. Quanto mais avançada a idade, menores são as possibilidades de engravidar. Isto ocorre porque existe, com o passar dos anos, uma redução não só do número de óvulos como também da sua qualidade. A grande redução das possibilidades ocorre após os 40 anos.

É verdade que a mulher já nasce com todos os óvulos e, a cada menstruação, perde mil deles, que não não são repostos?

Sim. Para que a mulher ovule um óvulo por mês, ela “gasta” aproximadamente mil. Desta forma, considera-se que a mulher tenha aproximadamente 500 ovulações durante toda a sua vida fértil.

Mulheres após os 40 anos têm mais chance de engravidar de gêmeos?

Não, não é correto é afirmar isso.

Estatisticamente, quem tem um filho tem mais chances de ter o segundo?

Não, não existe esta relação.

É possível postergar a maternidade congelando óvulos?

Sim. A técnica de vitrificação dos óvulos (procedimento em que os óvulos são rapidamente congelados) permite taxas de gravidez semelhantes àquelas obtidas com óvulos frescos. Esta técnica é considerada uma das maiores evoluções da área da reprodução assistida.

Todo mundo que faz fertilização, necessariamente, congela os óvulos?

Não. Atualmente, os tratamentos visam à obtenção de poucos óvulos, o que faz com que as mulheres sofram menor desconforto e não exista a necessidade de congelar óvulos ou embriões.

O uso de pílula anticoncepcional por tempo prolongado pode causar infertilidade?

Não.

A mulher que provoca um aborto pode reduzir as chances de engravidar novamente?

Não necessariamente. Exceto em casos em que houve alguma complicação do procedimento, como infecção, por exemplo.

Mulheres com ovário policístico não conseguem engravidar?

Não necessariamente. Um percentual elevado dessas pacientes apresenta ciclos ovulatórios normais.

Mesmo mais velhos, os homens têm mais chances de ter filhos do que as mulheres?

Sim. Esta pode ser considerada uma vantagem masculina, uma vez que a população de espermatozoides é renovada a cada quatro meses.

Mulheres com idade avançada, hoje em dia, não têm mais dificuldade para engravidar?

Sim, ainda apresentam as possibilidades reduzidas quando comparadas àquelas mais jovens.

A mulher que menstrua mais cedo tem menos chance de engravidar quando mais velha?

Não.

O uso da pílula do dia seguinte pode interferir na fertilidade feminina?

Não.

Homens e mulheres vegetarianos precisam rever as regras alimentares na época de engravidar?

A mulher sim. É necessário realizar estudos para verificar se ela apresenta anemia, que deverá ser corrigida o mais rápido possível.

O ovo de codorna e o amendoim, conhecidos popularmente como alimentos afrodisíacos, aumentam a fertilidade?

Não.

Homens que passam muito tempo sentados têm maiores possibilidades de ter problemas de fertilidade?

Não.

Todas as pessoas que se submetem à quimioterapia ficam estéreis?

Não. Depende das doses e drogas utlizadas durante o tratamento. O mesmo se aplica à radioterapia, em que a dose de irradiação e o local irradiado interferem no prognóstico reprodutivo da paciente.

A obesidade interfere na fertilidade?

Sim, elas podem apresentar menores possibilidades de engravidar e uma maior taxa de abortamento, segundo os últimos estudos publicados.

É recomendável que o homem ingira uma grande quantidade de vitamina A no período pré-gravidez?

Não.

A mulher só fica grávida quando mantém relações durante o período fértil?

Sim.

Fonte: Marco Melo, ginecologista especialista em medicina reprodutiva

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