A visão após a cirurgia de catarata

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Dados da Academia Americana de Oftalmologia revelam que 17% da população acima dos 40 anos sofrem de catarata nos Estados Unidos. A incidência da doença salta para 90% depois dos 70 anos. No Brasil, pelo menos metade dos idosos sofrem com a doença, em que a lente do cristalino vai ficando opaca e esbranquiçada, reduzindo a visão. Apesar de simples, a cirurgia de catarata não costuma desobrigar o paciente do uso de óculos. As lentes tóricas, então, são um excelente recurso para a pessoa enxergar ainda melhor do que antes.
— A cirurgia de catarata é apenas parte da conquista para se enxergar melhor, principalmente no caso dos pacientes com astigmatismo. Até recentemente, depois da cirurgia, a pessoa ainda teria de conviver com seus óculos. Além de não favorecer muito do ponto de vista estético, os óculos representam um custo alto para quem tem de trocar pelo menos de dois em dois anos — diz o oftalmologista Renato Neves.
De acordo com o médico, as lentes tóricas, que são intraoculares, não somente recuperam a translucidez do cristalino como corrigem o astigmatismo, permitindo que o paciente volte a enxergar como quando tinha 20 anos, tendo tudo em foco. A cirurgia custa cerca de R$ 4,5 mil por olho e 98% dos pacientes também são dispensados do uso de óculos para perto ou para longe.
A catarata avança aos poucos. O portador pode sofrer alterações na visão durante meses ou anos sem se dar conta da gravidade do problema. Pessoas com mais de 40 anos, então, devem fazer exames de fundo de olho anualmente.
O fator hereditariedade é bastante presente no diagnóstico de catarata. Entretanto, a doença vem aumentando a passos largos entre os que fazem uso de determinados medicamentos, como cortisona e esteroides, ou ainda entre pessoas que se expõem demasiadamente ao sol, ingerem muito sal na alimentação, fumam e consomem muito álcool — diz o médico.
Na fase inicial da doença, o paciente nota maior facilidade para enxergar de perto, o que progride para uma maior sensibilidade à luz e, principalmente, aos reflexos e brilhos à noite, visão embaçada, sensação de que as cores estão desbotadas e mudanças na cor da pupila. Em estágio mais avançado, a pessoa já não se sente mais capaz de realizar tarefas simples, como ler ou dirigir.

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Doenças do aparelho digestivo

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Doenças crônicas ou agudas no aparelho digestivo tendem a trazer problemas sérios.
— Nos últimos anos, algumas pesquisas conseguiram demonstrar que doenças antes descritas como de origem nervosa são, na realidade, consequência de infecções ou distúrbios da motilidade intestinal, por exemplo. Atualmente, os médicos sabem que uma úlcera no estômago está relacionada à presença de uma bactéria do que o nível de estresse do paciente — afirma Vladimir Schraibman, gastroenterologista e cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.
O especialista elencou alguns problemas que ocorrem no aparelho digestivo e esclarece alguns mitos. Confira:
A hérnia de hiato causa azia
Em parte. Algumas pessoas que sofrem de azia também têm hérnia hiatal, mas ela aparece também com outras doenças. Um problema mais comum associado à hérnia hiatal é o aumento da pressão abdominal produzido por tosse, vômitos, constipação crônica, esforços físicos abruptos e aumento de peso. A maioria das pessoas acima de 60 anos tem hérnia hiatal e não apresenta qualquer outro problema.
Chocolates, mentolados e cigarro causam azia
Verdade. A azia ocorre quando o esfíncter inferior do esôfago, localizado na junção do esôfago com o estômago, relaxa de maneira inapropriada ou apresenta uma fraqueza. Isso faz com que o ácido produzido pelo estômago reflua para o esôfago. Tanto chocolates quanto mentolados causam esse relaxamento, o que ocasiona o refluxo do ácido. Outros alimentos que contribuem para isso são: tomate e derivados, frutas cítricas, café (cafeína), frituras e gorduras. Com relação ao fumo, estudos revelam que esse hábito diminui o tônus da musculatura do esfíncter inferior do esôfago, contribuindo para o refluxo.
O uso de antiácidos melhora a azia
Em partes.
O uso de antiácidos melhora, por um curto prazo, os sintomas da azia. Mas o consumo indiscriminado pode resultar em diarreia, alterações no metabolismo do cálcio (um elemento importante para os ossos) e retenção de magnésio (que pode levar a complicações graves em pacientes com problemas renais).
A úlcera é a doença mais comum entre as pessoas sob estresse constante
Mentira.
A úlcera péptica gástrica ou duodenal ocorre em muitas pessoas. Atualmente, sabe-se da existência de uma bactéria chamada Helicobacter pylori, que é o grande vilão causador da maioria das úlceras.
Pessoas que consomem ácido acetilsalicílico regularmente tem maior risco de desenvolver úlcera gástrica
Verdade.
Tomadores crônicos de ácido acetilsalicílico ou que consomem essa substância quatro dias por semana, durante três meses ou mais, têm maior risco de desenvolver uma úlcera gástrica e de apresentar sangramento dessa úlcera (hemorragia digestiva alta).
Úlcera péptica (gástrica ou duodenal) deve restringir a ingestão de alguns alimentos
Verdade.
Aconselhamos evitar a ingestão de café, chá mate, chá preto, bebidas à base de cola, alimentos com muito tempero, gorduras, frituras e frutas ácidas como laranja, limão, entre outras, porque aumentam a secreção ácida do estômago.
Intestino regular é aquele que funciona todos os dias
Mentira.
A frequência da normalidade varia entre três vezes ao dia até três vezes durante uma semana. Pessoas com intestino regular podem variar dentro desta faixa de normalidade, sem apresentar qualquer problema intestinal. Dessa forma, o entendimento de intestino regular varia de pessoa para pessoa.
O uso de laxativos comprados no balcão da farmácia é seguro e cura o problema da prisão de ventre
Mentira.
O laxativo, geralmente, resolve o problema por um período, mas o uso indiscriminado e constante, além de danificar a musculatura do intestino, pode levar à redução na absorção de vitaminas importantes e de outras medicações.
Doença diverticular geralmente causa problemas graves
Mentira.
A diverticulose é uma condição em que pequenas saculações (divertículos) se desenvolvem a partir da parede do intestino grosso. A maioria das pessoas com esse problema não apresenta sintomas e não sabe ser portador de divertículos, a não ser por meio de exames de raios X ou colonoscopia. Apenas 20% das pessoas portadoras de diverticulose apresentam complicações como diverticulite, perfuração ou sangramento.
O alcoolismo crônico é a única causa de cirrose do fígado
Mentira.
A cirrose tem muitas causas, entre elas a hepatite viral. Nas crianças, a cirrose pode ser causada por problemas hereditários, incluindo fibrose cística, deficiência de alfa-1-antitripsina, atresia biliar, doença de acúmulo de glicogênio. Nos adultos, a cirrose ainda pode ser causada pela hepatite B ou outras doenças mais raras, tais como a cirrose biliar primária, doenças de acúmulo de metais no corpo, reação severa contra algumas drogas administradas e exposição prolongada a toxinas do ambiente.
Pode-se ter cirrose no fígado e não saber
Verdade.
O início da cirrose é frequentemente silencioso, tem poucos sintomas específicos que, normalmente, se manifestam quando a doença já se encontra em fase avançada.
A cirurgia de criação de uma ostomia (procedimento cirúrgico que consiste na desconexão de algum trecho do tubo digestivo ou outro qualquer) é um procedimento comum
Verdade.
A ostomia é um procedimento bastante simples e é realizada quando uma parte do intestino delgado ou grosso é removida, criando uma comunicação direta entre a superfície corporal e a porção restante do intestino. Uma bolsa é aplicada no local da ostomia para captar o material expelido pelo intestino. Em situações de cirurgia intestinal de urgência ou no tratamento do câncer de reto, isto pode ser necessário.

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Tipos de dor de cabeça

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Conheça os tipos de dor de cabeça e a atividade física indicada para cada uma delas:

PRIMÁRIAS

Enxaqueca
Afeta um lado da cabeça, geralmente, e tem origem genética. O seu mecanismo é complexo e não está ainda elucidado. A dor é decorrente, em parte, de uma inflamação das artérias das meninges ( e do couro cabeludo. Pode estar ligada ao hormônio sexual feminino, tende a se iniciar após os 20 anos e a durar para a vida toda. É comum médicos e pacientes confundirem com sinusite (infecção dos seios da face). Há ainda a enxaqueca pré-menstrual, desencadeada por queda dos níveis de estrógeno.
Sintomas: dor de cabeça de moderada a forte, geralmente latejante. Costuma ser acompanhada por enjoo, aversão à luz e ao barulho.
Divide-se em dois tipos:
Com aura: Precedida de alterações no campo visual. A pessoa sente que vai ter enxaqueca depois que começa a ver linhas em ziguezague, manchas escuras. A dor tende a ocorrer de 10 a 60 minutos depois das perturbações. Existem auras mais raras como a sensitiva (formigamento ou dormência na face e nos membros superiores) e a disfásica (dificuldade para falar).
Sem aura: Corresponde a 70% a 90% das enxaquecas.Não é antecedida pelas alterações listadas acima. O tratamento é o mesmo para os dois tipos.
Atividade física: é comum a dor aumentar com a atividade física durante a crise. Muitas vezes, só de baixar a cabeça a dor piora. De forma preventiva, entretanto, exercícios aeróbicos e de relaxamento podem beneficiar com o paciente.

Cefaleia em salvas
É rara e mais prevalente em homens, começando, em média, aos 28 anos. Episódica, dura de 15 minutos até três horas e acomete um lado da cabeça, mais na região frontal, próximo dos olhos. A tendência é de que os olhos fiquem vermelhos e lacrimejantes, com a queda da pálpebra do lado da dor. É comum as crises ocorrerem sempre na mesma hora do dia, principalmente à noite, durante todos os dias por um certo período no ano. Seguem-se meses sem a presença de sintomas. Álcool e cigarro são potenciais desencadeadores de crises. Há ainda a forma crônica, ainda mais rara, em que a pessoa fica por um longo período sem alívio.
Atividade física: não há nenhuma comprovação de que exercícios contribuam para o alívio do quadro.

Cefaleia tipo tensional
É a mais comum das dores de cabeça. Quem tem não costuma procurar ajuda médica. Acreditava-se que ocorria uma tensão da musculatura que envolve o crânio, com causas emocionais, mas nada disso foi comprovado. Pode ocorrer de forma episódica, com frequência variável.
Atividade física: é o tipo que melhor responde aos estímulos aeróbicos, benéficos até durante a crise. Para as dores provocadas por estresse, recomendam-se aulas de pilates, ioga e alongamento.

SECUNDÁRIAS

Apesar de raras (não chegam a representar 1,7% das dores de cabeça), as cefaleias secundárias são as mais preocupantes. Aparecem em decorrência de um problema maior como um tumor cerebral, aneurisma, coágulos no cérebro e meningite. Alguns sinais de alerta, que devem ser analisados em conjunto, indicam a probabilidade da existência de uma causa preocupante. Esses sintomas podem ser obtidos durante a história clínica do paciente e pelo exame neurológico.
Sinais de alerta
Não deixe de procurar um médico quando a dor de cabeça:
— É recente e de curso progressivo. Por exemplo: uma pessoa que nunca teve dor de cabeça e passa a senti-la de modo progressivo por dias ou semanas.
— É súbita e intensa. É comum o paciente dizer que é a pior dor que já sentiu.
— Inicia-se na terceira idade e se torna frequente.
— Está associada a uma crise convulsiva.
— Surge após um traumatismo craniano recente.
— Ocorre em portadores de câncer de mama e de pulmão.
— Muda de padrão. A pessoa tinha uma dor episódica e passa a ocorrer de modo progressivo e frequente.

Saiba mais
— A dor de cabeça afeta pelo menos 36 milhões de pessoas no Brasil, o que representa 20% da população. Esse percentual é mais do que o dobro do registrado nos Estados Unidos (12%) e na Europa (8%).
— 6,9% dos brasileiros sofrem de dor de cabeça por pelo menos 15 dias no mês.
— A Região Sul é a segunda colocada no ranking nacional da enxaqueca (16,4%), vindo logo após o Sudeste (20,5%), conforme pesquisa da Sociedade Brasileira de Cefaleia realizada em 2009 com 4 mil pessoas entre 18 e 79 anos.
— A enxaqueca está ligada à agitação e ao estresse das grandes cidades, mas os fatores genéticos têm importância crucial. Essas pessoas têm um cérebro hiperexcitável, o que as deixa superssensíveis às crises e ao ambiente.

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Medicamento no tempo certo

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O astrônomo francês Jean Jacques de Mairan demonstrou, em 1729, que todos os seres vivos obedecem a ritmos internos. Foram necessários quase três séculos para que a ciência provasse que as doenças também têm um relógio biológico próprio. Entre as 8 e as 10 horas da manhã, os riscos de infarto são 70% maiores do que em qualquer outro período do dia. A asma prefere atacar de madrugada – as piores crises acontecem por volta das 4 horas. Úlcera, artrite, osteoporose, epilepsia, alergia… a lista das moléstias que se manifestam com hora marcada é enorme. A constatação de que isso é uma realidade permitiu o surgimento de uma nova linha de medicamentos. Programados para agir no momento em que os sintomas são mais agudos, esses remédios têm tudo para ser uma das grandes promessas da medicina para os próximos anos. Quem não gostaria de trocar o tradicional comprimido tomado de seis em seis horas por um único ao dia? E, de quebra, livrar-se de alguns efeitos colaterais próprios das grandes doses de medicamento?

Por enquanto, os remédios mais estudados são as drogas contra a pressão alta. Um dos grandes motivos é o fato de a hipertensão ser o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, como infarto e derrame.. Há no mundo 500 milhões de hipertensos, 13 milhões no Brasil. A pressão alta está relacionada a 85% dos casos de derrame e a até 60% dos infartos. Com as descobertas mais recentes sobre o ritmo das doenças, o caminho que se abre para a criação de novas drogas é enorme. Abaixo, alguns dos campos mais promissores:

As piores crises de úlcera e gastrite ocorrem entre 11 da noite e 1 da manhã, quando há maior liberação de ácidos gástricos, que irritam ainda mais a parede do estômago.

.Os quadros mais dolorosos de artrite reumática, doença auto-imune, ocorrem das 6 às 8 da manhã, quando as células de defesa do organismo atacam as articulações.

.Das 21 às 23 horas é o período em que as vítimas de dores crônicas, como as de cabeça e musculares, mais sofrem. Isso ocorre porque, nesse horário, o organismo diminui a produção de endorfinas, a versão natural da morfina.

.Estudos mostram que a quimioterapia contra alguns tipos de câncer, como o de útero, funciona melhor durante a manhã. Nas primeiras horas do dia, as células cancerosas estão mais sensíveis à ação dos remédios. Com isso, preservam-se as células sadias do ataque quimioterápico e o paciente sofre menos com os efeitos colaterais, como perda de cabelo, náuseas e queda no sistema imunológico.

O ser humano não foi dotado de um relógio biológico à toa. Sempre se dormiu à noite porque no escuro somos mais vulneráveis ao ataque dos predadores. Se as doenças também seguem um compasso característico, cabe à ciência ajustar o ritmo dos tratamentos. 

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Excesso de Açucar

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O excesso de consumo de açúcar está preocupando cientistas e médicos do mundo todo. O consumo atingiu níveis de alerta e se tornou um desafio  para a Associação Americana de Cardiologia. A recomendação da associação é que as mulheres consumam, no máximo, 100 calorias de açúcar (os quais são adicionados a alimentos, como biscoitos, iogurtes, balas e refrigerantes) por dia, ou 25 gramas. Isso é o equivalente a seis colheres de chá. Para os homens, o consumo diário não deve ultrapassar as 150 calorias, ou 37,5 gramas, o que corresponde a nove colheres de chá. Entretanto, a ingestão de alimentos com açúcar, nos EUA, é três vezes maior do que a recomendada pela Associação de Cardiologia.

Dr. Marcos Bubna explica que a redução do consumo de açúcar é muito importante para evitar os problemas cardiovasculares. “O alto consumo de açúcar é um fator de risco para o diabetes e a obesidade; pois essas doenças são fatores de risco para doenças cardiovasculares”. Uma pessoa obesa pode ter hipertensão, colesterol alto, mudanças no metabolismo, arritmias cardíacas, entre outras doenças, por isso, controlar a quantidade de açúcar é importante. Dr Bubna alerta ainda que “o elevado nível de açúcar pode tanto desenvolver como prejudicar as doenças citadas acima”.

Consequências do excesso de açúcar

A principal consequência do consumo excessivo de açúcar é o surgimento do diabetes. A glicose é convertida em energia através da atuação da insulina, hormônio produzido no pâncreas. O consumo excessivo de açúcar pode levar à sobrecarga do pâncreas e mau funcionamento na produção de insulina, favorecendo a resistência insulínica e o diabetes.

“O consumo excessivo de açúcar favorece ainda o aparecimento de obesidade, o crescimento de bactérias e fungos e o acúmulo de gordura abdominal. E ainda, quando nos habituamos a substituir uma alimentação natural (rica em cereais, frutas, vegetais e carnes magras), por uma alimentação estilo fast food, com alto teor calórico e açúcar, é comum o surgimento de sintomas como cansaço crônico, estresse, dificuldade de concentração, hiperatividade, dentre outros”, explica Dra Cristina Martins, nutricionista funcional.

Dicas para evitar o consumo de açúcar

Os refrigerantes são os que mais preocupam. Apenas uma lata de refrigerante comum já ultrapassa os níveis diários de açúcar recomendados. O problema é tão grave que o governo americano estuda o aumento de impostos para esses produtos. Os fabricantes se comprometeram a fazer uma campanha estimulando o consumo menor de bebidas com açúcar. A medida poderia reduzir os gastos de saúde para combater o que já se chama de uma epidemia de obesidade.

Dra Cristina Martins dá dicas de como evitar o excesso de consumo de açúcar. “Quando for consumir sucos, prefira não adoçar, aprenda a conhecer o sabor natural das frutas. Prefira as frutas da estação, são mais doces e saborosas. Para adoçar chás, cafés, outras bebidas e no preparo de doces, prefira mel, açúcar light com stévia (contém uma mistura de adoçante natural stévia com açúcar branco), adoçantes a base de stévia ou sucralose. Consuma fibras em sua dieta, elas auxiliam no controle da absorção do açúcar. Um exemplo, prefira uma barra de cereais, que contenha pelo menos 3 gramas de fibras, no lugar de um doce preparado sem fibras”.

Curiosidade sobre o excesso do consumo de açúcar

O açúcar refinado é obtido a partir da cana-de-açúcar, ele é comumente utilizado para adoçar bebidas e alimentos. Cada grama de açúcar contém 4 kcal de puro carboidrato refinado. Este carboidrato tem como função fornecer energia para as células de forma rápida, mas em poucos minutos esta energia, é gasta ou acumulada em forma de gordura, dependendo da quantidade ingerida. O açúcar é um ladrão de energia, pois gera um pico de energia e logo em seguida a queda. “Portanto, este tipo de carboidrato deve ser consumido de maneira moderada e na hora certa, ou seja, no momento em que nosso corpo precisa dele”, analisa a nutricionista. Um exemplo de consumo correto do carboidrato refinado é logo após um exercício estimulante, pois assim, favorece uma rápida e eficiente recuperação muscular. “Quando o indivíduo fica longos períodos em jejum ou quando, por alguma razão, tem uma rápida queda de energia, o uso deste carboidrato também pode ser indicado”, conta.

O açúcar é rico em calorias e pobre em nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, sendo considerado pelos profissionais de saúde, um alimento com calorias vazias. “Não podemos, portanto, esquecer que este alimento somente tem esta função, energética, sendo assim, é um componente DISPENSÁVEL para a saúde quando comparado com outros alimentos, como frutas e verduras por exemplo, que além de energia, fornecem vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos”, afirma Dra Martins.

O açúcar mascavo, contém vitaminas e sais minerais da cana-de-açúcar, já o açúcar branco, passa por um processo de refinamento, neste processo, perde esses nutrientes. Apesar disso, a diferença calórica entre os dois tipos de açúcar não é relevante, portanto, o consumo de açúcar mascavo também deve ser consumido com cautela.

Outro exemplo de alimento para evitar o açúcar é a biomassa de banana verde, que é um alimento poderoso que ajuda a controlar a glicose e auxilia no emagrecimento. A massa tem um gosto neutro e agradável. Confira algumas receitas com biomassa de banana verde.

Dra Cristina Martins é graduada em Nutrição pela UFRJ.

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Hipertensão Arterial

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Qual é a influência específica do estresse em pacientes hipertensos?
Foi demonstrado em alguns estudos que a resposta pressórica exacerbada aos testes de estresse mental tem valor preditivo para desenvolvimento de hipertensão futura, principalmente quando associada à presença de história familiar de hipertensão arterial sistêmica. Considerando que a magnitude dos efeitos fisiológicos ao estresse depende da interação entre o estímulo e o indivíduo, situações semelhantes podem produzir respostas bastante diversas em pessoas diferentes e no mesmo indivíduo em condições diferentes.

Que outros fatores, além do estresse, podem contribuir para a hipertensão?
A hipertensão é uma doença que tem múltiplas causas e envolve aspectos tanto genéticos quanto ambientais. Geralmente, pessoas hipertensas possuem parentes próximos que também apresentam o mesmo problema. Outros fatores que podem contribuir para o aparecimento e/ou agravamento da hipertensão são o excesso de sal, o consumo elevado de bebida alcoólica, obesidade, sedentarismo e o uso regular de anticoncepcionais.

O que é crise hipertensiva?
A crise hipertensiva é a elevação repentina da pressão arterial, em pessoa normotensa ou hipertensa. Os órgãos acometidos durante a crise são: olhos, rins, coração, cérebro. A crise hipertensiva apresenta sinais e sintomas agudos de intensidade severa e grave, com possibilidade de deterioração rápida dos órgãos-alvo. Pode haver risco de vida potencial e imediato, pois os níveis de pressão arterial estão acima de 180/110 mm Hg (18 por 11).

Quais são os primeiros sinais de uma crise no organismo?
Alguns sinais de crise hipertensiva:
–  Sistema Nervoso Central: dor de cabeça, tontura, alterações visuais e da fala, nível de consciência, agitação ou apatia, confusão mental, déficit neurológico focal, convulsões e coma.
– Sistema Cardiovascular: dor torácica,  palpitações, mudança do ritmo cardíaco, falta de ar.
– Sistema Renal: redução do volume urinário, inchaço.

Como agir no caso de uma crise?
A crise é classificada em emergência e urgência hipertensiva. O tratamento deve ser realizado de acordo com o órgão-alvo envolvido e exige cuidados de uma unidade de terapia intensiva (UTI) devido às condições hemodinâmicas e neurológicas instáveis que podem oferecer risco de morte iminente. O paciente deve ser hospitalizado e tratado com vasodilatadores, por via intravenosa. O uso de anti-hipertensivos orais deve ser iniciado juntamente com os de uso parenteral para facilitar a sua retirada, posteriormente, e para se conseguir um melhor controle da pressão arterial. Recomenda-se terapêutica aguda do estresse psicológico, enquanto a hipertensão arterial deverá ser tratada em ambulatório.

Quais são os cuidados que o paciente hipertenso deve tomar para evitar as crises?
Para evitar-se uma crise hipertensiva é necessário manter o tratamento adequado, que é feito através de mudanças nos hábitos de vida e o uso de medicamentos. As mudanças nos hábitos incluem: abandonar o tabagismo, reduzir o consumo de sal e bebidas alcoólicas, controlar a obesidade e o estresse, ter uma alimentação saudável (evitar gorduras e ingerir muitas verduras, legumes e frutas) e praticar atividade física com regularidade.

Como é possível diferenciar a crise hipertensiva da uma “pseudo-crise”?
A “pseudo-crise hipertensiva” é associada frequentemente ao abandono do tratamento medicamentoso em pacientes hipertensos ou pode ser a apresentação clínica de pacientes que não são hipertensos, mas que são portadores de outra condição clínica que eleva a pressão arterial de forma secundária (dor, desconforto, medo, dormência, palpitações, tonturas e tremores). A ausência de sinais de deterioração rápida de órgão-alvo torna desnecessária a utilização de medicações para controle rápido da pressão arterial, bastando o uso de medicação sintomática específica. O paciente deve ser reavaliado por algumas horas, reintroduzindo-se a medicação anti-hipertensiva, além de retorno ambulatorial, para orientação sobre adesão ao tratamento e ajuste de doses de anti-hipertensivos. Pacientes não-hipertensos devem ser submetidos à avaliação ambulatorial do nível pressórico, sem as condições clínicas que motivaram a procura pelo pronto-socorro.

Quais os medicamentos indicados para controlar a pressão?
Além das mudanças do estilo de vida, de acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão arterial o tratamento farmacológico pode ser iniciado com medicamentos de qualquer uma das seguintes classes de anti-hipertensivos: diuréticos, ou bloqueador do receptor da angiotensina II, ou beta-bloqueadores, ou antagonistas de canais de cálcio, ou inibidores da enzima de conversão da angiotensina.

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Pintas e sinais na pele

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O que é a pinta ou sinal?

Normalmente são chamadas de pintas as lesões denominadas pelos dermatologistas de nevos melanocíticos. Pintas ou nevos são lesões planas ou elevadas, cuja coloração pode variar da cor da pele ao negro. Podem ser congênitos (quando presentes ao nascimento) ou adquiridos (quando surgem após o nascimento). Alguns ainda podem apresentar pêlos.

Os nevos podem ser pequenos, puntiformes ou até gigantes, aqueles que atingem grandes áreas do corpo.

A grande maioria dos nevos são benignos, porém alguns deles podem se transformar em CÂNCER de pele. Portanto é importante sempre examinar as pintas. O conceito de que pintas de nascença são benignas nem sempre é verdadeiro, principalmente nos nevos gigantes.

Quando as pintas adquiridas começam a aparecer?

Geralmente as pintas começam a aparecer na infância, tendem a aumentar em número até a meia idade, quando podem diminuir. Predisposição genética e exposição ao sol são os fatores que fazem com que algumas pessoas tenham mais pintas do que outras.

Qual é o número normal de pintas nos adultos?

O número de pintas varia muito, mas maioria dos adultos brancos possui entre 10 a 40 pintas na pele, mas existem pessoas que tem até mais de 100 pintas!

Quando devemos nos preocupar com nossas pintas?

Devemos ficar atentos quando uma pinta começa a apresentar variações de:

  • Coloração – Se numa mesma pinta começam a surgir várias cores como preto, azul, cinza, esverdeado, vários tons de marrom;
  • Tamanho – Se a pinta vem crescendo ou diminuindo;
  • Bordas – Observar se as bordas estão ficando irregulares;
  • Assimetria ? Se antes a pinta era redondinha e agora está ficando assimétrica.

Esses critérios deram origem a regra do ABCD.

O que é a regra do ABCD

É um método que utiliza algumas características das lesões de pele para dar nota a pinta e assim chamar atenção de possibilidades de malignidade. Quanto maior a nota maior o risco.

O que é Câncer da Pele ?

O câncer da pele é um crescimento descontrolado e anormal das células que compõe a pele. Existem diferentes tipos de câncer, dependendo do tipo de célula que se prolifera, Os mais comuns são os Carcinomas basocelulares, espinocelulares e melanomas.

O câncer da pele é o mais freqüente entre todos os tumores existentes.

O que é Melanoma ?

É o mais agressivo e malígino de todos os tumores da pele.

O melanoma na maioria das vezes se parece a uma pinta (nevo), sarda ou mancha de nascença. Porem ele cresce rápido, pode ter alteração de cor, espessura e até pode perder a cor, a pinta pode ainda sangrar. É muito importante o seu reconhecimento precoce pois em seus estágios iniciais ele pode ser curado.

Alguns sinais de suspeita de melanoma são quando as pintas, sardas ou manchas aumentam de tamanho, ficam elevados ou mudam de cor. Para isto, se utilizam regras do ABCD para ajudar a identificar as lesões de risco.

Por que reconhecer precocemente o câncer de pele?

Porque quanto mais cedo for reconhecido, maiores serão as chances de cura através de procedimentos simples.

Um exame muito simples feito no consultório do dermatologista pode diagnosticar o melanoma com até 99% de certeza, mesmo em estágios iniciais, é a DERMATOSCOPIA DIGITAL. Ele se baseia nos critérios do ABCD, dá uma nota ou score às pintas e dependendo da nota a pinta será considerada benigna, potencialmente maligna ou maligna, sendo então encaminhada para retirada ou acompanhamento clínico. Além disso as pintas são fotografadas e se monta um arquivo do paciente para seu acompanhamento.

Como é feita a remoção das pintas?

As pintas que forem ?suspeitas?, isto é, aquelas que tem potencial de virar um câncer de pele, devem ser removidas através de uma pequena cirurgia. Primeiramente é feita uma anestesia local e então, com um bisturi, o dermatologista retira a pinta , envia para exame (anatamo-patológico). Geralmente fica uma pequena cicatriz no local.

As sardas podem virar câncer de pele?

Na verdade as sardas são lesões benignas, que não oferecem risco de virar câncer de pele. Mas como elas estão relacionada a exposição solar excessiva, freqüentemente atingem pessoas de pele clara sendo mais um sinal de alerta para se aumentar a proteção solar.

O que se pode fazer para evitar que as pintas virem Câncer de pele.

Na verdade não podemos evitar todos os tipos de câncer de pele, mas devemos evitar a exposição solar excessiva em pessoas de pele clara e com muitas pintas.

É muito importante usar filtro solar de fator de proteção 15 ou mais e que ele seja reaplicado a cada 2 horas. O ideal é aplicar o protetor na pele 30 minutos antes da exposição solar. Além disso, evitar o sol entre 10:00 e 16:00 horas.

Importância do autoexame

O autoexame é método para você examinar regiões do corpo de difícil visualização. É recomendado que se faça o autoexame a cada 3 meses.

Com a ajuda de um espelho de mão e um outro de parede você pode examinar o corpo todo, ou pedir a ajuda de um amigo ou parente para auxiliá-lo.

De todo forma o auto exame vai auxiliar a visualização de lesões, porém é fundamental que pelo menos uma vez ao ano suas pintas sejam avaliadas por um dermatologista.

Fonte:Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica

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Uso de suplemento sem orientação traz riscos à saúde

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Professores que trabalham com atividade física e saúde, são constantemente abordados por alunos/clientes, questionando a utilização de suplementos, vitaminas e outros recursos chamados ergogênicos (que melhoram a performance).

Para finalidades de saúde e aptidão física não competitiva, não se deve encorajar o uso de nenhuma substância com finalidade de promover um melhor desempenho físico, sexual ou intelectual.

A melhor recomendação para praticantes amadores (mesmo os mais assíduos) deve ser a correção e reeducação de hábitos saudáveis por suplementos ou drogas compensatórias ou potencializadores do treinamento. Desconfie de depoimentos de sucessos individuais e artigos de revistas pseudo-especializadas.

Suplementos alimentares são definidos e comercializados como produtos alimentícios, não havendo conotação de medicamento, por isso são pouco controlados pelas autoridades sanitárias. Geralmente apresentam composição e apresentação em “formato” de remédio, o que confunde e ilude os consumidores mais ingênuos.

A deficiência real de micronutrientes e oligoelementos como vitaminas e minerais são raras. A princípio, estes suplementos foram criados para suprir deficiências. Megadoses de vitaminas e minerais não só pode ser um desperdício de dinheiro como pode causar intoxicações e até mal-formações congênitas nos fetos em desenvolvimento embrionário.

Uma das principais estratégias para estimular apetite de pacientes debilitados é a ingestão de vitaminas do complexo B. Dizer que estas vitaminas não engordam porque não possuem calorias, é estranho para quem conhece um pouco de bioquímica. Isto porque as vitaminas do Complexo B aumentam a síntese de carboidratos e, conseqüentemente podem engordar sim.

Todo ano aparecem novidades nas lojas de suplementos alimentares que serão comercializadas como soluções quase todos os males, principalmente para o combate ao estresse, envelhecimento, indisposição, falta de ânimo, cansaço, emagrecimento e melhora no desempenho geral.

Pesquisa recente da Revista Nutrition revela que homens consomem mais suplementos à base de proteínas e aminoácidos, bem como ricos em carboidratos. Já as mulheres consomem complexos de vitaminas-minerais, naturais-fitoterápicos e substituintes de refeições em maior proporção. Esse quadro decorre do desejo que homens têm em ganhar massa muscular e das mulheres em perder peso. Não há dúvida de que a proteína é essencial para esse objetivo, mas quando está em maior proporção na dieta que os carboidratos, por exemplo, ou seja, em desarmonia, desviará seu papel construtor e os objetivos de ganho de massa muscular começam a se retardar e até mesmo não ocorrer. 

Tenha cuidado com o uso de suplementos alimentares

Todo dia, milhões de pessoas, tanto atletas como não atletas, procuram lojas especializadas de suplemento alimentares, na busca de produtos para melhorar sua performance e sua estética, motivados por propagandas e indicações de vendedores, mesmo havendo divergências científicas a respeito da melhora da performance e o prometido resultado de alguns produtos. Ainda faltam a garantia dos efeitos pelos laboratórios e uma regulamentação específica sobre os produtos, surgindo dúvidas sobre sua eficácia, e o mais importante, não se garante a inexistência de efeitos colaterais adversos à saúde.

A fim de permitir o esclarecimento destes produtos no mercado, se faz necessário perguntar quais são as evidências cientificas sobre os efeitos reais, sua real necessidade e os efeitos adversos no uso impróprio destes produtos.

Efedrina  

Os suplementos que estão na lista popular entre os de maior risco a saúde (CLARKSON, 2002) e que tiveram sua comercialização proibida pela portaria da vigilância sanitária em nosso país, são os compostos com efedrina, encontrada em várias plantas que contenham Ma Huang (efedrina chinesa). A efedrina possui a mesma estrutura química das anfetaminas e seus efeitos similares como: aumento dos batimentos cardíacos e pressão arterial (CLARKSON e COLEMAN, 2002). Ao combinar-se efedrina, cafeína e aspirina (conhecida como a combinação “eca”) prolonga-se a ação da efedrina, como também seus efeitos adversos (COLEMAN, 2002). Por dois anos, entre 1997 a 1999, HALLER e BENOWITZ (2000) estudaram um grupo de 140 usuários da efedrina que apresentaram complicações severas, com efeitos colaterais como: infarto do miocárdio, derrame, convulsão, psicose, arritmias e morte. Um terço do grupo apresentou estas complicações “certamente” ou “provavelmente” devido ao uso da efedrina e outro um terço “possivelmente” apresentou estas complicações devido ao produto.

É interessante notar, que o grupo estudado era composto por pessoas jovens e que o uso de efedrina foi de apenas alguns dias, tendo como resultado 10 mortes e 13 incapacitados permanentes. Efeitos colaterais “mais leves” também são apresentados devidos a sua atuação no sistema nervoso (sistema nervoso simpático) como: tremores, nervosismo, elevação da freqüência cardíaca e da pressão arterial. O uso de efedrina objetiva principalmente a diminuição da gordura corporal através do aumento da taxa metabólica e diminuição do apetite (CLARKSON, 1998; ASTRUP, TOUBRO, CHRISTENSEN, QUAADE, 1992; DALY, KRIEGER, DULLOOO, YOUNG, LANDSBERG, 1993). Entretanto, seu uso para este fim só é concebível em pequenas doses para pessoas obesas (CLARKSON, 1998), e não da forma como é comumente utilizada por freqüentadores de academia. Mesmo assim, os resultados para os obesos não permaneceram, sendo revertidos com a interrupção da droga. É importante notar que não existe estudo em indivíduos magros.

Seu uso é feito com dose típica de 20 mg com o uso freqüente de duas à três vezes ao dia (CLARKSON, 2001), entretanto vários produtos contém de 1 a 110 mg de efedrina em seus produtos sem a devida notificação em seus rótulos (CLARKSON, 2001). Ressaltando que esta substância está banida do COI (Comitê Olímpico Internacional) e é considerado doping. O mais perigoso para atletas (pelo perigo de ser pego no exame de doping) e para indivíduos que apresentam já patologias são os ditos complementos para “melhorar a mente” ou “ganhar energia” que não apresenta em seus rótulos está substância.

Androsteneidona e Yohimbine

Outro suplemento de risco é a androstediona. Este “pró-hormônio” esteróide é convertido em testosterona e, pelas informações dos laboratórios, esta aumentaria a massa muscular e a força, mas estes efeitos não foram confirmados no estudo de KING et al, que verificaram que a suplementação de 300mg por dia de androstediona em homens durante 8 semanas de treinamento de resistência não produziu nehuma alteração em relação a testosterona sérica, força, massa muscular e composição corporal. Entretanto, o grupo que usava androstediona apresentou queda dos níveis de HDL, o colesterol bom, e aumento nos níveis séricos de estrógeno, causando evidências de conseqüências adversas ao sistema circulatório com o uso prolongado, ou com altas doses (CLARKSON, 2002) desta suplementação.

Ultimamente muitos atletas de elite estão sendo acusados de doping, por apresentarem teste positivo para o hormônio nandrolona e testosterona, porém alguns são inocentes, pois este pró-hormônio androstediona e outros pró-hormônios muitas vezes não são citados nos rótulos de vários produtos de suplementação alimentar, e, a justificativa do laboratório é de apontar estes esteróides como “impurezas” do produto, o que pode gerar um teste positivo para os hormônios citados acima (MAUGHAN, 2001).

Outro produto que traz risco a saúde é a Yoshimbine, que teria a poder de aumentar a produção de testosterona sérica, e com este fato, aumentar a massa muscular, perda da gordura corporal e de ter poder afrodisíacos, entretanto, nenhuns destes efeitos foram confirmados. Foram reportados efeitos colaterais, desde dores de cabeça, enxaqueca e nervosismo até a efeitos graves, como: aumento da pressão arterial, elevação dos batimentos cardíacos, palpitações cardíacas e alucinações (COLEMAN, 2002).

Existem também os suplementos que são utilizados para uma melhor qualidade de vida ou desempenho físico (comprovados cientificamente), entretanto o uso inadequado pode levar a problemas de saúde grave. Um exemplo clássico é sobre os complementos minerais e vitaminas, em que dietas pobres podem levar a deficiência e grandes doses podem ser altamente tóxicas. Um exemplo clássico é a falta de ferro (CLARKSON, 2002) em que sua deficiência pode levar a perda da performance nos trabalhos de endurance. Porém, megadoses criam desequilíbrios em outros minerais, sobretudo na absorção do cobre, e seu uso prolongado pode gerar problemas cardiovasculares (CLARKSON, 2002)

Outros suplementos que apresentam resultados científicos, porém sua má administração e uso abusivo a longo prazo podem gerar efeitos colaterais perigosos á saúde, são: a creatina e a suplementação de proteínas.

Creatina  

Segundo JUHN e TARNOPOLSKY (1998) e SCHILLING et et. (2001) diversos estudos relataram alguns sintomas gastro intestinais como náuseas vômitos e/ou diarréias com o uso de creatina

De acordo com KREIDER (1998), os estudos não têm relatado reações clinicamente significativas das enzimas hepáticas em resposta a suplementação de creatina, e conseqüentemente, nenhum dano ao fígado. Porém, POORTMANS e FRANCAUX (2000) relataram alterações na quantidade de algumas enzimas no fígado, mas não encontraram modificações no metabolismo hepático.

JUHN e TARNOPOLSKY (1998) mencionaram, que a suplementação de creatina não deveria ser uma prática comum entre as pessoas que tem alguma propensão a desenvolver doenças renais e aquelas que já possuem algum tipo de disfunção renal. Apesar dos riscos da desidratação ainda não serem comprovados, grande parte dos laboratórios de creatina aconselha uma maior ingestão de água, numa tentativa de redução das possibilidades do usuário desidratar-se. Supondo que com a suplementação de creatina, ocorra uma mudança por meio de fluidos para dentro da célula, levando a uma retenção intracelular, como também a promoção de amônia (tóxico) que é eliminado pela urina, estes mesmos autores sugerem pesquisas em longo prazo para definir melhor os efeitos colaterais. O próprio ganho muscular (POORTMANS e FRANCAUS, 2000; JUHN e TARNOPOLSKY, 1998; MUJIKA e PADILHA, 1997) poderia ser uma prática desaconselhável em alguns esportes devido suas características particulares de indesejável aumento corporal como a natação.

De acordo com as evidências encontradas na maioria das pesquisas, KREIDER (1998) afirma que a suplementação de creatina parece ser uma prática clinicamente segura, quando usada em doses descritas na literatura.

Proteínas

A suplementação protéica é uma prática comum entre praticantes de musculação, e, de fato, o treinamento de força resulta em uma necessidade diária maior de proteínas. Entretanto seu uso abusivo, por exemplo, 2,4 g por quilograma de peso por dia já é capaz de induzir a queima do excesso de aminoácidos (TARNOPLSKY,1992), em que níveis elevados de cetose, acidez e amônia podem levar, a longo prazo, a sobrecarga renal, desidratação e problemas cardiovasculares (POORTMANS, 2000).

Enfim, um controle maior das autoridades em saúde para o controle na produção e comercialização destes produtos se faz necessário, como também uma melhor conscientização da comunidade sobre o assunto e um controle maior por parte de agentes de saúde (sejam eles nutricionistas, médicos ou professores de musculação) no esclarecimento e no uso adequado destes produtos que devem ser utilizados apenas por recomendação de um nutricionista.

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Médicos argentinos removem com sucesso tumor de 23 quilos

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Deficiência de Vitamina D e a suscetibilidade a doenças

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Um novo estudo liderado pela  University Oxford destaca a importância que a vitamina D exerce na suscetibilidade de uma ampla gama de doenças genéticas.

Foi utilizada uma nova tecnologia para o sequenciamento do DNA  para criar um mapa de receptores de vitamina D ao longo do genoma humano. Os cientistas mapearam os pontos de interação entre a vitamina D e o DNA e identificaram mais de 200 genes influenciados pela substância.

Estima-se que 1 bilhão de pessoas no mundo não têm de níveis adequados de vitamina D. Essa deficiência é em grande parte devida à exposição insuficiente ao sol e, em alguns casos a má alimentação. Segundo o estudo recém-publicado na revista  Genome Research é a primeira que são mostradas evidências diretas de que a vitamina D pode proteger o corpo humano contra uma série de doenças ligadas a condições genéticas, incluindo alguns tipos de câncer, diabetes tipo 1, artrite reumatóide, doença de Crohn, lupus e esclerose múltipla.

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