Segundo relatório global da OMS, 1 bilhão de pessoas morrerão de doenças relacionadas ao tabaco até o fim desse século caso o consumo continue a crescer.
As estatísticas mostram que morrem 5,4 milhões de pessoas por ano. Um a cada seis segundos, mortes causadas por câncer de pulmão, doenças coronarianas ou outras doenças relacionadas ao coração. 100 milhões morreram no século 20. Podendo passar de 8 milhões até o ano de 2030- 80% dessas mortes em países desenvolvidos, onde o tabagismo cresce rapidamente. Estamos em rota de colisão.
De acordo com o relatório, dois terços dos fumantes do mundo moram em 10 países-China, India, Japão, Indonésia, Bangladesh, Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Russia e Turquia. A China sozinha é responsável por 30% de todos fumantes do mundo. Apenas 5% da população mundial vive em países que aplicam todas as medidas de proteção indicadas para reduzir o número de fumantes. Em 40% dos países ainda é permitido fumar em hospitais e escolas.
O relatório revela que os governos arrecadam 500 vezes mais dinheiro em taxas relacionadas ao tabaco do que gastam com medidas antifumo e também propõe medidas agressivas contra tentativas da indústria tabagista de se estabelecer em países que possuem medidas mais brandas para o combate ao cigarro.
A OMS apresentou seis medidas antifumo, que podem ser adotadas por qualquer país, rico ou pobre, e que, quando combinadas em um pacote, oferecem-nos as melhores chances de reverter essa epidemia ainda em expansão.
As seis estratégias consistem em :
-Monitorar o fumo e as políticas de prevenção.
-Proteger as pessoas da fumaça do cigarro.
-Oferecer ajuda para os que desejam abandonar o vício.
-Alertar sobre os perigos do cigarro.
-Proibir a veiculação de propaganda.
-Proibir a promoção ou o patrocínio de cigarro.
-Elevar os impostos que incidem sobre o cigarro.
No Brasil, o estudo, que utiliza dados de 2006, aponta que 16,2% da população adulta é fumante. O consumo de cigarros no país se mantém estável desde 1999, ficando em torno de 100 bilhões de cigarros ao ano. [email protected]