Estudo de Harvard mostrou que fumo passivo piora saúde de cônjuges de fumantes.
Ter um cônjuge fumante pode aumentar em até 72%, no pior dos casos, o risco de sofrer ataque cardíaco, indicam os resultados de uma pesquisa conduzida na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Analisando os dados de mais de 16 mil pessoas, a investigação estimou que um ex-fumante que se casa com alguém que fuma tem até 72% mais chances de ter um infarto que se fosse casado com um não-fumante.
No caso de pessoas que nunca fumaram, ser casado com fumantes aumenta os riscos em 42%, estimou a pesquisa, que sairá na edição de setembro da revista cientifica American Journal of Preventative Medicine.
Os pesquisadores não observaram aumentos de risco de infarto quando o cônjuge já largou o fumo, eles afirmaram. Os dados de pessoas com mais de 50 anos foram tirados do levantamento nacional Health and Retirement Study (HRS) de 1992 1993, 1998 e 2004.
A incidência de infartos foi acompanhada em cada pessoa por em média 9.1 anos. Os cientistas ajustaram os modelos anulando outros fatores de risco, como idade, genética, renda, obesidade, uso de álcool e doenças que podem prejudicar o coração.
Embora o fumo passivo seja amplamente aceito como fator de risco para doenças coronárias, poucos estudos investigam a associação entre este fator e os riscos de infartos. “Os benefícios à saúde de abandonar o fumo provavelmente se estendem para além do fumante individual”, escreveu, no artigo, a pesquisadora M. Maria Glymour, da Escola de Saúde Pública de Harvard.
“Também afeta seus cônjuges, com a potencial multiplicação dos benefícios ao se parar de fumar.”
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