O diagnóstico da Hipertensão Arterial

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1 – Como é feito o diagnóstico de hipertensão arterial?
O diagnóstico de hipertensão arterial é feito através da medida da pressão em consultório. Classicamente define-se hipertensão arterial em pessoas com 18 anos de idade ou mais quando os valores obtidos são iguais ou superiores a 140 mmHg para a pressão arterial sistólica(máxima) e/ou iguais ou superiores a 90 mmHg para a pressão arterial diastólica(minima).

A hipertensão arterial é definida como sisto-diastólica quando ambos os valores são iguais ou maiores aos valores, isto é ≥140/90 mmHg, e sistólica isolada quando apenas o valor da pressão arterial sistólica está acima do valor de corte, isto é ≥140 mmHg, com a pressão arterial diastólica é < 90mmHg. Para firmar o diagnóstico, recomenda-se também que as medidas sejam feitas em pelo menos duas consultas, exceto quando os valores estiverem acima de 170 mmHg (sistólica) e/ou 110 mmHg (diastólica). Nesta situação já consideramos o diagnóstico e devemos iniciar tratamento. 2 - Qual pressão é mais importante, a sistólica ou a diastólica? O nível da pressão diastólica é fator preditivo de risco cardiovascular em pacientes com menos de 50 anos. Acima dos 50, os níveis de pressão sistólica são os mais importantes determinantes do risco cardiovascular. 3 - Tem-se ouvido muito falar em pré-hipertensão. O que é e qual o impacto da pré-hipertensão na progressão para hipertensão sustentada e risco cardiovascular? O termo pré-hipertensão (usado nos Estados Unidos) foi descrito pela primeira vez em 1939 por Robinson e Brucer. Esses autores relataram que a maioria dos futuros hipertensos se originava desta faixa de pressão (120-139/80-89 mmHg) e que a mortalidade era cerca do dobro quando eles eram comparados a pessoas com pressão arterial abaixo de 120/80 mmHg. Em 2003, a diretriz americana (JNC7) incorporou essa designação não como uma categoria de doença, mas para permitir a identificação de pessoas que poderiam se beneficiar com modificação mais precoce no estilo de vida, na tentativa de diminuir a pressão arterial, a taxa de progressão para hipertensão arterial sustentada, isto é, níveis persistentemente acima de 140/90 mmHg ou mesmo prevenir a hipertensão arterial. 4 - A pré-hipertensão deve ser tratada? Pacientes com pré-hipertensão sem risco cardiovascular adicional ou com outras comorbidades devem receber tratamento não medicamentoso, com modificação do estilo de vida, pois existem demonstrações que a modificação do estilo de vida retarda o aparecimento da hipertensão arterial. Já indivíduos com risco cardiovascular médio, alto ou muito –alto devem ser tratados com modificação de estilo de vida e medicamentos, pois a literatura tem demonstrado benefício em pacientes com risco cardiovascular alto e doença coronariana, doença cerebrovascular e em diabéticos. 5 - Como a diretriz brasileira de hipertensão se posiciona em relação à pré-hipertensão? A Diretriz Brasileira de Hipertensão VI não faz menção a essa categoria. O termo usado é hipertensão limítrofe e refere-se a níveis pressóricos de 130-139 e/ou 85-89 mmHg, considerando que limítrofe equivale aos termos descritos na literatura para pressão normal alta ou pré-hipertensão. 6 - Ela (Hipertensão) tem sintomas? A Hipertensão arterial é doença traiçoeira, só provoca sintomas em fases muito avançadas ou quando a pressão arterial aumenta de forma abrupta e exagerada. Algumas pessoas, porém, podem apresentar sintomas, como dores de cabeça, no peito e tonturas, entre outros, que representam um sinal de alerta.

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