Lendo uma crônica de Martha Medeiros que aqui reproduzo sobre a vida de Vinicius, bate uma saudade do poetinha.
Há inumeras razões para lembrar Vinicius de Moraes: recordar suas músicas, seus poemas, suas histórias e principalmente, lembrar de uma época menos tensa, em que havia espaço para ingenuidade, a ternura e a poesia.Vinicius tinha o seu tipo de propaganda. Se era necessário pessuadir, que fosse em voz baixa e por uma causa nobre. Num dos melhores momentos, ele com Baden Powel cantam entre amigos, numa rodinha de violão:”Vai,vai,vai… amar/vai,vai,vai…chorar/vai,vai,vai…sofrer”. É o ”Canto de Ossanha” lembrando que a gente perde muito tempo se anunciando, dizendo que faz e acontece, quando na verdade tudo o que precisamos, ora é viver.
Pois é,Mas, detalhe:não vive quem se economiza, quem quer felicidade parcelada em 24 meses sem juros. Aliás ser feliz nem está em pauta. O que está em pauta é a busca, a caça incessante ao que nós é essencial:ter paixões e ter amigos. O grande patrimônio de qualquer ser humano, quer ele perceba isso ou não.
Pra acumular esses bens. Vinicius seguia um ritual: zerava-se