Dieta ideal para o verão

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Chama-se Dieta Mediterrânea a base nutricional de populações que habitam o litoral de países da bacia do mar Mediterrâneo (Grécia, Itália do Sul, Sicília, Espanha Mediterrânea, Sul de Portugal, e as regiões da França que estão ao sul, no litoral Mediterrâneo). Basicamente o que se entende por dieta Mediterrânea é o que foi descrita por um especialista em nutrição humana, Dr. Walter Willet, da Universidade de Harvard, em 1990. Um padrão dietético que consiste em consumo diário de cereais (trigo, arroz) não refinados, sob forma de pão integral, arroz integral, lentilhas, etc., legumes, saladas, regados a óleo de oliva (principal fonte de gordura). Leite, queijos e iogurte, abundante consumo de peixes e produtos do mar, ocasionalmente, aves e pouca carne vermelha e derivados. Batatas, ovos e doces em proporção limitadas.

A dieta Mediterrânea usa o vinho tinto (1-2 copos por refeição) durante todo o ano, no almoço e no jantar. O vinho tinto é rico em um agente antioxidante e cardio-protetor, chamado resveratrol. Vários estudos metabólicos indicaram que o resveratrol prolonga a longevidade, protege contra a possibilidade de câncer (em animais experimentais), diminui o acúmulo de colesterol em placas arteriais e é um poderoso aliado contra a possibilidade de moléstias mentais degenerativas como a Doença de Alzheimer.

Nesta dieta as gorduras chamadas saturadas e consideradas aterogênicas, isto é, capaz de produzir depósitos em placas dentro das artérias, são muito pouco consumidas. O óleo de oliva, encontrado na mesa de gregos, espanhóis, italianos, portugueses, franceses, além de nutritivo, confere aos legumes, saladas, peixes, etc., um excelente paladar, sendo rico em ácido oleico.

Estudos publicados em importantes revistas médicas como New England Journal of Medicine e o British Medical Journal, em 2008, confirmaram que a Dieta Mediterrânea promove perda de peso comparável a dietas pobres em carboidratos, ao fim de dois anos de observação. Os estudos ainda indicaram que o uso cotidiano dessa dieta reduziu o risco de morte por câncer bem como de doença coronariana. Mais importante ainda, houve redução significativa da prevalência de Doença de Parkinson (movimentos incoordenados e involuntários dos membros, com tremor digital) e da Doença de Alzheimer, com progressiva deterioração das faculdades mentais.

Mais recentemente, os mesmos pesquisadores ingleses demonstraram que os componentes da Dieta do Mediterrâneo estavam associados a menor índice de mortalidade. Outras pesquisas indicaram que essa dieta induz um risco menor de casos de diabetes e de depósito de gordura no fígado (esteatose hepática) tão comum nos obesos masculinos.

Por que a Dieta do Mediterrâneo é boa para o verão?

O verão no Brasil é associado, quase sempre, a férias e a maioria da população interiorana migra para o litoral, para as praias. É portanto uma oportunidade de deixar de lado a carne vermelha (bovina, suína, caprina), os embutidos e passar a ingerir mais peixes e produtos do mar, grelhados ou cozidos, e regados com óleo de oliva. Muitos legumes cozidos, saladas em profusão, cereais integrais, queijos e iogurte, azeitonas, algumas nozes e vinho tinto nas refeições principais. Teremos assim um verão mais gostoso e, sem dúvida, muito mais sadio.

Por Geraldo Medeiros

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