Um artigo científico publicado recentemente na Revista Circulation, da Associação Americana do Coração, ressalta que a poluição do ar foi responsável por cerca de 3,3 milhões de mortes no mundo decorrentes de doenças cardiovasculares em 2016. O assustador é que esse dado supera o número de óbitos atribuídos a problemas crônicos, como tabagismo (2,48 milhões), obesidade (2,85 milhões) e diabetes (2,84 milhões). Apenas a hipertensão arterial mata mais gente por problemas como infarto ou AVC.
Pois é: a poluição ambiental não só agrava problemas respiratórios, como rinite, bronquite e pneumonia., a contaminação atmosférica leva a uma maior agressão dos vasos sanguíneos. Isso, por sua vez, favorece a aterosclerose – uma formação de placas de gordura nas paredes internas das artérias que pode obstruir o fluxo do sangue no coração ou no cérebro, por exemplo.
Além disso, a exposição ao ar sujo aumenta a pressão arterial, a frequência cardíaca e a inflamação dos vasos. São alterações que, com o tempo, bagunçam a saúde cardiovascular.
No artigo, os autores destacam que algumas pessoas devem se preocupar mais com a poluição. Fazem parte do grupo de risco: idosos, obesos, diabéticos e quem já tem problemas cardíacos.
Segundo estudos, quando se pratica exercícios físicos em ambientes com o ar poluído, os resultados passam a ser negativos, pois quando se pratica atividades físicas, a propensão é respirar pela boca. Diferente do nariz, a boca não filtra as impurezas presentes no ar. Crianças, idosos e indivíduos com doenças crônicas, diabetes e hipertensão arterial têm de tomar certos cuidados antes de praticar qualquer atividade ao ar livre. É recomendável que se mantenha uma distancia considerável das vias de trânsito, que se hidrate bem antes e depois de realizar a atividade e que use máscara em ambientes poluídos.