New York aprova veto contra refrigerantes “gigantes”

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O conselho de saúde da cidade de Nova York aprovou nesta quinta (13) uma regra que proíbe a venda de refrigerantes gigantes e outras bebidas adoçadas em restaurantes, cinemas, lanchonetes, cafés e estabelecimentos similares.

A norma, proposta pelo prefeito Michael Bloomberg e aprovada por um painel de especialistas em saúde, impõe um limite de 473 ml em copos e garrafas de refrigerante não dietético, chás adoçados e outras bebidas com alto teor calórico.

A medida se aplica a lanchonetes, teatros, cinemas, cantinas em escritórios e outros locais que vendem comida pronta e refeições. Assim, não estão incluídos os supermercados e as lojas de conveniência.

A indústria de bebidas e de restaurantes diz que o plano é equivocado. Eles dizem que os especialistas estão exagerando o papel das bebidas adoçadas no aumento da obesidade nos EUA.

Alguns moradores da cidade também ridicularizaram a nova norma. Muitos acham que o veto é uma intromissão indevida do governo na vida do cidadão e dezenas de milhares assinaram uma petição, circulada pela indústria, declarando oposição à medida.

A medida é mais uma de uma série proposta por Bloomberg. Algumas foram seguidas em outras regiões dos EUA, como fazer as redes de fast food colocar a contagem de calorias dos sanduíches em local visível nos cardápios.

Nesta quarta, o McDonald’s anunciou que vai começar a apresentar as calorias nos letreiros luminosos nos EUA e na América Latina

Uma lei federal americana vai obrigar todas as redes a fazer o mesmo em 2013.

Nova York também vetou gorduras trans artificiais em restaurantes e tomou medidas duras para desencorajar o tabagismo.

Neste mês, dezenas de hospitais vão pedir às mães de recém-nascidos para escutar argumentos pró-amamentação, para evitar o uso de leite artificial.

A mudança nos refrigerantes pode reduzir o consumo de calorias, dizem os defensores da medida. Uma coca de 473 ml tem 200 calorias. A de 590 ml tem 240 calorias. Para alguém que toma um copo por dia, a diferença é de 14.600 calorias em um ano, ou 70 barras de chocolate, o suficiente para acrescentar 1,8 kg de gordura no corpo de uma pessoa.

Especialistas em nutrição e médicos dizem que a proposta estimula um debate que pode levar a mudanças de hábito alimentares. Ainda que haja muitos fatores influenciando a obesidade, “no fim, é uma questão de cultura e de dar os primeiros passos”, afirmou Jeffrey Mechanick, professor da Escola de Medicina Mount Sinai que estudou o efeito de regulamentações do governo sobre a epidemia de obesidade.

Fabricantes e vendedores dizem que o plano põe, de forma injusta, a culpa do problema de obesidade dos EUA em cima dos refrigerantes, além de ser um excesso do governo na regulamentação do comportamento das pessoas. A regra seria cheia de furos e inútil, segundo eles. Por exemplo, o veto se aplica a um refrigerante vendido em um estádio mas não um vendido em uma loja de conveniência.

A aprovação da norma não deve ser a palavra final sobre a proposta.

Um grupo patrocinado pela indústria de refrigerantes chamado New Yorkers for Beverage Choices, que afirma ter juntado 250 mil assinaturas contra o veto, diz que estuda abrir um processo na Justiça e procura opções na legislação para contestar o plano.

A nova regra não se aplica a bebidas com baixa caloria, como água ou refrigerante diet, a bebidas alcoólicas ou que tenham mais de 50% de leite ou 70% de suco sem açúcar.

Uma violação da norma, que entra em vigor daqui a seis meses, pode render multa de US$ 200.

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Mais da metade dos adultos nos EUA será obesa

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A obesidade nos Estados Unidos crescerá dramaticamente durante os próximos 18 anos, fazendo com que mais da metade da população adulta em 39 estados seja de obesos em 2030, segundo um estudo apresentado nesta quarta-feira

De acordo com o relatório “F as in Fat: How Obesity Threatens America’s Future”, elaborado pela América’s Health (TFAH) e a Fundação Robert Wood Johnson (RWJF), em 2030 o índice de obesidade em adultos ultrapassará 60% em 13 estados do país.

“Em cada nível do governo devemos perseguir políticas que preservem a saúde, previnam as doenças e reduzam os custos dos serviços de saúde. Nada menos do que isso é aceitável”, afirmou a doutora Risa Lavizzo-Mourey, presidente e diretora-executiva da RWJF.

Segundo as projeções do estudo, baseadas nos dados dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o estado mais afetado pela epidemia de obesidade será Mississipi, onde quase sete de cada 10 adultos (66,7%) serão obesos dentro de 18 anos.

Além dos dados dos CDC, os pesquisadores analisaram tendências recentes de índices de obesidade para concluir que em 2030 todos os estados do país terão índices de obesidade de adultos acima de 44%.

“Este relatório destaca que as políticas de aumentar o tempo de atividade física nas escolas e tornar as frutas e vegetais mais baratos podem ajudar na adoção de decisões mais saudáveis”, assinalou Jeff Levi, diretor-executivo do TFAH.

O relatório afirmou ainda que a obesidade tem graves consequencias para a saúde e que os casos de doenças relacionadas ao excesso de peso, desde embolias até artrites, podem duplicar até 2030.

A Califórnia, por exemplo, quase terá duplicado sua proporção de pessoas adultas obesas neste ano se os hábitos de vida de seus moradores não mudarem.

Se a Califórnia reduzir em 5% o índice de massa corporal de sua população terá economizado cerca de US$ 81 bilhões em custos de saúde até 2030.

“Nos próximos 20 anos, nove estados podem ver seus custos de serviços de saúde relacionados com a obesidade aumentaram em mais de 20%”, assegurou o estudo.

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