Você já ouviu falar em sarcopenia? De origem grega, a palavra literalmente significa “perda de carne” (sarx = carne e penia = perda). Entretanto, este termo se refere a várias mudanças na composição e funções corporais. É uma doença silenciosa, mas que vai comprometendo, ano a ano, a qualidade de vida dos idosos. Provavelmente, não existe declínio funcional e estrutural tão dramático quanto o da massa magra ou massa muscular com o passar do tempo.
A sarcopenia relacionada à idade caracteriza-se pela diminuição da massa muscular e pela infiltração de gordura e tecido conjuntivo no músculo. O idoso, além de apresentar diminuição na quantidade de massa muscular, sofre de redução da qualidade do músculo restante. Essa perda progressiva de massa magra é extremamente preocupante, pois é responsável pelo declínio funcional, perda de força, aumento das chances de queda, perda da autonomia e da capacidade de realizar atividades rotineiras como se locomover, levantar objetos, desenvolver atividades rotineiras.
Segundo dados do IBGE (2010), do total de 190,7 milhões de brasileiros, mais de 14 milhões têm 65 anos ou mais, totalizando 5,8% da população. A sarcopenia afeta hoje 50 milhões de pessoas no mundo e segundo projeções afetará mais de 200 milhões nos próximos 40 anos.
Os exercícios físicos e a nutrição adequada devem fazer parte do tratamento e da prevenção da sarcopenia. Alguns estudos mostram que uma dieta equilibrada, rica em proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, pode retardar a progressão da sarcopenia em idosos. Nesses casos, a nutrição deve ser encarada não como terapia de suporte e sim como parte do tratamento do paciente.