Basta a temperatura cair para um número maior de pessoas sentir coceira nos olhos, ardência, irritação, visão embaçada e dificuldade para trabalhar no computador. É a síndrome do olho seco que se agrava no outono por conta da queda na temperatura e vento, afirma o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto.
Só para se ter uma ideia, ele diz que enquanto no verão a incidência do olho seco é de 10%, no inverno atinge 20%. Resultado: os olhos ficam mais vulneráveis às contaminações. Isso porque, explica, antes até do sistema imunológico, a primeira linha de defesa ocular é a lágrima. Ele diz que a lubrificação deficiente provoca a irritação da conjuntiva, membrana que recobre a córnea e a parte interna da pálpebra. Por isso, pode agravar o surto de conjuntivite, inflamação da conjuntiva, que vem se alastrando no país desde fevereiro e aumentou em 40% o número de consultas no hospital neste período.
Queiroz Neto diz que, independentemente da idade e sexo, toda pessoa pode ter a síndrome do olho seco, que aumenta a predisposição à conjuntivite, mas as mulheres na menopausa formam o grupo de maior risco. Mesmo quem produz uma quantidade normal de lágrima pode ter deficiência lacrimal neste período do ano. Isso porque, explica, a queda de temperatura abaixo de 32 graus pode solidificar a camada oleosa da lágrima que fecha os dutos das glândulas sebáceas das pálpebras.
O que fazer
Confira recomendações para evitar a contaminação viral ou bacteriana:
_ Lave as mãos frequentemente
_ Evite aglomerações e locais fechados
_ Não compartilhe maquiagem, fronhas, toalhas e colírios
_ Evite levar as mãos aos olhos