“Sempre perdoe seus inimigos, nada os aborrece tanto”
Oscar Wilde
Já faz algum tempo que a ciência mostra que o estresse pode ter um impacto negativo em quase todas as partes do corpo. Pode suprimir o sistema imunológico, causar infarto ou derrame cerebral, aumentar o risco de câncer, retardar a cura de ferimentos, promover inflamação, fazer engordar, prejudicar a memória, causar depressão, exacerbar o diabetes e piorar a função sexual. Além de fazer você envelhecer mais rápido em um nível genético e celular.
Um estudo de nome INTERHEART realizado em todas regiões do planeta mostrou que o estresse emocional era um fator de risco tão forte de doença cardíaca quanto o colesterol, o fumo e a falta de exercício.
A hostilidade e a raiva crônicas são algumas das formas mais envenenadoras de estresse. Segundo o Aurélio, raiva é o sentimento violento de ódio. Quando você realmente está com raiva de uma pessoa, dá poder a ela de estressá-lo ou até mesmo adoecê-lo.
É preciso força e coragem para perdoar. Inúmeros exemplos foram dados por alguns dos nossos gigantes: Mahatma Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela, entre outros. Foram pessoas que tiveram a coragem de não serem violentas e cujas vidas inspiraram mudanças duradouras para melhor.
Nelson Mandela foi capaz de perdoar aqueles que o mantiveram preso por mais de 10 mil dias em pleno vigor da vida. Na sua autobiografia, Longo caminho para a liberdade, ele escreve: Um homem que tira liberdade de outro homem é prisioneiro do ódio; está preso atrás das grades do preconceito e da intolerância. Eu não sou totalmente livre se tiro a liberdade de outro ser humano, como certamente não sou quando minha liberdade é tirada. Oprimido assim como o opressor são privados de sua humanidade. Quando saí da prisão, minha missão era libertar tanto oprimido quanto o opressor. Eles me mantiveram preso por 27 anos. Não vi meus filhos crescerem. Estava privado da liberdade há muito tempo. Se eu ainda os odiasse quando saí pelo portão da prisão, ainda seria seu prisioneiro. Eu queria ser livre, e então deixei pra lá.
Pratique o perdão, o altruísmo e a compaixão que são poderosos para o recebedor e o doador. Prefira o altruísmo(cuidar dos outros) que o egoísmo(cuidar de si mesmo), isso nos ajuda, assim como ajuda os outros.
Quando você perdoa uma pessoa, não justifica os atos dela, mas se livra de seu próprio estresse e sofrimento. Aproveite esse início de ano e reflita, busque os próximos anos sem raiva.
Seguramente o ambiente de trabalho é onde o ser humano mais destila o seu ódio com os problemas que não são resolvidos. Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional, destaca “Empatia é fundamental para preservar boas relações sociais no trabalho”. Ao tentar controlar a raiva, as pessoas correm sérios riscos de saúde. O melhor remédio contra essa ameaça é o autoconhecimento.
Segundo Dr Adib Jatene “Trabalho não mata ninguém. O que mata é a raiva” .
Dr José Xavier de Melo Filho
Presidente da Sociedade Norte e Nordeste de Cardiologia
Diretor Científico da Sociedade Maranhense de Cardiologia
Caro Xavier,
Há anos estudo a medicina oriental(ayurvedica e chinesa)
Curiosidade em articular a ciência tradicional com ensinamentos
milenares em busca obsecada para curar uma ansiedade muito presente
em toda minha vida,associada a receios incômodos.
Que bom ver um médico ocidental e contemporâneo da tecnologia
reconhecer estes elementos.
Devo dizer que todas essas praticas reduziram a níveis
absolutamente insignificantes aqueles sintomas.
O amor,com todos os seus diversos componentes cura,a meditação aperfeiçoa.
Danilo Furtado