O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível em todo o mundo. No Brasil, atinge mais de 1 milhão de pessoas, mas metade dos pacientes não sabe que tem o problema. Se não tratado adequadamente, o glaucoma leva ao dano permanente do nervo óptico, causando uma perda progressiva do campo visual que pode progredir para cegueira.
De acordo com Tiago Prata, coordenador do Setor de Glaucoma do Hospital Medicina dos Olhos e médico assistente do Departamento de Oftalmologia da Unifesp, o problema tem caráter hereditário e tende a ser mais frequente nos familiares de primeiro grau (pais, irmãos e filhos) de portadores da doença, que também está ligada ao processo de envelhecimento.
Após os 70 anos, a incidência de glaucoma sobe significativamente — de 2% para 5% na população. Outras condições que favorecem o surgimento da doença são diabetes, raça negra, enxaqueca, traumas oculares e cirurgias intraoculares prévias.
No entanto, não são apenas essas condições que aumentam o risco.
— Alguns hábitos de vida que, inicialmente, não estão relacionados à visão ou à saúde dos olhos podem contribuir para o desenvolvimento de problemas oculares — alerta Prata.
Diversos estudos buscam identificar possíveis fatores que podem comprometer a pressão intraocular, de maneira transitória ou prolongada. Já existem conclusões relevantes, apontadas a seguir.
Atividade física: alguns exercícios podem aumentar ou diminuir a pressão intraocular. Atividades prolongadas, como corrida e ciclismo, levam à redução transitória em pacientes com glaucoma. Estudos mostram que indivíduos com bom condicionamento físico apresentam pressão ocular mais baixa do que aqueles não condicionados ou sedentários.
Já em relação às atividades que envolvem aplicação rápida e máxima de força por um curto período de tempo, como levantamento de peso, pode ocorrer elevação durante o exercício.
Pacientes com glaucoma que praticam ioga devem ser constantemente orientados e evitar a posição invertida de cabeça e tronco (Sirsasana), pois nessa posição a pressão ocular pode subir muito, e existem relatos de pacientes que tiveram piora da doença em curto espaço de tempo.
Cafeína: um estudo mostrou que a pressão ocular é, em média, de 15% a 20% mais alta em pessoas que tomam café do que naquelas que não tomam. Quando analisados somente os participantes que tomam café diariamente, a pressão dos olhos se mostrou mais alta naqueles que consomem mais café (mais de 200mg de cafeína/dia), em comparação ao demais (que tomam menos de 200g de cafeína/dia).
Tabagismo: embora não exista relação direta entre tabagismo e desenvolvimento de glaucoma, fumar causa aumento transitório da pressão intraocular. Estudos indicam que a pressão ocular é mais alta em pessoas que fumam do que naquelas que não fumam.
Medicamentos: diversos medicamentos podem levar ao aumento da pressão ocular. Dentre eles, os mais temidos são os anti-inflamatórios à base de cortisona, utilizados frequentemente para tratar doenças respiratórias, reumatológicas e quadros alérgicos.
Pesquisas mostram que muitas pessoas apresentam elevação significativa da pressão ocular após uso de cortisona, principalmente por períodos prolongados (em alguns casos, chega a dobrar). Como a maior parte dos pacientes não sente qualquer sintoma, é importante que o clínico faça o encaminhamento a um oftalmologista para avaliação. Embora não seja algo comum, muitas drogas utilizadas para o tratamento de doenças diversas, como incontinência urinária, depressão, crises convulsivas e enxaqueca, podem causar elevação significativa de pressão ocular em olhos predispostos. Um simples exame oftalmológico é capaz de orientar o clinico sobre a existência de riscos com o uso dessas medicações.
Tiago Prata comenta ainda que muitos pacientes com glaucoma questionam se o uso de Viagra (sildenafil) pode aumentar o risco de progressão da doença.
— Nenhum estudo mostrou associação entre o uso dessa medicação e a hipertensão ocular, mas alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais como embaçamento visual e sensibilidade à luz — completa.
O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível em todo o mundo. No Brasil, atinge mais de 1 milhão de pessoas, mas metade dos pacientes não sabe que tem o problema. Se não tratado adequadamente, o glaucoma leva ao dano permanente do nervo óptico, causando uma perda progressiva do campo visual que pode progredir para cegueira.
De acordo com Tiago Prata, coordenador do Setor de Glaucoma do Hospital Medicina dos Olhos e médico assistente do Departamento de Oftalmologia da Unifesp, o problema tem caráter hereditário e tende a ser mais frequente nos familiares de primeiro grau (pais, irmãos e filhos) de portadores da doença, que também está ligada ao processo de envelhecimento.
Após os 70 anos, a incidência de glaucoma sobe significativamente — de 2% para 5% na população. Outras condições que favorecem o surgimento da doença são diabetes, raça negra, enxaqueca, traumas oculares e cirurgias intraoculares prévias.
No entanto, não são apenas essas condições que aumentam o risco.
— Alguns hábitos de vida que, inicialmente, não estão relacionados à visão ou à saúde dos olhos podem contribuir para o desenvolvimento de problemas oculares — alerta Prata.
Diversos estudos buscam identificar possíveis fatores que podem comprometer a pressão intraocular, de maneira transitória ou prolongada. Já existem conclusões relevantes, apontadas a seguir.
Atividade física: alguns exercícios podem aumentar ou diminuir a pressão intraocular. Atividades prolongadas, como corrida e ciclismo, levam à redução transitória em pacientes com glaucoma. Estudos mostram que indivíduos com bom condicionamento físico apresentam pressão ocular mais baixa do que aqueles não condicionados ou sedentários.
Já em relação às atividades que envolvem aplicação rápida e máxima de força por um curto período de tempo, como levantamento de peso, pode ocorrer elevação durante o exercício.
Pacientes com glaucoma que praticam ioga devem ser constantemente orientados e evitar a posição invertida de cabeça e tronco (Sirsasana), pois nessa posição a pressão ocular pode subir muito, e existem relatos de pacientes que tiveram piora da doença em curto espaço de tempo.
Cafeína: um estudo mostrou que a pressão ocular é, em média, de 15% a 20% mais alta em pessoas que tomam café do que naquelas que não tomam. Quando analisados somente os participantes que tomam café diariamente, a pressão dos olhos se mostrou mais alta naqueles que consomem mais café (mais de 200mg de cafeína/dia), em comparação ao demais (que tomam menos de 200g de cafeína/dia).
Tabagismo: embora não exista relação direta entre tabagismo e desenvolvimento de glaucoma, fumar causa aumento transitório da pressão intraocular. Estudos indicam que a pressão ocular é mais alta em pessoas que fumam do que naquelas que não fumam.
Medicamentos: diversos medicamentos podem levar ao aumento da pressão ocular. Dentre eles, os mais temidos são os anti-inflamatórios à base de cortisona, utilizados frequentemente para tratar doenças respiratórias, reumatológicas e quadros alérgicos.
Pesquisas mostram que muitas pessoas apresentam elevação significativa da pressão ocular após uso de cortisona, principalmente por períodos prolongados (em alguns casos, chega a dobrar). Como a maior parte dos pacientes não sente qualquer sintoma, é importante que o clínico faça o encaminhamento a um oftalmologista para avaliação. Embora não seja algo comum, muitas drogas utilizadas para o tratamento de doenças diversas, como incontinência urinária, depressão, crises convulsivas e enxaqueca, podem causar elevação significativa de pressão ocular em olhos predispostos. Um simples exame oftalmológico é capaz de orientar o clinico sobre a existência de riscos com o uso dessas medicações.
Tiago Prata comenta ainda que muitos pacientes com glaucoma questionam se o uso de Viagra (sildenafil) pode aumentar o risco de progressão da doença.
— Nenhum estudo mostrou associação entre o uso dessa medicação e a hipertensão ocular, mas alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais como embaçamento visual e sensibilidade à luz — completa.