A retirada pelo metódo criogênico da área responsável no coração pela anomalia elétrica na origem da fibrilação atrial, arritmia cardíaca mais frequente, é de longe o melhor tratamento, de acordo com um estudo clínico apresentado no ACC em Atlanta.
Este estudo, batizado de STOP-AF, foi realizado com 228 pacientes nos Estados Unidos e no Canadá, nos quais foi realizada uma comparação da eficácia e dos riscos desse procedimento com os dos medicamentos antiarritmicos convencionais.
O sistema de ablação criogênica avaliado durante um ano neste estudo clínico foi desenvolvido pela empresa americana Medtronic.
Os resultados mostraram que, um ano depois do procedimento não-cirúrgico, quase 70% dos pacientes tratados já não sofriam arritmia auricular, contra apenas 7% no grupo tratado com medicamentos cujos efeitos colaterais podem ser severos, indicou o Dr Douglas Packer, da Clínica Mayo em Rochester (Minnesota, norte), principal autor do estudo.
Packer apresentou o estudo na 59ª Conferência Anual do American College of Cardiology (ACC), reunida em Atlanta (Geórgia)
Esse procedimento, que dura menos de três horas, consiste em introduzir um pequeno globo no interior do coração, na aurícula esquerda, com a ajuda de um cateter em uma veia. Esse globo é enchido então com um líquido resfriado a uma temperatura baixa para destruir por criogenese os tecidos nos quais está a anomalia elétrica.
Apenas pouco mais de 3% das pessoas tratadas dessa forma no estudo sofreram complicações graves e em quase todas o problema foi solucionado no período seguinte de 12 meses.