O que é depressão?
A depressão é uma doença complexa que afeta corpo e mente e manifesta-se por sintomas emocionais e físicos. Conhecida também como transtorno depressivo maior (TDM), é caracterizada por sinais que interferem na habilidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis.
Tristeza é sinônimo de depressão?
Não. Tristeza isolada não é depressão, apenas um sentimento universal, assim com ansiedade. Logo, não é necessariamente patológico, fazendo parte da experiência psíquica normal.
Quais são as causas da depressão?
Ainda são desconhecidas. A teoria neuroquímica é a mais aceita e sugere que uma disfunção no sistema nervoso central é responsável pela doença. A diminuição dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina causariam o aparecimento dos sintomas.
Quais são os principais sintomas?
— Sintomas emocionais: tristeza, perda de interesse, ansiedade, angústia, desesperança, estresse, culpa, perda da libido, dificuldade de raciocínio, indecisão, baixa autoestima, alterações no sono, ideação suicida, entre outros.
— Sintomas físicos: baixa energia, alterações no sono, dores inexplicáveis pelo corpo (sem causa clínica definida), dor de cabeça, alterações no apetite, alterações gastrointestinais, alterações psicomotoras, entre outros.
Que sinais comprovam um quadro de depressão?
Para o indivíduo ser diagnosticado como deprimido, deve reunir pelo menos cinco dos sintomas acima, sendo que um deles tem de ser tristeza ou perda do interesse em atividades antes prazerosas, com duração mínima de duas semanas.
Ao notar os sintomas, qual profissional de saúde devo procurar?
Ao reconhecer ou desconfiar de um quadro depressivo, é imprescindível procurar um médico psiquiatra. Ele é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar a depressão.
Todas as pessoas estão sujeitas a ter depressão?
Sim, porque existem diferentes motivos que predispõem à doença:
— Fator genético: história familiar de depressão.
— Estresse crônico: situações repetidas de estresse.
— Perdas parentais precoces: morte de um dos genitores na infância.
— História de qualquer tipo de abuso na infância.
A depressão tem causas multifatoriais (fatores genéticos/biológicos e ambientais/psicossociais) que sempre se somam para a determinação de uma apresentação clínica final. Nas mulheres, os períodos pré-menstrual, pós-parto e menopausa são de maior risco para desenvolver a doença também. Cerca de 17,5% da população apresentarão pelo menos um episódio depressivo ao longo da vida.
Há uma faixa etária mais vulnerável à doença?
Sim. A maioria dos casos de depressão acomete indivíduos entre 20 e 40 anos. Mas é importante dizer que a doença pode se iniciar em qualquer faixa etária, da infância à terceira idade.
Qual o melhor tratamento?
A maioria (cerca de dois terços) dos pacientes com depressão apresenta dores persistentes combinadas com sintomas emocionais. Assim, a doença deve ser tratada com psicoterapia e uso de antidepressivo com dupla ação, como a duloxetina. Essa classe de medicamento age de forma equilibrada sobre a serotonina e a noradrenalina, combatendo os sintomas emocionais e físicos. É importante deixar claro que isso não é uma regra, portanto, varia de acordo com o paciente e que a procura por ajuda médica é indispensável.
A depressão tem cura?
O objetivo central do tratamento da depressão é a remissão (melhora completa da sintomatologia depressiva). Como grande parte das doenças, há sempre um risco de, mesmo tratado corretamente, o paciente apresentar recaída no futuro (cerca de 80% das pessoas que apresentaram um episódio depressivo devem apresentar um ou mais episódios adicionais). A depressão, portanto, é, na maioria das vezes, uma doença crônica, assim como diabetes e hipertensão. Quando tratado adequadamente, o paciente leva uma vida absolutamente normal.