As relações entre inteligência e mau humor

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As pessoas mal-humoradas têm uma inteligência mais afiada segundo um estudo realizado por um cientista australiano e publicado na última edição da revista científica Australasian Science, informou a rádio ABC.

– A tristeza e o mau humor melhoram a capacidade de julgar os outros e também aumentam a memória – assegura o professor Joseph Forgas, da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney.

Segundo o artigo, enquanto um estado de ânimo positivo facilita a criatividade, a flexibilidade e a cooperação, o mau humor melhora a atenção e facilita um pensamento mais prudente.

– Nossa pesquisa sugere que a tristeza melhora as estratégias para processar a informação em situações difíceis – acrescenta.

Forgas ressaltou que as pessoas com um estado de ânimo mais decaído têm maior capacidade de argumentar suas opiniões por escrito, pelo que concluiu que “não é bom estar sempre de bom humor”.

A pesquisa consistiu em uma série de experimentos nos quais se manipulava o estado de encorajamento dos participantes por meio de filmes e lembranças positivas ou negativas.

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Você sabe o que significa 0% de gordura?

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Vivemos a era da boa forma e do estilo de vida saudável. Pensando nisso, a indústria alimentícia lançou as versões diet e light para diversos tipos de alimentos. Agora, o que invade os supermercados são as versões com 0% de gordura. E os consumidores, em busca de mais saúde, acabam comprando-os como promessas de qualidade de vida. Porém, essas variações não são garantia de uma dieta saudável.

Para efeitos nutricionais, alimentos sem gordura são todos aqueles que não têm lipídios. Nessa categoria, incluem-se, por exemplo, as gelatinas e as frutas (com exceção do abacate). Elas diferem dos alimentos industrializados que dizem ter zero de gordura.

— Esses possuem uma quantidade mínima de lipídios, que, na porção a ser ingerida, representa 0% — explica a nutricionista Úrsula Tatiana Rodrigues.

A “leveza” desses produtos, no entanto, não deve ser interpretada como um sinal verde para o consumo irrestrito.

— Muitos deles aumentam a quantidade de açúcar, que é tão prejudicial quanto a de gordura, para preservar a consistência e as suas características. Alguns ainda têm um alto índice calórico, fazendo com que engordem da mesma forma — alerta a nutricionista.

À parte essa ressalva, os alimentos com 0% de gordura podem sim ser uma opção mais saudável se comparados a seus similares “gordos”. Nos supermercados, já é possível encontrar desde iogurtes a embutidos, como presuntos e mortadelas, além de queijos e sorvetes que se encaixam nessa categoria.

A produtora de moda Patrícia Justino Vaz, 31 anos, é uma das que confere a porcentagem de gordura na embalagem.

— Aprendi a gostar desses alimentos, mas não sou neurótica com isso. Porém, em casa, sempre procuro ter um desses na geladeira — afirma.

Para que o corpo não fique viciado, Patrícia varia marcas e opta por produtos naturais, quando possível.

— Me sinto mais disposta e até mais magra — comenta.

Até as redes de fast food já estão de olho nesse mercado. É o caso das lanchonetes especializadas no frozen yogurt — iogurte congelado com cremosidade de sorvete. Além de ter 0% de gordura, é pouco calórico, fazendo com que seja uma boa opção para um lanchinho eventual nas praças de alimentação.

— Em uma sociedade em que a obesidade já atinge tantas pessoas, ter uma opção mais saudável nas praças de alimentação é muito importante — afirma a nutricionista Kátia Godoy Cruz.

Mais uma vez, os nutricionistas aconselham: não é porque é light que deve ser consumido em grandes quantidades.

— Comer e não ficar saciado é um dos maiores problemas dos produtos diet e light — afirma o nutricionista Rodrigo Valim. A explicação é simples: os lipídios não são esses vilões que andam propagando. Além de provocar a sensação de saciedade, eles são fundamentais para a absorção das vitaminas A, D, E e K.

— Não se deve deixar de comer nenhum grupo de alimentos. O segredo é o equilíbrio — ensina Úrsula Rodrigues.

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Não abuse na cerveja

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cerveja-600A terceira bebida mais consumida do mundo, a cerveja, não faz mal à saúde – desde que consumida em moderação, é claro. Seus ingredientes principais são o malte, a cevada, o lúpulo e, principalmente, água. Por isso, ela ajuda a hidratar o corpo. E, com apenas três a cinco graus de álcool, reativa o metabolismo, além de ser rica em vitaminas, carboidratos, proteínas e aminoácidos.

Com apenas 80 calorias em um copo de 200 ml, ela não é a responsável pela famosa “barriguinha de chope” – é só pegar leve nos acompanhamentos.

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Disfunção sexual feminina: Mito ou doença?

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Houve um momento em que Silvia e seu marido tinham relações sexuais três vezes por semana. Mas, nos últimos seis anos, a camisola roxa que Silvia utilizava para seduzir o seu marido foi largada no fundo de uma gaveta. E agora, em vez de ficar quente e incomodado pelos avanços de seu marido, Silvia é simplesmente indiferente. “De repente eu não tenho qualquer desejo.”, diz Silvia.

Durante cerca de uma década aproximadamente, desde o FDA aprovou o Viagra para a disfunção sexual nos homens, as empresas farmacêuticas têm buscado a versão feminina da pequena pílula azul, uma droga para curar as mulheres. Existe uma condição psiquiátrica conhecida como distúrbio do desejo sexual hipoativo , definida como uma aflitiva falta de desejo sexual, na ausência de outras condições médicas – tem sido notoriamente difícil de definir.

Isso não impede que as industrias farmacêuticas de tentar desenvolver um tratamento, seduzido pela perspectiva de um blockbuster de vários bilhões de dólares que poderia ser ainda maior do que o Viagra e seus concorrentes juntos. Em uma conferência europeia para a medicina sexual na segunda-feira, uma empresa farmacêutica alemã apresentou resultados de um estudo piloto clínico de fase III na América do Norte e anunciou que tinha encontrado uma droga que funcione. “Nós vimos um aumento na satisfação sexual das mulheres, um aumento no desejo e uma diminuição da angústia. Um problema comum e angustiante que afeta 1 em cada 10 mulheres e para os quais não existe nenhum tratamento”, disse Michael Areia, diretor da pesquisa clínica para a Boehringer Ingelheim, que originalmente desenvolveu a droga, flibanserin, na década de 1990 como um antidepressivo.
Aprovado ou não pelo FDA o flibanserin reacendeu os debates.

Uma das melhores suposições até agora é que as mulheres com essa síndrome têm baixos níveis de testosterona. Na verdade, a condição afeta principalmente mulheres na pós-menopausa ou aquelas que tiveram seus ovários removidos cirurgicamente, o que leva a uma queda nos hormônios sexuais – nomeadamente a testosterona.

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Como se alimentar bem comendo de tudo

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Seguir à risca cardápios super restritivos, que impõem grãos integrais, grelhados, verduras e banem doces e frituras, só é necessário para atletas, pessoas com alguma doença que exija uma dieta rigorosa ou que precisem perder muito peso. A nutricionista Andrea Andrade explica que a boa alimentação deve ser variada e incluir todos os tipos de alimentos: os energéticos, os construtores e os reguladores.

O grupo dos reguladores é composto por vitaminas, ácidos graxos e sais minerais, que ajudam no bom funcionamento do organismo e previnem doenças, e costuma ser o mais negligenciado nas dietas. Segundo a nutricionista Solange Saavedra, isso acontece porque o brasileiro das grandes capitais é obrigado a comer na rua e são poucos os que consomem todos os nutrientes necessários – mesmo num restaurante a quilo, onde a variedade de carnes e saladas é grande.

Consumir porções regulares de frutas, verduras, legumes, fazer refeições e lanches a cada três horas, além de beber pelo menos dois litros de água garantem uma alimentação saudável, diz Andrea. E, assim, você pode se permitir doces, frituras e alimentos gordurosos, desde que sem exagero.

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Evitar sobrepeso é uma das armas para afastar diabetes

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mullher-peso-diabetesNo dia 14 de novembro, próximo sábado, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes. Mas pouco temos para comemorar. Pesquisas revelam que existem 21 milhões de diabéticos no Brasil e o número tende a aumentar. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, é de suma importância estar atenta aos fatores que desencadeiam a doença para reduzir essa estatística.

Existem dois tipo de diabetes: o tipo 1, mais comum na idade infantil e na adolescência. Nesse cenário, um processo de auto-imunização destrói as células de insulina do corpo. Na diabetes tipo 2, o organismo produz insulina, que mesmo em quantidade excessiva, não funciona direito. Assim, as células não conseguem metabolizar de forma suficiente a glicose da corrente sanguínea.

A incidência desse segundo tipo de diabetes aumenta à medida que as pessoas ganham peso, principalmente se já têm outros membros da família, como pai, mãe, avós, com a doença. “Mudanças nos hábitos alimentares e a prática de atividades físicas são essenciais”, afirma Márcio Mancini, presidente da Abeso.

Afinal, em cerca de 75% dos casos de diabetes tipo 2 no Brasil, o paciente detêm um certo grau de obesidade. A boa notícia, segundo o profissional, é que quando o combate a gordura abdominal começa cedo, o quadro de diabetes pode ser revertido. “Combater a obesidade é também uma forma de prevenir o diabetes”, diz Márcio

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Energéticos e álcool

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O uso de energéticos associados ao álcool é colocado em cheque nos Estados Unidos.
Pesquisadores da área de saúde identificaram um novo e surpreendente indicador para comportamento de risco entre adolescentes e jovens adultos: bebidas energéticas.

Energéticos com altas doses de cafeína, como Red Bull, Monster, Amp (no Brasil, Burn e Flying Horse), cresceram em popularidade na última década. Cerca de um terço dos jovens entre 12 e 14 anos afirma tomar bebidas energéticas regularmente, o que corresponde a mais de US$ 3 bilhões em vendas anuais nos Estados Unidos.
Essa semana o FDA( o órgâo regulador americano) está desafiando os fabricantes de bebidas, dando-lhes 30 dias para apresentar provas de que a combinação de cafeina e álcool é segura. Aqui várias internações nos hospitais brasileiros de pessoas que combinam álcool e bebidas energéticas, são relatadas.. As principais causas são arritmias cardíacas e crises hipertensivas.

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Seio novo após o câncer sem implantes

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Cientistas australianos anunciaram nesta semana a criação de uma técnica cirúrgica, ainda em fase experimental, que permitirá às mulheres que tiveram extirpado uma mama regenerar o peito sem necessidade de reconstrução ou implantes.

Phillip Marzella, médico do Instituto de Microcirugia Bernard O’Brien da cidade de Melbourne, explicou que após o êxito dos testes pré-clínicos com porcos, que regeneraram a mama em seis semanas, o próximo passo será realizar os experimentos em humanos.
Dentro de seis meses pelo menos seis pacientes receberão o molde sintético com a forma do peito que estará conectado a um copo sanguíneo com células que permitem a geração controlada de gordura internamente.
Segundo Marzella, o peito cresceria entre seis e oito meses, e depois, naturalmente, o molde se dissolveria, evitando uma segunda intervenção cirúrgica para extraí-lo.
Nos próximos dois anos, os cientistas esperam desenvolver o protótipo e conseguir que o molde seja biodegradável.
Por enquanto, os especialistas não sabem quanto tempo seria necessário para o corpo gerar a gordura suficiente para preencher o peito, resposta que os cientistas esperam ter em no máximo quatro meses.
Se ficar demonstrado que funciona, o projeto será ampliado para criar outros órgãos utilizando o mesmo princípio.

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Alimentos 0% de gordura

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Vivemos a era da boa forma e do estilo de vida saudável. Pensando nisso, a indústria alimentícia lançou as versões diet e light para diversos tipos de alimentos. Agora, o que invade os supermercados são as versões com 0% de gordura. E os consumidores, em busca de mais saúde, acabam comprando-os como promessas de qualidade de vida. Porém, essas variações não são garantia de uma dieta saudável.

Para efeitos nutricionais, alimentos sem gordura são todos aqueles que não têm lipídios. Nessa categoria, incluem-se, por exemplo, as gelatinas e as frutas (com exceção do abacate). Elas diferem dos alimentos industrializados que dizem ter zero de gordura.  Esses possuem uma quantidade mínima de lipídios, que, na porção a ser ingerida, representa 0% .

A “leveza” desses produtos, no entanto, não deve ser interpretada como um sinal verde para o consumo irrestrito. Muitos deles aumentam a quantidade de açúcar, que é tão prejudicial quanto a de gordura, para preservar a consistência e as suas características. Alguns ainda têm um alto índice calórico, fazendo com que engordem da mesma forma .

À parte essa ressalva, os alimentos com 0% de gordura podem sim ser uma opção mais saudável se comparados a seus similares “gordos”. Nos supermercados, já é possível encontrar desde iogurtes a embutidos, como presuntos e mortadelas, além de queijos e sorvetes que se encaixam nessa categoria.

Até as redes de fast food já estão de olho nesse mercado. É o caso das lanchonetes especializadas no frozen yogurt — iogurte congelado com cremosidade de sorvete. Além de ter 0% de gordura, é pouco calórico, fazendo com que seja uma boa opção para um lanchinho eventual nas praças de alimentação.

Mais uma vez, os nutricionistas aconselham: não é porque é light que deve ser consumido em grandes quantidades.

 Comer e não ficar saciado é um dos maiores problemas dos produtos diet e light. A explicação é simples: os lipídios não são esses vilões que andam propagando. Além de provocar a sensação de saciedade, eles são fundamentais para a absorção das vitaminas A, D, E e K.

 Não se deve deixar de comer nenhum grupo de alimentos. O segredo é o equilíbrio.

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Quando o sofrimento se torna um vício

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Sofrimento é um dos sentimentos intrínsecos ao homem. Mas há casos em que ele transcende a normalidade e se torna uma espécie de doença. É quando esse tipo de dor se torna tão presente na vida do indivíduo que o impede de ter uma vida em equilíbrio, com relações afetivas e emocionais gratificantes. O fenômeno é observado há anos.

Qual é a diferença entre tristeza e sofrimento?

 — Tristeza é um sentimento intrínseco ao ser humano, faz parte da vida. Temos esse sentimento quando perdemos alguém, quando nos deparamos com alguma fraqueza nossa, quando temos uma identificação com algo triste (pobreza, doença, desigualdade etc.). É natural e saudável, pois nos permite refletir e elaborar situações difíceis. Sofrimento também faz parte da condição humana e da vida. Ele nos permite entender a vida, seus mistérios, e nos dá a possibilidade de criar a nossa subjetividade e a nossa individualidade. No livro, falamos de um sofrimento que é evitável, isto é, que a pessoa não precisaria viver e que fatalmente a leva a constantes insucessos. Esse sofrimento é interno: a pessoa padece sem perceber. Gera distúrbios de ansiedade, depressão e a sensação de menos valor. É uma dependência psicológica da dor, gerada pelo sofrimento, e essa dor psíquica é transformada em droga.

Quando o sofrimento passa a ser patológico?

 — Quando começamos a empobrecer nossa vida para se comprazer num evento que tenha nos causado muito sofrimento. Abandonamos a vida para sucumbir em pensamentos obsessivos e compulsivos e justificar o nosso prazer — autoflagelo na dor do sofrimento. É muito comum estar camuflado em outros quadros, com sintomas psicossomáticos e psiquiátricos.

Como a vida atual leva ao vício de sofrer?

 — O vazio existencial, a solidão, o estresse e o excesso de cobrança. Os comportamentos compulsivos de compras, usadas como moeda de afeto e autoestima. O fato de viver só com os valores ditados pela mídia — padrão de beleza, de sucesso (no amor e no trabalho), competição excessiva — e de estar desconectado de seus valores pessoais e de sua ética. A falta de tempo para construir laços afetivos importantes, com parentes e amigos, e tempo de sobra para o ócio. Estar desconectado de sua espiritualidade.

A pessoa que se faz sempre de vítima é uma viciada em sofrimento ou ela pode agir assim somente para atrair a atenção dos outros sem necessariamente estar sofrendo?

 — Às vezes, encontramos pessoas que se fazem de vítima para obter atenção e afeto do outro. No caso do viciado em sofrimento, a pessoa é de fato vítima, mas do seu próprio enclausuramento psíquico, que são os pensamentos compulsivos de pessimismo, de autoflagelo, de menos-valia, que interferem fundamentalmente na baixa da autoestima. São pessoas desejosas de serem amadas, mas que não conseguem se sentir amadas, apesar de muitas vezes serem.

O sofrimento pode nascer ainda na infância. Por que as crianças sofrem?

 — O sofrimento, como disse, faz parte da vida. Muitas vezes, por questões adversas, uma criança pode ter uma infância sofrida. Depressão pós-parto da mãe, separações dos pais, gestação não desejada ou mesmo distúrbios cognitivos e emocionais podem potencializar essas primeiras vivências, deixando marcas profundas na criança e levando a quadros psicológicos. É importante que os pais, ou substitutos, fiquem atentos ao filho. Ao detectarem sofrimento em vez de uma infância como um período de alegria, brincadeiras e comportamentos espontâneos, levem a criança para uma avaliação com um profissional, para um possível encaminhamento terapêutico. Podem assim, muitas vezes, abortar um processo de construção de adulto viciado em sofrimento. Mas é importante ressaltar para os pais que não se sintam culpados caso se identifiquem com algum desses fatores, pois eles por si só não são determinantes para criar um viciado em sofrimento. E é possível mudar esse enredo pelo tratamento psicoterápico ou mesmo pela característica da criança. Temos crianças que tiveram uma infância sofrida e se tornaram pessoas resilientes. Hoje, são adultos de sucesso e realizados.

Crianças, adolescentes, adultos, velhos. Há viciados em sofrimento em todas as fases da vida?

 — Sim. Mas é comum serem detectados a partir da adolescência, quando se potencializam aspectos de modelos relacionais vivenciados e aprendidos com os pais — sentirem-se rejeitados —, somados à timidez e à dificuldade de sociabilização, característicos dessa fase. Por outro lado, se identificar tais dificuldades no filho — isolamento, tristeza, apatia, ausência de amigos e de paqueras, dificuldades de aprendizagem — e encaminhá-los à psicoterapia, esse vício é facilmente superado. Em outras palavras, é possível desconstruir essa atitude de sofredor que irá se caracterizar fortemente na fase adulta.

Como uma pessoa leiga pode perceber que um amigo ou familiar é um viciado em sofrimento?

 — Depende da fase. Na adolescência, já citei algumas características. Na fase adulta, percebe-se nas suas dificuldades de lidar com os novos papéis sociais e afetivos. Exemplo: sempre se desqualifica, não conseguindo lidar com os desafios, não tendo opiniões próprias, mostrando-se com uma autoestima prejudicada, sem amigos, com dificuldade de desenvolver um papel profissional. São pessoas que estão sempre infelizes, insatisfeitas, são autoexigentes e nunca cumprem para si o desejado. Apesar de terem sucesso em algum compartimento da vida — construíram uma família ou mesmo uma profissão —, não se sentem realizadas ou satisfeitas. Estão sempre carentes de afeto ou atenção, muitas vezes se fazendo de duronas.

Que ações práticas podem tirar a pessoa de um processo de sofrimento?

 — O primeiro passo, como em qualquer vício, é perceber e aceitar que é um viciado. Muitas vezes, a pessoa acha que ela não tem sorte, que viver a vida é lutar e sofrer… Camufla seu sofrimento em valores religiosos ou no destino, para justificar a sina. Perceber e desconstruir os pensamentos pessimistas, perceber como anda sua vida. O que é importante? Como distribuir o seu tempo? Do que se compõe a vida? Refletir sobre os seus valores e sua ética e construir um projeto de vida com essa bússola. Nesse processo de autoconhecimento, pode-se sentir dificuldades de superar conflitos internos ou externos. Seja humilde e amoroso consigo, procure ajuda de um especialista em psicoterapia ou psiquiatria para avaliar a necessidade de tratamento

Psicoterapeutas Dirce Fátima Vieira e Maria Luiza Pires.

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