Brasileiros consomem mais sal do que deveriam, afirmam médicos
Levantamento é da Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Consumo ideal é de 4 a 6 gramas diárias; média real é de 12 a 16.
É na quantidade que mora o perigo. O sal de cozinha tem como composição cloreto de sódio, e é o sódio que, em excesso, pode endurecer e estreitar os vasos sanguíneos. Nesse caso, o sangue passa a circular com dificuldade, resultando em aumento da pressão arterial — uma doença que atinge quase 30 milhões de pessoas no Brasil e que pode acabar em infarto, derrame ou problemas nos rins.
Se o assunto é sal, atenção: o perigo pode não estar apenas na comida de casa ou do restaurante. Existe um tipo de sal que a gente vai consumindo sem perceber. E ele está escondido no supermercado, na sessão de alimentos prontos, congelados e enlatados. Até doces como biscoitos, chocolates e sorvetes podem ter sal.
Para saber a quantidade, basta olhar no rótulo. A sigla VD significa valor desejável e traz o percentual de sal ou sódio do produto. No caso de uma lasanha, o VD é de 75% para meia porção.
“Isso significa que aqui contem 75% da necessidade de sódio ou de sal que o indivíduo pode comer em um dia”, explica Antônio Felipe Sanjuliani, da Sociedade Brasileira de Hipertensão no Rio de Janeiro.
“E isso porque é a meia porção. Se por ventura ele vir a comer uma porção inteira desse produto, ele estará comendo 50% a mais da quantidade de sódio ou de sal que ele deveria comer em um dia”, completa o médico.