Anomalia de Ebstein: médico brasileiro tem nova técnica reconhecida em todo o mundo

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Os pacientes não tratados cirurgicamente da anomalia morrem entre a 2ª e 3ª décadas de vida. Apesar de rara, a doença está associada a casos de morte súbita, inclusive, na fase infantil.

Depois de 15 anos de pesquisas e procedimentos, além da publicação na mais importante revista americana de cirurgia cardíaca (Journal of Thoracic Cardiovascular Surgery), a técnica, do Dr. José Pedro da Silva, que evita a troca da valva tricúspide por prótese, surge como uma grande esperança para os portadores da Anomalia de Ebstein. 

A Anomalia de Ebstein é caracterizada por uma má-formação da valva tricúspide, estando entre as cardiopatias congênitas mais complexas conhecidas. Normalmente a cirurgia consiste na substituição da valva tricúspide, mas o novo sistema é uma plastia da válvula tricúspide, sem necessidade da implantação de um material estranho ao organismo, o que evita problemas relacionados à rejeição e facilita a recuperação do paciente. 

“Minha preocupação ao criar a técnica foi a de evitar reoperações, já que as próteses utilizadas nas substituições valvares tendem a se calcificar, principalmente em pacientes jovens. Outras técnicas já eram utilizadas no mundo, porém com taxa significativa de insucesso em curto ou longo prazo”, explica o Dr. José Pedro.

São mais de 80 casos de sucesso e uma taxa de mortalidade pós-cirúrgica de apenas 3%, quando na França, por exemplo, o índice gira em torno de 15%. O paciente portador da anomalia geralmente apresenta dificuldade de respirar, cianose e arritmia cardíaca. Quando detectada na primeira infância e não corrigida, a criança vive no máximo até os 12 anos. A média em adultos é até os 32 anos. A primeira paciente operada pelo Dr. José Pedro, há 15 anos, hoje está casada e grávida, condição que não seria possível se ela não tivesse feito a cirurgia. 

A importância da técnica é tamanha que o cardiologista apresentou em sessão especial a técnica no American College of Cardiology, na Flórida.

Nas últimas cirurgias que realizou na Beneficência Portuguesa, o Prof. José Pedro teve como visitantes os Drs. Emile Bacha, professor da Universidade de Harvard e cirurgião do Children’s Hospital, em Boston, e Joseph A. Dearani, cirurgião da Mayo Clinic, referência mundial em correção de Ebstein. Tudo está descrito em artigo publicado na edição do Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery (The cone reconstruction of the tricuspid valve in Ebstein’s anomaly. The operation: early and midterm results – Volume 133, págs 215 a 223).
   
Desde então, nestas instituições, várias cirurgias para correção de Anomalia de Ebstein têm sido feitas com sucesso utilizando a técnica do Dr. José Pedro

Em tempo, o Dr José Pedro esteve recentemente em São Luis onde fez conferência no CRM.

1 comentário para "Anomalia de Ebstein: médico brasileiro tem nova técnica reconhecida em todo o mundo"


  1. Neraldo Batista

    Dr. Xavier isto é verdadeiro?
    Levantamento de peso e musculação podem ajudar hipertensos, dizem estudos
    Músculos mais fortes diminuem esforço do coração para bombear sangue.
    Para começar os exercícios, contudo, é bom consultar um médico.
    Será que levantar peso é ruim para a pressão sanguínea? Sabe-se que exercícios aeróbicos regulares podem melhorar a circulação e reduzir a pressão do sangue. Porém, o que dizer da musculação?

    Levantamento de peso pode até ajudar no controle da pressão (Foto: Reprodução)Durante anos, pessoas com hipertensão foram alertadas a não praticar o esporte, pois os médicos temiam que picos de pressão sanguínea, provocados durante o levantamento de peso vigoroso, pudessem causar problemas perigosos e, no longo prazo, aumentar a pressão. No entanto, estudos não oferecem muitas evidências em relação a isso. Nos últimos anos, grandes pesquisas descobriram o contrário: a musculação reduz a pressão sanguínea, pois, com músculos mais fortes, exige-se menos do coração para as atividades do dia-a-dia.

    Por exemplo, uma análise, publicada no periódico “Hypertension”, observou 11 exames clínicos comparando 182 adultos praticantes de musculação várias vezes por semana e 138 não praticantes deste tipo de exercício. No geral, o estudo descobriu que a musculação diminuiu a pressão sanguínea sistólica (o maior número num exame de pressão) em até 2%, e a pressão diastólica em cerca de 4% – pequenos benefícios capazes de melhorar enormemente a saúde cardiovascular.

    Outro relatório da American Heart Association, publicado na revista científica “Circulation”, revelou que apenas duas ou três sessões de levantamento de peso por semana – com exercícios de flexões e pressões – eram suficientes para diminuir a pressão sanguínea.

    A associação afirma que o treinamento de resistência pode também beneficiar pacientes cardíacos, mas recomenda uma consulta inicial com um médico, para orientação.

    Portanto, o levantamento de peso pode diminuir a pressão sanguínea.

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