Descoberta pode facilitar vacina contra a aids

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Imagem de microscopia eletrônica do vírus HIV

A maneira como atuam os anticorpos das pessoas que demoram muito tempo para desenvolver a aids pode servir como uma nova base para as pesquisas em busca de uma vacina. Alguns pacientes infectados com o vírus de imunodeficiência humana HIV são capazes de controlá-lo e fazer com que progrida muito lentamente até desenvolver a doença, segundo um artigo publicado na revista Nature.

Uma equipe da Rockefeller University (EUA) realizou o estudo com seis desses doentes, dos quais já se sabia que tinham altos níveis de anticorpos, mas até agora se conhecia pouco sobre sua eficácia. Assim, descobriram que os doentes nos quais o HIV se desenvolve muito devagar têm uma ampla gama de anticorpos, os quais “parecem atuar como uma equipe” para neutralizar o vírus, enquanto cada um deles sozinho não é capaz de fazê-lo.

Esses anticorpos podem também reconhecer um amplo leque de cepas do HIV, um vírus que sofre mutação com grande rapidez, o que o transforma em um “astuto adversário” do sistema imunitário.

Durante 25 anos, os cientistas tentaram, sem sucesso, desenvolver uma vacina contra o HIV baseada em um pequeno número de “superanticorpos” manipulados para evitar que o vírus se enraizasse, mas não se conseguiu que sejam produzidos nas pessoas. No entanto, os vários anticorpos dos pacientes em estudo são capazes de reconhecer uma ampla gama de cepas do HIV, o que “sugere que ter muitos tipos diferentes de anticorpos poderia ser melhor do que ter um superanticorpo que se centra em uma parte do vírus, que pode mutar com facilidade”.

O estudo indica que uma vacina que possa imitar a resposta dos anticorpos desses pacientes “poderia ser um instrumento mais eficaz para ajudar a lutar contra o vírus”.

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