A proteína C reativa é um marcador de atividade inflamatória. Exitem duas formas de PCR : a PCR normal e a PCR ultra sensível. Estudos têm demonstrado a presença da PCR ultra sensível nos tecidos inflamados , nas artérias com aterosclerose (com placas de gordura ou ateromas em sua parede) e no músculo cardíaco (miocárdio) infartado.
A PCR ultra sensível também desempenha papel que favorece a coagulação do sangue. Pacientes com infarto do miocárdio , que apresentam níveis mais elevados de PCR ultra sensível , apresentam uma maior extensão da área de necrose miocárdica (maior qunatidade de células mortas do músculo cardíaco).
Níveis elevados de PCR ultra sensível , na ausência de outras doenças inflamatórias que possam aumentar seus níveis , correlacionam-se com maior extensão da aterosclerose nas artérias. Indivíduos aparentemente saudáveis com níveis mais altos , apresentam também maior risco de desenvolvimento de doença arterial periférica (placas de gordura ou ateromas nas artérias periféricas , como as artérias dos membros inferiores).
A PCR ultra sensível é considerada elevada , quando está acima de 3 mg/L, na ausência de outras doenças inflamatórias . Para evitar resultados falsamente elevados , na vigência de processos infecciosos e inflamatórios agudos , a dosagem da PCR ultra sensível deverá ser evitada. Essa dosagem não necessita de jejum.
A diretriz de aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007) , considera a PCR ultra sensível elevada com um fator agravante de risco cardiovascular. Indivíduos , por exemplo , de médio risco pelo escore de Framingham , se apresentarem níveis elevados de PCR ultra sensível , passam a ser considerados de alto risco.
Um estudo recente (novembro de 2008) chamado de Jupiter , demonstrou que a administração de 20 mg de uma droga redutora de colesterol , chamada rosuvastatina , pode diminuir o risco de um infarto do miocárdio em pessoas com PCR ultra sensível elevada , mas com níveis aceitáveis de colesterol.