O Carnaval – uma eterna mutação

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          O Carnaval, festa que ninguem sabe ao certo quando começou. Historiadores e pesquisadores afirmam que não tem como provar quando nasceu o carnaval. Existe apenas uma estimativa que seu ponto inicial tenha sido na Grécia entre 605 a 527 A.C. Várias histórias são contadas de povos diferentes, o que dificulta a descoberta de uma data exata. O Carna-val brasileiro é descendente do entrudo português. No século XVII, os foliões se armavam de baldes e latas cheios de água, todos acabavam molhados. Até d. Pedro II se divertia jogando água nos nobres. O Carnaval é marcado em nosso calendário pela igreja católica que se baseia na data da páscoa. No inicío nem era aceito pelo Cristianismo devido as caracteristicas libertinas e pecaminosas.            Aqui no Brasil o carnaval tem caracteristicas e formas próprias e distintas em cada região. Existe o carnaval do Rio, com escola de samba, que agora São Paulo também o imita. Existe o frevo de Recife e Olinda. O axé da Bahia, que é o ano todo e agora no país todo.     

         Na nossa cidade de São Luis já tivemos um dos melhores carnavais do país, já foi ponto referencial no País. Lembro ainda criança, que tinhamos os corsos na Praça Deodoro onde as familias usavam seus carros para se divertir. Montados nos capôs e nas capotas dos veiculos, homens e mulheres mascarados e fantasiados se atiravam confetes e serpentinas. Os blocos com originalidade e únicos, só no Maranhão. Dizem que todos os blocos  foram inspirados num sapateiro português- o Zé Pereira. Tinhamos Tribos, blocos de sujo, casinha da roça e escolas de samba,etc.  

      Esss Carnaval do Maranhão vive em eterna mutação, mas não perde seu brilho. Já tivemos época de baixa, chegamos até imitar o Carnaval dos Paraenses com as danças do Carimbó e sirimbó. O Pinduca era grande estrela.   

       O nosso carnaval  perdeu a identidade? Não, ele vive se reciclando. Lembro dos blocos de sujos na Rua do Sol e Praça João Lisboa. Época que os fabricantes de Maizena viviam em alta. Hoje essas brincadeiras foram trocadas por espumas. Carnaval de clube, Lítero, Jaguarema, Casino, Montese, California. Tiveram épocas áureas, onde eram permitidos até  o uso de lança-perfume. Os salões tinham sempre um cheiro agradável. Ai veio Jânio Quadros, baixou uma lei proibindo o seu uso.     

         Quando adolescente o meu carnaval se iniciava no bairro do Monte Castelo e tomava rumo aos clubes ou ao centro da cidade. Mais recentemente ganhou novamente o caminho das ruas. Rua do Passeio, Madre Deus e Projeto Reviver. Aí passaram a ter destaque nacional. Foi o início dos blocos elétricos. Eles(carnaval,promotores e o povo) sempre se reinven-tam.

        Agora se direciona para as grandes e pequenas cidades do interior do Maranhão. Toma um novo rumo, porém com a mesma alegria.         imagem3.jpg

        Eu que sempre fui um folião assumido, esse ano voltei as minhas origens, tomei o caminho de Codó. Alí desfrutei de um Carnaval organizado, sem violência, perto de meus  familiares e dos amigos.        imagem2.jpg

       Parabenizo aqui o Prefeito Zito Rolim, o empresário Francisco Oliveira(FC Oliveira). O secretário de Indústria e Comércio de Codó(Francisco Nagib Buzar) e sua Adjunta(Ana Carla Sereno Maranhão) pelo  sucesso na organização desse grandioso evento, que foi considerado o Carnaval das Multidões.

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          Codó ficou muito parecido com Salvador, sem perder o Carnaval de raiz.

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          Abraçar meus anfitrões Carlinhos e Shirley Sereno pela magnifica acolhida.

          Parabenizar o espirito momesco dos 14 anos do bloco comandado por Acy Brandão. Uma das lendas vivas da cultura do Maranhão. 

           

          O carnaval é isso aí, sofre eternas  tranformações, mas não perde o seu brilho. Parece até que recebeu os ensinamentos de Charles Darwin(vive em eterna evolução).

          Uma coisa  é certa, o carnaval é a alegria  estampada na cara das pessoas, sejam jovens ou os mais velhos. Se não houvesse altos níveis de violência, o que é comum nos dias atuais, seria a comemoração mais salutar do planeta.

            O carnaval é a arte da improvisação. Vejam as escolas do Rio de Janeiro, como é perfeito as alas, comissão de frente, carros alegóricos, bateria. Enfim são 3 a 4 mil pessoas a brincar ordenadamente em pouco mais de uma hora. As coreografias dos jovens nos blocos da Bahia. O frevo de Pernambuco e as dançarinas com os passos sem errantes. Até os blocos de sujo do Maranhão são organizados, sem precisar de organizadores. O carnaval é o improviso. A única coisa que não precisava ser improvisada era a violência. Mas ela vai passar, pode ser apenas uma chuva de verão. Nós vamos voltar a ser terceiro ou até mesmo o segundo carnaval do país.

        Isso é o Carnaval do Maranhão.

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Proteina C Reativa Ultra Sensível

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 A proteína C reativa  é um marcador de atividade inflamatória. Exitem duas formas de PCR : a PCR normal e a PCR ultra sensível. Estudos  têm demonstrado a presença da PCR ultra sensível nos tecidos inflamados , nas artérias com aterosclerose (com placas de gordura ou ateromas em sua parede) e no músculo cardíaco (miocárdio) infartado.

A PCR ultra sensível também desempenha papel que favorece a coagulação do sangue. Pacientes com infarto do miocárdio , que apresentam níveis mais elevados de PCR ultra sensível , apresentam uma maior extensão da área de necrose miocárdica (maior qunatidade de células mortas do músculo cardíaco).

Níveis elevados de PCR ultra sensível , na ausência de outras doenças inflamatórias que possam aumentar seus níveis , correlacionam-se com maior extensão da aterosclerose nas artérias. Indivíduos aparentemente saudáveis com níveis mais altos , apresentam também maior risco de desenvolvimento de doença arterial periférica (placas de gordura ou ateromas nas artérias periféricas , como as artérias dos membros inferiores).

A PCR ultra sensível é considerada elevada , quando está acima de 3 mg/L, na ausência de outras doenças inflamatórias . Para evitar resultados falsamente elevados , na vigência de processos infecciosos e inflamatórios agudos , a dosagem da PCR ultra sensível deverá ser evitada. Essa dosagem não necessita de jejum. 

A diretriz  de aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007) , considera a PCR ultra sensível elevada com um fator agravante de risco cardiovascular. Indivíduos , por exemplo , de médio risco pelo escore de Framingham , se apresentarem níveis elevados de PCR ultra sensível , passam a ser considerados de alto risco.

Um estudo recente (novembro de 2008) chamado de Jupiter  , demonstrou que a administração de 20 mg de uma droga redutora de colesterol , chamada rosuvastatina , pode diminuir o risco de um infarto do miocárdio em pessoas com PCR ultra sensível elevada , mas com níveis aceitáveis de colesterol. 

 

 

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Fatores de risco para a depressão materna

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Jefferson Botega

Uma dissertação de mestrado defendida em novembro na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) mostra os fatores de risco para a ocorrência de depressão durante a gravidez e o pós-parto. Na gestação, os fatores de risco são estar grávida pela primeira ou segunda vez e não desejar a gestação. Já na depressão pós-parto, os fatores são: não ter religião, ter um companheiro desempregado, ter tido depressão na gestação, não receber suporte do Sistema Único de Saúde (SUS), não receber ajuda para cuidar do recém-nascido e não receber ajuda do companheiro.

— A gestação e o pós-parto são os períodos da vida da mulher em que ela mais sofre de depressão — explica Valéria Feitosa, autora da pesquisa e enfermeira especialista em psiquiatria. — A rotina da mulher muda, muitas vezes ela não tem condições financeiras ou apoio da família. E ainda há as dificuldades com os hormônios.

Das 47 participantes avaliadas, 43% tiveram depressão durante a gestação e 30% durante o pós-parto. O levantamento foi feito com mulheres de baixa renda de uma maternidade em Uberaba (MG) e, segundo a pesquisadora, os dados refletem a realidade do país.

Para chegar às informações, Valéria comparou informações dadas pelas mães com dados médicos. Durante a gestação e o pós-parto, as mulheres responderam questionários sobre sua situação socioeconômica e de saúde e sobre a saúde do bebê. A pesquisadora entrevistou as mulheres para saber se elas recebiam ajuda nas tarefas diárias e tinham apoio emocional e perguntou se eram bem tratadas pelo SUS. Por fim, Valéria pediu para as mulheres preencherem dois questionários que avaliavam se elas tinham ou não depressão e a intensidade da doença.

A pesquisa aponta que as gestantes com depressão apresentaram menos problemas na gestação e seus filhos nasceram com melhores pesos e estaturas. Elas também alimentavam seus bebês de forma mais apropriada à idade. Para a enfermeira, as gestantes com depressão mais leve ficariam mais ansiosas, o que as levaria a visitar mais vezes o médico. Por outro lado, as mulheres com depressão na gestação fizeram mais cesáreas e partos com maior duração. Elas e seus filhos tiveram mais doenças.

Todas as gestantes que não desejaram a gravidez tiveram sintomas de depressão durante a gestação, mas não depois do parto. A depressão durante a gestação também foi mais frequente do que no pós-parto.

— Talvez isso aconteceu porque ainda não existe uma lista de perguntas específicas para depressão durante a gestação. Mas já existe uma para depressão pós-parto.

O estudo também revelou que não receber apoio do SUS e do companheiro são fatores de risco. As mulheres depressivas faziam todas as consultas sozinhas. Por outro lado, aquelas que diziam receber apoio do sistema de saúde adoeciam menos de depressão. A pesquisadora afirma que é fácil identificar a paciente em situação de risco, pois os hospitais costumam pedir as informações necessárias. Porém, os profissionais de saúde não as usam para prevenir ou tratar a depressão.

— Para minha surpresa, muitas pacientes me ligavam para chorar. Elas procuravam o sistema de saúde e as pessoas achavam que era bobeira ou mentira — ressalta.

Para mudar esse quadro, Valéria sugere que os médicos utilizem as escalas de medir depressão, façam grupos de acolhimento para as pacientes doentes e encaminhem as gestantes para profissionais especializados em saúde mental.

— O assunto daria uma outra dissertação. Mas, para começar, essas soluções já estariam de bom tamanho.

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Saiba sobre hepatite

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Hepatite é uma inflamação no fígado causada por vários fatores. Em alguns casos, a doença não apresenta sintomas e, por isso, muitas vezes, é diagnosticada tardiamente. O fígado pode inflamar com o uso excessivo de álcool, drogas ou medicamentos, com a contaminação por vírus e pelo contato direto com fezes contaminadas. A inflamação também pode ser autoimune, ou seja, desencadeada pelo próprio organismo. Ela acontece quando o sistema imunológico do corpo não reconhece seus próprios tecidos e passa a combatê-los como se fossem inimigos.

Há sete tipos de hepatite causada por vírus e eles são denominados por letras. São eles: A, B, C, D, E, F e G. Os mais comuns, no entanto, são o A, o B e o C. Os mais graves são o B e o C, e dificilmente eles apresentam sintomas. A hepatite tipo A e a tipo E são transmitidas por meio de fezes contaminadas. A maior parte dos casos de contaminação ocorre por ingestão de água ou alimentos contaminados pelas fezes.

— A hepatite tipo A e a tipo E são benignas e raramente evoluem para um quadro grave raro. Se a mulher é gestante, a hepatite pode ficar grave, mas fora isso não acontece nada — diz Roberto Focaccia, infectologista e coordenador do grupo de hepatite do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

Normalmente, o organismo consegue curar, com seus mecanismos de defesa, esses dois tipos de hepatite. Evitar comer e beber em locais sem higiene adequada é uma maneira eficaz de prevenir esses tipos da doença. As hepatites B e C são as mais graves e com maiores chances de tornarem-se crônicas e de evoluírem para cirrose e câncer de fígado, se não tratadas a tempo.

— Os casos tipo B e C são os maiores problemas de saúde pública — afirma o infectologista.

Segundo ele, a hepatite B é transmitida por meio de sangue contaminado, fluidos corpóreos, normalmente trocados nas relações sexuais, e da mãe para o filho no parto. A tipo C é transmitida pelo sangue contaminado.

— A tipo C é sete vezes mais prevalecente que o HIV e mata quatro vezes mais que a Aids. Ela é silenciosa. A pessoa não sente nada e a lesão vai caminhando — diz Focaccia.

Apesar de a transmissão ocorrer com mais frequência por sangue contaminado, a hepatite tipo C pode ser adquirida em ambientes de uso comum, onde pode ocasionalmente ocorrer o contato com sangue contaminado -como no barbeiro, no dentista e na manicure.

Verdades e mentiras

— A hepatite tipo C pode ser transmitida por objetos com sangue contaminados.

Verdade. Agulhas, alicates e navalhas podem ser agentes de transmissão se não forem adequadamente esterilizados.

— A hepatite tipo B pode ser transmitida durante as relações sexuais e pelo uso compartilhados de seringas e agulhas.

Verdade. Por isso é importante o uso de camisinha. Além disso, a hepatite B também pode ser transmitida da gestante para o filho.

— A hepatite é uma doença que apresenta sintomas em todos os casos.

Mentira. Em alguns casos, a doença não apresenta sintomas. Quanto mais cedo o paciente for diagnosticado, melhor para tratar a doença.

— Todos os tipos de hepatite, de A a G, evoluem para casos graves.

Mentira. As hepatites tipo A e tipo E são benignas e raramente evoluem para um quadro grave. Nesses casos, o próprio organismo consegue se curar com suas próprias defesas.

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Cuidado com dores que chegam a impedir movimentos

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Dores crônicas na coluna podem ser muito mais do que problemas de má postura. O dolorido incômodo, que chega a levar os pacientes às emergências de hospital, pode significar que o osso já está multifraturado, consequência de uma osteoporose instalada.

A doença é caracterizada pela redução da quantidade e da qualidade da massa óssea e pode não apresentar nenhum sinal antes de provocar as primeiras microfraturas, por isso é chamada de silenciosa. O perigo está instalado justamente aí: estudos apontam que fraturas oriundas da osteoporose podem aumentar em até oito vezes a taxa de mortalidade.

De acordo com o endocrinologista e membro do Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, João Lindolfo Borges, é muito comum pacientes em primeira consulta já apresentarem sinais avançados da doença.

—  Infelizmente as pessoas não imaginam que é possível já estar com os ossos fraturados sem sentir nenhum sinal antes — afirma.

O recente estudo BRAZOS, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), apontou que aproximadamente 70% das mulheres e 85% dos homens que já haviam apresentado uma fratura por fragilidade óssea desconheciam que a mesma tinha sido causada pela osteoporose.

Segundo o especialista, é importante que os fatores de risco para desenvolver a osteoporose sejam melhor divulgados para que as pessoas fiquem mais atentas.

— Além da idade avançada, pessoas com baixo peso, de raça branca e com histórico de doença na família são mais suscetíveis a desenvolver o problema. Um estilo de vida pouco saudável, caracterizado pelo consumo de fumo, ingestão regular de bebidas alcoólicas, falta de atividade física, dieta pobre em cálcio e pouca exposição à luz solar também contribuem para o maior risco — afirma o médico.

Borges aconselha as pessoas que se enquadram nessas características a realizar avaliações periódicas, como a densitometria óssea, um exame simples e indolor que pode ser descrito como uma “radiografia” do corpo.

As mulheres são maioria no grupo de risco.

— No Brasil, cerca de 30% das pessoas do sexo feminino são acometidas pela osteoporose no período pós-menopausa. Nesta fase os níveis de estrógeno, hormônio produzido no ovário e responsável pela fixação do cálcio, ficam bastante baixos, e essa deficiência hormonal contribui para a evolução da doença — explica o médico.

Ter uma dieta rica em cálcio, manter atividade física regular, evitar o uso de álcool e fumo são algumas atitudes que podem ajudar na prevenção. Além disso, os tratamentos para a osteoporose evoluíram muito nos últimos anos, trazendo mais conforto para o paciente até na frequência da administração de medicamentos. Na terapia à base de remédios, comprimidos antigamente ingeridos todos os dias já podem ser tomados semanal e até mensalmente hoje em dia, caso do ibandronato de sódio.

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Tire suas dúvidas sobre a dengue

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A chegada do verão traz de volta o medo de novas epidemias de dengue. De acordo com dados do Ministério da Saúde, algumas cidades brasileiras têm índices alarmantes de infestação pelo mosquito causador da doença nas residências. O Levantamento do Índice Rápido do Aedes (Lira) mostra que o Rio de Janeiro tem o maior índice de infestação no país.

Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda uma taxa inferior a 1%, a taxa na capital carioca é de 2,92%. Em algumas localidades, como o Complexo do Alemão, um total de 14% das casas foi tomado pelo mosquito. Apesar do alto índice de infestação, o risco de epidemia é menor neste ano devido ao grande número de casos da doença registrados em 2008. Isso torna grande parte das pessoas imunizadas contra o vírus. Mas, se não forem tomadas medidas de controle dos focos, não está afastada a possibilidade de surtos nos próximos anos.

Outras regiões brasileiras também encontram-se com risco de epidemia da doença. Minas Gerais, Bahia e Maranhão têm cidades com alto índice de casos nos primeiros meses do verão, podendo evoluir para surtos nos próximos meses. Os próximos meses serão cruciais.

 Fevereiro e março são o período que ocorre maior incidência de chuvas. Isso favorece a proliferação da doença porque a fêmea do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, deposita seus ovos em poças de água limpa.

Sob a coordenação e financiamento do Ministério da Saúde, Estados e municípios têm investido em ações para combater a doença que consistem, principalmente, na eliminação dos focos de proliferação do transmissor. Como o mosquito vive dentro das casas e tem hábitos diurnos, pequenas poças acumuladas em pneus velhos, vasos de plantas e garrafas vazias passam a ser reservatórios potenciais para ovos e larvas, o que facilita a proliferação. Ao picar uma pessoa infectada pelo vírus da dengue, o mosquito se torna transmissor ao picar outras pessoas, passando o vírus que se aloja em suas glândulas salivares.

Além das campanhas de conscientização e das ações de controle, outras iniciativas, como a implementação de saneamento básico, devem ser priorizadas em áreas carentes, inclusive com a oferta de água encanada e tratamento adequado de esgoto e lixo.

Como prevenir a proliferação da doença

— Cobrir qualquer local em que haja água acumulada, como caixas d’água e tonéis

— Não guardar pneus em áreas abertas

— Manter as lajes cobertas, sem poças d’água, e varrê-las diariamente

— Guardar as garrafas de cabeça para baixo

— Manter os pratos de vasos de plantas sem água ou com um pouco de areia

— Esfregar, com bucha, recipientes com plantas aquáticas

Sintomas

A partir da picada do mosquito infectado, o período de incubação da doença é de sete a 10 dias. Os primeiros sinais são febre, dor de cabeça e incômodo atrás dos olhos. Na sequência, surgem vermelhidão e coceira pelo corpo.

Vírus

Existem quatro sorotipos diferentes do vírus. No Brasil, estão em circulação os sorotipos 1, 2 e 3. Quem já contraiu um sorotipo não se infecta novamente pelo mesmo, mas ainda está suscetível aos outros.

A dengue é mais grave quando uma pessoa que já contraiu anteriormente um sorotipo apresenta a doença pela segunda vez, causada por um sorotipo diferente, o que pode levar à dengue hemorrágica. Neste caso, há possibilidade de manifestações hemorrágicas, como pequenas manchas avermelhadas por todo o corpo, hematomas e queda da pressão arterial, aumentando a gravidade do quadro. Quando isso ocorrer, deve-se, imediatamente, procurar atendimento médico.

O sorotipo 4 do vírus ainda não foi detectado no Brasil, mas está presente em vários países vizinhos, como Venezuela, Peru e Guiana Francesa.

Exames para o diagnóstico da doença

— Hemograma

— Sorologia, para determinar se a pessoa possui anticorpos contra o vírus da dengue

— Tipagem do vírus, que determina o sorotipo pelo método de PCR

Tratamento

O tratamento depende da gravidade da doença, variando desde um simples repouso e administração de analgésicos até a internação para a reposição de líquidos na veia por soro. A pessoa com suspeita de dengue não deve utilizar medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, aspirina etc.), pois as substâncias podem aumentar o risco de hemorragias.

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Manicure e hepatite

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Arivaldo Chaves

Um estudo inédito feito pela Secretaria da Saúde de São Paulo aponta que uma em cada 10 manicures ou pedicuros tem hepatite. De acordo com a pesquisa, essas profissionais não adotam medidas de biossegurança e higiene necessárias para evitar o contágio e sequer sabem dos riscos de saúde relacionados à atividade que exercem. A contaminação acontece por meio dos instrumentos usados pelas profissionais (alicates), que elas dividem com as clientes.

Foram avaliadas cem profissionais — metade trabalhava em shopping centers e a outra em salões de beleza localizados em ruas de bairros da cidade de São Paulo. O trabalho de campo foi feito ao longo dos anos de 2006 e 2007, incluindo coleta de sangue e aplicação de questionário. Dez profissionais deram positivo para hepatite, das quais oito para o vírus do tipo B da doença e outras duas para o tipo C.

A pesquisa verificou também que só 26% das manicures entrevistadas faziam esterilização dos instrumentais com autoclave (desinfecção por meio do vapor a alta pressão e temperatura), método considerado o mais seguro, mas que nenhuma sabia utilizar o equipamento adequadamente. Outras 54% utilizavam estufa, mas a grande maioria não sabia o tempo e a temperatura corretas para esterilizar os materiais. Outros 8% usavam forninho de cozinha, o que é totalmente inadequado, e 2% simplesmente não utilizavam nenhum método de esterilização. Somente 8% faziam a limpeza dos instrumentais antes de esterilizá-los, e mesmo assim de forma inadequada.

Das profissionais entrevistadas, 74% afirmaram que sempre lavam as mãos antes e depois de fazer mão e pé das clientes. No entanto, foi constatado que ninguém adotou esse procedimento enquanto a pesquisadora permaneceu no salão observando o atendimento. Das entrevistadas, 20% disseram que usam luvas no trabalho, mas só 5% foram observadas utilizando a proteção.

Das cem manicures entrevistadas, 72% desconheciam as formas de transmissão de hepatite B, e 85% não sabiam como se pega hepatite C. As formas de prevenção contra o tipo B eram desconhecidas por 93%, e por 95% contra o tipo C. E 45% acreditavam que não transmitiriam nenhuma doença a seus clientes. O estudo apontou, ainda, que 74% das manicures não estão imunizadas contra a hepatite B, embora a vacina esteja disponível para esta categoria profissional, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

— O grande problema é que essas profissionais usam o mesmo instrumental para tirar a própria cutícula. Como em geral não adotam os cuidados de biossegurança, é bem provável que estejam se contaminando com a hepatite e transmitindo o vírus também as suas clientes — afirma Andréia Cristine Deneluz Schunck de Oliveira, enfermeira do Instituto Emílio Ribas, responsável pela pesquisa.

A pesquisadora sugere que as clientes dos salões de beleza procurem observar as condições de higiene e esterilização dos materiais e, se possível, levem seus próprios instrumentais quando forem fazer as unhas dos pés e das mãos.

Evite doenças na manicure

O que um salão deve ter?

— Kits individuais de lixas e palitos

— Germicidas e sabão para a limpeza dos materiais cortantes

— Autoclave (espécie de forno usado para esterilizar as ferramentas cortantes)

— Materiais descartáveis

Dicas para a cliente

— Leve sua própria toalha

— Leve seu próprio alicate

— Leve seu próprio esmalte

— Exija que a manicure use luvas o tempo todo

Para as manicures

— Aprenda esterilizar corretamente os objetos cortantes do salão

Na estufa

— Temperatura de 170ºC por uma hora ou de 160ºC por duas horas

No autoclave

— Varia de acordo com o fabricante. A média é 135ºC por meia hora

— Peça para suas clientes trazerem os materiais que serão usados na sessão

— Vacine-se contra a hepatite B

Sobre a hepatite

— Uma em cada 10 manicures de São Paulo tem hepatite

— Na população total, a relação é de uma para cada cem pessoas

— 85% dos pacientes que têm hepatite C terão a doença para o resto da vida

— 10% dos infectados por hepatite B carregarão a doença para sempre

— Existe vacina para a hepatite B

— A hepatite é uma doença do fígado provocada por um vírus. É assintomática (não tem sintomas: é preciso fazer exame para detectá-la). Em alguns casos, pode evoluir para cirrose ou até câncer de fígado

Fonte: Laboratório de Infectologia do Hospital das Clínicas de São Paulo

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Terapia preventiva com antibióticos salva vidas

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Administrar antibióticos a pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) como medida preventiva pode salvar muitas vidas e supera os riscos de a pessoa desenvolver resistência ao medicamento, concluiu um estudo holandês publicado no New England Journal of Medicine.

Os pesquisadores acompanharam 6 mil pessoas em situação crítica que ficaram em unidades de cuidados intensivos por ao menos dois dias, sob ventilação mecânica, em 13 hospitais holandeses. Voluntários que imediatamente tomaram antibióticos por via oral tiveram probabilidade 11% menor de morrer, e os que receberam uma combinação de medicamentos por vias oral e intravenosa correram 13% menos riscos que pessoas que não receberam essas drogas.

No Brasil, médicos têm opiniões diferentes sobre a descoberta. Para Ederlon Rezende, membro da diretoria da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a pesquisa é uma das mais relevantes já feitas sobre o tema e pode causar grande impacto sobre o modo como é feita a descontaminação dos pacientes que vão para a UTI.

— Estes resultados deverão ser discutidos nos próximos congressos da especialidade a fim de estimularmos esta conduta para a grande maioria dos pacientes.

Já a supervisora da UTI de doenças infecciosas do Hospital das Clínicas de São Paulo, Ho Yeh Li, acredita que, aparentemente, essas conclusões não são válidas no Brasil, onde o perfil das bactérias é diferente do daquelas encontradas no hemisfério Norte.

— Primeiro, temos que melhorar os recursos básicos das UTIs e depois fazer um estudo para ver se é possível aplicar essa medida no Brasil — diz.

Na pesquisa holandesa, o número de infecções por bactérias resistentes a antibióticos não sofreu elevação entre as pessoas que estavam usando os remédios.

— Podemos afirmar que, nos pacientes de maior gravidade, o surgimento de bactérias resistentes não é expressivo e é suplantado pelos benefícios de melhor controle das infecções que surgem na UTI e pela redução do risco de morte — afirma Rezende.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, infecções hospitalares estão entre as principais causas de morte.

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Má higiene bucal associada a doenças cardíacas

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Cientistas descobriram que existe uma  proteína associada à arterosclerose, chamada PCR US, é elevada em pessoas com risco de ter doenças no coração. Mas de onde a inflamação vem?

Uma nova pesquisa feita por cientistas da Itália e do Reino Unido, mostra que gengivas infectadas podem ser um lugar de origem. Uma adequada higiene dental pode reduzir o risco de aterosclerose, derrame e doenças no coração, independentemente de outras medidas, como controle do colesterol.

 Há muito tempo se suspeita de que a aterosclerose é um processo inflamatório e que a doença periodontal tem um importante papel na aterosclerose. O estudo sugere que esse é o caso e indica que algo tão simples como cuidar da saúde dental e da gengiva pode reduzir muito o risco de desenvolver sérias doenças.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas examinaram as artérias carótidas de 35 diferentes pessoas saudáveis, com média de 46 anos, e com moderada doença periodontal antes e depois de receberem tratamento para os dentes. Um ano depois do tratamento, os cientistas observaram uma redução da bactéria oral, da inflamação imune e do aumento dos vasos sanguíneos associados a aterosclerose.

 Pesquisas recentes indicam que processos inflamatórios produzem uma proteína que entra ou favorece a formação dos ateromas, que levam à aterosclerose. E essa inflamação poderá ser das gengivas. Em pacientes portadores de doenças cardíacas, quando sofrem intervenções odontológicas, principalmente problemas periodontais (doença que envolve os tecidos que suportam os dentes), as bactérias poderão entrar na corrente sanguínea e fixar-se em áreas de fragilidade, podendo gerar problemas sérios.

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Óculos de sol precisam de selo de qualidade

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Mauro Vieira

Os óculos de sol comercializados no Brasil não têm nenhum selo de qualidade que ateste que possuem o filtro de proteção contra os raios ultravioletas. Por isso, representantes da Associação Brasileira de Produtos e Equipamentos Ópticos (Abiótica) se reuniram com membros da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) recentemente para discutir a criação e a aplicação de um selo, que seria a garantia do consumidor de que o produto está dentro das normas.

De acordo com Bento Alcoforado, presidente da Abiótica, já existem normas técnicas para os produtos ópticos, mas não há nenhum órgão fiscalizador, por isso, o consumidor não tem a quem recorrer quando quer comprar óculos escuros.

— Os óculos são vendidos de qualquer maneira. Quando você introduz um selo de garantia, o fabricante precisa provar que cumpriu todas as normas, por isso ele será obrigado a se adaptar — disse.

Segundo Alcoforado, a aplicação do selo seria importante porque existem óculos “de marca” que não possuem o filtro e óculos “sem marca” que estão de acordo com as normas. De acordo com ele, só em 2007, a Receita Federal apreendeu 7,7 milhões de óculos de sol e, desse total, somente 80 mil foram considerados adequados para uso por estarem de acordo com as normas da ABNT. Neste ano, foram apreendidas 6,5 milhões de unidades que ainda estão em análise técnica.

— O que nós queremos é que as normas que existem sejam aplicadas de forma compulsória. A gente quer que todo óculos seja fiscalizado antes de chegar ao mercado.

Se a criação do selo for aprovada, a medida deve ser colocada em prática pelos fabricantes gradualmente e, em cinco anos, a exigência passará a ser plena.

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