Hospital deve indicar concorrente se tratamento lá for melhor, sugere médico

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Artigo causa polêmica e divide opiniões nos Estados Unidos.
É fato que mesmo tratamento tem eficácia variada, de local para local.

Há seis anos, uma parente minha descobriu que tinha câncer retal e precisaria de cirurgia, radiação e quimioterapia. Ela mora numa cidade pequena e consultou um cirurgião local no hospital comunitário.

Ele foi agradável e bondoso, e explicou claramente sua condição e a operação que realizaria. Também foi dolorosamente sincero: pelo tamanho do tumor, ele duvidava ser capaz de salvar os músculos do esfíncter responsáveis pelo controle dos intestinos. Ela provavelmente precisaria de uma colostomia, procedimento para desviar as fezes através de um corte no abdômen, e teria de usar uma bolsa de colostomia para o resto de sua vida.

Minha parente pensou em tudo. Ser tratada perto de casa pareceu tão fácil e conveniente, e ela estremeceu diante da idéia de procurar médicos enquanto se sentia doente, vulnerável e ansiosa. Era tentador pensar em receber tratamento de primeira linha em qualquer lugar que escolhesse.

Porém, ela também reconheceu que aquele era um hospital pequeno, e aquele era um cirurgião mais habituado a tratar hérnias e retirar vesículas do que a operar pacientes com câncer. Ela decidiu optar por um médico acostumado a operar pacientes como ela o tempo todo, e pensou que a viagem de duas horas até o centro de câncer valeria o esforço.

E assim foi: ela encontrou um cirurgião especializado em câncer retal e hoje goza de boa saúde, sem necessidade da bolsa. Ela podia ter se saído igualmente bem com o cirurgião local, mas nós duas duvidamos disso.

Um artigo publicado em outubro no periódico “PLoS Medicine” me atingiu em cheio. Apontando que a qualidade do tratamento de câncer é desigual, seus autores argumentam que, como parte do processo de consentimento informado, os médicos têm uma obrigação ética de dizer aos pacientes se eles têm maiores chances de sobreviver, ser curados, viver mais ou evitar complicações indo ao hospital A ou ao hospital B. E essa obrigação é mantida mesmo se o médico trabalhar no hospital B e, ao revelar a verdade, o paciente prefira levar seu negócio a outro local.

“É, no mínimo, justo”, sustentou Leonidas G. Koniaris, autor do artigo e cirurgião de câncer da Miller School of Medicine da Universidade de Miami.

Quantidade é qualidade

Estudos confirmaram o senso comum de que a prática faz a perfeição, e a profissão médica sabe há pelo menos 30 anos que a recuperação de uma pessoa após uma cirurgia depende muitas vezes de onde ela foi realizada. Para uma dada operação, os resultados são geralmente melhores em hospitais de “alto volume”, onde ela é realizada com maior frequência. A diferença entre centros de alto ou baixo volume não é apenas a habilidade do cirurgião, mas também o nível de conhecimento em outras áreas cruciais no pós-operatório, como enfermagem, tratamento intensivo, terapia e reabilitação respiratória, disse Koniaris. Os mesmos princípios se aplicam ao tratamento do câncer.

No entanto, os pacientes muitas vezes não ficam sabendo, durante o processo de consentimento informado, que os resultados do tratamento de câncer podem variar entre hospitais, de acordo com Koniaris e a co-autora, Nadine Housri, estudante de medicina.

“Isso está começando a acontecer, mas ainda não se transformou num diálogo de verdade”, disse Koniaris.

A prova mais forte de que o volume faz a diferença vem de estudos sobre cirurgias para câncer no pâncreas e no esôfago, mas Koniaris afirmou que a experiência do cirurgião e de toda a equipe médica é importante em qualquer grande cirurgia de câncer.

Ele não se surpreendeu ao ouvir sobre minha parente. Ele é autor de um estudo publicado em 2007 que descobriu o seguinte: pessoas com câncer retal vivem por mais tempo e têm mais chances de salvar o esfíncter com operações feitas em hospitais universitários do que nos comunitários – embora os hospitais universitários tenham maiores chances de aceitar casos difíceis relacionados a grandes tumores. Outro estudo do qual ele participou sugere que mulheres com câncer de mama avançado recebem tratamento mais abrangente, e sobrevivem de alguma forma por mais tempo, quando tratadas em hospitais universitários.

Alguns especialistas médicos defendem a regionalização de tratamentos complicados, como cirurgia para câncer ou problemas do coração – isto é, feitos estritamente em centros especializados de alto volume, e não em centros que não realizam as operações com a frequência suficiente para se tornar realmente bons nelas. Porém, Koniaris e Housri sugerem ainda outra opção.

O cliente sempre tem razão
“Nós acreditamos que essa talvez deva ser uma decisão do paciente”, disse Koniaris.

Estudos descobriram que algumas pessoas ainda preferem ser tratadas perto de casa, mesmo se ali os riscos forem maiores. Talvez elas não devessem ser forçadas a viajar, especialmente se a diferença não for tão grande assim, disse Koniaris.

Questionado se ele pratica o que prega, Koniaris afirmou que sim, que como cirurgião ele algumas vezes envia pacientes a outros médicos, especialmente para câncer de pâncreas e tumores no fígado.

Seu artigo apontou que, em alguns casos nos Estados Unidos e Austrália, tribunais definiram que médicos que haviam operado pessoas com resultados insatisfatórios deveriam ter informado os pacientes de que havia cirurgiões com mais experiência disponíveis.

A publicação “PLoS Medicine” enquadrou artigo de Koniaris e Housri como uma discussão, com dois outros pesquisadores assumindo visões diferentes. Robert J. Weil, neurocirurgião da Clínica Cleveland, argumentou que, embora pareça ser uma boa idéia informar aos pacientes sobre as diferenças de resultados entre hospitais, há “uma variedade de obstáculos”.

Quais hospitais seriam escolhidos para comparação? E, à medida que a medicina avança e se altera, Weil perguntou, “é possível comparar hospitais ou até mesmo períodos de tempo recentes, especialmente quando confrontados com cursos de doenças que podem se estender por muitos anos?” Ele também sugeriu que, se os hospitais fossem forçados a fornecer informações comparativas a pacientes, isso poderia levar alguns a evitar casos difíceis, para fazer seus números parecerem melhores. Ele apontou ainda que os pacientes podem não ter a menor idéia sobre o que fazer com a informação, pois a maioria das pessoas tem dificuldades em avaliar ou entender que as estatísticas se aplicam a uma população, mas não preveem o destino de um indivíduo.

David I. Shalowitz, um bioético, afirmou que esperar que cirurgiões e hospitais revelem informações sobre outros médicos e centros médicos criaria um insustentável conflito de interesses para eles – e isso deve ser evitado.

A questão sobre qual seria a obrigação do médico continua sem solução. As pessoas podem solicitar a eles informação comparativa, mas muitos pacientes temem ofendê-los. Julgar somente pelo volume pode ter suas armadilhas, pois pode haver hospitais realizando muitas operações ruins, e alguns realizando poucas cirurgias, porém com muita qualidade.

Algumas pessoas tentarão classificar qualquer informação obtida ou, como fez minha parente, simplesmente calcular que a probabilidade está a favor se elas puderem encontrar um médico ou cirurgião acostumado a cuidar de muitas pessoas em estado bem parecido ao delas. Por enquanto, muitos pacientes diante de duras decisões como essa estão praticamente sozinhos.

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Gravidez e sexo combinam?

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 A dúvida é comum entre gestantes. Mas a resposta é sim, combinam, e especialistas explicam como a atividade sexual pode ser benéfica para o casal também durante essa fase.

Quando o resultado do teste é positivo, já começam a pipocar questões na cabeça da futura mamãe. São dúvidas sobre cuidados com a criança, com o corpo, amamentação… e o assunto sexo também não foge a esse padrão. Posso manter relações sexuais? Com qual freqüência? Há proibições? Há riscos para o bebê? “Ter essas incertezas é muito mais comum do que se imagina. No consultório, alguns casais comentam a dificuldade de se relacionar sexualmente não só por questões físicas, mas também por questões morais”, afirma a psicóloga Tania Granato, doutora em Psicologia Clínica e coordenadora do grupo Ser e Criar, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).

Mas para a primeira de todas as dúvidas – se é permitido ou não fazer sexo durante a gestação –, os especialistas são unânimes: a vida sexual pode e deve ser mantida pela gestante. “A relação sexual em uma gravidez saudável não tem nenhuma contra-indicação, muito pelo contrário. É muito importante para a grávida manter a proximidade afetiva e sexual com seu parceiro”, destaca Tania. Em outras palavras, o sexo contribui, e muito, para o equilíbrio da auto-estima da mulher. “Com a transformação do corpo, a grávida muitas vezes coloca em dúvida o quanto ainda é atraente para o parceiro. Por isso, é fundamental que ela se sinta desejada, bonita e amada”, diz a psicóloga.

E o melhor de tudo é que o bebê só terá benefícios com o bom envolvimento sexual do casal durante a gravidez. “A atividade sexual faz parte da vida da grávida e não causa dano nenhum ao bebê. Se a mãe estiver bem e relaxada, ficará mais tranqüila, feliz, e isso vai acabar refletindo num melhor desenvolvimento da gestação”, explica o ginecologista e obstetra David Pares, assessor médico do Serviço de Medicina Fetal do Fleury.
Com as mudanças no corpo, muitas mulheres costumam sentir até mais desejo sexual durante a gestação. Esse aumento da libido tem uma explicação fisiológica. Segundo Pares, isso acontece pela alteração hormonal que provoca aumento dos derivados androgênicos, e também há uma lubrificação maior da mulher nessa fase. “Tem casais que relatam experiências muito prazerosas, contando que ficou tudo melhor e mais intenso durante a gravidez”, declara Tania.

ALGUNS CUIDADOS
Para que o sexo seja benéfico durante a gravidez, o obstetra David Pares faz algumas recomendações. As relações sexuais, segundo ele, podem acontecer até a 36a semana. “Depois disso, o colo do útero fica mais baixo, mais afilado, mais sensível e responde a qualquer contato com contração uterina”, ensina. E isso pode, em alguns casos, desencadear um trabalho de parto. No começo da gravidez, especialmente durante as primeiras 12 semanas, é preciso ficar atento. “No início da gestação, o colo do útero também fica mais sensível e algumas posições sexuais podem provocar contrações e sangramento. Se isso ocorrer, o casal deve interromper as atividades sexuais e consultar um médico”, complementa.
Fora essas pequenas ressalvas, o sexo pode ser benéfico durante toda a gestação, até mesmo nos últimos meses, quando as posições sexuais necessitam ser alteradas. “Mesmo no começo da gestação, a posição sexual menos indicada é a mulher sobre o homem. Já no final da gestação, a posição clássica (homem sobre a mulher) também deve ser evitada”, recomenda.

GRÁVIDOS
A vantagem das novas gerações de casais, de acordo com a psicóloga Tania Granato, é que hoje a maioria dos homens é muito mais participativa, faz questão de estar o máximo de tempo possível ao lado da mulher grávida e quer manter uma vida sexual saudável com ela. “Muitos acompanham as consultas ao médico, participam do curso de gestante, curtindo cada minuto do desenvolvimento do bebê”, destaca Tânia.
Na avaliação da psicóloga, essa mudança é muito positiva e importante para as mulheres. Aquelas que se sentem amadas e completas durante a gestação conseguem desfrutar mais a relação com seu próprio corpo e também com o parceiro.

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O medo da Fome

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          Uma breve história do mundo – um Best-seller do aclamado historiador americano Geoffrey Blainey, ora publicado, em um de seus capítulos aborda a relação do homem com a terra e a colheita. Ele faz uma viagem no tempo que serve de reflexão para desvendar ou interpretar os fatos para uma crise que se aproxima. A crise do alimentos e que é bem atual.  

          Na Europa e na Ásia, uma família típica vivia praticamente à base de pão. Fosse em 1500 ou 1800, na França ou na China, a maioria das famílias não possuía terras ou dispunha de propriedades muito pequenas que mal garantiam sua alimentação, mesmos nos anos de fartura.    

         Revirar os lugares à procura de comida e procurar forragem era quase uma forma de vida. Um camponês que possuísse uma vaca e um pedaço de terra devia mandar que seus filhos, todos os dias do verão, cortassem capim à beira da estrada. Parte desse capim era, então, preservado como feno para alimentar o animal durante o inverno. Nas florestas, procuravam-se cogumelos e frutas silvestres, e recolhiam-se ovos das aves. Em muitas partes da China, a população de aves diminuiu devido à intensidade do uso da terra, à ânsia dos caçadores de aves e à coleta de ovos. A vida cotidiana, em todas as partes do mundo, concentrava-se na produção de alimentos.  

         Os grãos dominavam a mesa de refeição numa proporção que hoje seria inimaginável em países prósperos. Uma grande parte de grãos era comida na forma de pão, mas alguns o consumiam também na forma de mingau e sopa. O mingau de aveia, servido bem quente, era devorado com voracidade durante o inverno. Em épocas de carestia, adicionava-se água em abundância a um pouco de farinha com o intuito de dar alívio temporário à sensação de fome.  

         Em muitas terras européias, os grãos, principalmente a cevada, eram também usados para produção de cerveja. Na Inglaterra, a cerveja caseira, tomada em quase todas as refeições, era praticamente tão essencial quanto o pão na dieta diária. As crianças tomavam-na todos os dias. O chá, bastante consumido na China, era uma bebida reservada aos mais abastados da Europa. O café também era um luxo em toda parte, à exceção das terras em que era produzido, como a Árabia e Brasil. Assim como o petróleo nos dias de hoje, o preço do pão era geralmente o barômetro da estabilidade social. Um aumento em seu preço denotava a probabilidade de revoltas. Só para não esquecermos o barril de petróleo hoje é 60 dólares, antes da crise chegou a 145 dolares e um quilo de pão já ultrapassa a cinco reais. A crise é dual como dizem os americanos.    

        A França do século 18, que nos anos de fartura praticamente transbordava com os mais finos alimentos, sofreu um período de fome nacional que terminou em revolução. Se os franceses de hoje, são conhecidos por suas boas maneiras e bons bebedores de vinho, fizeram uma revolução. O que seria o mundo sem alimentos?  

       Voltando a nossa história, ainda no século 18, só uma boa colheita não era o suficiente. Ela corria sério risco quando os celeiros de grãos eram invadidos por ratos. Os gatos eram mantidos dentro das casas, nos celeiros de grãos e estábulos mais por serem caçadores de ratos, do que animais de estimação. A colheita interferia até nas relações conjugais ou na formação das  futuras famílias. Se a colheita fosse farta, seu casamento, há muito planejado, tinha grande chance de se realizar; se fosse insuficiente, o casamento seria adiado. Os casamentos tardios eram a principal razão de as mulheres darem à luz somente 4 ou 5 filhos.     

      A aveia, outro grão muito difundido, era dado aos cavalos, que puxavam grandes carroças, em época de paz, e armas pesadas, em épocas de guerra. Na era do cavalo, a aveia era também a comida dos pobres.    

      O debate atual conta toda esta história. O nosso presidente Lula, vive  todos os dias a responder às autoridades da Comunidade Européia e a ONU, que a produção do álcool não vai inviabilizar a produção de alimentos.  

     A cana de açúcar ou milho?  Essa é a moeda de troca do país da Carmem Miranda, diferente da moeda da terra do Tio Sam. A briga é do cowboy contra o cangaceiro? do mocinho ou do bandido?  

      Toda essa polêmica, seria o retornar de uma película antiga, que rendeu recordes de bilheteria – “ De volta para o futuro”.                        

                                        [email protected]     

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Adolescente e o cigarro

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Pesquisa canadense mostra como vício do cigarro se instala entre adolescentes

Estudo mostra que, meses depois das primeiras tragadas, já é difícil parar de fumar.
Meninas têm mais facilidade de deixar dependência de lado do que os meninos.

Parar de fumar é um bocado difícil, e a descoberta dessa dificuldade pode ser tão precoce quanto o início do vício. Adolescentes fumantes tentam parar de fumar e não conseguem. Muitas vezes as tentativas de largar o cigarro começam poucos meses após a primeira tragada.

A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Montreal (Canadá) e da Sociedade Canadense do Câncer. O resultado da pesquisa está publicado no site da revista “American Jorunal of Public Health”.

Durante cinco anos, um grupo de 319 adolescentes respondeu questionários a cada três meses. Os relatórios mostraram como os jovens se relacionam com o tabaco. Mais de 70% dos adolescentes declararam que gostariam parar de fumar, mas somente 19% deles conseguiram ficar mais de um ano longe do cigarro durante os cinco anos do estudo.

 Progressão

Um dado interessante foi a descoberta de como um adolescente progride dentro do vício. A idade da iniciação fica entre os 12 e 13 anos. Depois da primeira tragada, em média se passam nove meses até que o jovem precise fumar todos os meses. Mais um ano e meio e o cigarro passa a ser semanal na vida desse adolescente. Finalmente, em menos de dois anos, a dependência se torna completa e eles sentem a necessidade de fumar todos os dias.

Se avaliarmos os dois sexos em separado, as meninas são mais pragmáticas. Tentam parar mais vezes e conseguem um índice de sucesso maior do que o meninos. Esses resultados mostram que a legislação que controla o acesso dos jovens ao cigarro deve ser cada vez mais implementada. Além disso, novas estratégias para facilitar o fim do hábito se mostram necessárias.

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Amor pode durar mais de 20 anos, diz estudo

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Pesquisa mostra que 10% de casais sentem o mesmo que pares em início de romance.

Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que alguns casais conseguem se manter apaixonados mesmo depois décadas de união.

Com a ajuda de exames de tomografia, cientistas da Universidade de Stony Brooks, em Nova York, analisaram a atividade cerebral de casais que estão juntos há mais de 20 anos.

Eles descobriram que 10% deles, ao verem fotos de seus parceiros, mostraram as mesmas reações químicas que casais em início de romance.

Pesquisas anteriores sugeriam que a paixão e o desejo sexual de um casal começam a diminuir por volta dos 15 meses de relacionamento e chegam a desaparecer depois de dez anos.

  ‘Cisnes’

“Nossos resultados vão contra essa visão tradicional, mas temos certeza de que o que conseguimos observar é real”, disse o psicólogo Arthur Aron, um dos autores do estudo.

Segundo os pesquisadores, quando os casais de longa data viam fotos de seus parceiros, seus cérebros indicavam um fluxo maior de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer.

Para os cientistas, a descoberta indica que alguns elementos da paixão amadurecem, permitindo que casais de longa data desfrutem do que chamam de “companheirismo intenso e vivacidade sexual”.

Os pesquisadores disseram que esses casais têm o mesmo “mapa amoroso” cerebral que animais que mantêm os mesmos parceiros por toda a vida, como os cisnes, os arganazes e as raposas cinzentas.

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Sexo, remédios e…

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…felicidade. Para o médico americano, não há
nada de errado em um homem recorrer à química
para melhorar o desempenho na cama. É bom até
para elas. Basta ter critério

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John P. Mulhall é um dos mais proeminentes urologistas dos Estados Unidos. Além de dirigir o departamento dessa especialidade no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, ele é professor da Weill Medical College of Cornell University, onde coordena o laboratório de pesquisas em medicina sexual. Nessa instituição, Mulhall dedica-se, juntamente com sua equipe, à realização de estudos clínicos para o desenvolvimento de tratamentos de disfunções como impotência e ejaculação precoce. Editor da revista Journal of Urology, seu nome é um dos mais citados nas publicações científicas sobre o tema. Mais de uma centena de artigos é de sua autoria.  “É uma pena que, apesar de todos os avanços obtidos, ainda haja muitos médicos e pacientes relutantes em tocar em assuntos relacionados à cama”, diz Mulhall.

 – É possível ser completamente saudável e feliz sem uma vida sexual regular e satisfatória?
Mulhall – Não. Uma vida sexual prazerosa, em termos quantitativos e qualitativos, traz uma série de benefícios à saúde mental, cardiovascular e até imunológica. Vive-se mais e com mais alegria. As disfunções sexuais, por sua vez, contribuem para o surgimento de uma série de problemas físicos e psicológicos. Muitos casos de depressão e de dificuldades de relacionamento têm origem nelas. A disfunção erétil, por exemplo, pode ser o prenúncio de doenças como diabetes, esclerose múltipla, Parkinson e doença coronária, entre outras. A qualidade da vida sexual é um termômetro de bem-estar. Tanto que se tornou uma das medidas da qualidade de vida de uma pessoa, segundo a Organização Mundial de Saúde.

 – As pessoas mais velhas têm, hoje, uma vida sexual mais ativa?
Mulhall – Não gostamos de pensar em nossos pais ou nossos avós fazendo sexo, mas eles estão. Nos Estados Unidos, temos os chamados baby boomers, a geração pós-guerra que freqüentou a universidade nos anos 60. Esses homens e mulheres eram extremamente ativos do ponto de vista sexual na juventude e, de certa forma, continuam assim na velhice. Estima-se que cerca de 70% dos homens na faixa dos 70 anos pratiquem sexo e que 40% deles o façam pelo menos uma vez por semana. Os números estão num estudo publicado recentemente na revista The New England Journal of Medicine. Se esses homens tomam remédios para ter um melhor desempenho físico ao subir escadas, por que não lhes dar um medicamento capaz de proporcionar-lhes a melhor ereção possível? A principal reclamação deles é em relação à rigidez do pênis. Sem dúvida, os remédios antiimpotência os têm ajudado bastante a melhorar esse ponto.

 

 – Como está, em geral, o nível de satisfação de homens e mulheres com o sexo?
Mulhall – Baixo. Uma pesquisa da qual participei mostrou que boa parte das pessoas não está satisfeita com sua vida sexual. Para ser mais exato, um terço dos homens e um quarto das mulheres afirmaram fazer menos sexo do que gostariam. Esse dado se confirmou em um estudo mundial intitulado Global Better Sex Study, apresentado no Congresso Europeu de Urologia, no ano passado. Foram recolhidas informações de 12 500 pessoas, das quais a metade tinha mais de 40 anos. Além de muita gente reclamar de pouco sexo, no quesito rigidez da ereção apenas 38% dos homens disseram estar completamente satisfeitos com o seu desempenho e somente 36% das mulheres expressaram contentamento com a performance de seus parceiros.

 

 – Como o senhor interpreta esses resultados?
Mulhall – Não acho que os homens maduros queiram voltar a ter 18 anos. Mas, para eles, a qualidade da ereção imediatamente anterior é vital. Se, no último encontro amoroso, seu desempenho não foi assim tão bom, voltar à cama com uma mulher tende a transformar-se em fonte de preocupação – e, não raro, isso se traduz em frustração para ambos os lados. Um dos principais motivos que levam os homens a usar Viagra refere-se à qualidade da ereção, e não à falta dela. Com a idade, eles ainda fazem sexo, mas não com o mesmo entusiasmo de antes. Ou seja, a ereção dura menos e é menos rígida. Embora não haja nenhuma disfunção nisso, é claro que o fato está longe de ser motivo de comemoração. Por esse motivo, acho absolutamente legítimo recorrer a um remédio antiimpotência.

 

 – O senhor acha certo os jovens recorrerem a tais medicamentos somente para melhorar um desempenho que já é bom o suficiente?
Mulhall – Há vários homens na faixa dos 35 anos, completamente saudáveis, que usam remédios no início de um relacionamento, para mostrar às parceiras que são bons amantes. Se isso os torna mais confiantes, nenhum problema. A questão é não criar dependência psicológica. O ideal é que, afastada a insegurança inicial, se abandone o remédio.

 

 – Os homens estão mais preocupados em satisfazer as mulheres na cama?
Mulhall – Não, continuam mais preocupados com eles próprios. Veja, sou apenas um médico e não posso aqui fazer considerações de ordem psicológica. Mas, baseado em minha experiência clínica, noto que esse tipo de comportamento está mais associado à auto-estima masculina do que a relacionamentos menos afetivos. Inclusive porque, hoje, há muitos homens de 65 anos se casando com mulheres de 35 anos ou menos. O que eles querem antes de mais nada? Que a parceira perceba que, apesar da idade, o fogo não se extinguiu. Isso não quer dizer necessariamente que eles não se importam com a sua companheira. Até porque a preocupação com o próprio desempenho, na maioria das vezes, os torna mais aptos a dar mais prazer à mulher.

 

 – A ejaculação precoce ainda é o principal fantasma masculino?
Mulhall – Essa é a disfunção sexual mais comum entre homens de todas as idades – e, até o momento, as opções terapêuticas contra o problema são limitadas. Atualmente, os antidepressivos são o que há de mais efetivo para combater a ejaculação precoce. Mas, como se trata de uma medicação que deve ser tomada todos os dias, o índice de desistência do tratamento é alto. Além disso, mais da metade dos pacientes que apresentam esse distúrbio se recusa a tomar antidepressivos por causa do estigma associado a eles.

 

 – Não há nada de novo no horizonte?
Mulhall – Está em estudo uma substância chamada dapoxetina. Tecnicamente, trata-se de um inibidor do transporte de serotonina. Em vez de atuar nos receptores de serotonina no cérebro, como fazem os antidepressivos mais modernos, a dapoxetina atua num estágio anterior a esse processo, inibindo a proteína responsável pelo transporte do neurotransmissor. Se aprovado, o medicamento poderá ser tomado de uma a três horas antes do sexo – e sem o estigma de ser um antidepressivo.

 – Afinal de contas, a ejaculação precoce é um distúrbio de ordem fisiológica ou psicológica?
Mulhall – De acordo com as estimativas da Associação Americana de Urologia, de 20% a 34% dos homens de todas as idades sofrem de ejaculação precoce. É preciso, no entanto, separá-los em dois grupos. Há aqueles que sempre foram ejaculadores prematuros – dois terços – e os que adquiriram o distúrbio – o terço restante. Sabe-se que, no primeiro caso, há uma disfunção neurobiológica por trás da ejaculação precoce. Assim como na depressão, ocorre uma falha na comunicação dos neurotransmissores dopamina e serotonina. Entre os homens que adquiriram o distúrbio, a causa mais comum é a disfunção erétil. Dois terços dos que apresentam disfunção erétil vão desenvolver ejaculação precoce. Mas, ao contrário dos outros, esses são inteiramente curáveis. Uma vez tratada a disfunção erétil, o problema de ejaculação precoce desaparece.

 – De acordo com um estudo recente publicado no Journal of Sexual Medicine, os precoces levam 1,8 minuto ou menos para ejacular. A média entre os normais gira em torno de sete minutos. É correto estipular um tempo-padrão para a ejaculação?
Mulhall – Na verdade, esses números vieram de uma pesquisa feita por um grande laboratório que se baseou unicamente no que relatavam seus entrevistados. Era uma auto-avaliação, e não uma medição do tempo de fato. Aliás, essa auto-avaliação varia de país para país. Os alemães são os que afirmam ejacular em menos tempo e os sul-americanos, em mais tempo. Homens de certos países da América do Sul dizem levar até treze minutos. O dado interessante é que as respostas nunca batem com as das parceiras. Em qualquer latitude, eles tendem a superestimar o tempo entre o início da relação e a ejaculação.

 

 – A psicóloga americana Leonore Tiefer é uma crítica de longa data da medicalização da sexualidade. Para ela, a dor durante o ato sexual é a única disfunção que realmente existe. O que o senhor acha dessa opinião?
Mulhall – Acho Leonore muito inteligente. Mas ela tem uma relação demasiadamente atritada com a indústria farmacêutica. Leonore defende a tese de que as disfunções sexuais, em especial as femininas, são uma invenção dos fabricantes para vender remédios. A realidade, no entanto, é que não mais do que 20% das mulheres com problemas sexuais são candidatas a medicação. As outras 80% deveriam ser encaminhadas para algum tipo de terapia psicológica ou aconselhamento de casais.

 

 – Isso significa que as mulheres têm menos disfunções sexuais?
Mulhall – Depende de como se encara a questão. Há mulheres que, por exemplo, não têm boa lubrificação vaginal. Trata-se de uma disfunção ou de um fato biológico natural para uma mulher madura? Eu diria que, se o problema é motivo de estresse, então se transforma numa disfunção. Se não importa tanto, não é uma disfunção. Mas, no que se refere aos homens, a falta de ereção é determinante. Não há como não se incomodar com essa questão – e dificilmente dá para resolvê-la por meio de análise. Portanto, não é possível afirmar, como faz Leonore, que o arsenal medicamentoso criado para eles é apenas lixo comercial. O erro dela é se deixar cegar pela aversão que nutre pela indústria farmacêutica.

 

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Israel x Palestina

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 Todo ano vemos nos jornais sobre atentados de homem-bomba no interior de Israel ou sobre bombardeios e ataques do exército israelense dentro da Palestina. Os israelenses dizem que retaliam os ataques vindos da Faixa de Gaza ou que simplesmente se defendem. Os palestinos gritam aos quatro ventos que lutam uma guerra santa contra o aliado do grande demônio americano. Quem está certo nessa situação toda? Os dois. Quem está errado? Os dois. Como? Explico.Até a década de 1940, os palestinos vivam em Israel sob o domínio do império britânico. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, eles finalmente acharam que teriam a chamada Terra Santa só para eles, finalmente um lar. Mas então, os judeus reuniram-se com líderes mundiais e disseram que queriam comprar um país só para eles, para evitar novamente uma perseguição no estilo inquisição. Foram oferecidos alguns pedaços de terra, entre eles Israel. Obviamente, se podiam escolher, acabaram ficando com a Terra Santa, que também era santa para eles.

Daí imagine a situação. Um povo que sempre sofreu a situação de ‘escravidão’ psicológica se vê sob o domínio de um povo que sofreu as piores barbáries desde sempre, indo da Santa Inquisição até o Holocausto nazista. Nos primeiros anos, ambos viveram em paz. Os israelenses cederam um pedaço de terra considerável aos palestinos e permitiram que os mesmos morassem nas mesmas cidades que eles, como vizinhos. 

Agora é isso que todos nós estamos assistindo !!!

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Cigarro eletrônico

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Já ouviu falar dos cigarros eletrônicos? Um novo método para ajudar fumantes a pararem com o vício? O objeto consiste num tubo de metal com uma câmara que contém nicotina líquida em um cartucho recarregável. A novidade é a seguinte: eles aspiram a nicotina, mas não acendem o cigarro. Com isso, é possível contornar a lei que proíbe o fumo em lugares fechados, explicou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O órgão afirmou ainda que não há evidências de que o método seja eficaz e seguro para os fumantes. Os cigarros eletrônicos foram criados na China e sua maior fonte de comercialização é, atualmente, a internet, em países como Brasil, Reino Unido, Canadá e Israel.  Ainda que este método esteja se valorizando, a OMS afirma que precisa de aprovação regulatória. 

“A OMS não conhece evidência científica de nenhum tipo que confirme que o cigarro eletrônico é um dispositivo seguro e efetivo para o fim do tabagismo. Não foram realizadas provas de toxicologia e ensaios clínicos sobre este produto”, declarou Douglas Bettcher, atual diretor da Iniciativa Livre do Tabaco da OMS.

Para a instituição, o cigarro eletrônico ainda precisa provar que é uma terapia legítima, como os chicletes, por exemplo. A OMS reiterou que os fabricantes do produto deveriam estimular os testes rigorosos para comprovar a qualidade do método. Além disso, o órgão informou também estar preocupado com o fato de alguns fabricantes usarem o nome e o logotipo do órgão nas embalagens e propagandas do cigarro eletrônico. As empresas focavam exatamente no respaldo que o produto tem em relação à lei que proíbe o fumo em lugares fechados.

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Resistência. A história de uma mulher que desafiou Hitler

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Nessa mudança de ano, aproveitei para voltar as minhas origens e rever alguns amigos e familiares. Fui a cidade Codó, onde eu e um colega de infância (Deputado César Pires), por algumas horas ficamos a relembrar a antiga Codó. Nos intervalos de comemorações de festas de final de ano, aproveitei e iniciei uma nova leitura – Resistência. A história de uma mulher que desafiou Hitler.

Leitura recomendável para o início de ano !!!

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Cardiologia em destaque

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 Um estudo realizado em 52 países com mais de 27.000 indivíduos, mostra provavelmente a estimative do risco de infarto seja superior atravéz da dosagem sangüinea das apolipoproteínas B/A1 do que propriamente medindo o cholesterol.

> Um estudo americano com seguimento de 18 anos encontrou que o risco de mortalidade é três vezes maior quando as alterações respiratórias do sono não são tratadas. A apnéia do sono é por muitas vezes não diagnosticada e está ligada a doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais e outras morbidades. Quanto mais severo este estudo quando avaliado pela polisonografia maior o risco de mortalidade geral ou cardíaca. Talvez o CPAP seja uma solução.

> O American College of Cardiology e o American Heart Association divulgaram que não é mais mandatório o uso de antibióticos antes de procedimentos odontológicos, geniturinários ou gastrointestinais como prevenção de endocardite infecciosa (inflamação em uma válvula cardíaca) a não ser para aqueles que tenham válvulas cardíacas artificiais, defeitos cardíacos congênitos ou que já tenha endocardite prévia. Mais importante é a manutenção de ótima higiene e saúde da boca.

> Dados provenientes da Escócia mostram que após a proibição de tabagismo em qualquer lugar fechado teve como conseqüência a diminuição do número de admissões hospitalares por síndromes coronarianas agudas (infarto). Este benefício foi verificado tanto para fumantes, ex-fumantes e mesmo para aqueles que jamais haviam fumado.

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