Joanete:como previnir

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O joanete, tecnicamente chamado de hálux valgo, consiste em uma deformidade do osso, ou das estruturas que o recobrem, localizada na articulação metatarsofalangiana, da base do primeiro dedo (vulgarmente conhecido como dedão) do pé. Nessa condição, ele se inclina na direção do segundo dedo, a ponto de cobri-lo ou de entrar embaixo dele, e o osso local, o metatarso, desloca-se para o lado oposto, determinando uma dolorosa e esteticamente comprometedora saliência na borda interna do pé, semelhante a um grande calo. Em vista da dor e do desconforto que provoca, a condição pode necessitar tratamento, sem o que a deformidade pode ficar mais importante, agravando o sintoma doloroso. Estima-se que quatro em cada cinco pessoas apresentem, em algum momento da vida, problemas que envolvem a saúde dos pés, dentre os quais o joanete é um dos mais prevalentes. O transtorno afeta um terço da população urbana – usuária de calçados fechados –, atingindo mais as mulheres que os homens, na proporção de oito para um.

A condição começa com um pequeno inchaço, podendo provocar inicialmente apenas incômodo, dado o atrito da região acometida com os calçados. À medida em que a deformidade se acentua, o inchaço na base do dedo aumenta, trazendo consigo dores e pontadas, que se tornam mais intensas com o uso de sapatos apertados. Aliás, muitas vezes os calçados do portador do joanete ficam também deformados, uma vez que se amoldam ao pé doente.

Embora esteja associado ao uso de sapatos apertados, o joanete é considerado uma condição com predisposição hereditária, uma vez que a estrutura óssea de cada pessoa deriva da de seus progenitores. Portanto, a presença de familiares portadores dessa deformidade constitui, sozinha, um fator de risco importante para seu desenvolvimento. É claro que a combinação da história familiar com o uso de calçados desconfortáveis torna a possibilidade do surgimento desse distúrbio bem mais provável, especialmente os de bico fino, que apertam os dedos uns contra os outros, e os saltos altos, que levam quase todo o apoio do peso do corpo para a parte da frente do pé, intensificando a compressão dos dedos – aliás, isso ajuda a explicar o motivo da predominância do joanete nas mulheres. Existem também alguns problemas de saúde que estão relacionados com o surgimento dessa deformidade, como a artrite reumatóide.

O diagnóstico do joanete é basicamente clínico e, portanto, feito com base nos sintomas e no exame físico do pé afetado, por meio do qual o ortopedista consegue verificar as estruturas alteradas, até porque geralmente a deformidade é visível. Quase sempre, porém, o médico solicita radiografias da região para verificar a extensão do problema e planejar o tratamento. Os raios X precisam ser feitos com a pessoa em pé, pois o peso do corpo acentua as deformidades e pode revelar detalhes não captados na avaliação clínica.

O médico vai estabelecer o tratamento conforme a gravidade do quadro, a intensidade dos sintomas, a presença de outras queixas e o perfil da pessoa, incluindo sua idade, seu estado geral de saúde e sua própria expectativa. Assim, de acordo com esses fatores, a abordagem pode ser efetuada apenas com medidas conservadoras, que aliviam a dor e previnem a progressão da alteração, ou, então, com correção cirúrgica. A terapia conservadora implica a mudança de calçados, o uso de acessórios ortopédicos especiais, como palmilhas para evitar a pressão sobre a área deformada, espaçadores de dedos e mesmo o emprego de antiinflamatórios, quando necessário. A cirurgia costuma ser feita mais por motivos clínicos que estéticos e tem o objetivo de remover a deformidade, realinhar ou reconstruir a articulação e restaurar seu funcionamento, o que resulta na eliminação dos sintomas. Atualmente, há mais de cem técnicas cirúrgicas diferentes para tratar o joanete, a maioria passível de ser efetuada em ambiente ambulatorial.

Para prevenir o joanete, independentemente de haver história familiar, é importante usar calçados confortáveis, que distribuam o peso do corpo de forma equilibrada nos pés. Quem usa sapatos de bico fino e de salto alto por gosto ou por necessidade deve, pelo menos, alterná-los com sapatos baixos e de bico largo algumas vezes durante a semana. Além disso, na medida do possível, os saltos não devem ultrapassar três centímetros para não sobrecarregar a parte dianteira dos pés. É importante deixar claro que pés saudáveis não doem. Por isso, eventuais dores e pontadas precisam ser valorizadas. Muitas vezes, a progressão de uma deformidade, identificada no início, pode ser contida com o uso de acessórios ortopédicos e, principalmente, com orientações adequadas.

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Instituto do Coração testa nova cirurgia cardíaca

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Cerca de 20 pacientes do InCor (Instituto do Coração) já receberam um novo tipo de enxerto para a cirurgia de revascularização do miocárdio. O procedimento é popularmente conhecido como ponte de safena, pois, quando começou a ser feito, nos anos 60, usava a veia safena, localizada na perna.

O problema é que essa veia sofre uma deterioração com o tempo. Agora, pesquisadores da instituição avaliam se a utilização de uma artéria, também localizada na perna, pode trazer resultados melhores do que os obtidos com a safena.

A cirurgia de revascularização do miocárdio trata a obstrução das artérias coronárias e consiste na criação de um desvio para que o sangue flua normalmente. O sangue arterial, porém, flui numa pressão maior do que o venoso, e a safena se desgasta com mais facilidade quando em contato com ele -estima-se que de 20% a 30% das pontes feitas com safena se fechem em dez anos.

A melhor opção de enxerto hoje são as duas artérias mamárias. A vantagem, explica o cirurgião Fabio Gaiotto, do InCor, é que elas sofrem uma remodulação -respondem ao esforço exigido e ajustam sua dilatação ao fluxo de sangue.

A proposta de Gaiotto é checar se a artéria da perna é capaz de passar pela mesma transformação. “Se ela remodelar, teremos três ‘mamárias’. A artéria da perna passará a ser um enxerto de primeira escolha”, diz.

Segundo ele, o procedimento já vem sendo feito por cirurgiões italianos e é seguro. Ele afirma que a cirurgia não afeta os movimentos da perna e não faz falta à irrigação sanguínea do membro porque serve como um “estepe” para a vascularização da região. “Ela só fará falta se o paciente tiver uma insuficiência arterial periférica.”

Gaiotto pretende operar 30 pacientes com o novo enxerto. Após o procedimento, cada um passará por uma tomografia da coronária com uma semana, um mês e três meses. O exame permite avaliar o diâmetro do enxerto, que é, então, comparado ao de uma artéria mamária remodelada.

Até agora, uma das cirurgias não foi bem-sucedida, mas isso não trouxe danos ao paciente. Segundo ele, é normal uma perda de 1% a 5% dos enxertos.

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O primeiro check-up

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A avaliação de saúde do adolescente tem recomendações específicas, mas também se baseia no perfil de risco individual.

O primeiro check-up, na realidade, é o que ocorre durante o pré-natal ou, então, o teste do pezinho. Mas não é desses rastreamentos que estamos falando, e, sim, daquele que procura detectar doenças que são prevalentes na vida adulta e que já podem se manifestar na adolescência.

Tais condições, quando reconhecidas em fase inicial, num momento em que ainda não existem sintomas, podem ser mais bem controladas. Essa busca proativa, no entanto, precisa ocorrer de maneira criteriosa, com base na análise do perfil de risco de cada indivíduo e com a utilização dos exames apropriados, além de ser associada a medidas de prevenção primária.

Para as crianças, já está bem estabelecida a necessidade de uma consulta pediátrica por ano para o acompanhamento do ganho de peso e estatura. Embora não haja uma idade-padrão para iniciar o check-up na adolescência, o seguimento clínico anual deve ser mantido na população de 10 a 20 anos de idade, quando, porém, a avaliação também precisa considerar fatores de risco para doenças cardiovasculares, doenças sexualmente transmissíveis e neoplasias.

O importante é que, a partir das primeiras consultas, a atitude preventiva que o check-up configura passe a permear toda a vida do indivíduo, dada a permanente transformação de seu perfil de risco.

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Você tem sede de quê?

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Em dias de sol forte, calor e boca seca, há quem sonhe com um copo de água fresca, saindo da moringa de barro. Outros desejam um copo de suco de frutas batido na hora, com pedaços de gelo e um pouco de hortelã. Há quem prefira chás gelados com essências cítricas, ou a água de coco, que pode ser encontrada nas barraquinhas tanto da praia quanto das esquinas das grandes cidades. Há espaço ainda para novas águas, em versões aromatizadas, gaseificadas, reforçadas com minerais extras. Também pode ser a água que está nas frutas, nos sucos, nos chás, nas bebidas preparadas para saciar o corpo dos atletas. São muitas as formas de consumir água. Gostos pessoais à parte, o que importa é que, sem água não há vida – e nada mais eficiente do que dias quentes para nos lembrar que é ela, a água, o principal componente do corpo humano. Os líquidos são responsáveis por cerca de 60% a 70% do peso de uma pessoa adulta. Uma perda de 10% do peso corporal já é considerada desidratação grave, levando a alterações importantes no organismo. Se ela for maior, atingindo os 20%, a vida fica impossível. Vivemos semanas sem comida, mas nunca sem água. Água é como oxigênio para a vida.

Cada pessoa tem uma necessidade específica no consumo de líquidos. Entenda cada uma delas

Atletas
Corredores, nadadores, ciclistas, adeptos de academia. Todos aqueles que fazem atividade física constante devem prestar ainda mais atenção à hidratação. De acordo com o American College of Sports Medicine, órgão que reúne especialistas americanos em Medicina Esportiva e funciona como referência para profissionais de saúde em todo o mundo, deve-se ingerir em torno de 250 ml a 500 ml de água antes de começar o treino. Durante o exercício, 150 ml a 350 ml a cada 15 a 20 minutos. Em muitos casos, principalmente para quem se exercita por mais de uma hora seguida, por exemplo, maratonistas e corredores, é recomendável recorrer às bebidas preparadas especialmente para atletas, vendidas já prontas ou em pó, para ser adicionado à água. “Nesse caso, é necessário também ingerir bebidas com carboidratos, como os isotônicos. Eles ajudam a repor os sais minerais que são perdidos durante a transpiração e, por terem carboidratos, fornecem energia para o organismo”, explica Ioná. Para otimizar o processo de recuperação após o exercício, deve-se repor 150% do peso perdido, ou seja, 1,5 litro para cada 1 quilo perdido.

Crianças

Bebês que ainda estão sendo amamentados não precisam de mais nenhuma ingestão de líquido: a necessidade diária é suprida pelo leite materno. Quando a criança pára de ser amamentada, é hora de introduzir alimentos, e é também hora de começar a beber água e outros líquidos, como sucos e chás. Até 1 ano de idade, bebês devem ingerir cerca de 0,8 a 1 litro de água por dia. Entre 1 e 8 anos, essa quantidade aumenta para cerca de 1,3 a 1,8 litro/dia. Sempre que a criança apresentar diarréia, vômito ou febre esse volume deve ser aumentado. A desidratação é uma importante causa de internação em Pediatria, podendo levar à morte. Os bebês têm maior necessidade de água em decorrência da limitada capacidade dos rins em manejar a carga renal e de sua maior porcentagem de água corpórea, característica natural do desenvolvimento humano. Crianças brincando na piscina ou no parque, ou mesmo em casa, podem se esquecer facilmente de beber água. Cabe aos pais, a cada uma ou duas horas, oferecer um copo de suco de frutas frescas ou mesmo de água pura.

Terceira idade
A partir dos 60 anos, a pessoa precisa tomar cuidados extras para garantir a reposição das perdas diárias normais de líquido. Acontece que, durante o processo de envelhecimento, é normal haver uma perda progressiva na quantidade total de água no organismo. Além disso, o próprio corpo já não consegue mais reter tão bem os líquidos quanto na juventude. Isso pode ocorrer com pessoas que tomam remédios para problemas cardiovasculares, que atuam como diuréticos, ou seja, fazem com que o corpo perca ainda mais líquido. Por isso, não se deve esperar sentir sede ou vontade de beber alguma coisa – nessa idade é comum a redução da ingestão de água por esquecimento ou por dificuldades motoras, características do envelhecimento. O importante na terceira idade é manter a ingestão, sem esperar os sinais de sede.

Do metabolismo à aparência da pele, tudo depende da dose adequada de água para permanecer em perfeito funcionamento. Chegar à fórmula da dose ideal depende, no entanto, de fatores como temperatura do ambiente, idade e esforço físico de cada um. Mas especialistas  indicam: para pessoas saudáveis, a receita de dois a três litros de líquidos por dia é válida. Todo mundo deve beber diariamente cerca de dois litros de água. Apenas pessoas com alguns problemas de saúde específicos, como insuficiência cardíaca, hepática ou renal, podem ter restrições hídricas, ou seja, devem ingerir uma quantidade menor de líquidos. Ingerir líquidos é muito mais do que simplesmente saciar a sede – sensação, aliás, que aparece quando eles já estão em pequena quantidade no corpo. Isso é perigoso porque a desidratação eleva a concentração de sal no organismo, o que aumenta a pressão arterial e dificulta a eliminação de toxinas. Beber água é bom para o funcionamento do intestino, porque ela facilita o trânsito dos alimentos. Ajuda a melhorar a digestão e previne a formação de cálculos renais, já que faz com que substâncias nocivas sejam diluídas e eliminadas pelo corpo. Além disso, está associada a um rosto e corpo mais bonitos – pois hidrata, limpa e retira células mortas da pele. A água é responsável por praticamente todos os processos que ocorrem no organismo, desde a circulação, a digestão e o transporte de substâncias, até a eliminação de toxinas. Tem também como função importante auxiliar na regulação da temperatura corpórea, e isso acontece quando transpiramos. É o mecanismo que o corpo desenvolveu para se esfriar e manter uma temperatura adequada.

Quando alguém fica muito tempo sem beber água, os sinais começam a aparecer: boca seca, mal-estar, diminuição da produção de saliva e respiração ofegante pela boca. Perdemos de 2,5 litros a 3 litros de água por dia. Essa perda acontece por meio da urina, das fezes, do suor e da respiração. É preciso repor essa água. No entanto, em alguns casos, a perda pode ser maior. Calor excessivo, febre, uso de medicamentos diuréticos (que fazem os rins expelirem quantidades excessivas de água e sal) ou até mesmo algumas doenças, como diabetes, desequilibram a composição de líquidos no organismo. Quando a desidratação não melhora, os tecidos corpóreos começam a secar. As células começam a se contrair e funcionar inadequadamente. As células cerebrais estão entre as mais propensas à desidratação, de modo que um dos principais sinais de desidratação grave é a confusão mental, que pode evoluir para o coma.

Fontes de água
É possível encontrar água em diversas fontes. O consumo de líquidos se dá de variadas formas. Ao longo do dia, é recomendável ingerir:

De 1.200 ml a 1.500 ml O consumo dessa quantidade pode vir através de água, suco de frutas, água de coco e outros líquidos. Vale até mesmo sopas

De 700 ml a 1.000 ml Os alimentos também têm água. O volume varia conforme o tipo ou o produto. Há grande quantidade de água em determinadas frutas, verduras e legumes. Cereais e farinhas têm pouca água

Comida também é água
Os líquidos de maneira geral são indispensáveis e essenciais para compor uma boa alimentação. Ou seja, ao ingerir líquidos também estamos nos alimentando, pois levamos nutrientes ao organismo. Uma boa sopa, preparada com legumes, um suco natural de laranja, ou mesmo o arroz com feijão de todo dia contêm líquidos. A água integra os alimentos e é vital para o organismo. É a substância na qual se dissolvem os nutrientes contidos na alimentação e é ela quem leva essas substâncias até as células e traz os restos aos órgãos de excreção.

Mas qualquer líquido é bom?
Nem todo líquido que ingerimos precisa ser a água pura, cristalina, inodora e incolor. Sucos à base de frutas têm vitaminas em abundância, como os de laranja e acerola, ricos em vitamina C, que ajuda a estimular as defesas do organismo. Os que são feitos com morangos ou frutas vermelhas são ricos em antioxidantes, que atuam no combate ao envelhecimento celular. O leite, por sua vez, é uma ótima fonte de cálcio, que auxilia no fortalecimento do sistema ósseo. Mas refrigerantes e sucos artificiais cheios de açúcar devem ser consumidos com moderação. Refrigerantes, bebidas à base de cafeína e também as alcoólicas devem ser evitadas. Apesar de serem veículo de água, têm propriedades que podem interferir nos processos metabólicos do organismo. O álcool e a cafeína podem, por exemplo, aumentar a diurese, que é a perda de água pela urina. Com isso, ao invés de hidratar, eles desidratam o corpo. O ideal são sucos naturais e sopas frias no verão. Em relação aos chás, depende da erva utilizada, pois algumas podem ter propriedades diuréticas. Devem ser evitados especialmente os que contêm muita cafeína, como o preto e o mate.

Por outro lado, as estantes de supermercados hoje estão repletas de uma variedade enorme de bebidas classificadas como funcionais, que contêm doses de vitaminas e são reforçadas com extrato ou leite de soja, além de outras substâncias e nutrientes. Há ainda aquelas próprias para atletas ou pessoas que fazem atividades físicas intensas, os isotônicos. Além da reposição de água, essas bebidas também contêm eletrólitos (importantes para o equilíbrio hídrico do corpo), que são perdidos pelo suor.

Mas qualquer líquido é bom?
Nem todo líquido que ingerimos precisa ser a água pura, cristalina, inodora e incolor. Sucos à base de frutas têm vitaminas em abundância, como os de laranja e acerola, ricos em vitamina C, que ajuda a estimular as defesas do organismo. Os que são feitos com morangos ou frutas vermelhas são ricos em antioxidantes, que atuam no combate ao envelhecimento celular. O leite, por sua vez, é uma ótima fonte de cálcio, que auxilia no fortalecimento do sistema ósseo. Mas refrigerantes e sucos artificiais cheios de açúcar devem ser consumidos com moderação. Refrigerantes, bebidas à base de cafeína e também as alcoólicas devem ser evitadas. Apesar de serem veículo de água, têm propriedades que podem interferir nos processos metabólicos do organismo. O álcool e a cafeína podem, por exemplo, aumentar a diurese, que é a perda de água pela urina. Com isso, ao invés de hidratar, eles desidratam o corpo. O ideal são sucos naturais e sopas frias no verão. Em relação aos chás, depende da erva utilizada, pois algumas podem ter propriedades diuréticas. Devem ser evitados especialmente os que contêm muita cafeína, como o preto e o mate..

Por outro lado, as estantes de supermercados hoje estão repletas de uma variedade enorme de bebidas classificadas como funcionais, que contêm doses de vitaminas e são reforçadas com extrato ou leite de soja, além de outras substâncias e nutrientes. Há ainda aquelas próprias para atletas ou pessoas que fazem atividades físicas intensas, os isotônicos. Além da reposição de água, essas bebidas também contêm eletrólitos (importantes para o equilíbrio hídrico do corpo), que são perdidos pelo suor.

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Jornais

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O jornal de maior circulação do mundo é o Financial Times londrino, e não o The New York Times. 

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Comportamento racista

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Pessoas superestimam sua reação negativa a comportamento racista.
Preconceito inconsciente pode estar por trás de passividade.

O que você faria se presenciasse uma cena de racismo explícito? Se crê que a sua primeira reação seria se rebelar contra a injustiça e repreender o responsável pelo preconceito, pense de novo — porque, em geral, não é isso o que as pessoas fazem, de acordo com um estudo feito por pesquisadores canadenses e americanos. Segundo eles, enquanto na teoria quase todo mundo se diz contra o racismo, na prática bem menos gente toma uma atitude contra a discriminação.

Seguindo uma longa tradição dos estudos nessa área, e a óbvia necessidade ética de evitar situações reais, os pesquisadores liderados por Kerry Kawakami, da Universidade de York (Ontário, Canadá), pediram a ajuda de atores, um negro e um branco. Eram os chamados confederados — pessoas que fingem ser participantes normais de um experimento de psicologia, mas na verdade são agentes infiltrados pelo cientista.

No experimento, voluntários de verdade que não fossem negros chegavam a um laboratório, onde eram apresentados aos confederados, um negro e outro branco. Em dado momento, o ator negro pedia licença para ir buscar seu celular dentro do laboratório e esbarrava de leve no joelho do confederado branco. Aí, três coisas podiam acontecer: o ator branco não dizia nada; fazia um comentário “moderamente racista” (“Odeio quando negros fazem isso”); ou “extremamente racista” (“Que crioulo desastrado”). 

Teoria e prática

A chave do experimento é que, em alguns casos, os voluntários só liam uma descrição desse fato ou, no máximo, assistiam a um vídeo da cena; e, em outros, presenciavam a situação toda. Em ambas as situações, tinham de escolher com qual dos confederados iriam participar de um teste, além de preencher um questionário sobre seu estado emocional, negativo ou positivo.

O que aconteceu é que, quando só ficavam sabendo da situação, as pessoas relatavam muito mais sentimentos negativos e diziam preferir quase sempre o ator negro como companheiro de tarefa. No entanto, diante da situação real, tudo se invertia: havia relativamente pouco estado emocional negativo relatado, e o ator branco era o preferido como parceiro.

Os pesquisadores canadenses atribuem o resultado a uma provável falta de interiorização do antirracismo, ou seja, as pessoas conscientemente achariam que o preconceito é errado, mas inconscientemente não se sentiriam tão ofendidas quando o presenciam. Já Eliot Smith, da Universidade de Indiana, e Diane Mackie, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, que comentaram o estudo na revista especializada americana “Science”, sugerem uma explicação diferente.

Para eles, o papel de participante num experimento científico pode distorcer as reações naturais das pessoas. Eles citam uma pesquisa clássica na qual as pessoas davam um suposto choque elétrico letal num ator quando o cientista pedia, mesmo notando a aparente dor do confederado. Nesse caso, a pessoa estaria totalmente focada na experiência, sem pensar nas implicações éticas da sua falta de reação ao racismo.

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Câncer de próstata na mira

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Ultimamente muito vem sendo divulgado sobre o câncer de próstata e as possibilidades atuais para seu diagnóstico precoce que, como em outros tipos de câncer, é essencial para o sucesso do tratamento e cura. No Brasil, de acordo com estatísticas oficiais, 51 novos casos de câncer de próstata são registrados a cada 100 mil homens. Felizmente, a medicina moderna oferece inovações para detecção e tratamento que são cada vez mais importantes no sentido de salvar vidas.

Em diagnóstico por imagem, as contribuições tecnológicas têm se mostrado altamente eficazes. Uma nova técnica que vem sendo aplicada com sucesso no Brasil é a espectroscopia da próstata, um tipo de exame por meio de Ressonância Magnética (RM), que ajuda não apenas na detecção de tumores, mas em sua localização precisa e determinação do grau de agressividade. Esse tipo de exame é complementar ao exame de toque retal e à dosagem do antígeno específico prostático (PSA) plasmático, que devem ser feitos anualmente por homens com idade acima de 50 anos.

O exame realiza um tipo de “fotografia do órgão”, que é dividido em dezenas de minúsculos quadradinhos em três dimensões, chamados de voxels. Cada um deles é analisado para saber se aquela porção de tecido apresenta ou não um tumor. A análise contempla dois metabólitos: a colina e o citrato. Enquanto os tecidos normais da próstata têm baixa quantidade de colina e alta quantidade de citrato, no tecido anormal ocorre exatamente o oposto: a colina é alta e o citrato é baixo.

Considerada um grande avanço da medicina diagnóstica por aumentar a especificidade na detecção do câncer, quando comparado ao exame convencional, a espectroscopia de próstata por RM permite graduar o volume, estimar a agressividade e identificar a exata localização do tumor. Com essa informação, o médico pode planejar a biópsia com muito mais precisão, o que ajuda a reduzir, ou mesmo eliminar, a incidência de casos com resultado falso negativo. Hoje sabemos que esses casos costumam ocorrer porque o ultra-som não conseguiu localizar adequadamente o tumor e o tecido capturado para análise não foi o tecido tumoral.

O grande desafio agora é aumentar o conhecimento dessa técnica e validá-la como diagnóstico primário, permitindo que o exame seja realizado antes da biópsia.

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A dieta ideal para o verão

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1. Você troca aquele superalmoço com os amigos pedindo só uma salada. Cuidado: as saladas pré-preparadas podem ter mais calorias que as de uma lanchonete. Por exemplo: ao comer uma caesar salad com queijo parmesão, creme e croutons, você estará, provavelmente, ingerindo cerca de 530 calorias e mais de 30 gramas de gordura saturada. É melhor você preparar a salada no próprio prato, com azeite (uma ou duas colheres), vinagre e limão. Em muitas ocasiões, o chef recomenda uma salada com peito de frango (cerca de 739 calorias) ou com camarões (670 calorias). Os números são aproximados, mas mostram como podemos nos enganar com uma salada aparentemente inocente. Salada de alface, palmito e tomate com cubinhos de queijo branco é uma boa opção. Um ovo cozido na salada verde é excelente para completar o prato. Conclusão: evitar a salada pré-preparada, enganosa e cheia de gordura e calorias.

2. Bebidas alcoólicas na praia. É quase impossível estar perto do mar, na praia, num barco ou num bar cheio de amigos e não beber algo. Poucas pessoas conseguem ficar longe do álcool: preferam uma latinha de refrigerante light ou chá gelado com limão. Para quem prefere o álcool, uma lembrança: ele é considerado uma caloria “vazia”, pois é queimado basicamente pela musculatura. Portanto, de vez em quando mergulhe no mar, dê um passeio rápido; enfim, mexa-se. Podendo escolher, eu ficaria com pouca cerveja, mas com uma taça de vinho branco seco com gelo ou uma dose de vodca com morango e adoçante (entre 60 e 75 calorias). Os drinks muito elaborados com nomes fantasiosos são muito mais calóricos (uma pina colada tem 275 calorias).

3. Comece o dia com um boa refeição. Estudo recente mostrou que os obesos em dieta perdem mais peso se comerem, pela manhã, uma refeição superprotéica, como um ovo mexido, queijo branco, fatias de peito de peru e pão integral, além de café ou chá. Seu corpo “acorda” com a entrada de proteínas e passa a acelerar o gasto energético, de forma a produzir energia a partir da gordura acumulada. É uma boa dica para quem acorda tarde – e quem vai acordar cedo nas férias?

4. Fuja da armadilha do sorvete supercalórico. Verão não é verão sem sorvete. Nesse ponto é especialmente difícil resistir, mas existem opções bem gostosas que podem substituir os supercalóricos. Quase todos os fabricantes de sorvetes oferecem versões light e diet. O picolé de fruta, apesar de ter açúcar, tem poucas calorias se comparado aos famosos sorvetes cremosos, que chegam a 810 calorias se cobertos com caldas, flocos de chocolate, paçocas…

5. Nunca pule o almoço, por mais tarde que essa refeição seja feita. Não quer almoçar? Pois bem: fique com uma porção de queijo branco, cortado em cubos, e coloque frutas no seu prato: abacaxi, papaia, uva, maçã, pêra (fuja da banana e do abacate). A mistura de proteína com fruta é garantia de queima calórica pela proteína, além de fibras das frutas, vitaminas e sais minerais.

6. Na praia, mesmo sem um sol escaldante, você transpira muito, mesmo que não perceba as gotinhas de suor na pele. A brisa marítima faz a transpiração evaporar rapidamente, roubando seus sais minerais. A perda de sódio em pessoas que já têm pressão baixa pode levar a uma lipotimia, ou seja, à sensação de desmaio e até perda momentânea da consciência. Uma colher de sal dissolvido em água pode ser uma solução. Outra: tomates com sal para suprir o corpo do sódio perdido. Muitas pessoas perdem muito potássio com o calor e a transpiração. Não ouça quem diz que você deve comer bananas! Quem pode comer banana é o Guga, que jogava oito horas de tênis por dia quando estava no auge. Você ganhará peso com as bananas. O suco de tomate tem 600 miligramas de potássio, a água de coco industrializada tem 300 miligramas de potássio. Não se esqueça que a água de coco, ingerida com canudinho direto da fruta, pode ter até 500 calorias, pelo fato de ter dissolvido no líquido natural uma grande quantidade de gordura de coco (por isso que ela é turva). Os que tomam todo o conteúdo do coco verde, portanto, estão ingerindo tantas calorias quanto alguém que come um hambúrguer com queijo derretido. O consumo de chá verde com gelo é uma excelente indicação para o verão. Ele contém estimulante energético e flavonóides que tornam a pessoa mais ativa e saudável. Não o adoce ou use pouco adoçante, se possível natural, como stevia ou sucralose. O chá mate também é uma boa escolha, pois contém cafeína e potássio.

7. Na mesa, as grandes armadilhas do verão são as frituras (como peixe e camarões empanados) e outras tranqueiras que vêm com as bebidas (batata frita, amendoim, pipoca), todas hipercalóricas e de difícil digestão. Uma boa opção é consumir vegetais crus cortados em tiras (como cenoura, nabo, aipo, couve flor), mergulhados em molhos “light” com iogurte e condimentos, todos muito saudáveis e apetitosos. No jantar, o verão não é época de feijoada, dobradinha, moquecas gigantescas e outros pratos do tipo. As peixadas ao forno, o bacalhau grelhado com brócolis, o linguado com azeite, limão e legumes e camarões e lagosta grelhados são excelentes alternativas às comidas gordurosas e pesadas. Coma sempre uma salada verde com azeite e sal para começar a refeição. Para acompanhar, um vinho branco seco e gelo. Coma frutas, doces e deliciosas. Em resumo: tenha um verão gostoso e refrescante, mantenha o seu peso e se delicie com pratos saudáveis e bebidas naturais.

Dr Geraldo Medeiros – Endocrinologista

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À prova de espirros

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 Seleção genética cria gatos que não causam alergias em seres humanos

Gatos costumam ser lindos e dengosos – mas, para muita gente, a simples presença deles num ambiente deflagra reações alérgicas que vão de espirros a ataques de asma. Na semana passada, a empresa de biotecnologia americana Allerca anunciou a solução para a convivência pacífica entre os felinos e o sistema respiratório de seus donos. A firma colocou à venda, pela internet, o primeiro lote de gatos que não provocam alergias. Os bichanos, sem raça definida, estão à venda por preços que vão de 4.000 a 7.000 dólares. Diferentemente do que se costuma pensar, não são os pêlos dos gatos que causam reações alérgicas, mas uma proteína produzida pelo organismo desses animais chamada Fel d1, que se concentra em sua saliva, na pele e na urina. Como os gatos têm o hábito de lamber o próprio corpo, acabam depositando a proteína nos pêlos e, depois, em roupas, móveis e tapetes. Finalmente, a proteína se dispersa pelo ar.

Os gatos antialérgicos são resultado de uma pesquisa de três anos da Allerca que envolveu milhares de animais da espécie. Os pesquisadores descobriram que um em cada 50.000 bichanos tem uma variação na proteína Fel d1 que a torna inócua para os seres humanos portadores de alergias. Por meio de testes de saliva, os cientistas isolaram um grupo de gatos portadores da versão inofensiva da proteína e, a seguir, começaram a cruzar os animais para produzir filhotes com a mesma característica. Estava criada a nova “raça”.

Para testar os gatos, a Universidade da Califórnia elaborou um estudo independente no qual expôs pessoas alérgicas a eles e a gatos comuns. A conclusão foi que os animais realmente causam menos reações em pessoas hipersensíveis à versão normal da Fel d1,

A Allerca informa que o primeiro exemplar de gato antialérgico será entregue no início de 2007, já devidamente vacinado, a um cliente de Nova York. Mal os gatos foram colocados à venda, a fila de espera para conseguir um deles já chega a um ano.

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Mulheres fazem menos atividade física que homens, diz estudo

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Pesquisas britânicas apontam diferenças na infância e depois dos 70 anos de idade.

Pesquisas britânicas afirmam que mulheres realizam menos atividades físicas na infância e na terceira idade do que os homens.
 

Os pesquisadores estudaram os níveis de atividade em crianças e pessoas acima de 70 anos e, nos dois casos, homens eram mais ativos.
 

O estudo da Universidade John Moores, de Liverpool, se concentrou em crianças entre 10 e 11 anos na área de recreação da escola e descobriu que meninos brincam de uma forma diferente das meninas.
 

As meninas tinham uma tendência a passar o tempo em grupos menores e participarem de jogos verbais, conversas e socialização.
 

A maioria dos meninos brincava em grupos maiores, o que levava a jogos com mais atividades físicas, como futebol.
 

“É motivo de preocupação o fato de que os níveis de atividades de meninas são mais baixos do que de meninos e, apesar de esta ser apenas uma parte de uma situação complexa, pode estar contribuindo para que as meninas fiquem acima do peso e obesas”, afirmou Nicky Ridgers, que participou da pesquisa.
 

Para Ridgers, as escolas deveriam ter consciência das diferenças nas brincadeiras de meninos e meninas.
 

“Eles poderiam então considerar a disponibilidade de equipamentos e de tempo para recreação que iria encorajar as meninas a participarem de brincadeiras mais ativas”, afirmou.

  Baixa atividade

A outra pesquisa, realizada pela Universidade de Bristol, analisou os níveis de atividade entre pessoas acima de 70 anos e concluiu que, em geral, estes níveis eram baixos para homens e mulheres.
 

Mais de 70% das pessoas que participaram do estudo caminhavam menos de 5 mil passos por dia. Mas as mulheres tendiam a ser menos ativas do que os homens.
 

“Homens realizam atividades físicas de maior intensidade do que as mulheres e isso pode ser explicado pelas saídas de casa. Mas, existem provas de que eles também ficam sentados por períodos mais longos durante o dia”, afirmou o pesquisador Ken Fox.
 

“Mulheres fazem atividades de menor intensidade, o que provavelmente representa tarefas diárias dentro de casa. Isto poderia sugerir que os papéis familiares tradicionais ainda podem ser identificados nesta geração”, acrescentou.

  Problemas de saúde

Os estudos estão sendo apresentados na conferência anual da Sociedade Britânica de Medicina Comportamental.
 

O organizador da conferência, professor Adrian Taylor da Universidade de Exeter, afirmou que é muito importante desenvolver formas de promover mais atividades físicas para todas as idades.
 

“A sociedade e nosso ambiente estão nos levando a fazer cada vez menos atividades físicas, com conseqüências como doenças cardíacas, diabetes e problemas de saúde mental para pessoas de todas as idades”, afirmou.
 

“Atividade (física) vigorosa ajuda a fortalecer ossos e juntas. Temo que as meninas que são menos ativas na recreação poderão ser mais vulneráveis à osteoporose no futuro”, afirmou Alan Maryon-Davis, presidente da Faculdade de Saúde Pública da Grã-Bretanha.
 

“Para pessoas na faixa dos 70 anos as necessidades mais importantes são mobilidade e flexibilidade, então uma combinação de atividades é importante para homens e mulheres para manter a flexibilidade, força e vigor”, disse.
 

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