Cresce taxa de óbitos ligada ao consumo de álcool

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O número de mortes no Brasil associadas ao consumo de álcool subiu 18% em seis anos, revela uma pesquisa elaborada pelo Ministério da Saúde e divulgada nesta segunda-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo. De 2000 a 2006, a taxa de óbitos subiu de 10,7 para 12,64 a cada 100.000 habitantes. Mas especialistas ainda consideram o resultado subestimado.

De acordo com a pesquisa, foram contabilizadas 146.349 mortes ligadas ao álcool entre os anos de 2000 e 2006. Dessas, 92.946 (63,5%) estão plenamente relacionadas ao excesso de bebida. A maioria das mortes é observada na faixa dos 30 aos 59 anos de idade, principalmente entre os homens. Os dados mostram, no entanto, que até mesmo crianças podem ser vítimas. No período analisado, por exemplo, foram confirmadas 12 mortes por envenenamento por álcool entre 0 e 9 anos – sendo a metade na faixa dos 0 aos 4 anos.

Embora o resultado da pesquisa seja atribuído sobretudo à melhor captação dos dados, ele ainda é considerado subestimado, pois só leva em conta os casos de doenças crônicas provocadas pelo alcoolismo. “Não podemos nos esquecer que, em casos de violência, boa parte das vítimas ou agressores está alcoolizada”, disse a coordenadora do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta. Para resolver o problema, ela aposta na prevenção. “É nesse ponto que temos de melhorar as estratégias”.

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