Câncer de próstata na mira

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Ultimamente muito vem sendo divulgado sobre o câncer de próstata e as possibilidades atuais para seu diagnóstico precoce que, como em outros tipos de câncer, é essencial para o sucesso do tratamento e cura. No Brasil, de acordo com estatísticas oficiais, 51 novos casos de câncer de próstata são registrados a cada 100 mil homens. Felizmente, a medicina moderna oferece inovações para detecção e tratamento que são cada vez mais importantes no sentido de salvar vidas.

Em diagnóstico por imagem, as contribuições tecnológicas têm se mostrado altamente eficazes. Uma nova técnica que vem sendo aplicada com sucesso no Brasil é a espectroscopia da próstata, um tipo de exame por meio de Ressonância Magnética (RM), que ajuda não apenas na detecção de tumores, mas em sua localização precisa e determinação do grau de agressividade. Esse tipo de exame é complementar ao exame de toque retal e à dosagem do antígeno específico prostático (PSA) plasmático, que devem ser feitos anualmente por homens com idade acima de 50 anos.

O exame realiza um tipo de “fotografia do órgão”, que é dividido em dezenas de minúsculos quadradinhos em três dimensões, chamados de voxels. Cada um deles é analisado para saber se aquela porção de tecido apresenta ou não um tumor. A análise contempla dois metabólitos: a colina e o citrato. Enquanto os tecidos normais da próstata têm baixa quantidade de colina e alta quantidade de citrato, no tecido anormal ocorre exatamente o oposto: a colina é alta e o citrato é baixo.

Considerada um grande avanço da medicina diagnóstica por aumentar a especificidade na detecção do câncer, quando comparado ao exame convencional, a espectroscopia de próstata por RM permite graduar o volume, estimar a agressividade e identificar a exata localização do tumor. Com essa informação, o médico pode planejar a biópsia com muito mais precisão, o que ajuda a reduzir, ou mesmo eliminar, a incidência de casos com resultado falso negativo. Hoje sabemos que esses casos costumam ocorrer porque o ultra-som não conseguiu localizar adequadamente o tumor e o tecido capturado para análise não foi o tecido tumoral.

O grande desafio agora é aumentar o conhecimento dessa técnica e validá-la como diagnóstico primário, permitindo que o exame seja realizado antes da biópsia.

2 comentários para "Câncer de próstata na mira"


  1. silvio

    boa reportagem

  2. jbalbi

    Todo homem deveria ler este artigo

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