…mas hoje já se contestam os efeitos dos antioxidantes
A teoria é de 1956. Processos metabólicos, como a queima de açúcar, acabam liberando os chamados superoxidativos, moléculas de oxigênio com desequilíbrio entre prótons e elétrons. Essas moléculas são os radicais livres, que causam oxidação de algumas células – da mesma forma que o oxigênio do ar causa oxidação em alguns metais. O processo provoca a morte de tecidos, doenças e envelhecimento precoce.
A pesquisa é de agora. Substâncias vendidas em larga escala em cosméticos e suplementos alimentares, como as vitaminas C, presentes no limão e na laranja, e E, dos óleos vegetais, apresentadas como antioxidantes, não surtiriam efeito no combate ao processo. Cientistas da Universidade College London, na Inglaterra, modificaram genes de vermes de forma a estimular a produção de enzimas que agem como proteção natural contra os radicais livres. Os animais modificados geneticamente não viveram mais tempo por isso. A conclusão da pesquisa é de que os radicais livres não seriam tão danosos assim ao organismo – e muita vitamina estaria sendo consumida à toa. O estudo foi publicado na revista Genes and Development.