Semana passada a edição da revista VEJA, traz uma relação de medicamentos, onde ela posiciona com cartão amarelo de advertência , alguns dos medicamentos mais vendidos. Colocando algumas pesquisas da indústria farmacêutica sob suspeita. Uma boa noticia é dada por uma revisão feita pela conceituadissima revista The New England of Medicine dessa semana, onde ela aborda os efeitos do Champix(Vareniclina), um novo medicamento para auxiliar no combate ao tabagismo. O Champix simula os efeitos da nicotina no cérebro, mas não provoca as alterações que levam à dependência química.
O princípio ativo do Champix, a vareniclina, simula a ação da nicotina no cérebro, suprindo a falta da substância. Liga-se aos receptores acetilcolina-nicotínicos agindo de duas formas: age como a nicotina (agonista parcial), o que ajuda a aliviar os <span onmouseover="showTip('sintomas','Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções. ‘,”)” class=”postTip”>sintomas de privação, mas age igualmente contra a nicotina (antagonista), tomando o seu lugar, o que permite reduzir os efeitos do prazer ligados ao tabagismo. Não gera aumento dos níveis de dopamina – característica do tabaco. Portanto, não provoca os picos que levam ao desejo de acender outro cigarro.
O Champix foi aprovado na Europa e nos Estados Unidos em 2006, sendo neste país chamado de Chantix. Está indicado para ajudar os adultos maiores de 18 anos a deixar de fumar e só pode ser adquirido com prescrição médica.
Alguns sites e artigos de revistas de mídia popular, reportaram alguns efeitos colaterais neuro-psiquiátricos agitação,humor depressivo e desejos suicídas que poderiam ser decorrentes do uso do medicamento(vareniclina). A publicação chama atenção que esses sintomas são comuns tanto na fase de abstinência quanto na prática do tabagismo e não poderiam ser debitados ao uso da Vareniclina. Propõe-se que os pacientes em uso do medicamento sejam monitorados de perto, durante o tempo de tratamento que em média é curto em torno de 3 meses.
Devem ser orientados tanto paciente e familiares quanto a possiveis efeitos adversos e não deveriam ser usados em pacientes com distúrbios psiquiátricos(esquizofrenia, distúrbio bipolar e depressões maiores).
Como o indicação da vareniclina é feita para uso a curto prazo e não é tratamento crônico, sendo estabelecido bem suas indicações precisas, a classe médica através de orientação de guidelines indica como tratamento de primeira linha para interrupção do tabagismo.