Estudo analisou hambúrgueres, sanduíches de frango e batatas fritas.
De 162 amostras de carne bovina, somente 12 continham outra fonte.
Para chegar a tal resultado, as estudiosas do departamento de Geologia e Geofísica coletaram 480 porções de hambúrgueres, batatas fritas e sanduíches de frango das redes McDonald’s, Burger King e Wendy’s. Os alimentos eram provenientes de três diferentes lanchonetes de cada marca das cidades de Los Angeles, São Francisco, Denver, Detroit, Boston e Baltimore. O intuito era abranger todo o país norte-americano.
Como uma pessoa que quebra as paredes de casa para reformar e conferir como estão as instalações elétricas e os encanamentos, Hope e Rebecca “desconstruíram” cada uma das amostras. No laboratório, estudaram as moléculas de carbono e nitrogênio dos alimentos. Nenhum ingrediente escapou, nem as carnes de vaca e de frango.
Surpresa na carne de vaca e de frango
O único alimento que variava na quantidade de milho era a batata frita. A explicação está no óleo utilizado, por cada lanchonete, para fritar o tubérculo. A rede Wendy’s preferiu o óleo de milho, enquanto o McDonald’s e o Burger King usaram outros óleos vegetais como de oliva.
O resultado que mais surpreendeu as estudiosas foram as carnes. Entre 162 amostras da bovina, somente 12 do Burger King, da costa oeste, eram baseados em grama ou grãos. No artigo elas afirmam: “100% do frango e 93% da carne bovina tiveram dieta exclusiva à base de milho”. Qual a explicação? O estudo afirma que os hormônios — ou fertilizantes usados nos alimentos — dados para os animais crescerem semanas antes do abate eram feitos com o milho.
As bebidas servidas nesses restaurantes não foram analisadas. Apesar que, segundo o artigo, elas são predominantemente adoçadas com xarope de milho com alta concentração de frutose. “Nossos resultados destacam a enorme importância do milho dentro da agricultura e em cada aspecto da fabricação fast food”, dizem.