Parte de um dos maiores estudos sobre prevenção de problemas cardiovasculares entre pacientes vítimas do diabetes tipo 2 foram divulgados na semana passada em Bethesda, nos Estados Unidos.O estudo ACCORD(Action to Control Cardiovascular Risk in Diabetes) coordenado pelo National Institutes of Health(NIH) onde seus resultados causaram a maior surpresa e mesmo indignação entre os diabetotologistas.
O trabalho financiado pelo governo americano e, portanto, isento de interesses comerciais. O estudo contou 10 mil pacientes portadores de diabetes tipo 2 divididos em dois grupos: um testava a eficiência do tratamento intensivo da diabetes com meta de alcançar a hemoglobina glicada < 6,0% e um outro grupo com tratamento padrão com a meta de manter a hemoglobina glicada entre 7,0% a 7,9%. O objetivo era avaliar a diminuição de mortes relacionadas ao coração. Já que 60% das mortes nos Estados Unidos em diabéticos estão relacionadas com causa cardiovascular.
Controle rigoroso deveria reduzir o risco cardiovascular, certo? Errado, A pesquisa foi suspensa porque houve um aumento expressivo de mortes por problemas cardíacos em um grupo de pacientes submetidos ao corte drástico dos níveis de açúcar no sangue. O trabalho foi interrompido dezoito meses antes da conclusão.
E agora? Nenhuma associação médica sabe explicar os resultados, American Diabetes Association, National Institutes of Health, nem a American Heart Association conseguem explicar esses achados e, mesmo assim, sabem qual é a orientação dessas entidades? Sugerem que os pacientes procurem seus médicos para que este assuma a responsabilidade e individualize cada tratamento.
Os sábios idealizadores de testes científicos, agora não sabem o que fazer.
Parodiando um grande um grande diabetologista brasileiro. Apertem os cintos… O piloto sumiu!!! [email protected]