Com a explosão epidêmica mundial da obesidade, algumas das grandes metrópoles mundiais foram forçadas a se preocuparem com os cardápios de suas lanchonetes e restaurantes. A mais atingida entre elas é o símbolo do sobrepeso e da obesidade-Nova York, que já saiu na frente. Obrigou a todos restaurantes e lanchonetes, principalmente os fast-foods a expor a lista de calorias de seus alimentos.
Os restaurantes de Nova York, nos Estados Unidos, terão de entrar na guerra contra obesidade que afeta parte da população americana. Os estabelecimentos terão que obedecer às novas regras para os cardápios, como a listagem de calorias ao lado dos itens. A mudança está prevista para entrar em vigor no final de março.
Nos Estados Unidos existe uma Sociedade de Obesidade onde para espanto de todos, o seu presidente Dr David Alisson, apresentou um relatório que levantou uma polêmica. No documento o médico argumenta que as novas medidas podem dar errado, seja por trazer o desejo de comidas calóricas, exatamente pelo fato de serem proibidas, ou por espantar os clientes que, mais famintos, acabarão comendo muito mais por conta própria. Alisson havia sido contratado pela Associação dos Restaurantes do Estado de Nova York para redigir a avaliação. Frase que caberia muito bem aqui, e deveras comum no nosso Brasil todos têm seu preço.
Obviamente vários membros da Sociedade de Obesidade que congrega boa parte dos endocrinologistas americanos, estão descontentes, onde o seu presidente tenta esconder das pessoas informações que podem ajudá-las a fazer escolhas mais saudáveis.
As novas regras têm apoio de grupos de consumidores e organizações médicas, dentre elas a Associação Médica Americana e a Academia Americana de Pediatria.
Seria importante que essas regras viessem para o nosso país, da mesma forma que o american way of life, que com maestria é incorporado rapidamente aos costumes da comunidade tupiniquim. Essa semana passada em uma rápida viagem a São Paulo, constatei esse nosso jeito americano de viver. Ao lado do Shopping Ibirapuera fiquei espantado com a fila que se formou em frente ao novo modismo chamado-Outback Steakhouse, a nova rede americana de restaurantes. Ao lado um restaurante brasileiro com a feijoada, o de comida típica mineira e um restaurante de comidas portuguesas com bacalhau em plena quaresma não tinha sequer um freguês.
Sempre que falo sobre mudanças de estilo de vida em aulas que sou convidado a dar, em alguma das cidades brasileiras, mostro a imagem das filas que se formam em frente a uma lanchonete que vende biscoitos Donuts ou Doughnuts, e comparo que não é fila de banco, nem lotérica ou mesmo a busca de empregos e sim obsessão por alimentos calóricos.