Viveremos Mais

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O que poderemos esperar no 3º milênio para a expectativa de vida? Biologicamente nós fomos planejados, se bem concebidos, bem gestados e bem desenvolvidos, para vivermos 115 anos. Média de 120 anos para o sexo feminino e média de 110 anos para o sexo masculino.
O homem é o mamífero de vida mais longa. Julgou-se outrora, que o elefante teria uma duração de até 150 anos. A longevidade do elefante asiático e do africano, respectivamente, 48 e 69 anos.
Viveremos tanto, graças ao nosso cérebro, que vem ditando a condição humana por 2 milhões de anos. Na pré-história a expectativa de vida era inferior a 15 anos, o tempo necessário para se alcançar a maturidade sexual e manter a perpetuação da espécie.. Só viemos atingir novas marcas após consequirmos vencer três grandes obstáculos: a fera, o frio e a fome. O homem aprendeu a lidar com os seus próprios músculos, triplicando as suas forças, envergou um tacape e aprisionou a fera. Homeotérmico, animal de sangue quente, não sobreviveu ao frio, desenvolveu a técnica do fogo e conseguiu se aquecer. Aprendeu a arte de plantar e dominar a fome. Vencemos estes três elementos, com a sabedoria que só os animais cerebrinos possuem.
A história escrita tem apenas 10 mil anos. Há 2.000 mil anos em Roma, a vida média era de 22 anos. Os colonos ingleses de Norte América, nos idos de 1.700, viveram 27 anos. Ontem, em 1900 no Brasil a idade média era de 30 anos.
A partir daí houve uma estagnação, devido a ação devastadora do micróbio, liderado pelo Bacilo de Koch. Mais uma vez, o homem usou os recursos do cérebro para vencer o inimigo. Com a física, aprendeu a esterilizar. A química descobriu os medicamentos e a biologia desenvolveu a vacinação, a sua maior vitória em todos os tempos.
Vencido o micróbio, chegamos aos dias de hoje, vivendo em média 70 a 80 anos. Aterosclerose e câncer, os grandes responsáveis pelas mortes nos dias atuais estão com os dias contados. Todas as causas de mortes ainda estão aqui, inclusive a fera, mas não ameaçam mais.
Já estamos sentindo claramente que o homem, no primeiro século do próximo milênio ultrapassará a vida média dos 100 anos.
É a idade da sabedoria. O jovem, o produtor, o reprodutor. Tudo bem, porém muito carente de sabedoria. O velho que mantém saúde é o mais poderoso da sociedade. Quem manda no mundo? Três em quatro são velhos. Para ser Papa, antes de tudo é preciso provar que é velho. Para viver sem pressão e oxigênio como o astronauta não pode ter idade inferior a 40 anos. É necessário ter a idade para se conhecer. A velhice dá uma força que não se consegue em nenhuma universidade.
Ao longo da vida o homem encontra desafios. Aos 40 anos de idade, a necessidade de usar óculos. Apenas 300 anos o tempo de descoberta dos óculos. No exato momento que ultrapassava este limite da expectativa de vida. Ele precisaria enxergar para melhor viver. Duas dentições seria muito pouco para vivermos bem alimentados. Aí inventamos a prótese dentária, a 3ª geração dos dentes. Fomos ao longo da vida aprendendo a substituir parte do corpo que foram falecendo.
Para que viver tanto? A natureza não nos programou para 115 anos e ficarmos a lamentar por 95 anos. A natureza sempre tem uma grande proposta. A faixa mais longa será a velhice. Não devemos nos espelhar nos velhos de hoje. Um velho improvisado, que não estava preparado e programado. No futuro teremos velhos com idéias na cabeça, com brilho nos olhos, com amor no coração e agilidade nos pés.
Os que ultrapassaram a casa dos 100 anos, muitos desses estão ainda ativos e saudáveis. Atribuíram a sua longa vida a diversas causas: ancestrais longevos, alimentação correta e o peso controlado, gênio alegre, não propenso a preocupações, estilo de vida com bastante exercício e sono, não fumantes a abstêmios (ou bebedores moderados).

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