Vem aí Touchê animado

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Amarilda, Touchê e Rafa: cena de animação piloto

Já faz tempo eu e o ilustrador Kirlley Velôso pensamos em levar o personagem Touchê e seus amigos para as telas. Por uma série de motivos isso não foi possível. Mas agora resolvemos enfrentar as dificuldades e produzir um episódio piloto, trabalho cujo andamento estamos compartilhando com amigos e seguidores nas nossas redes sociais.

O Touchê surgiu faz uns vinte anos. É o amigo imaginário de um garoto chamado Rafael e sempre se apresenta quando o menino precisa de uma forcinha nos estudos. Mais tarde surgiu a Amarilda, menina meio geniosa, que passou a compartilhar com Rafa e o sábio Touchê uma série de aventuras.

Até agora lancei seis livros com esses personagens, todos adotados em diversas escolas de São Luís e outras cidades. Agora, estamos nos propondo esse novo desafio.

Para saber mais sobre a animação que estamos tocando, só seguir no face ou insta o @wilsonmarques.ma

Outras notícias em breve.

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A lenda do rei Sebastião e outras narrativas em “Contos e lendas da terra do sol”

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O escritor Marco Haurélio reuniu narrativas na Bahia. Eu coletei outras no Maranhão. E a Paulus Editora publicou o resultado dessa parceria que ganhou o título “Contos e lendas da Terra do Sol”. Entre histórias da tradição oral e lendas, o livro reúne quarenta textos, além de belas ilustrações de Robson Araújo. São contos de animais, contos maravilhosos e de encantamento, religiosos, jocosos e lendas, que embora conhecidas, continuam peculiares e dignas de serem recontadas. Entre elas, O Pai do Mato, O menino e o Saci, Sina de lobisomem, e uma que os maranhenses conhecem muito bem: O touro encantado da ilha dos Lençóis.

Algumas dessas histórias eu ouvia na infância, contadas por minha mãe, dona Aldeires. Uma das que mais me deixava impressionado (e eventualmente insone) era a que leva o título de “O laço que o Diabo armou”. É a aventura de três homens que, caçando na floresta, começaram a ouvir uma voz que dizia: “Vem ver o laço que o Diabo armou”.

Movidos pela curiosidade, os amigos deixaram o medo de lado e penetraram ainda mais na mata a fim de saberem do que se tratava. Até descobrirem que o estranho som provinha de uma caverna, onde, surpreendentemente, havia escondido um valioso tesouro. Então, agora movidos não mais pela curiosidade, mas pela cobiça, os homens matam-se entre si. Sendo que o sobrevivente, ao tentar transportar a maior quantidade de ouro possível através da floresta, termina sendo surpreendido pela noite, e é devorado pelas feras.  

O livro traz ainda uma introdução e um texto final assinado por Marco Haurélio, poeta e pesquisador da cultura popular. “O conto popular é bem mais do que uma diversão amena, especialmente para o povo do campo, que, nas “horas mortas da noite”, nos serões familiares, antes da chegada da luz elétrica, rendia-se ás narrativas de esperteza, aventura e encantamento, reproduzindo e ampliando o vasto imaginário das tradições populares de origem variada”, escreve Marco. E segue: Os “Contos e lendas da Terra do sol” homenageiam as regiões que não são conhecidas dos geógrafos, os reinos desconhecidos, países de opulências e maravilhas. Se, no plano físico, a Terra do Sol é o Nordeste, no imaginário é qualquer país dos contos de fadas, tão familiar aos contadores de histórias, ou o “país da infância”, como definiu Luís da Câmara Cascudo”.

Autor(a): Marco Haurélio / Wilson Marques

Catálogo: Educação

Assunto: Cultura

Coleção: Narrando o Brasil

Acabamento: BrochuraI

Edição: 1ª

Ilustrador(a): Robson Araújo

Número de Páginas: 184

Editora: PAULUS Editora

Ano Lançamento: 2019D

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Projeto Literário visita 14 municípios levando teatro e livros para a criançada

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Depois de percorrer quatorze cidades o projeto Literário Caravana – Passeios pela História e Cultura do Maranhão chegou ao final da sua terceira edição em Juçatuba, na grande ilha. Foram dias de encontros surpreendentes, troca de experiências e muita alegria, envolvendo gestores da educação e cultura, professores, comunidades e pequenos leitores maravilhados com narração de histórias, literatura e teatro. 

O roteiro, com mais de 3 mil quilômetros percorridos, incluiu Palmeirândia, Pinheiro, Turiaçu, Imperatriz, Buriticupu, Colinas, Passagem Franca, Guimarães, Viana, Codó, Peritoró, Itapecuru Mirim, São José de Ribamar e São Luís. Durante os encontros, cerca de duas mil crianças de escolas públicas foram beneficiadas diretamente, assistindo apresentações de teatro, recebendo livros e participando com entusiasmo de cada um dos espetáculos. As instituições visitadas também receberam kits do projeto, com exemplares que enriquecerão seus acervos e ficarão à disposição dos estudantes. Com exceção de São José de Ribamar, onde o palco foi o Farol do Saber, todas as ações ocorreram em escolas públicas.

Com patrocínio da Cemar por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o projeto Caravana conta com um box contendo seis livros do autor Wilson Marques, todos abordando temas maranhenses incluindo história, cultura popular e lendas. Em cada encontro, as crianças assistiram a uma apresentação do grupo Xama Teatro com adaptações de textos do escritor, ganharam livros e uma cartilha educativa produzida pela Cemar, com jogos e preciosas dicas sobre economia de energia, preservação ambiental e segurança.

Em suas edições anteriores, o Caravana visitou, além de outras cidades maranhenses, uma série de escolas públicas e comunitárias de São Luís, sempre com o objetivo de divulgar e incentivar a literatura entre jovens e crianças. E sensibilizar gestores públicos a replicarem projetos como esse, a fim de que a leitura seja uma prática constante, e o livro, uma presença garantida em nossas escolas.

 

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Atenção educadores: literatura maranhense no PNLD Literário 2018

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Duas obras do escritor maranhense Wilson Marques foram selecionadas pelo PNLD Literário 2018, programa do governo federal que leva produções de qualidade para escolas públicas de todo o país.

São elas “As aventuras de Wiraí” e “Fábulas de La Fontaine em cordel”. Agora, para que realmente cheguem às mãos dos nossos alunos, os livros devem ser escolhidos de maneira conjunta pelo corpo docente e dirigentes das escolas, com base na análise das informações contidas no Guia Digital do PNLD.

Os códigos das obras são os seguintes:

Fábulas de La Fontaine em cordel – 1039L18605  – Ensino Fundamental (4º e 5º ano)
As aventuras de Wiraí – 1019L18602 – Ensino Fundamental (1º ao 3º ano)

Narrada em versos de cordel, “As aventuras de Wiaraí” nos conta as peripécias de um pequeno guajajara que, perdendo-se em plena floresta, faz amigos, se safa de inimigos e supera desafios, até, depois de uma construtiva experiência, ser resgatado pelo pai.

“Fábulas de La Fontaine em cordel” reúne algumas das famosas fábulas de Esopo. Verdadeiras pérolsa que, mais tarde revisitadas pelo poeta francês La Fontaine, consagraram-se definitivamente como um patrimônio de todos nós.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Guia digital do PNLD estará disponível no portal www.fnde.gov.br e trará as resenhas dos livros aprovados, os princípios e critérios que nortearam a avaliação pedagógica. As obras serão ainda, segundo o edital, disponibilizadas em sua integralidade para visualização pelos professores durante o período de escolha.

QUEM PODE RECEBER LIVROS DO PNLD LITERÁRIO

Poderão receber obras literárias do PNLD Literário 2018 as escolas públicas federais e as redes de ensino municipal, estadual ou distrital. E as instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público e participantes do PNLD, que tenham firmado Termo de Adesão ao programa, conforme os termos da Resolução CD/FNDE nº 42, de 28 de agosto de 2012, observados os prazos, normas, obrigações e procedimentos estabelecidos pelo MEC.

 

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Graça Aranha é o patrono da Feira do Livro de São Luís 2018

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O maranhense Graça Aranha será o patrono da Feira do Livro de São Luís (Felis) deste ano. Outros nomes foram cogitados, incluindo autores vivos e em atividade, mas a escolha acabou recaindo sobre o pré-modernista.
Filho de Maria da Glória da Graça e Temístocles da Silva Maciel Aranha, Graça Aranha nasceu em São Luís a 21 de julho de 1868. Transferiu-se para o Recife, onde formou-se em Direito, iniciando sua carreira na magistratura, assumindo o cargo de juiz no Espírito Santo. Viajou por diversos países, publicando na França o drama “Malazerte”.
Já como escritor renomado, Graça Aranha teve forte presença na Semana de Arte Moderna de 1922, quando criticou de forma dura as instituições que tentavam manter regras estéticas com as quais a nova onda pretendia romper. Durante o evento, proferiu a palestra “A emoção estética na arte moderna”.
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, teve violentos embates com a instituição, chegando a declarar que a sua criação tinha sido um erro. O confronto culminou, em 18 de outubro de 1924, com o desligamento do autor de Canaã da ABL, da qual se despediu com palavras não muito lisonjeiras: “A Academia Brasileira morreu para mim, como também não existe para o pensamento e para a vida atual do Brasil. Se fui incoerente aí entrando e permanecendo, separo-me da Academia pela coerência.”
Naquele mesmo ano, o acadêmico Afonso Celso tentou promover o retorno de Graça Aranha, num esforço que se mostraria inútil. Agradecendo o convite, o maranhense reiterou sua posição declarando que sua separação da Academia era definitiva. Ressalvou, no entanto, que “de todos os nossos colegas me afastei sem o menor ressentimento pessoal e a todos sou muito grato pelas generosas manifestações em que exprimiram o pesar da nossa separação”.
Graça Aranha faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de janeiro de 1931.

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PASSEIOS PELA HISTÓRIA E CULTURA DO MARANHÃO TEM LANÇAMENTO DE LIVROS NA AMEI

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Projeto com patrocínio da Cemar visitou, de maio a agosto deste ano, escolas públicas e espaços culturais de dez cidades maranhenses

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Será hoje (17), a partir das 19h, na livraria AMEI, no São Luís Shopping, o lançamento em São Luís dos livros do projeto Caravana – Passeios pela História e Cultura do Maranhão, que percorreu várias cidades maranhenses nos últimos três meses. O projeto começou em Açailândia e Imperatriz dia 18 de maio e nas semanas seguintes esteve em Caxias, Timon, Pinheiro, Viana, Santa Inês, Pedreiras, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e São Luís.

Em todas as cidades os lançamentos foram feitos em escolas públicas e espaços culturais. Além de bate-papo com crianças e adolescentes, houve apresentação do grupo Xama Teatro, com peças inspiradas nos textos dos livros.

Durante cada um dos lançamentos foram distribuídos kits (cada um com seis livros) que reúnem as aventuras do personagem Touchê. As obras contam com ilustrações inéditas de Kirlley Velôso. E são inspiradas nas tradições e cultura do Maranhão, tendo como pano de fundo festas populares, lendas e momentos históricos, a exemplo da fundação de São Luís, Revolta de Beckman e Balaiada. A realização é da Casa do Autor Maranhense por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura com patrocínio da Cemar. O objetivo do projeto é promover o incentivo à leitura entre crianças e adolescentes e disseminar o conhecimento a respeito do nosso estado e das nossas tradições.

Na primeira etapa do projeto, em 2015/2016, foram visitadas 25 escolas da capital, entre públicas e comunitárias, levando literatura e teatro para o público infanto-juvenil.

 PROJETO PASSEIOS PELA HISTÓRIA E CULTURA DO MARANHÃO

Lançamento de caixa com seis livros de Wilson Marques

Dia 17 de agosto

Livraria AMEI – São Luís Shopping, às 19h

Com apresentação teatral do Xama Teatro

 Títulos:

Touchê em a invasão francesa e a fundação de São Luís

Touchê em uma aventura pela “Cidade dos Azulejos”

Touchê em a revolta de Beckman e nos tempos de Pombal

Touchê em uma aventura em noite de São João

Touchê em o mistério da serpente

Touchê em Balaiada, a revolta

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Projeto Caravana visita Paço do Lumiar e Raposa

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O projeto literário “Caravana – Passeios pela História e Cultura do Maranhão” encerrou suas ações nesta segunda-feira com chave de ouro. Foram duas apresentações que deixarão lembranças. A primeira, pela manhã, aconteceu na UEB Bandeira Tribuzzi, no Maiobão, escola que homenageia um dos nossos maiores poetas. A segunda, à tarde, teve lugar na UEB Manoel Batista, no município de Raposa, para alunos do quarto e quinto ano.

 

Em Paço do Lumiar, a equipe foi recebida pela diretora Conceição Santos, que, juntamente com professoras e alunos, parabenizou o projeto. “Ações como essa vem despertar o interesse pela leitura e mostrar aos jovens o quanto ela é importante e necessária”, observou.  A diretora disse ainda que os livros, cujo conteúdo é voltado principalmente para temas ligados à história e cultura do Maranhão, será de grande importância para atividades de sala de aula que buscam aprofundar o conhecimento dos estudantes sobre esses assuntos.

Conceição Santos, diretora da UEB Bandeira Tribuzzi: livros irão ajudar em trabalhos de sala de aula

 

Na Raposa, a diretora Maria da Conceição festejou a visita do projeto Caravana, que coincidiu, segundo ela, com um momento em que o município avança na valorização e conhecimento da sua cultura. E em que a escola organiza sua biblioteca, que já conta com excelentes títulos de literatura.

A apresentação do Xama Teatro, como sempre, foi o momento alto da visita. Com histórias do bumba meu boi e da Serpente Encantada, Cris Santana e Renata Figueiredo cativaram a criançada, que riu, aplaudiu, e, no final, ganhou livros para levar para casa.

Com patrocínio da Cemar e realizado através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, o projeto Caravana faz sua festa de encerramento no próximo dia 17, a partir das 19h, no Espaço Cultural AMEI, no São Luís Shopping.

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Projeto Caravana leva teatro e literatura para crianças do Bairro de Fátima

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Alegria e encantamento com a apresentação do Xama Teatro

Esta sexta-feira foi um dia muito especial para as crianças do Educandário Manoel da Conceição Pinheiro Sobrinho, do Bairro de Fátima. Logo cedo a escola recebeu a visita do projeto “Caravana – Passeios pela História e Cultura do Maranhão”, que levou aos pequenos a magia do teatro, livros, literatura e cultura. Como tem acontecido a cada encontro, a equipe do projeto foi recebida com muito carinho e entusiasmo por alunos, professores e gestores, que prepararam a casa para uma manhã de festa. “É maravilhoso receber ações como essa, que ajudam nossas crianças a desenvolverem a leitura, e, o que é muito importante, o conhecimento da nossa cidade”, disse Andrelina Joana Costa Leite, presidente da Associação Carente São Benedito do Bairro de Fátima, instituição que mantém o Educandário.

 

Xama Teatro conta histórias para um atencioso público

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No pátio lotado, com a presença de todas as crianças do turno matutino, o espetáculo começou com a apresentação do Xama Teatro. No repertório, narração de textos dos livros que fazem parte do projeto. Em “A menina levada e a Serpente Encantada”, a turma fez uma viagem pelos mistérios de uma das mais conhecidas lendas de São Luís, a da Serpente Encantada. Divertiram-se ainda com o auto do bumba meu boi, que conta a saga de um homem, Pai Francisco, que diante da teimosia da sua mulher grávida, Catirina, comete o desatino de matar o boi mais querido do seu amo. Em seguida teve distribuição de camisetas do projeto e de livros, que também foram doados para comporem o acervo da escola.

 

Dona Andrelina, presidente da Associação São Benedito, exibindo caixinha de livros do projeto Caravana

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O projeto “Caravana – Passeios pela História e Cultura do Maranhão”, terá continuidade na segunda-feira próxima (7), marcando presença nos municípios de Paço do Lumiar e Raposa, isso depois de visitar nove cidades do interior do estado. Acontecerá ainda, no dia 17, a apresentação de encerramento, que terá lugar na livraria da Associação Maranhense dos Escritores Independentes (AMEI), no São Luís Shopping, a partir das 19h.

O Caravana é realizado pelo Instituto Casa do Autor Maranhense, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura com patrocínio da Cemar.

 

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Livraria Leitura tem casa cheia no lançamento de “Arte e manhas do Jabuti”

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A livraria Leitura do São Luís Shopping teve casa cheia no último dia 22 (quinta-feira), com o lançamento do livro “Arte e manhas do Jabuti”. Publicado pela Autêntica Editora com ilustrações de Taisa Borges o livro traz seis contos onde o principal protagonista é o Jabuti, animal que, nesse universo fabular, é visto de forma preconceituosa pelos outros bichos. Em especial aqueles que, sentindo-se mais fortes, inteligentes ou simplesmente velozes, tentam, sem sucesso, passar a perna no astucioso quelônio.

Os contos dessa publicação fazem parte do farto caudal da nossa tradição oral. Estes, em especial, encontram-se inseridos no repertório dos Tenetehara, povo que habita regiões da Amazônia maranhense. E que tem no hábito do contar histórias um recurso que se mostrou poderosamente vital para a preservação da sua língua e cultura. Sobre o livro, a especialista em literatura infantil e juvenil, Rosa Maria Lima, escreveu: “Com muito humor e criatividade o livro mostra que a esperteza, a paciência e a perseverança devem ser bem dosadas e aplicadas conforme cada situação. Aponta ainda que a magia das fábulas pode estar presente de inúmeras formas entre nós. Os textos seduzem pela linguagem, as belíssimas ilustrações da premiada ilustradora Taisa Borges, as narrativas simples, originais e um projeto editorial bem elaborado que complementam o padrão de qualidade da obra”.

A participação especialíssima das narradoras de histórias Renata Figueiredo e Cris Campos, do Xama Teatro, deixou o lançamento ainda mais animado. Reunindo música, diálogos para lá de engraçados e poesia, a dupla apresentou, para uma plateia atenta e participativa, montagem de duas histórias do astuto Jabuti. Um dos destaques, bom lembrar, foi o figurino criado por Cris Quaresma, que dialogando com as belíssimas ilustrações da publicação, foi produzido exclusivamente para esse trabalho.

Com as atrizes Cris Campos e Renata Figueiredo

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Livro de contos indígenas será lançado na Leitura

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Com narrativas da tradição oral dos Guajajara, o livro Arte e manhas do Jabuti, que tem apoio cultural do SESC, será lançado dia 22, na livraria Leitura do São Luís Shopping

“Arte e Manhas do Jabuti” (Autêntica Editora, 2017) é o meu mais novo livro para o público infantojuvenil, que será lançado no próximo dia 22 (quinta-feira), a partir das 19h, na livraria Leitura do São Luís Shopping. O livro, que tem apoio cultural do SESC-MA, será lançado também no dia 20, na U.E. Joaquim Gomes de Souza, numa ação daquela instituição. Com apresentação do escritor e pesquisador da cultura popular Marco Haurélio e ilustrações de Taisa Borges, Arte e Manhas traz recontos da tradição oral dos povos Tenetehara, inicialmente publicados na obra “Os índios Tenetehara, uma cultura em transição”, dos antropólogos Charles Wagley e Eduardo Galvão, no início da década de sessenta.

Fazem parte da coletânea seis narrativas onde o Jabuti, visto por outros animais como ingênuo e limitado, termina por levar a melhor graças à sua astúcia, paciência e, às vezes, malícia. É assim no conto da aposta do Jabuti com o Gambá, quando o Gambá, pensando em sobrepujar seu compadre para tirar dele alimento de graça o ano inteiro, vê-se derrotado. Em outro conto, em que o Jabuti se vê casado com a Mucura, suas vítimas são os próprios cunhados, que ao duvidarem da sua experiência de caçador, voltam-se contra ele tentando eliminá-lo. Por fim tem a Onça, que não poderia ficar de fora. Peso pesado das histórias da tradição oral no Brasil, onde vira e mexe é vista sendo humilhada pelo Coelho, a pintada leva, em dois contos, uma senhora coça do Jabuti.

Os Tenetehara habitam regiões à margem oriental amazônica, em território maranhense. Contam com cerca de quatro século de contato com os brancos, numa relação dramaticamente desigual, muitas vezes trágica, que levou especialistas, ainda na década de 40, a afirmarem que a cultura desse povo estava com os dias contados. Mas o que aconteceu foi o contrário. Capazes de conviver e absorver tradições alheias sem perder sua própria essência, os Tenetehara permaneceram. Entre outros motivos, como observa o antropólogo João Damasceno Figueiredo, “pela capacidade que tiveram em manter viva sua língua e ao hábito até hoje praticado de contar e ouvir narrativas através das quais os mais velhos passam aos mais jovens os valores básicos, essenciais da sua cultura”.

Assim, além dos aspectos literários, “Arte e Manhas do Jabuti” aponta para questões interessantes, que convidam para sua leitura. O primeiro, já comentado, diz respeito à importância que narrativas como essas exercem sobre os povos, a fim de que seus saberes e suas línguas permaneçam, como no caso específico dos Tenetehara. Em segundo lugar, por chamar a atenção para um povo detentor de uma cultura rica e sofisticada, cuja arte e visão de mundo precisam ser melhor conhecidas Brasil afora.

Sobre o livro, Marco Haurélio escreveu: “Saudamos as vozes do povo Guajajara que preservaram, à sua maneira, com as suas particularidades, as histórias que correm pelo Brasil e, em alguns casos, pelo mundo, em outros idiomas, narrados por outros povos, mas que, em essência, fazem parte do grande acervo cultural que torna a humanidade, a despeito das cercas e das divisões, uma mesma família”.

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